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edição de 20 de novembro de 2017

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O livro brasileiro<br />

<strong>de</strong> marketing mais<br />

vendido no país.<br />

Agora em nova<br />

edição, ampliada<br />

e revisada, à venda<br />

nas melhores<br />

livrarias.<br />

Transcrito do livro Fazer Acontecer:<br />

A DIFERENÇA ENTRE O MÁGICO E O BRUXO<br />

O mágico está no palco para realizar um número e não para fazer<br />

acontecer. Sua matéria-prima é a ilusão. Quando ele serra uma loira<br />

ao meio, ninguém vai conferir se saiu muito sangue. O mágico é um<br />

escravo do truque.<br />

O bruxo é diferente. É pago pelo resultado. Se algum marido<br />

contratar um bruxo para fazer com que a sogra morra e <strong>de</strong>ixe uma<br />

bela herança para a esposa, só paga o combinado no velório.<br />

Quando se está na luta para divulgar i<strong>de</strong>ias, conquistar mercados<br />

ou sair <strong>de</strong> uma crise, o importante é fazer as coisas acontecerem.<br />

As empresas às vezes ficam fascinadas pela elaboração dos seus<br />

planos estratégicos e negligenciam a parte mais importante, que é<br />

fazê-los acontecer.<br />

Nos dias <strong>de</strong> hoje, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um executivo se me<strong>de</strong> muito<br />

mais pelos resultados que apresentar do que pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fazer relatórios elaborados e análises estatísticas da situação.<br />

No mundo globalizado, as pessoas e as instituições não se<br />

contentam mais com palavras e promessas vagas. Exigem resultados.<br />

Quando se faz acontecer, a legitimida<strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> outra prova.<br />

O muro <strong>de</strong> Berlim e todo o sistema socialista ruíram não por razões<br />

i<strong>de</strong>ológicas, e sim pela incapacida<strong>de</strong> dos lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> proporcionar<br />

no presente o bem-estar prometido para o futuro in<strong>de</strong>finido. Em<br />

vez das palavras <strong>de</strong> Lênin, o trabalhador alemão oriental sonhava<br />

com liberda<strong>de</strong> e um BMW na porta da sua casa. As palavras não<br />

seguraram. Caiu tudo <strong>de</strong> uma vez.<br />

Anos atrás, os presi<strong>de</strong>ntes da General Motors, Chrysler, IBM e<br />

Goodyear foram substituídos quase ao mesmo tempo. Quem tomou<br />

o lugar <strong>de</strong> Lee Iacocca? Uma pessoa vinda <strong>de</strong> fora da empresa. Sua<br />

principal qualificação? Ter conseguido fazer a divisão europeia da<br />

GM tornar-se lucrativa.<br />

Os mágicos realizam o número; os bruxos fazem acontecer.<br />

O mundo está vivendo a era <strong>de</strong> resultados. O perfil do executivo do<br />

futuro está cada vez mais <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser acadêmico. Da mesma<br />

forma, o profissional <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong>ntro da empresa está mudando.<br />

Está <strong>de</strong>ixando a área intelectual <strong>de</strong> análise, assessoria e informação<br />

para assumir, <strong>de</strong> mangas arregaçadas, a missão <strong>de</strong> fazer as coisas<br />

acontecerem no mercado.<br />

Fazer acontecer não significa agredir o mercado com golpes <strong>de</strong><br />

truculência explícita, como redução <strong>de</strong> preços ou promoções.<br />

Embora necessária, a promoção não é solução permanente para<br />

nenhum problema. É como uma injeção <strong>de</strong> adrenalina num cavalo.<br />

De fato, ele corre mais. Mas só por algum tempo.<br />

Fazer acontecer implica maximizar o resultado que se po<strong>de</strong> obter<br />

usando os recursos da empresa.<br />

Esses diferenciais po<strong>de</strong>m ser as marcas, a comunicação, a<br />

competência da equipe <strong>de</strong> vendas, as oportuninda<strong>de</strong>s, as i<strong>de</strong>ias<br />

promocionais ou a exploração das fraquezas da concorrência.<br />

A bruxaria em marketing po<strong>de</strong> ser resumida numa frase: fazer<br />

acontecer o que foi planejado.<br />

E esse é o mal <strong>de</strong> que pa<strong>de</strong>cem quase todos os planos neste<br />

país. Gran<strong>de</strong> talento para imaginar e redigir, inaptidão total para<br />

implementar.<br />

O Brasil é um país <strong>de</strong> mágicos, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias e gran<strong>de</strong>s shows.<br />

O Japão é um país muito menos criativo, mas espetacular em termos<br />

<strong>de</strong> implementação. Quando faltam i<strong>de</strong>ias, eles não se constrangem<br />

em utilizar as alheias. Mas as colocam em funcionamento.<br />

No mundo dos negócios, a arte pela arte e o brilho pelo prazer<br />

<strong>de</strong> brilhar constituem uma levianda<strong>de</strong> cara e perigosa. Às vezes,<br />

acabam com a empresa.<br />

Nas agências <strong>de</strong> propaganda, também. Ser apenas mágico é uma<br />

atitu<strong>de</strong> questionável até sob o ponto <strong>de</strong> vista ético, porque se lida<br />

com o dinheiro alheio.<br />

A finalida<strong>de</strong> da agência é fazer coisas acontecerem. O talento e o<br />

brilho são instrumentos <strong>de</strong>sse objetivo.<br />

Ao mágico loquaz, prefira o bruxo competente.<br />

O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> fazer acontecer coisas implica fazer uma profunda<br />

imersão nos fatos. E também nas características das pessoas e<br />

do mercado em que se está operando. É indispensável enten<strong>de</strong>r<br />

os mecanismos das leis que num <strong>de</strong>terminado momento regem a<br />

realida<strong>de</strong>.<br />

Essas leis raramente são óbvias. Mais do que a razão, é a<br />

sensibilida<strong>de</strong> que tece o nexo entre os fenômenos. A sensibilida<strong>de</strong> é<br />

o instrumento fundamental na <strong>de</strong>scoberta dos segredos que regem<br />

a realida<strong>de</strong>.<br />

Ser bruxo é complicado. Exige principalmente renúncia à tentação<br />

<strong>de</strong> parecer brilhante em benefício da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser competente.<br />

Ser bruxo é não ce<strong>de</strong>r à facilida<strong>de</strong> do truque. Afinal, a mulher<br />

serrada, mais cedo ou mais tar<strong>de</strong>, reaparecerá inteira. A realida<strong>de</strong><br />

sempre voltará a se impor, e quem vir o show pela segunda vez talvez<br />

se canse. A recompensa do bruxo é paga sempre na contra-entrega.<br />

Se você quer brilhar no seu negócio, faça acontecer. E crie na sua<br />

equipe o valor <strong>de</strong> fazer acontecer. É um caminho complicado, mas as<br />

recompensas são sensacionais.<br />

SE VOCÊ QUER TRANSFORMAR SUA EMPRESA<br />

NUMA MARCA DESEJADA, FALE COM A GENTE.<br />

A NOVA<br />

AGENCIA<br />

ˆ<br />

DO JULIO<br />

RIBEIRO<br />

E DO<br />

ROBERTO<br />

LAUTERT.<br />

Praça João Duran Alonso, 34/91 | Tel.: 11 5506-0435 | jrpropaganda.com | facebook.com/jrpagencia

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