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O livro brasileiro<br />
<strong>de</strong> marketing mais<br />
vendido no país.<br />
Agora em nova<br />
edição, ampliada<br />
e revisada, à venda<br />
nas melhores<br />
livrarias.<br />
Transcrito do livro Fazer Acontecer:<br />
A DIFERENÇA ENTRE O MÁGICO E O BRUXO<br />
O mágico está no palco para realizar um número e não para fazer<br />
acontecer. Sua matéria-prima é a ilusão. Quando ele serra uma loira<br />
ao meio, ninguém vai conferir se saiu muito sangue. O mágico é um<br />
escravo do truque.<br />
O bruxo é diferente. É pago pelo resultado. Se algum marido<br />
contratar um bruxo para fazer com que a sogra morra e <strong>de</strong>ixe uma<br />
bela herança para a esposa, só paga o combinado no velório.<br />
Quando se está na luta para divulgar i<strong>de</strong>ias, conquistar mercados<br />
ou sair <strong>de</strong> uma crise, o importante é fazer as coisas acontecerem.<br />
As empresas às vezes ficam fascinadas pela elaboração dos seus<br />
planos estratégicos e negligenciam a parte mais importante, que é<br />
fazê-los acontecer.<br />
Nos dias <strong>de</strong> hoje, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um executivo se me<strong>de</strong> muito<br />
mais pelos resultados que apresentar do que pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
fazer relatórios elaborados e análises estatísticas da situação.<br />
No mundo globalizado, as pessoas e as instituições não se<br />
contentam mais com palavras e promessas vagas. Exigem resultados.<br />
Quando se faz acontecer, a legitimida<strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> outra prova.<br />
O muro <strong>de</strong> Berlim e todo o sistema socialista ruíram não por razões<br />
i<strong>de</strong>ológicas, e sim pela incapacida<strong>de</strong> dos lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> proporcionar<br />
no presente o bem-estar prometido para o futuro in<strong>de</strong>finido. Em<br />
vez das palavras <strong>de</strong> Lênin, o trabalhador alemão oriental sonhava<br />
com liberda<strong>de</strong> e um BMW na porta da sua casa. As palavras não<br />
seguraram. Caiu tudo <strong>de</strong> uma vez.<br />
Anos atrás, os presi<strong>de</strong>ntes da General Motors, Chrysler, IBM e<br />
Goodyear foram substituídos quase ao mesmo tempo. Quem tomou<br />
o lugar <strong>de</strong> Lee Iacocca? Uma pessoa vinda <strong>de</strong> fora da empresa. Sua<br />
principal qualificação? Ter conseguido fazer a divisão europeia da<br />
GM tornar-se lucrativa.<br />
Os mágicos realizam o número; os bruxos fazem acontecer.<br />
O mundo está vivendo a era <strong>de</strong> resultados. O perfil do executivo do<br />
futuro está cada vez mais <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser acadêmico. Da mesma<br />
forma, o profissional <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong>ntro da empresa está mudando.<br />
Está <strong>de</strong>ixando a área intelectual <strong>de</strong> análise, assessoria e informação<br />
para assumir, <strong>de</strong> mangas arregaçadas, a missão <strong>de</strong> fazer as coisas<br />
acontecerem no mercado.<br />
Fazer acontecer não significa agredir o mercado com golpes <strong>de</strong><br />
truculência explícita, como redução <strong>de</strong> preços ou promoções.<br />
Embora necessária, a promoção não é solução permanente para<br />
nenhum problema. É como uma injeção <strong>de</strong> adrenalina num cavalo.<br />
De fato, ele corre mais. Mas só por algum tempo.<br />
Fazer acontecer implica maximizar o resultado que se po<strong>de</strong> obter<br />
usando os recursos da empresa.<br />
Esses diferenciais po<strong>de</strong>m ser as marcas, a comunicação, a<br />
competência da equipe <strong>de</strong> vendas, as oportuninda<strong>de</strong>s, as i<strong>de</strong>ias<br />
promocionais ou a exploração das fraquezas da concorrência.<br />
A bruxaria em marketing po<strong>de</strong> ser resumida numa frase: fazer<br />
acontecer o que foi planejado.<br />
E esse é o mal <strong>de</strong> que pa<strong>de</strong>cem quase todos os planos neste<br />
país. Gran<strong>de</strong> talento para imaginar e redigir, inaptidão total para<br />
implementar.<br />
O Brasil é um país <strong>de</strong> mágicos, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias e gran<strong>de</strong>s shows.<br />
O Japão é um país muito menos criativo, mas espetacular em termos<br />
<strong>de</strong> implementação. Quando faltam i<strong>de</strong>ias, eles não se constrangem<br />
em utilizar as alheias. Mas as colocam em funcionamento.<br />
No mundo dos negócios, a arte pela arte e o brilho pelo prazer<br />
<strong>de</strong> brilhar constituem uma levianda<strong>de</strong> cara e perigosa. Às vezes,<br />
acabam com a empresa.<br />
Nas agências <strong>de</strong> propaganda, também. Ser apenas mágico é uma<br />
atitu<strong>de</strong> questionável até sob o ponto <strong>de</strong> vista ético, porque se lida<br />
com o dinheiro alheio.<br />
A finalida<strong>de</strong> da agência é fazer coisas acontecerem. O talento e o<br />
brilho são instrumentos <strong>de</strong>sse objetivo.<br />
Ao mágico loquaz, prefira o bruxo competente.<br />
O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> fazer acontecer coisas implica fazer uma profunda<br />
imersão nos fatos. E também nas características das pessoas e<br />
do mercado em que se está operando. É indispensável enten<strong>de</strong>r<br />
os mecanismos das leis que num <strong>de</strong>terminado momento regem a<br />
realida<strong>de</strong>.<br />
Essas leis raramente são óbvias. Mais do que a razão, é a<br />
sensibilida<strong>de</strong> que tece o nexo entre os fenômenos. A sensibilida<strong>de</strong> é<br />
o instrumento fundamental na <strong>de</strong>scoberta dos segredos que regem<br />
a realida<strong>de</strong>.<br />
Ser bruxo é complicado. Exige principalmente renúncia à tentação<br />
<strong>de</strong> parecer brilhante em benefício da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser competente.<br />
Ser bruxo é não ce<strong>de</strong>r à facilida<strong>de</strong> do truque. Afinal, a mulher<br />
serrada, mais cedo ou mais tar<strong>de</strong>, reaparecerá inteira. A realida<strong>de</strong><br />
sempre voltará a se impor, e quem vir o show pela segunda vez talvez<br />
se canse. A recompensa do bruxo é paga sempre na contra-entrega.<br />
Se você quer brilhar no seu negócio, faça acontecer. E crie na sua<br />
equipe o valor <strong>de</strong> fazer acontecer. É um caminho complicado, mas as<br />
recompensas são sensacionais.<br />
SE VOCÊ QUER TRANSFORMAR SUA EMPRESA<br />
NUMA MARCA DESEJADA, FALE COM A GENTE.<br />
A NOVA<br />
AGENCIA<br />
ˆ<br />
DO JULIO<br />
RIBEIRO<br />
E DO<br />
ROBERTO<br />
LAUTERT.<br />
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