Revista Curinga Edição 05

do contra
Os movimentos sociais de contracultura das décadas de de pulseira. Márcio também
contra
participou da versão brasileira
60 e 70 tinham como ideais o amor livre, o desejo de renovação
e a quebra dos tabus. Também valorizavam o “viver tal paulista, foi preso. “Depois do teatro a gente fazia festa
de Hair, apresentando-se no Rio e em São Paulo. Na capi-
o momento”, negavam a sociedade do consumo e pregavam
uma revolução pacífica, sem guerras, e defendiam o Estávamos com muitas drogas. A repressão era muito for-
na casa dos amigos e um dia a polícia bateu lá. Foi feio.
uso das drogas como libertação da mente. “Paz e amor” e te, terrível. Eles falavam que a gente era a parte podre da
“sexo, drogas e rock‘n’roll” foram dos jargões famosos para sociedade”, diz.
definir a geração.
Márcio, assim como os hippies, pertencia ao movimento
“Eu tinha 13 anos. Deixei meu cabelo crescer e nós fizemos
uma banda inspirada na Jovem Guarda e nos Beatles. to retrógrado, conservador e moralista que prevalecia nos
que surgiu da necessidade de contestar não só o pensamen-
Chamava-se The Rebels”, conta o marianense Márcio Moraes,
que na década de 60 assustava a pequena cidade de atitudes de um país que se enriquecia e promovia a guer-
Estados Unidos dos anos 60, mas também questionava as
Mariana com seu cabelo nos ombros e seus braços cheios ra matando milhares de famílias inocentes no Vietnã; que
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