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Edição Nº 237 - Janeiro 2018

Centro Lusitano de Zurique

Centro Lusitano de Zurique

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Directora: Sandra Ferreira | Sub-director: Armindo Alves | Ano: XXIV | Número <strong>237</strong> | JANEIRO <strong>2018</strong> | Preço: Grátis | Periodicidade: Mensal<br />

Desejámos a todos<br />

um magnífico<br />

Ano Novo<br />

Festa natalina 2017 do<br />

CLZ juntou grandes e<br />

pequenos e proporcionou<br />

bons momentos de<br />

convívio<br />

e solidariedade.<br />

Bom Ano Novo!<br />

EDITORIAL EDUCAÇÃO SAÚDE<br />

Ânsias, preocupações e desejos<br />

São os professores, os pais e a<br />

Obesidade - é o actualmente um<br />

03 04 para o ano <strong>2018</strong><br />

direcção escolar que decidem conjuntamente<br />

sobre a progressão<br />

saúde do século<br />

15 dos mais graves problemas de<br />

XXI


2 LUSITANO de Zurique<br />

Publicidade<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

Birmensdorferstr, 48<br />

8004 Zürich<br />

www.cldz.ch - info@cldz.ch<br />

Consulado Geral de Portugal em Zurique<br />

Zeltweg 13 - 8032 Zurique<br />

Tel. Geral: 044 200 30 40<br />

Serviços de ensino: 044 200 30 55<br />

Serviços sociais: 044 261 33 32<br />

Abertura de segunda a sexta-feira das<br />

08:30 às 14:30 horas<br />

<strong>Edição</strong> anterior<br />

Directora: Sandra Ferreira | Sub-director: Armindo Alves | Ano: XXIII | Número 236 | Dezembro 2017 | Preço: Grátis | Periodicidade: Mensal<br />

BOAS<br />

FESTAS<br />

EDITORIAL<br />

03<br />

Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55<br />

Cursos de alemão 076 332 08 34<br />

Embaixada de Portugal<br />

Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />

Secção consular: 031 351 17 73<br />

Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />

Serviços de ensino: 031 352 73 49<br />

ENSINO<br />

DIREITO<br />

06<br />

15<br />

Direcção<br />

Futebol<br />

InCentro<br />

044 241 52 60 / info@cldz.ch<br />

079 531 48 60 / gualterpereira84outlook.pt<br />

incentro@cldz.ch<br />

Serviços municipais de informação para<br />

imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />

Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />

Tel.: 044 412 37 37<br />

Em entrevista, Armindo Alves, Presidente do<br />

Cento Lusitano de Zurique, alerta para que o<br />

ano de <strong>2018</strong> ”será um ano de mudanças.”<br />

Leia nas páginas 4 e 5<br />

Publicidade 079 222 09 14/armindo.alves@garage-mutschellen.ch<br />

Rancho folclórico 076 344 40 91 / rancho@cldz.ch<br />

Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />

Polícia 117<br />

Bombeiros 118<br />

Ambulância 144<br />

Intoxicações 145<br />

Rega 1414<br />

Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH<br />

Katholische Mission der Portugiesischsprechenden<br />

Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich<br />

Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com<br />

Horário de atendimento:<br />

- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h<br />

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Editorial<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 3<br />

Armindo Alves<br />

Sub-Director<br />

Cartão C.C. nº 31 - CCPJ<br />

Editorial<br />

Final do ano é tempo de festa e celebração,<br />

devemos sentir alegria e gratidão por mais<br />

um ano vivido e apesar de tudo o que tenha<br />

acontecido. O importante é que chegámos<br />

até aqui. O passar do tempo torna-nos mais<br />

experientes, mais fortes e mais sábios.<br />

O Ano velho fecha a porta e abre-se a do Ano Novo, cheio<br />

de esperança com novos recomeços e com novos objectivos<br />

traçados mas deveremos reflectir e de analisar bem<br />

o ano velho. Dele devemos guardar o bom e esquecer o<br />

sofrimento e as lágrimas.<br />

Na reflexão e analise há três temas na nossa comunidade<br />

que me preocupam; o Associativismo, os pensionistas e a<br />

insegurança na Comunidade.<br />

A insegurança da comunidade deve-se ao trabalho sazonal<br />

(temporário), onde a entidade patronal serve-se das<br />

pessoas e mantém-nas presas à corda para as chamar e<br />

usar quando necessita delas. As dificuldades surgem porque<br />

vivemos num país de acolhimento onde temos despesas<br />

fixas mensais muito elevadas, por exemplo o alojamento<br />

e o seguro de saúde. O dia-a-dia sem um trabalho<br />

estável torna-se muito complicado e já há pessoas a viver<br />

com dificuldades.<br />

Os pensionistas são infelizmente reféns da nossa política<br />

porque o nosso Estado mais uma vez continua a aproveitar-se<br />

de quem foi obrigado a abandonar o País e os familiares<br />

durante décadas, para obter uma vida digna e enviar<br />

dinheiro para os cofres do Estado. Em contrapartida, se<br />

regressarem definitivamente a Portugal para usufruir da<br />

sua pensão, o Estado Português mais uma vez vai exigir<br />

uma percentagem elevadíssima da sua reforma. Assim,<br />

quem regressar vai mais uma vez ser penalizado no bem<br />

estar, no conforto e na qualidade de vida. Por outro lado,<br />

se continuar na Suíça terá um custo fiscal de 10%, valor<br />

esse que seria justo pagar em Portugal. O decreto-Lei que<br />

isenta os portugueses por um período de 10 anos não está<br />

clara, mas pelos vistos ninguém se preocupa em esclarecer<br />

esta Lei, porque será? São milhares de portugueses<br />

que se encontram perante esta situação. São os que estão<br />

na Suíça, mas também os que vivem na França, Luxemburgo,<br />

Bélgica, Alemanha e todos os outros espalhados<br />

pelo Mundo.<br />

O Associativismo infelizmente tem vindo a perder terreno,<br />

há valores que não se podem ignorar e devem ser transmitidos<br />

à sociedade, pois só assim poderemos manter as<br />

associações vivas, se não o fizermos acabarão por desaparecer,<br />

o que vai tornar os dois pontos acima mencionados<br />

ainda mais complicados. Está na hora de parar para<br />

pensar e dar mais valor ao voluntariado e socializar mais,<br />

para que haja mais união, compreensão e entreajuda.<br />

Agora é tempo de encher os nossos corações de optimismo,<br />

esperança e sonhos. É tempo de recomeçar e renovar,<br />

pois um novo ano está começar e devemos vivê-lo e aproveitá-lo<br />

ao máximo.<br />

Desejos de um feliz e próspero Ano Novo!<br />

EQUIPA EDITORIAL<br />

Directora<br />

Sandra Ferreira - CC nº28<br />

lusitanozurique@gmail.com<br />

Sub-director<br />

Armindo Alves - CC nº31<br />

armindo.alves@garage-mutschellen.ch<br />

Colaboração<br />

4 Cristina Fernandes Alves CC nº32<br />

4 Maria José Bernardo CC nº29<br />

4 Pedro Nabais CC nº 30<br />

4 Joana Araújo CC nº27<br />

4 Jorge Rodrigues CC nº33<br />

4 Jorge Macieira CC nº 66<br />

4 Maria dos Santos CC nº 65<br />

4 Daniel Bohren<br />

4 Zuila Messmer<br />

4 Domingos Pereira<br />

4 Carmindo de Carvalho<br />

4 Eucli des Cavaco<br />

4 Costa Guimarães<br />

4 Carlos Matos Gomes<br />

4 Amílcar Malhó<br />

4 Cândido Abreu<br />

Nota: Os artigos assinados re fle ctem tão-somente<br />

a opinião dos seus autores e não vinculam<br />

necessariamente a Direcção desta Revista<br />

Apoios:<br />

Esta publicação não<br />

adopta nem respeita o<br />

(des)Acordo Ortográfico<br />

Publicidade:<br />

armindo.alves@garage-mutschellen.ch<br />

Tel.: 079 222 09 14<br />

<strong>Edição</strong>, composição<br />

e paginação<br />

Manuel Araújo -Jornalista 4365<br />

Braga – Portugal<br />

araujo@manuelaraujo.org<br />

Tel.:(+351) 912 410 333<br />

Impressão: DM Braga<br />

Tiragem: 2000 exemplares<br />

Periodicidade: Mensal<br />

Distribuição gratuita<br />

Propriedade<br />

& administração:<br />

Centro Lusitano de Zurique<br />

Birmensdorferstrasse 48<br />

8004 Zürich<br />

Tel.: 044 241 52 60<br />

Fax: 044 241 53 59<br />

Web: www.cldz.ch<br />

E-mail: info@cldz.ch


4 LUSITANO de Zurique<br />

Comunidade<br />

Escola Secundária no<br />

Cantão de Zurique<br />

V<br />

Daniel Bohren<br />

[Advogado]<br />

O procedimento de progressão<br />

da Escola Primária para a Escola<br />

Secundária já começou em muitas<br />

escolas no cantão de Zurique.<br />

Muitos pais perguntam-se:<br />

Quem decide da progressão da<br />

Escola Primária para a Escola Secundária<br />

e que direitos relativos a<br />

esta progressão têm os pais?<br />

A Escola Secundária no Cantão de Zurique encontra-se<br />

dividida em dois ou três divisões, a saber a<br />

Escola Secundária A, B e – em alguns distritos –<br />

também C. Na cidade de Zurique a Escola Secundária<br />

só se encontra dividida em dois divisões, a<br />

saber a Secundária (Sek.) A e B. A divisão A é a<br />

divisão mais exigente de um ponto de vista cognitivo<br />

(intelectual). As divisões A a C podem para as<br />

disciplinas matemática e francês ser subdivididos<br />

mais uma vez em 2 a 3 graus de exigência. O ensino<br />

e os exames são idênticos em ambos os graus<br />

de exigência, a avaliação do exame é no entanto<br />

mais severa para o grau de exigência I, quer dizer,<br />

para os mesmos desempenhos obtêm-se no Grau<br />

de exigência I uma nota pior do que no Grau de exigência<br />

II. A diferença é mais ou menos uma ½ ou ¾<br />

nota. No Certificado de notas escolares é indicado<br />

a divisão e o Grau de exigência.<br />

Para a procura mais tarde de um lugar de formação<br />

profissional respectivamente uma “Lehre” é<br />

decisivo em que divisão (A, B ou C) e em que Grau<br />

de exigência (I, II ou III) se concluiu a Escola Secundária.<br />

Há empresas que exigem por exemplo<br />

uma conclusão dos estudos secundários Sek. A.<br />

Mas também são avaliados a postura no trabalho,<br />

o comportamento social e o respeito das regras e<br />

pessoas. Muitas empresas atribuem a estes factores<br />

“suaves” um grande valor. A passagem à Sek.<br />

A e boas notas facilitam contudo a procura duma<br />

© 5688709


Comunidade<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 5<br />

“Lehre” mas quem tem uma avaliação negativa nos factores<br />

suaves pode de repente ter mais dificuldades de encontrar uma<br />

*Lehre” que outro pessoa com notas piores nas disciplinas.<br />

Segundo a legislação sobre a Escola Primária são os professores,<br />

os pais e a direcção escolar que decidem conjuntamente<br />

sobre a progressão. A promoção é preparada numa primeira<br />

conversa entre o professor e os pais no final ou no início<br />

do ano calendário (não escolar).<br />

Não só as notas são tidas em consideração, sendo feita sim<br />

uma avaliação global, assim, em especial, do empenho de trabalho,<br />

de aprendizagem e social, assim como o desenvolvimento<br />

pessoal da criança. Pode por isso acontecer, que alunos com<br />

bom empenho de trabalho e de aprendizagem também sejam<br />

com notas um pouco mais fracas propostos para a divisão A<br />

e outros com notas um pouco melhores, mas com mau empenho<br />

de trabalho e aprendizagem sejam propostos para a divisão<br />

B. Trata-se no fim de contas de uma avaliação, sobre se uma<br />

criança se pode afirmar na divisão e grau de exigência a que<br />

foi atribuída ou se tem potencial ainda por utilizar e vontade de<br />

o utilizar. O ponto de vista dos pais e a sua vontade e possibilidades<br />

de apoiar a criança, tem por isso, em caso de haver<br />

dúvidas, influência na decisão da promoção e você deverá nas<br />

conversas explicar bem o seu ponto de vista. Se na conversa<br />

de preparação não se chegar a acordo, então haverá uma segunda<br />

conversa, na qual estarão presentes também a direcção<br />

da escola e um professor da Escola Secundária. Se também<br />

nesta segunda conversa não se chegar a acordo, então decide<br />

o Departamento Escolar do distrito (Kreisschulpflege). Contra<br />

esta decisão os pais podem levantar recurso junto do Conselho<br />

Distrital (Bezirksrat). A decisão do Conselho Distrital pode ser<br />

levada ao Tribunal Administrativo do Cantão de Zurique.<br />

A atribuição de uma determinada divisão ou grau de exigência<br />

não é definitiva. Na primeira classe da Escola Secundária pode<br />

ocorrer uma mudança de divisão ou grau de exigência em Novembro,<br />

Abril e no início do segundo ano escolar. No 2° e 3° ano<br />

escolar é possível uma mudança de divisão ou de grau no final<br />

de <strong>Janeiro</strong> ou início do ano lectivo. Para a mudança de divisão<br />

ou grau de exigência é válido o mesmo que acima: A decisão é<br />

tomada conjuntamente com os pais e, se não houver acordo,<br />

então é o Departamento Escolar do distrito que decide. A decisão<br />

do Departamento Escolar é por sua vez contestável. Para<br />

a mudança para uma outra divisão procede-se a uma avaliação<br />

global, enquanto para a mudança para um outro perfil (grau)<br />

de exigência apenas contam as notas. Quando os professores<br />

não fazem uma proposta de mudança, os pais podem exigir tal<br />

decisão de mudança.<br />

Se as razões para desempenhos fracos não forem claras, os<br />

professores propõem às vezes com a progressão um esclarecimento<br />

em regra geral junto do Serviço psicológico escolar.<br />

Com este esclarecimento devem ser encontrados a causa e as<br />

soluções. Também os pais podem propor aos professores um<br />

esclarecimento, se não se encontram esclarecidos quanto às<br />

dificuldades de aprendizagem.<br />

São os pais quem basicamente decide, se querem que seja esclarecido<br />

o desempenho da criança. Tais esclarecimentos são<br />

no entanto convenientes. Com frequência os professores de<br />

crianças irrequietas com dificuldades de concentração propõem<br />

um esclarecimento. Nos meios de comunicação social vêem-se<br />

com frequência diferentes opiniões se em tais casos um tratamento<br />

com Ritalina é razoável. Uma certa reserva dos pais face<br />

a um tal tratamento é com certeza conveniente, mas não fazer<br />

nada não é com certeza uma solução. Quem é reservado a<br />

fazer um tratamento com Ritalina deve-se informar e procurar<br />

alternativas para ser experimentadas antes de um tratamento<br />

com Ritalina. Com frequência as crianças irrequietas com dificuldades<br />

de concentração têm simplesmente pouco sono. São<br />

recomendadas pela Ciência para as crianças 9 a 11 horas de<br />

sono e para os adolescentes 8 a 10 horas de sono.<br />

Finalmente aproveito para desejar um feliz Natal e um próspero<br />

Ano Novo!<br />

Tem perguntas que digam respeito<br />

ao direito?<br />

Envie a sua pergunta com a indicação<br />

“Lusitano” a:<br />

Bohren Rechtsanwalt,<br />

Postfach 229,<br />

8024 Zürich<br />

ou para: mail@dbohren.ch<br />

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6 LUSITANO de Zurique<br />

Comunidade<br />

Festa de Natal do CLZ<br />

SANDRA FERREIRA<br />

No fim-de-semana de 9 e 10<br />

de Dezembro, o Centro Lusitano<br />

de Zurique realizou o<br />

jantar convívio de Natal da<br />

família C.L.Z.<br />

Este jantar de Natal serviu para a associação<br />

juntar todos aqueles que de uma forma<br />

ou outra contribuiram com algo para a casa<br />

CLZ. Desde o departamento desportivo,<br />

ao folclore, à integração e patrocinadores,<br />

participaram neste jantar cerca de 150 pessoas.<br />

Um número que ilustra bem o quanto a<br />

família CLZ tem crescido nos últimos anos.<br />

No Sábado pela manhã, para animar a sala<br />

em Schlieren, teve lugar um Torneio de Sueca.<br />

Não foram muitos os participantes devido<br />

à temperatura negativa que se fazia<br />

sentir lá fora, contudo a diversão não faltou.<br />

Da parte de tarde tiveram então lugar os<br />

preparativos para o jantar de Natal. Com a<br />

sala decorada a rigor, começaram a chegar<br />

os primeiros convidados que a encheram<br />

pouco a pouco.<br />

Depois de uma deliciosa ementa, teve lugar<br />

lugar o lazer e a diversão com música e<br />

dança. A animação esteve a cargo do Mega<br />

Show e do DJ Johnny Bée que fizeram a noite<br />

prolongar-se até ao dia seguinte.<br />

No Domingo o público-alvo foram as crianças,<br />

com a tradicional festa de Natal para as<br />

crianças dos sócios do CLZ. Várias dezenas<br />

de crianças aproveitaram a tarde realizando<br />

jogos e convivendo entre eles. Como não<br />

podia faltar, receberam a visita do Pai Natal<br />

que distribuiu presentes, mas também muitos<br />

sorrisos junto dos mais pequenos.<br />

O CLZ fica feliz por conseguir, nesta época<br />

natalícia e da família, juntar a família CLZ e<br />

proporcionar bons momentos de convívio e<br />

solidariedade.


Comunidade<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 7<br />

SEGUROS<br />

Doença ( krakenkasse )<br />

210.70 Chf ( adultos / +25 anos )<br />

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8<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Desporto<br />

DESPORTO<br />

“Sonho chegar ao<br />

nível dos melhores<br />

do Mundo”<br />

Felipe Borges<br />

VA<br />

JORGE<br />

MACIEIRA<br />

Felipe Borges, nasceu em<br />

2001 na Suíça e actua no<br />

Grasshopper Club Zürich.<br />

Foi chamado à selecção<br />

Sub-17 onde se estreou<br />

num amigável e marcou na<br />

vitória contra a Turquia por<br />

uma bola a zero.<br />

Lusitano de Zurique - Felipe, com que<br />

idade chegaste ao Grasshopper?<br />

Filipe - Cheguei ao Grasshopper aos sete<br />

anos de idade e nunca mais sai de lá, mas<br />

antes estive um ano no FC Wiedikon.<br />

LZ - Quem te levou ao Clube?<br />

Filipe - Entrei num torneio pelo FC Wiedikon<br />

que joguei contra o Grasshopper<br />

Club e eles convidaram-me para ir para lá.<br />

LZ - Como foram os primeiros tempos<br />

no Clube?<br />

Filipe - Foram muitos bons, notei uma diferença<br />

enorme.<br />

LZ - A nível mundial qual o jogador que<br />

mais admiras?<br />

Filipe - O Cristiano Ronaldo e o Neymar.<br />

O Ronaldo por ter trabalhado tanto e por<br />

continuar a trabalhar para ser o melhor, o<br />

Neymar é também um jogador muito bom.<br />

LZ - Já representaste a selecção Suíça<br />

sub-15 e sub-16. Como foi?<br />

Filipe - Foi muito bom onde aprendi muito<br />

a trabalhar com muitos colegas meus.<br />

LZ - Como foi receber a notícia de estar<br />

convocado para os Sub-17 de Portugal?<br />

Filipe - Fiquei completamente sem palavras<br />

pois foi sempre um sonho jogar pela<br />

selecção portuguesa desde pequenino.<br />

Senti muito orgulho.<br />

LZ - Entre a selecção Portuguesa e Suíça<br />

qual preferes?<br />

Filipe - Obviamente escolheria a selecção<br />

portuguesa. Sem dúvidas.<br />

LZ - Como avalias o estágio na selecção<br />

portuguesa?<br />

Filipe - Foi um estágio cinco estrelas,<br />

onde eles têm lá tudo e os treinos ajudam-<br />

-nos a melhorar muito e a evoluir.<br />

LZ - Qual a diferença que notaste entre<br />

o estágio da selecção Suíça e a selecção<br />

Portuguesa?<br />

Filipe - Muitas diferenças mesmo, o nível<br />

de Portugal é muito mais exigente e obriga-nos<br />

a dar o máximo para evoluir e estar<br />

à altura.<br />

LZ - E qual teu maior sonho no futebol?<br />

Filipe - Sonho chegar ao nível dos melhores<br />

do Mundo, ganhar um título por Portugal<br />

e chegar à final da Liga dos Campeões.<br />

São os meus sonhos e pelos quais<br />

vou lutar sempre.


DESPORTO<br />

Desporto<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 9<br />

Grande Jogo-Surpresa<br />

~


10<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Comunidade<br />

Wetzikon Em Festa<br />

MARIA DOS SANTOS<br />

VA<br />

Dois de Dezembro<br />

de dois mil e dezassete<br />

nascia com o<br />

cheiro a neve, muito<br />

cinzento e frio.<br />

No coração de Wetzikon<br />

a segunda edição de uma<br />

festa que encerrou o ano<br />

com brilho próprio, o calor<br />

humano crescia a cada minuto<br />

e os responsáveis Luís<br />

Almeida; MegaShow e Paulo<br />

Barros; Rancho de Wetziokn,<br />

de mangas arregaçadas<br />

não desperdiçavam<br />

tempo. E assim ás dezoito<br />

horas, tudo estava pronto<br />

para acolher artistas e espectadores.<br />

A sala decorada com requinte<br />

e com um espectacular<br />

jogo de luzes jamais<br />

visto em salas de festas,<br />

recebia a comunidade portuguesa,<br />

vinda de quase<br />

todas as províncias helvéticas<br />

e curiosamente familiares<br />

e amigos, vieram de<br />

Portugal, para selar este<br />

evento, considerado já<br />

um clássico.<br />

O jantar tipicamente português,<br />

bem confeccionado e<br />

regado com os variados vinhos,<br />

foram objecto de muitos<br />

comentários, pelo excelente<br />

paladar. Parabéns às<br />

cozinheiras.<br />

A sala rapidamente encheu-se<br />

e o ambiente foi<br />

perfeito.<br />

Alegria muito bom humor<br />

e claro as actuações de<br />

Cláudia Martins e Minhotos<br />

Marotos, Desgarradas<br />

de Irene e Henrique Lindoso,<br />

contribuíram para que o<br />

ar respirável, fosse todo ele<br />

comicidade no seu total.<br />

Os Amigos da Concertina e<br />

o DJ Diego FM deram também<br />

à festa o seu contributo<br />

de pleno sucesso.<br />

A actuação dos Memaus,<br />

foi o momento mais delirante<br />

da noite. Energia pura<br />

em palco, com bailarinos incansáveis<br />

que dançaram<br />

ao som das espectaculares<br />

vozes deste duo que cantou<br />

e enfeitiçou.<br />

Chegou o momento dos<br />

agradecimentos; É bom<br />

saber que partilhar tantas<br />

emoções, não é dar o que<br />

nos sobra ou o que temos<br />

em excesso. Mas sim dar à<br />

nossa gente de forma irrestrita<br />

o que nos vai na alma.<br />

Depois chegou o momento<br />

dos abraços; Aqueles que<br />

são dados com sentimentos<br />

que apenas o brilho dos<br />

olhos consegue responder.<br />

E o serão continuou regado<br />

de fascínio, magia, cor<br />

e música. Dançou-se até<br />

quase o sol nascer. As gotas<br />

de suor foram visíveis,<br />

sinal de que a festa foi desfrutada<br />

no seu todo.<br />

Corpos cansados em rostos<br />

sorridentes saíam da<br />

sala, com energias de fácil<br />

leitura. Foi um serão excepcional<br />

e cativante.<br />

Em nome dos organizadores<br />

vos digo; Obrigada pela<br />

vossa presença, amizade e<br />

respeito, são vocês que nos<br />

dão força, para ficarmos em<br />

plena lucidez, equilíbrio e<br />

motivados para começar a<br />

trabalhar já na terceira edição.<br />

Cá estaremos em dois mil<br />

de dezoito, para gravar no<br />

nosso historial, as palavras<br />

que não conseguimos dizer,<br />

mas que ficam registadas<br />

no nosso coração.


Sobre a morte do<br />

Sr. Belmiro de Azevedo<br />

CARMINDO DE<br />

CARVALHO<br />

E certamente<br />

não vão faltar<br />

vozes a dizerem<br />

maravilhas<br />

dele. Que era<br />

um anjo!<br />

Que era um empresário<br />

exemplar! Quando se<br />

sabe que fazem fortunas escravizando os<br />

desgraçados e pendurados em compadrios,<br />

escandaleira, trapaceira, esquemas obscuros,<br />

etc.<br />

Aos desgraçados, dão-lhes prá bucha e uma<br />

casita que depois os seus amigalhaços se<br />

encarregam de tirar.<br />

Os mesmos desgraçados de sempre, condenados<br />

a: “compra cama, vende mesa, deita<br />

contas à pobreza! “Como diz a canção.<br />

É esta gente adorada e protegida pelos políticos,<br />

porque lhes injectam milhões nas campanhas<br />

eleitorais, que os vai sentar no poleiro do<br />

Opinião<br />

poder. É esta gente que sem vergonha, sem<br />

escrúpulos, gananciosa que se recusa a dar<br />

umas migalhas de aumento ao salário mínimo<br />

nacional. É esta gente, da qual chego a ter<br />

pena, porque na ânsia de arrebanhar milhões<br />

atrás de milhões, certamente nem tempo têm<br />

para saborear uma cerveja e uns tremoços.<br />

Talvez tenham tempo para comerem caviar<br />

que de seguida arrotam e vomitam sem o<br />

apreciar.<br />

É esta gente que apenas geram escravos, que<br />

lhes produzem a fortuna!<br />

Se ele seguisse o exemplo do Sr. Rui Nabeiro<br />

eu agora aplaudia-o. Assim, dele e de outros<br />

iguais a ele, digo: Metam-lhes nas costas<br />

umas asinhas e promovam-os a anjinhos! E<br />

que voem pra bem longe.<br />

Mas é claro que como nas ditaduras, há<br />

sempre alguém que aparece a defender o indefensável,<br />

simplesmente porque beneficiam<br />

daqueles sistemas, comem da mesma panela,<br />

tacho, pote e outra coisa que me ocorre, mas<br />

por educação abstenho-me de escrever.<br />

29 de Novembro, 2017<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 11<br />

ÓBITO<br />

Morreu<br />

Belmiro de<br />

Azevedo<br />

O líder histórico do grupo<br />

Sonae chegou a ser o homem<br />

mais rico de Portugal.<br />

Morreu no dia 29 de Novembro,<br />

aos 79 anos.<br />

O empresário que foi dono<br />

do Pingo Doce construiu<br />

uma das maiores fortunas<br />

nacionais e internacionais,<br />

chegando a ser o homem<br />

mais rico de Portugal, com<br />

lugar cativo na lista dos<br />

mais ricos do mundo, segundo<br />

a revista Forbes.<br />

Um crédito superior a CHF 10 000,– com uma taxa anual efetiva entre 7.9 % e 9.9 % (intervalo da<br />

taxa de juro) resulta, em 12 meses, num encargo total com juros entre CHF 417,80 a CHF 521,00.<br />

Taxa de juro dependente da qualidade do crédito do cliente. Observação de acordo com a lei:<br />

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12 LUSITANO de Zurique<br />

Comunidade<br />

Portugal em Montreux<br />

MARIA DOS SANTOS<br />

VA<br />

Montreux situa-se na província<br />

de Waadt, com os seus<br />

390 metros acima do nível<br />

do mar. Podemos assim dizer,<br />

que goza de um clima,<br />

quase mediterrâneo.<br />

Certo é que esta bela cidade<br />

nos privilegia, com paisagens<br />

difíceis de descrever. A sua<br />

beleza entre o lago Leman e<br />

as montanhas, agora carregadas<br />

com o seu manto branco,<br />

deixa-nos embarcar numa<br />

nostalgia contagiante.<br />

O mês de Dezembro tem o poder<br />

de fazer desta região, um<br />

autêntico mar de magia.<br />

Luzes, cores, decorações natalícias,<br />

figuras que apenas<br />

e só podemos contemplar no<br />

mês de Dezembro, projecções<br />

nos edifícios mais emblemáticos,<br />

fazem-nos parar e admirar<br />

todo o entorno.<br />

A Suíça é sobejamente conhecida<br />

pelos seus mercados<br />

de Natal, que ao longo destes<br />

últimos anos nos oferecem, de<br />

tudo um pouco.<br />

Como 2017 Portugal foi convidado<br />

de honra para mostrar a<br />

sua cultura.<br />

Um grande pavilhão foi construído<br />

para este efeito e que<br />

chamaram “Saudades”. A<br />

decoração interna, levou-nos<br />

logo até à cidade invicta, Porto,<br />

com um enorme painel a<br />

mostrar as famosas caves<br />

de vinho do Porto, as pontes<br />

que embelezam o Rio Douro<br />

e como não a nossa gastronomia.<br />

Mas o que mais chamou a<br />

atenção de todos os visitantes,<br />

foi a voz poderosa e firme<br />

do fadista Emanuel Soares,<br />

acompanhado de uma guitarra<br />

e uma viola.<br />

A comunidade portuguesa esteve<br />

bem presente e éramos<br />

muitos a aplaudir e a cantar o<br />

nosso fado. Foi um momento<br />

de gáudio, emoção e sobretudo<br />

de afirmação em como a<br />

nossa cultura é tão bem aceite<br />

e tão bem aplaudida.<br />

Fadista e acompanhantes,<br />

regressaram ao restaurante<br />

Saudade, onde a noite de fados<br />

continuou, entre sorrisos,<br />

aplausos e muito divertimento.<br />

Parabéns á Associação Colaboração<br />

Luso Suisse que se<br />

empenhou nesta parceria de<br />

convidados de honra, para representar<br />

os nossos hábitos,<br />

costumes e comportamentos.<br />

O Pai Natal fazia o percurso<br />

num trenó construído a cinco<br />

metros de altitude de um<br />

extremo ao outro do lago. As<br />

crianças, de olhos bem apertos,<br />

entre gritos de alegria<br />

aplaudiram este momento tão<br />

esperado.<br />

A confraternização das mais<br />

de 160 barraquinhas construídas<br />

no passeio ao lado do<br />

lago, foi exemplar. Tínhamos<br />

onde escolher produtos de todas<br />

as espécies e culturas.<br />

O Castelo de Montreux é considerado<br />

pelo escritório de turismo<br />

o mais bonito da Suíça,<br />

foi aqui que também morreu<br />

Freddie Mercury e onde uma<br />

estátua foi construída em honra<br />

do seu percurso profissional.<br />

O museu em honra deste<br />

artista que ainda hoje cantamos,<br />

aconselho também a visitar.<br />

Para os amantes da natureza,<br />

seja inverno, primavera ou verão<br />

a montanha de Rochers de<br />

Naye, com um espaço dedicado<br />

às marmotas, merece também<br />

uma visita.<br />

Que todos nós possamos ser<br />

felizes e sobretudo que a nossa<br />

comunidade continue a trabalhar<br />

na preservação do nosso<br />

património cultural.<br />

Bem-vindo <strong>2018</strong>.


Comunidade<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 13<br />

Tese na defesa do nosso<br />

Património Cultural<br />

MARIA DOS SANTOS<br />

VA<br />

Foi no dia 27 de Novembro que<br />

na escola Cantonal de Lucerna<br />

e com uma tese, excelentemente<br />

elaborada, Melanie Martins,<br />

defendeu o nosso folclore<br />

O dia nasceu, com o seu céu carregado<br />

de nuvens, alguma chuva<br />

e muito frio. O nervosismo acabou<br />

por acordar esta menina de<br />

tenra idade, mas com os pés e o<br />

seu conceito de vida, muito bem<br />

organizados. Saber o que se<br />

quer e desfrutar dessa realidade,<br />

está apenas no espírito de alguns.<br />

Melanie levou o folclore em<br />

terras helvéticas à escola que a<br />

forma para um futuro, espero eu<br />

risonho!<br />

Foi sobre a atenção de duas professoras<br />

e muitos amigos que a<br />

sala se transformou, quase numa<br />

Romaria. Todos cuidadosamente<br />

vestidos e com os rostos sorridentes.<br />

A palestra começou com<br />

a voz tremula desta jovem, mas<br />

que muito rapidamente se serenou<br />

e encheu a sala de entusiasmo.<br />

Depois da teoria detalhada<br />

do que é o nosso folclore, passamos<br />

à prática.<br />

Cinco pares foram apresentados,<br />

num palco que marcou certamente<br />

a alma dos presentes.<br />

Devidamente trajados, podemos<br />

apreciar de perto um dos<br />

mais característicos do nosso folclore.<br />

O traje de Romaria; Lavradora<br />

Abastada; Traje do Camponês<br />

e Camponesa e os famosos<br />

noivos. Depois das devidas explicações,<br />

que mereceram o aplauso<br />

dos professores e que ousaram<br />

inclusivo tocar os tecidos,<br />

dos trajes, dançaram sobre os<br />

olhares curiosos mas com uma<br />

satisfação ímpar. Todos nós saímos<br />

da sala convencidos de que<br />

esta aluna iria atingir o seu objectivo;<br />

conquistar uma boa nota. E<br />

assim foi. Muitas horas de investigação,<br />

sobre os nossos usos e<br />

costumes, reorganizar toda esta<br />

tese e apresentá-la não foi fácil.<br />

Mas o cinco, cinco como nota<br />

final, mereceu o estudo e agora<br />

desejamos à Melanie, muito sucesso<br />

pessoal e profissional e<br />

que a cultura portuguesa, continue<br />

enraizada na sua vida e que<br />

um dia, possamos ainda aplaudir<br />

o seu percurso folclorista, no rancho<br />

de Lucerna. Parabéns a todos<br />

aqueles que além fronteiras<br />

consegues estar aqui, com as<br />

cores da nossa cultura.<br />

Melanie Martins acompanhada pelas professas da escola Kantonal em Lucerne.


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Saúde<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 15<br />

Obesidade<br />

genética para a doença. Esta predisposição tem origem em vários<br />

genes que controlam o apetite e o metabolismo orgânico, associados<br />

ao desenvolvimento da obesidade.<br />

V Zuila Messmer<br />

A obesidade é o acúmulo de tecido adiposo (gordura) no organismo,<br />

considerada actualmente como um dos mais graves problemas<br />

de saúde do século XXI e uma das causas de mortes no<br />

mundo que pode ser evitada. As estatísticas indicam que, existem<br />

tantos casos de obesidade em adultos como em crianças.<br />

Esse acúmulo de peso é calculado através do índice de massa<br />

corporal (IMC), que é uma medida internacional adoptada pela<br />

Organização Mundial de Saúde (OMS), com finalidade de avaliar<br />

o peso ideal das pessoas, representada pela fórmula abaixo, na<br />

qual consiste em se dividir o peso corporal (em quilogramas) pelo<br />

quadrado da altura (m). O resultado é interpretado de acordo com<br />

a tabela de classificação.<br />

- Alguns medicamentos como a insulina, antidepressivos, glucocorticóides<br />

e hormónios utilizados no tratamento de doenças físicas<br />

e mentais são desencadeadores, bem como os utilizados em<br />

problemas da glândula tiróide e nos transtornos do crescimento,<br />

aumentam o risco da obesidade.<br />

Entre outros factores que influenciam no aumento do peso, destaca-se,<br />

a descarga hormonal lançada no organismo durante a<br />

gravidez, consequentemente a quantidade de gravidez, o número<br />

de filhos.<br />

- No caso do stress, muitas pessoas o compensam, alimentando-se.<br />

- Os fumantes, ao pararem com o vício, tendem a princípio aumentar<br />

de peso.<br />

Consequências<br />

A obesidade aumenta a possibilidade de doenças cardiovasculares,<br />

tais como (colesterol e pressão arterial alta, problemas nas<br />

artérias coronárias - do coração), diabetes, apnéia do sono, cancro,<br />

asma, doenças hepáticas (no fígado), osteoartrite (nos ossos,<br />

juntas e ligamentos do corpo) bem como, complicações físicas e<br />

psicológicas.<br />

O excesso de peso reduz o tempo de vida e leva cerca de 3,4<br />

milhões de adultos à morte em cada ano.<br />

Tratamento<br />

O tratamento básico é uma dieta apropriada, a prática de exercícios<br />

físicos e alterações no estilo de vida. Diante da redução do<br />

peso, o qual dever ser a longo prazo, as mudanças e evolução<br />

do tratamento, se faz necessário um acompanhamento contínuo,<br />

para adaptá-lo a nova realidade clínica do paciente.<br />

Vale informar que, o cálculo e a classificação desses dados<br />

se diferenciam para as crianças e idosos, visto que, se leva<br />

em consideração a idade e o sexo da pessoa.<br />

As causas mais comuns da obesidade estão associadas a uma<br />

alimentação híper energética, a falta de exercício físico, a genética,<br />

aos transtornos endócrinos, mentais e certos medicamentos.<br />

Existem dois aspectos importantes concernentes à alimentação<br />

os quais são - a grande quantidade de alimento ingerido e o tipo<br />

de alimento, se é saudável ou não. Acontece que, no geral, na<br />

vida moderna, a maior parte da energia consumida em excesso<br />

provém dos hidratos de carbono, encontrados nas bebidas açucaradas,<br />

frituras (batatas fritas e outras), e nos fast-food, considerados<br />

alimentos hipercalóricos, vinculados a obesidade.<br />

- O estilo de vida sedentário. A redução das actividades físicas, a<br />

moderna tecnologia e o uso de maquinarias no trabalho faz com<br />

que se necessite cada vez menos de movimentos e esforços. No<br />

caso das crianças, os brinquedos electrónicos, a proximidade das<br />

escolas com as residências dos alunos, reduzem o percurso feito a<br />

pé, a caminhada, consequentemente os movimentos, os esforços.<br />

- Genética: A obesidade é maior nas pessoas com predisposição<br />

Com relação à dieta, se elimina ao máximo alimentos calóricos,<br />

ou seja, que contenham grande quantidade de gordura e açúcar.<br />

Vale salientar que, as alterações na dieta e no estilo de vida são<br />

fundamentais na limitação e controle do ganho de peso, principalmente<br />

durante uma gravidez, e os reflexos positivo na saúde da<br />

mãe e da criança.<br />

Também existe o tratamento medicamentoso, prescrito com o objectivo<br />

de reduzir o apetite e a ingestão de alimentos.<br />

Quando a dieta, os exercícios e a medicação não são suficientes<br />

e satisfatórios para reduzir o peso ideal, pode-se recorrer a<br />

um tratamento radical, a cirurgia bariátrica, na qual consiste na<br />

redução no volume do estômago e do comprimento do intestino,<br />

fazendo com que a pessoa sinta-se rapidamente saciada de sua<br />

fome, alimentando-se menos e havendo menor absorção dos nutrientes<br />

alimentares.<br />

Importante informar que, é fundamental, mesmo após o tratamento<br />

cirúrgico, manter os cuidados necessários. Praticar exercícios,<br />

manter dieta e alimentação saudável são imprescindíveis, pois<br />

os riscos do sobrepeso continuam a existir e a obesidade poderá<br />

ainda voltar.<br />

No tratamento contra a obesidade é fundamental ter disciplina<br />

e determinação. Lembre-se: Se queres, tu podes, Se podes, tu<br />

consegues !


16<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Comunidade<br />

V DOMINGOS PEREIRA<br />

É MAIS FÁCIL<br />

CRIAR MEDIDAS<br />

DE INTIMIDAÇÃO<br />

MESMO NÃO<br />

SABENDO COMO<br />

PÔ-LAS EM<br />

PRÁTICA.<br />

Em <strong>Janeiro</strong> de 2017 o governo lançou o projecto<br />

“Carta sobre Rodas” integrado no programa<br />

Simplex +. O projecto digital que veio simplificar<br />

e possibilitar que diversos serviços sejam<br />

possíveis através da via Online do Instituto da<br />

Mobilidade e dos Transportes Terrestes (IMTT).<br />

O Governo pretendia acelerar o processo em<br />

torno das cartas de condução e combater os<br />

atrasos habituais, de dois anos.<br />

Passado um ano e, segundo a página oficial do<br />

IMTT o período de espera é de “cerca de nove<br />

meses”. Para o caso concreto de substituição de<br />

carta de condução estrangeira para portuguesa<br />

é um processo sem período definido. O motivo<br />

é, que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes<br />

Terrestres português não reconhece o<br />

departamento homologo suíço. Mesmo sendo<br />

a Suíça (parceiro de Portugal) um estado reconhecido<br />

dos Países aderentes às Convenções<br />

Internacionais sobre Trânsito Rodoviário.<br />

A verdade é, que este Simplex+ veio retirar a<br />

competência a Bundesamt für Strassen (ASTRA)<br />

para autenticar os documentos anteriormente<br />

por ela emitidos, reconhecidos e substituídos e,<br />

transferir estas competências os consulados e<br />

embaixadas de Portugal na Suíça, como se pode<br />

constatar ao consultar a os balcões de atendimento<br />

ou os serviços Online do IMTT neste caso<br />

na rubrica condições, lê-se a seguinte citação:<br />

“Declaração do Consulado ou Embaixada do<br />

país emissor do título, comprovativa da autenticidade,<br />

da data de emissão e respectiva<br />

validade, e das categorias de veículos a que<br />

está habilitado, com as respectivas datas e<br />

restrições.”<br />

No ultimo ano o IMTT tem seguido à risca este<br />

procedimento. Aqui inicia-se o jogo do pingue-<br />

-pongue para centenas cidadãos, entre o requerer<br />

da dita declaração no consulado ou embaixada<br />

e estes recusarem-se porque não lhes<br />

compete validar a autenticidade de um documento<br />

Suíço. Requerer à Bundesamt für Strassen<br />

(ASTRA) autoridade competente e o não reconhecimento<br />

do IMTT.<br />

O paradoxo em tudo isto, não é o zelo dos funcionários<br />

do IMTT, mas sim o procedimento do<br />

Sr. Embaixador e dos seus mais directos colaboradores,<br />

que estando diariamente confrontados<br />

com estas situações não tenham cumprido<br />

com o seu caderno de encargos e quem se lixa é<br />

o mexilhão.<br />

Aprontex<br />

Uma outra medida anunciada pelo ministro<br />

Eduardo Cabrita que certamente vai afectar os<br />

cidadãos emigrantes proprietários de terrenos.<br />

A proposta apresentada pelo Sr. Ministro e pelo<br />

seu partido PS no Orçamento de Estado, consta<br />

que, - provavelmente já em <strong>Janeiro</strong> - vamos ter<br />

novas regras que serão mais severas para quem<br />

não efectue a limpeza de terrenos próximo de<br />

habitações.<br />

Esta proposta no meu ver é bem-vinda, mas<br />

esta forma de fazer as coisas em cima-do-joelho<br />

certamente se obterá um resultado, a que<br />

o povo define; tudo resultará em água de bacalhau.<br />

Estamos em <strong>Janeiro</strong> e, deverá ser ainda aprovada<br />

a legislação. As operações de limpeza devem<br />

ser realizadas até ao 15 de Março, quem não<br />

cumpra as novas regras deverá ser punido com<br />

coimas a duplicar que segundo o valor previsto<br />

na lei já existente vai dos 140 aos 5000 euros<br />

para pessoas singulares e 800 até 60 000 para<br />

pessoas colectivas.<br />

A fiscalização ficará a cargo das autarquias, assim<br />

como a obrigatoriedade de informar, convocar<br />

por escrito o proprietário e este terá cinco<br />

dias úteis para responder. No caso em que o<br />

proprietário não se manifeste a realização dos<br />

trabalhos de limpeza tem de ser realizados pela<br />

autarquia até 31 de Maio e as despesas serão assumidas<br />

pelo proprietário ou por quem explora<br />

os terrenos.<br />

Será que autarquias tem recursos para fazer levantamento<br />

das centenas de milhar de parcelas<br />

de terreno, proprietários ou produtores florestais<br />

que estejam a explorar os terrenos em<br />

causa, realizar todo o trabalho de corte e desbaste,<br />

remoção e eliminação da massa residual<br />

no prazo de dois meses?<br />

Será que o Sr. Ministro ao avançar com esta<br />

proposta também se referia aos terrenos do estado<br />

e todas as linhas de tráfego terrestre? Será<br />

que pensou o que fazer aos milhares de toneladas,<br />

metros cúbicos de sobrantes (biomassa)<br />

que resultam da limpeza das matas?<br />

Será que o Sr. Ministro na sua proposta pensou<br />

em lançar uma campanha de informação de<br />

sensibilização aos proprietários principalmente<br />

os que estão a residir no estrangeiro?<br />

Não, claro que não. É mais fácil criar medidas<br />

de intimidação mesmo não sabendo como pô-<br />

-las em prática.


Comunidade<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 17<br />

Curtas da emigração<br />

II Encontro de Investidores<br />

da Diáspora<br />

Novo escritório consular no Brasil<br />

No passado dia 15 e 16 de Dezembro, a atractiva cidade<br />

de Viana do Castelo recebeu o II Encontro de Investidores<br />

da Diáspora, no Forte de Santiago da Barra,<br />

numa iniciativa conjunta da Secretaria de Estado<br />

das Comunidades Portuguesas/Gabinete de Apoio<br />

ao Investidor da Diáspora (GAID) e do Município de<br />

Viana do Castelo.<br />

O encontro, que teve como principal objectivo promover<br />

a dinamização do tecido empresarial da diáspora<br />

portuguesa e do seu duplo potencial, enquanto origem<br />

de fluxos de investimento e destino de iniciativas<br />

de diversificação de mercados por parte de empresários<br />

portugueses, juntou cerca de meio milhar de<br />

investidores lusos vindos de todo o mundo,<br />

Luso-australiano é a esperança<br />

do snowboard<br />

português para os Jogos<br />

Olímpicos<br />

Portugal quer criar um escritório consular e ampliar seu quadro de<br />

funcionários na cidade brasileira de Santos, informou o secretário de<br />

Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, durante<br />

uma visita oficial ao Brasil.<br />

Pedidos de residência e passaporte<br />

por portugueses dispararam<br />

após Brexit<br />

Desde o referendo<br />

que ditou a saída do<br />

Reino Unido da União<br />

Europeia, em Junho<br />

de 2016, um total de<br />

40.673 portugueses<br />

pediram documentos<br />

de residência no Reino<br />

Unido, de acordo com<br />

estatísticas oficiais divulgadas<br />

hoje.<br />

Christian de Oliveira,<br />

18 anos,<br />

nasceu na Austrália,<br />

país pelo<br />

qual competiu<br />

até este ano,<br />

e vive nos Estados<br />

Unidos,<br />

mas é filho de<br />

pai português,<br />

de Viseu, e<br />

quando foi contactado<br />

pela Federação de Desportos de Inverno de<br />

Portugal (FDIP) deixou o progenitor orgulhoso ao aceitar<br />

representar Portugal, contou Nuno Marques seleccionador<br />

nacional da modalidade.<br />

O luso-descendente é a esperança para as cores nacionais<br />

no snowboard se estrearem nos Jogos Olímpicos<br />

de Inverno, que decorrem entre 09 e 25 de Fevereiro<br />

do próximo ano na cidade sul-coreana. Pyeong Chang


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Recantos helvéticos<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 19<br />

OVRONNAZ<br />

Um dos melhores paraísos termais<br />

MARIA DOS SANTOS<br />

VA<br />

Terminamos dois mil e dezassete,<br />

quiçá muitos de nós<br />

com as energias desgastadas...e<br />

porque não começar<br />

o novo ano, repondo tudo<br />

aquilo, do que o nosso corpo<br />

necessita?<br />

O meu primeiro conselho para<br />

este ano que acaba de começar<br />

é: Uma escapada à província<br />

do Wallis, onde encontramos<br />

um espaço físico, admirável,<br />

confortável e sobretudo muito<br />

bem equipado. As suas piscinas<br />

térmicas, com águas variadas,<br />

não só na temperatura,<br />

mas também na sua riqueza terapêutica,<br />

proporciona-nos uns<br />

dias deslumbrantes. Aberta até<br />

às 22:00 cada dia, é durante a<br />

noite que o efeito das luzes, nos<br />

transportam, á magia da fantasia<br />

sonhada. Massagistas, terapeutas,<br />

médicos, assistentes,<br />

põem ao dispor dos visitantes<br />

uma gana de conceitos, aos<br />

quais sucumbimos facilmente.<br />

As águas termais ricas nos mais<br />

variados minerais, ajudam-nos<br />

a favorecer todo o sistema<br />

nervoso central, a melhorar os<br />

problemas do aparelho digestivo,<br />

doenças relacionadas com<br />

a parte mecânica dos músculos,<br />

problemas de circulação,<br />

entre muitos outros. Excelente<br />

para cuidar do nosso coração,<br />

a montanha Muverans convida-<br />

-nos a um passeio de tirar o folgo.<br />

Qual seja a estação do ano,<br />

é um lugar a conhecer, explorar<br />

e sobretudo é nele que se pode<br />

renascer, ou recomeçar uma<br />

nova vida.<br />

As cadeiras camas, com vista,<br />

para uma cordilheira dos Alpes,<br />

ajudam-nos facilmente a fazer,<br />

novos projectos e sobretudo definir<br />

prioridades. Considero eu<br />

que estas prioridades são quiçá<br />

o mais difícil de escolher.<br />

Em Ovronnaz fala-se francês,<br />

um idioma acessível à maioria<br />

da comunidade portuguesa. No<br />

entrando devo dizer, que não<br />

existe algum problema de comunicação,<br />

pois nesta estância<br />

trabalham, mais de cem portugueses.<br />

Um grupo que tive o<br />

prazer de conhecer e tratar e<br />

devo dizer; pessoas amáveis,<br />

simpáticas e sobretudo de espírito<br />

aberto.<br />

Ovronnas situa-se a mil e trezentos<br />

metros de altitude e<br />

para aqueles que sofrem de<br />

vertigens, as curvas estreitas<br />

e a subidas vertiginosa, pode<br />

causar alguma que outra perturbação.<br />

Vamos tentar que dois mil e dezoito,<br />

seja um ano com menos<br />

desastres climatéricos, que a<br />

economia mundial possa encontrar<br />

uma estabilidade, que<br />

os agressores sexuais, criminosos<br />

e delinquentes sejam<br />

verdadeiramente punidos e que<br />

o mundo reconheça que sem<br />

amor, cumplicidade e respeito<br />

não se pode viver.


20 LUSITANO de Zurique<br />

Crónica<br />

Arminda, António e Lázaro:<br />

ou migrantes sem Reis magos<br />

V<br />

COSTA GUIMARÃES<br />

[jornalista]<br />

A Arminda tem 81 anos e<br />

vive numa grande cidade,<br />

mas toda a vizinhança diz<br />

que não aparenta a idade<br />

que tem porque é muito activa,<br />

ainda que sinta algumas<br />

limitações.<br />

Vive só desde que enviuvou<br />

mas teimou em ficar na sua<br />

casa onde viveu alegrias e<br />

tristezas com o seu marido,<br />

ao longo de mais de 50 anos.<br />

Também não quer ser um<br />

peso e alterar a vida dos<br />

seus filhos.<br />

Na tranquilidade da sua casa,<br />

sem o reconhecer em voz alta,<br />

sente-se só muitas vezes...<br />

agravada com cada vez mais<br />

dores e maior cansaço que alimentam<br />

o medo de estar tanto<br />

tempo só.<br />

Ela exigiu aos filhos que a deixassem<br />

em sua casa mas espera<br />

que algum lhe diga se não<br />

gosta de estar acompanhada.<br />

É assim que Arminda fica, cada<br />

dia que passa, mais desanimada,<br />

e um dia destes insinuou<br />

esta tristeza a uma vizinha e<br />

esta respondeu-lhe: — por este<br />

caminhar vais ficar deprimida.<br />

Para ouvir isto, pensou com os<br />

seus botões, mais valia estar<br />

calada.<br />

António vive numa aldeia grande<br />

a uns quantos quilómetros<br />

da avó Arminda. Estudou artes<br />

e está encantado com a sua<br />

caminhada profissional mas<br />

não criou nada realmente seu.<br />

Está a pensar em frequentar<br />

uma academia de artes ou um<br />

professor que o ajude mas não<br />

tem dinheiro porque o que ganha<br />

agora dá para chegar até<br />

ao fim do mês e nada sobra.<br />

Também não quer ser um peso<br />

para ninguém mas deu conta<br />

que na sua aldeia grande não<br />

© geralt


Crónica<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 21<br />

existe nenhuma escola que<br />

prepare os jovens para as artes<br />

e os horários dos autocarros<br />

para a grande cidade não<br />

se ajustam às necessidades.<br />

Quando andava na Universidade<br />

havia um autocarro que<br />

os levava a todos. Pensou em<br />

procurar algo para trabalhar<br />

neste Natal assim poupar algum<br />

para a Faculdade e escreveu<br />

vários currículos on-line.<br />

Ao saber desta intenção do<br />

neto, Arminda sente uma<br />

grande alegria e um calor interior<br />

que anima os seus dias de<br />

solidão. Chamou o António e<br />

este deu-lhe conta da vontade<br />

de começar a trabalhar numa<br />

tenda de campanha de Natal<br />

a poucos quilómetros de sua<br />

casa.<br />

Os horários não permitem ir e<br />

vir à sua aldeia. Teve a ideia<br />

de se instalar na casa da Avó<br />

Arminda.<br />

Que alegria fez estremecer o<br />

coração da Avó, quando António<br />

lhe manifestou esta vontade.<br />

Ele é carinhoso e responsável.<br />

À primeira não quis<br />

tentar porque não quer ser um<br />

peso para a avó, mas sempre<br />

se animou, prometendo que a<br />

ajudará em tudo o que precisa<br />

a avó, em sua casa.<br />

Arminda sabe isso de cor e<br />

salteado e o António nunca foi<br />

um peso, antes pelo contrário.<br />

Sempre foi aquele netinho singular<br />

(sem o dizer a ninguém<br />

para não criar ciúmes).<br />

A avó Arminda sabe que as<br />

aulas estão a correr bem e<br />

acredita que António ainda<br />

tem dúvidas. Ao ver o seu entusiasmo,<br />

insiste para que António<br />

venha para sua casa e a<br />

sua presença lhe basta.<br />

Após a conversa entre avó e<br />

neto, Arminda sente-se menos<br />

cansada e mais tranquila.<br />

António sabe que não lhe vai<br />

tirar anos de vida aos 81 anos<br />

da avó, mas traz-lhe a esperança,<br />

alimenta-lhe a ilusão.<br />

Com o António, está a chegar<br />

uma época de alegria que Arminda<br />

não esperava.<br />

Será que o Senhor ouviu a sua<br />

oração?<br />

Certamente. Este ano, o advento<br />

trouxe a esperança boa<br />

à sua vida.<br />

Esta história de Arminda remete-nos<br />

para a certeza esquecemos<br />

todos os dias: o inferno<br />

e a tortura das avós Armindas<br />

somos nós tanto como o paraíso<br />

e a felicidade dos que estão<br />

juntos de nós podem ser todos<br />

os Antónios do mundo.<br />

Quantas vezes cedemos é inútil<br />

e megalómana tentação de<br />

querer mudar o mundo, essa<br />

entidade abstracta que é igual<br />

a zero em humanidade. É uma<br />

carapaça mental para justificar<br />

a nossa falta de vontade. Depois<br />

diremos, bem tentei, mas<br />

não consegui.<br />

A realidade é concreta. A avó<br />

Arminda é real e está próxima,<br />

ao lado, e é através da nossa<br />

presença junto dela que os<br />

Antónios podem melhorar o<br />

mundo.<br />

A avó Arminda desta história<br />

é realidade pura e os Antónios<br />

desta História deixaram de ser<br />

coincidência.<br />

Todos sabemos que existem<br />

Armindas e Antónios dando a<br />

volta aos problemas e à solidão<br />

sem os chutar das suas<br />

vidas mas tu, eu, nós, devemos<br />

contribuir para a partilha<br />

de esperanças desde que os<br />

Antónios se aventurem ao encontro<br />

com as avós Armindas<br />

Finalmente, os Antónios também<br />

devem avisar as avós<br />

Armindas para não pensarem,<br />

nunca, que as suas dores e<br />

maleitas nos molestam. Há-de<br />

aparecer-lhes um António —<br />

sem se dar conta — para as<br />

ajudar.<br />

As avós Arminda deste tempo<br />

de isolamento em cidades<br />

enormes devem assumir que,<br />

na sua fragilidade, tem de<br />

aprender a pedir ajuda aos Antónios,<br />

ainda disponíveis para<br />

fazer das fraquezas força. A<br />

redoma da solidão transforma-<br />

-se num castelo inexpugnável.<br />

As avós Arminda devem acreditar<br />

nos Antónios que ainda<br />

percebem que “não há justiça<br />

nem paz social enquanto Lázaro<br />

jazer à porta da nossa<br />

casa (cf. Lc 16, 19-21)”.<br />

Existem ainda Antónios que<br />

tratam do Lázaro, pedinte,<br />

coberto de úlceras e faminto<br />

ao ponto de se contentar com<br />

comer das migalhas caídas da<br />

mesa do dono da casa a cuja<br />

porta estava.<br />

O emigrante é uma qualquer<br />

forma de Lázaro, não por ser<br />

pobre, mas porque está distante<br />

dos bens de que necessita,<br />

a eles não tem acesso,<br />

mesmo que esteja fisicamente<br />

próximo deles.<br />

A sua condição primeira de excluído<br />

não é económica, ética<br />

ou política, mas antropológica:<br />

nasce da desclassificação da<br />

sua realidade humana.<br />

Gosto da expressão “atirar pela<br />

janela fora” porque o emigrante<br />

está do lado de fora da casa:<br />

quem está dentro consideram-<br />

-se verdadeiramente humanos<br />

e dignos do banquete.<br />

Mesmo que este “atirar pela<br />

janela fora” se devesse a algo<br />

que Lázaro fizera, a sua erradicação<br />

do meio dos seres humanos<br />

seria sempre excessiva,<br />

pois a nenhum ser humano<br />

compete negar a comum humanidade<br />

a outro. É no seio da<br />

humanidade que os problemas<br />

humanos individuais devem<br />

ser resolvidos.<br />

Hoje, Lázaro é uma pessoa,<br />

um ser humano. Não é para<br />

isto que a humanidade é, para<br />

ser assassina de si mesma.<br />

O possuidor de pão em abundância<br />

que tem Lázaro à porta<br />

esperando pelas migalhas<br />

casuais não é um ser humano,<br />

uma pessoa, mas um ser que<br />

age como se uma besta fora.<br />

Não reconhecer o que é humano<br />

no outro, é não reconhecer<br />

o que tem em comum comigo.<br />

Não se recusa o pão ao amigo.<br />

A recusa do pão é um acto de<br />

inimizade que implica a necessidade<br />

de migrar, para preservar<br />

a vida ou a dignidade.<br />

Negar o pão a alguém é um<br />

acto ético, não de um cão, não<br />

de uma máquina. O mais são<br />

desculpas bem estudadas por<br />

quem é bem pago para as estudar.


22<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Neurociência<br />

Envelhecimento,<br />

Longevidade<br />

e Imortalidade<br />

© aamiraimer<br />

V NELSON LIMA (*)<br />

(*) Director Geral e Coordenador<br />

Nacional do Grupo<br />

INSTITUTO DA INTELIGÊNCIA<br />

PORTUGAL<br />

Director na Europa do CINEAC<br />

Centro de Inovação Educacional<br />

Augusto Cury (Brasil)<br />

Professor de Neurociência,<br />

Coordenador e Orientador na<br />

Universidade do Futuro (Brasil)<br />

Director da Divisão de Investigação<br />

da EURADEC (Associação<br />

Europeia para o Desenvolvimento<br />

da Educação e da Cidadania,<br />

ALEMANHA) e da WEA<br />

- World Education Association<br />

for Sustainable Development<br />

and Global Citizenship, SUIÇA)<br />

Representante da ZIGMA CON-<br />

SULTING (América Latina), em<br />

Portugal.<br />

Lembro-me de, quando era criança, acreditar<br />

que iria viver muitos anos porque achava a<br />

vida um processo muito interessante, merecedor<br />

de tempo suficiente para ser apreciado.<br />

Penso que essa minha esperança se devia<br />

ao facto de sempre ter vivido com meus avós<br />

(por conseguinte bem mais idosos do que<br />

meus pais que trabalhavam no Brasil) e ainda<br />

por constar na família que uma minha trisavó<br />

teria chegado aos 120 anos de idade (aliás,<br />

lembro-me de ter ouvido descrever acontecimentos<br />

relativos às invasões de Napoleão<br />

Bonaparte em Portugal - que foram presenciadas<br />

por meus antepassados - e que minha<br />

avó materna havia ouvido de sua avó, a tal senhora<br />

super-centenária).<br />

Talvez por isso eu viria a interessar-me por todas<br />

as ciências que directa ou indirectamente<br />

estudam o processo do envelhecimento e da<br />

longevidade - temas que abordo com alguma<br />

frequência no facebook.<br />

TEMPO DE VIVER MAIS<br />

Com a melhoria geral da qualidade de vida nos<br />

últimos 100 anos, a esperança de vida humana<br />

subiu para valores nunca antes conhecidos. O<br />

número de idosos centenários e até supercentenários<br />

(mais de 110 anos) está também a aumentar<br />

em alguns países.<br />

Esta capacidade de se poder viver mais tempo<br />

ainda é um dado frágil se bem que também o<br />

número de idosos activos e saudáveis esteja a<br />

crescer. Os “truques” são simples e não passam<br />

de 3 ou 4 os factores-chave que podem ser controlados,<br />

sendo um deles uma alimentação adequada.<br />

Mas os cientistas já não se contentam com isso<br />

e muitos biólogos procuram entender os mecanismos<br />

do envelhecimento estudando não apenas<br />

os idosos excepcionais mas os animais que<br />

praticamente são imortais ou quase (pelo menos<br />

quando comparados connosco).<br />

Atualmente são conhecidos alguns que vivem<br />

imensos anos, por vezes sem mostrarem sinais<br />

de envelhecimento, o que não deixa de surpreender.<br />

O cardiologista e nutricionista francês Frédéric<br />

Saldmann, autor de vários livros sobre o assunto,<br />

revela alguns pequenos animais que se destacam<br />

pela sua resistência ao envelhecimento ou<br />

pela capacidade de viverem centenas de anos<br />

(existem outros animais, como algumas espécies<br />

de tartarugas, mas aqui são apenas considerados<br />

os “excecionais”, uma classe à parte como<br />

poderão constatar).<br />

São eles o rato-toupeira africano que consegue<br />

viver 30 anos (o que equivale a 600 anos de vida<br />

humana) e que resiste a tumores malignos e a<br />

doenças cardíacas; a rã “sylvatica” do extremo-<br />

-norte do Canadá que é capaz de sobreviver<br />

completamente congelada por longos períodos<br />

(o seu corpo cria um tipo de gel natural que a<br />

protege); alguns tipos de medusas que conseguem<br />

o extraordinário feito de rejuvenescer após<br />

cada reprodução mantendo-se imortais; o mo-


Neurociência<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 23<br />

lusco “arctica islandica” (foi encontrado um<br />

exemplar com 405 anos de idade) e, por<br />

fim, o minúsculo „urso de água” que consegue<br />

resistir a temperaturas extremas como<br />

250 graus negativos ou 150 graus positivos<br />

e mesmo a fortes radiações (crê-se que<br />

este animal terá chegado à Terra num meteorito,<br />

o que abriu já uma nova linha de<br />

investigação sobre vida extraterrestre).<br />

TEMPO DE VIVER MELHOR<br />

O animal mais interessante para a compreensão<br />

do processo da longevidade e da<br />

imortalidade é o das medusas da espécie<br />

“turritopsis nutrícula” originárias dos mares<br />

das Caraíbas e que retomam a juventude<br />

após se reproduzirem. O que se passa com<br />

esse animal é ainda um mistério para a<br />

ciência. Como é que ele recupera de forma<br />

rápida a sua anterior juventude e assim se<br />

mantém imortal colonizando as águas profundas<br />

de todos os oceanos?<br />

Existem várias teorias para além da curiosidade<br />

natural que este caso suscita. É<br />

óbvio que este molusco e os outros animais<br />

nada têm de semelhança com o ser<br />

humano e nada permite que da sua longa<br />

resistência e longevidade se possam tirar<br />

“lições” para o nosso próprio processo de<br />

envelhecimento. Seja como for, estes autênticos<br />

“fenómenos da natureza” abrem<br />

as portas para o estudo do envelhecimento,<br />

da longevidade e da imortalidade a vários<br />

níveis.<br />

Relatos histórico-religiosos, embora não<br />

consistentes devido à falta de dados seguros,<br />

falam de alguns seres humanos que<br />

terão vivido centenas de anos. Abraão é<br />

um deles. Estaremos a entrar no campo<br />

da mitologia ou da pura especulação, mas<br />

há quem, na ciência, não ponha completamente<br />

de parte a hipótese da longevidade<br />

poder ter sido uma possibilidade em alguns<br />

redutos da humanidade em tempos recuados.<br />

O futuro talvez nos traga as respostas<br />

que faltam, incluindo a sua negação.<br />

O médico Frédéric Saldmann que, como<br />

digo acima, faz investigação nesta área (e<br />

chamo a atenção que não é único) lembra,<br />

num artigo do número especial da Sciences<br />

et Avenir (<strong>Janeiro</strong> 2016), que em 1932,<br />

os mais respeitáveis cientistas garantiam<br />

que o homem nunca conseguiria chegar à<br />

Lua devido à força de gravidade da Terra.<br />

Todos sabemos como estavam longe da<br />

verdade.<br />

NUNCA SE DIGA NUNCA<br />

Ciência e descoberta andam de mãos dadas.<br />

A curiosidade e a motivação sempre<br />

foram os motores do desenvolvimento humano.<br />

E também se aplicam à longevidade.<br />

As pessoas curiosas de saber e que perseguem<br />

propósitos bem definidos costumam<br />

envelhecer mais lentamente e com mais<br />

saúde, vencendo doenças e fragilidades<br />

que normalmente surgem com o avançar<br />

dos anos e o processo torna-se patológico.<br />

Há quem consiga, sem sombra de dúvida,<br />

retardar o processo do envelhecimento.<br />

Isso é um facto indesmentível pois os<br />

exemplos abundam e cada vez mais em<br />

maior número. Assim sendo, é lógico que<br />

se continue a investigar não apenas o envelhecimento<br />

humano como aquilo que se<br />

passa com outros seres vivos, incluindo<br />

aqueles que guardam o segredo da longa<br />

vida e até da imortalidade.<br />

Para conhecer a lista de outros animais<br />

portadores do “elixir da longa vida” consulte<br />

o site:<br />

http://news.discovery.com/animals/top-<br />

-10-longest-living-animals.htm<br />

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24 LUSITANO de Zurique<br />

Óbito<br />

Morreu Zé Pedro<br />

guitarrista dos Xutos e Pontapés<br />

O músico tinha 61 anos e estava doente há vários meses.<br />

Zé Pedro, o popular guitarrista dos Xutos e Pontapés, morreu<br />

na quinta-feira dia 30 de Novembro vítima de cancro<br />

aos 61 anos.<br />

As cerimónias fúnebres tiveram lugar na, sexta-feira, no<br />

Mosteiro dos Jerónimos, tendo sido o funeral sábado.<br />

Membros dos Xutos, Tim, Cabeleira, Kalú e Gui, levaram<br />

caixão de Zé Pedro em ombros.<br />

Houve imensa emoção no último adeus ao guitarrista da<br />

banda portuguesa e poucos conseguiram reter as lágrimas<br />

e na despedida, cantou-se o tema ‘Para Sempre’.<br />

Morreu João Ricardo<br />

Actor de 53 anos morreu também vítima de cancro. Tinha 53 anos estava há<br />

algum tempo doente. Faleceu no dia 23 de Novembro.<br />

João Ricardo estreou-se na RTP em 1989, tinha uma já longa carreira na televisão<br />

e teatro, fez várias telenovelas e foi encenador. Trabalhou em todos<br />

os canais da TV portuguesa.<br />

Foi na SIC, com quem tinha contrato de exclusividade desde 2010, que fez<br />

a sua última participação numa telenovela.


Literatura - Propostas de leitura<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 25<br />

“A última<br />

viúva de<br />

África”<br />

de Carlos Vale Ferraz<br />

Carlos Vale Ferraz (n.1946) é, desde «Nó cego» (1983), o autor de vários<br />

livros que são referência obrigatória na ficção portuguesa sobre<br />

a Guerra Colonial de 1961 a 1974. O seu mais recente título parte de<br />

uma notícia de jornal - «Emigrante milionário quer comprar igreja na sua terra<br />

e transformá-la num panteão para a mãe». Para Shakespeare «a memória é<br />

a guardiã da mente» e, mesmo por isso, a narrativa envolve também a Maria<br />

da Fonte: «O povo revoltou-se porque exigiu enterrar uma velha na igreja e<br />

as autoridades queriam os mortos do regime liberal em seu eterno repouso<br />

nos novos cemitérios com atestado da Junta de Saúde.» A protagonista (Alice<br />

Oliveira) nasceu em Vieira do Minho e, depois de ter passado por Leopoldville,<br />

por Luanda e por Pretória viria a morrer na Nova Zelândia, do outro lado do<br />

Mundo: «Partira para o Congo com um homem muito mais velho e depois regressara<br />

para entregar o filho…»<br />

Há neste livro uma dupla inscrição. De um<br />

lado a narrativa em caracteres «Times»:<br />

«A guerra do Congo reunia todos os venenos.<br />

Os de pior fama naquele caldeirão de<br />

interesses pareciam ser os mercenários<br />

brancos. A figura de Jean Scrame incendiou<br />

paixões desde 1960, após ter surgido<br />

nos jornais como comandante de um grupo<br />

de guerreiros negros e brancos, Les<br />

Affreux, os Terríveis, envolvidos nos negócios<br />

da secessão do Catanga, um dos<br />

territórios mais ricos do planeta em minérios<br />

raros e de alto valor.» Do outro lado<br />

a reflexão em «itálico»: «As independências<br />

africanas sofreram a contradição da<br />

espingarda Kalashnikov, os independentistas<br />

negros utilizaram-na para se libertarem<br />

dos brancos, mas não a fabricavam<br />

e tiveram de a comprar aos brancos!» O<br />

conflito do Catanga e do Congo Belga<br />

passa em «Times» para o outro lado da<br />

fronteira: «Alice Oliveira sabia de fonte<br />

certa o que iria acontecer no Norte de Angola<br />

e quando. A data do levantamento<br />

em armas contra os colonos portugueses<br />

fora definitivamente marcada pelos dirigentes<br />

do Congo e pelos bacongos angolanos,<br />

seus aliados e familiares do outro<br />

lado do rio.» Em itálico ficam as perguntas<br />

e as respostas: «Porque não tomaram as<br />

autoridades portuguesas medidas para<br />

evitar o que sabem que irá acontecer?»<br />

«Porque a guerra interessa ao Salazar!».<br />

Não se limitando à biografia de Alice Oliveira,<br />

este livro avança para uma figura<br />

mítica que também esteve em África<br />

como Che Guevara: «instalara um foco<br />

de guerrilha nas montanhas de Baraka,<br />

com alguns revolucionários cubanos,<br />

seus camaradas, grupos sobreviventes<br />

das forças dos Simbas derrotados e mais<br />

alguns membros da tribo do chefe Kabila.»<br />

Mas reflecte, mais à frente, sobre «os<br />

guerreiros coloniais reunidos à volta da<br />

Torre de Belém» que projectam memórias<br />

«dos legionários romanos que há dois mil<br />

anos, no Campo da Morte, lamentaram a<br />

independência da Hispânia, da Lusitânia,<br />

da Judeia e da Britânia».<br />

(<strong>Edição</strong>: Porto Editora,<br />

Capa: Manuel Pessoa<br />

https://www.facebook.com/transportes.fernandes


26<br />

LUSITANO de Zurique<br />

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*) Atrás do „CARITAS“ - Tram 9 ou 14 até Bahnhof Wiedikon<br />

*) Atrás do „CARITAS“ - Tram 9 ou 14 até Bahnhof Wiedikon


28 LUSITANO de Zurique<br />

Opinião<br />

Domingo frio de Sol<br />

VANTÓNIO M. RIBEIRO<br />

Fundadoe e<br />

vocalista dos uhf<br />

HÁ 30 ANOS FUI<br />

PASSAR O FIM-DE-<br />

ANO A MADRID COM<br />

AMIGOS. DEPOIS DO<br />

JANTAR, SERVIDO NUM<br />

RESTAURANTE GERIDO<br />

POR UNIVERSITÁRIOS,<br />

GEROU-SE UM<br />

DESPIQUE ENTRE<br />

CANTORIAS<br />

ESPANHOLAS E<br />

LUSITANAS. QUANDO<br />

O REPERTÓRIO SE<br />

GASTOU, PUXEI PELA<br />

“GRÂNDOLA” E OS<br />

SHOTS DE TEQUILLA<br />

DESLIZARAM COM<br />

GALHARDIA.<br />

NÃO SEI SE GANHÁMOS<br />

AOS DE LÁ, MAS<br />

REFORÇÁMOS A<br />

INDEPENDÊNCIA DOS<br />

DE CÁ.<br />

Tomo o duche da manhã e penso na secura<br />

que domina a península, sou rápido: o<br />

rio Douro está seco na nascente; o Alentejo<br />

coberto de palha seca e barro gretado.<br />

No leitor de CD, Jimi Hendrix e “Are You<br />

Experienced?”, voz e guitarra únicas, uma<br />

dolência selvagem que nos deixou há tanto<br />

tempo. Oiço-o por nada de especial – continuo<br />

a ouvir em contínuo a minha discoteca<br />

enquanto trabalho, vou na letra J.<br />

O Sol frio deixa os gatos sobre a relva um pouco<br />

seca – tenho receio de gastar água potável<br />

na rega e a humidade da noite mantém a vida<br />

que permite a acção clorofílica –, lavam-se, são<br />

animais asseados desde pequeninos.<br />

No telemóvel uma boa mensagem do Armando<br />

Teixeira: em Barcelona canta-se nas ruas<br />

“Grândola, vila morena”, pela libertação dos<br />

presos políticos. Sim, há presos políticos quando<br />

o Direito fica sob o chapéu-de-chuva da política<br />

(como aquele senhor que muitos tratam<br />

por ‘engenheiro’, excepto a Ordem dos Engenheiros,<br />

gostaria de ser por estes dias catalão).<br />

Com isto, não quero dizer que estou de acordo<br />

com a independência da Catalunha, essa é<br />

uma decisão dos catalães, mas o governo espanhol<br />

tem tratado o vulcão do Norte com a agilidade<br />

de um elefante numa loja de porcelanas.<br />

A chama vai continuar acesa.<br />

A “Grândola” é uma das nossas melodias eternas.<br />

Neste disco dos UHF, “A Herança do Andarilho”,<br />

sobre a obra do José Afonso, tratamo-<br />

-la com o peso das guitarras eléctricas soltas e<br />

temos quatro cantores de intervenção connosco:<br />

José Jorge Letria, Manuel Freire, Vitorino e<br />

Samuel cantam comigo o grito da inquietação.<br />

Não tem tempo; não tem cor. É de nós e é imortal.<br />

Há 30 anos fui passar o fim-de-ano a Madrid<br />

com amigos. Depois do jantar, servido num restaurante<br />

gerido por universitários, gerou-se um<br />

despique entre cantorias espanholas e lusitanas.<br />

Quando o repertório se gastou, puxei pela<br />

“Grândola” e os shots de tequilla deslizaram<br />

com galhardia. Não sei se ganhámos aos de lá,<br />

mas reforçámos a independência dos de cá.<br />

Domingo frio de Sol. À escrita, antes de uma<br />

ida à TVI com o Tim.


Opinião<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 29<br />

Onde está afinal, a glória<br />

de viver?<br />

SE TAL GENTE CONSEGUE TER LATA PARA SE VEREM AO<br />

ESPELHO TODOS OS DIAS? E COMER BOLO REI, TALVEZ<br />

BENZER-SE, E CELEBRAR “NATAL”<br />

VPEDRO BARROSO<br />

Num tempo de suposta “paz e<br />

fraternidade” apetece perguntar<br />

se aqueles que pegaram fogos<br />

assassinos no Verão e em Outubro<br />

se sentam à mesa da consoada<br />

de consciência plena e<br />

tranquila?<br />

Se os que votaram Brexit ou Trump e estão<br />

agora arrependidos... não sentem agora um,<br />

ainda que ligeiro..., arrepio de contrição.<br />

Se os que mantêm regimes ditatoriais e persecutórios<br />

- onde quer que seja!...- também<br />

celebram a sua bondade, em consciência,<br />

sabendo dos milhares que estão no cárcere<br />

apenas por delito de opinião? <br />

Se também festejam Natal os que<br />

matam por desporto étnico no Curdistão,<br />

ou por insistente paisagismo<br />

politico na faixa de Gaza?<br />

Se serão de facto justos os “escolhidos”<br />

de algum Deus esquisito e funesto<br />

que eu sinceramente não estou<br />

a descortinar. <br />

Se os que vigarizam remédios, para<br />

os venderem como venenos a países<br />

onde não há controle de qualidade,<br />

se sentem em paz com a sua consciência<br />

- e celebram com champagne<br />

a cada milhão que correspondeu<br />

a morte, doença e corrupção? <br />

PARA QUEM VERDADEIRAMENTE<br />

AMA O SEU CARRO, SO A MELHOR<br />

COBERTURA CONTA.<br />

Zurich,<br />

Generalagentur<br />

Marcel Strangis<br />

Manessestrasse 87<br />

8045 Zürich<br />

Tiago Costa<br />

044 405 54 90<br />

078 719 64 81<br />

tiago.costa@zurich.ch<br />

Se os que raptam ou abusam de<br />

crianças, os que matam, os que<br />

ameaçam e torturam os menos<br />

poderosos que eles; os que insultam,<br />

sem se verem ao espelho; os<br />

que poluem até à morte; os que<br />

lançam bombas ou autocarros<br />

para cima de pessoas e exercem<br />

terrorismo em nome de um deus<br />

negro... todos eles, se também<br />

celebram com algum bolo ou festa<br />

alegremente, com familiares e<br />

amigos?<br />

Tudo isto entre mil outras causas<br />

raivas e obscurantismos.Se tal<br />

gente consegue ter lata para se verem<br />

ao espelho todos os dias? E<br />

comer bolo rei, talvez benzer-se,<br />

e celebrar “Natal” - nos seus 30<br />

nomes e registos possíveis, onde<br />

quer que seja, neste mundo que é<br />

a nossa terra?<br />

SEGUROS DA ZURICH.<br />

PARA TODOS QUE AMAM VERDADEIRAMENTE.<br />

Onde está afinal, a glória de viver<br />

num planeta em perda de razão?


30<br />

LUSITANO de Zurique<br />

Culinária<br />

Bacalhau com natas<br />

Ingredientes<br />

• 900g de batatas em rodelas (não muito finas)<br />

• 3dl de natas para culinária ou creme de leite<br />

• 4 postas de bacalhau<br />

• Sal q.b.<br />

• 1 Cebola média em rodelas meia-lua fininhas<br />

• Azeite q.b.<br />

Modo de Preparação<br />

• Coza as rodelas de batata em água com sal. Numa panela<br />

à parte, coza o bacalhau, acrescente sal se necessário.<br />

• Quando o bacalhau estiver cozido, retire do lume e deixe<br />

que arrefeça.<br />

• Desfie o bacalhau em lascas médias.<br />

• Numa frigideira, coloque o azeite, a cebola e deixe refogar.<br />

• Frite o bacalhau, envolvendo bem com o refogado.<br />

• Junte as natas, um pouco de leite, caso necessário e<br />

envolva bem todo o preparado.<br />

• Coloque as batatas na travessa e disponha por cima<br />

delas o bacalhau.<br />

• Leve ao forno até alourar e polvilhe com salsa para melhor<br />

apresentação.<br />

Acompanhe com um bom Vinho Verde branco.<br />

Temperos caseiros<br />

Para carnes<br />

Ingredientes:<br />

▪<br />

▪<br />

▪<br />

▪<br />

▪<br />

▪<br />

3 cebolas picadas<br />

1/4 chávena (chá) de azeite<br />

3 colheres (sopa) de vinagre<br />

1 colher (sopa) de pimenta<br />

1 colher (sobremesa) de colorau<br />

2 xícaras (chá) de sal<br />

Modo de fazer:<br />

Bata todos os ingredientes no liquidificador,<br />

passe para um recipiente de vidro<br />

com tampa. Pode ser armazenado até 30<br />

dias em temperatura ambiente ou até 60<br />

dias dentro do frigorífico.<br />

Para peixes<br />

Ingredientes:<br />

Folhas de sálvia<br />

Cebolinha picada<br />

Tomilho limão<br />

Pimenta branca<br />

2 chávenas de sal<br />

3 colheres de (sopa) de azeite<br />

Modo de fazer:<br />

Bater tudo no liquidificador e armazenar.<br />

Conservar até 60 dias no frigorífico.<br />

Obs.: A quantidade de ervas e pimenta é a<br />

gosto de cada um.<br />

Colaboração:<br />

Amílcar Malhó


Opinião<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 31<br />

O Diabo não mora na<br />

Coreia do Norte<br />

CARLOS MATOS GOMES (*)<br />

(*) Coronel de Cavalaria. Condecorado<br />

com as medalhas de Cruz de Guerra de<br />

1ª e de 2ª Classe. Pertenceu à primeira<br />

Comissão Coordenadora do Movimento<br />

dos Capitães na Guiné. Foi membro da<br />

Assembleia do MFA. É escritor.<br />

A mentira do ano é o perigo<br />

da Coreia do Norte.<br />

Agora é que é. A Coreia do Norte lançou<br />

um míssil que caiu no mar do Japão. As<br />

sirenes japonesas soarem e os japoneses<br />

abrigaram-se com os telemóveis. Qualquer<br />

dia os coreanos nortenhos acertam<br />

na ponte de São Francisco, ou nos Óscares<br />

de Hollywood, ou num casino de Las<br />

Vegas. Os coreanos estão cada vez com<br />

mais alcance, potência e precisão nos disparos.<br />

Descobriram um Viagra nuclear! Temos<br />

um problema com a Coreia do Norte,<br />

anuncia a Casa Branca.<br />

O problema da Coreia do Norte. Há algum<br />

problema com a Coreia do Norte? Se há,<br />

quem tem problemas com a Coreia do<br />

Norte que se acuse! Fraco mundo que não<br />

teve problemas com 2 guerras mundiais,<br />

nem com destruição do Iraque, do Afeganistão,<br />

da Síria, da Palestina, da Ucrânia,<br />

da Líbia, do Mali, do Congo, mas tem agora,<br />

por debaixo da trunfa de Trump, a Coreia<br />

do Norte como problema principal! O<br />

Trump está a ver a Coreia do Norte com<br />

os binóculos ao contrário e com o cabelo<br />

dentro do crânio.<br />

O problema da Coreia Norte é o problema<br />

de ter Trump como presidente dos Estados<br />

Unidos. Se não existisse Trump na Casa<br />

Branca não existia problema com a Coreia<br />

do Norte. Logo, o problema Coreia do Norte<br />

é, afinal, o problema Trump. O problema<br />

não é a pistola. É o paranóico que ameaça<br />

pegar fogo ao bairro onde vive o tipo que<br />

tem uma pistola. Alguém, na América, tem<br />

de ensinar o Trump a usar uns binóculos!<br />

O grupo de generais que governa os Estados<br />

Unidos desde o Verão tem um problema<br />

com Trump como presidente dos<br />

Estados Unidos. Não podem fazê-lo desaparecer<br />

em Guantánamo, nem numa das<br />

prisões que a CIA gere em outsourcing<br />

pelo mundo, como faz aos doidos islâmicos,<br />

nem pode estar à mercê dos seus<br />

humores e efabulações para além da obtenção<br />

de licenças de construção civil para<br />

Torres Trump.<br />

A solução clássica num caso de problemas<br />

internos difíceis é encontrar um inimigo externo<br />

e ampliar a sua perigosidade. Os pais<br />

utilizam o truque do papão que vem de fora<br />

para fazer mal aos meninos se eles não<br />

se portarem bem, isto é, se não aceitarem<br />

obedecer. Os generais americanos, que<br />

ocupam agora todos os lugares chave da<br />

administração Trump, conhecem a história.<br />

Para eles, Trump é o infante inconsciente e<br />

irresponsável, o puto das birras.<br />

Para o bom andamento dos negócios do<br />

complexo militar industrial e de Wall Street<br />

é indispensável um elevado grau de previsibilidade<br />

na política interna e externa dos<br />

EUA. Ter uma bicha de rabiar num paiol<br />

não favorece os investimentos. O Trump<br />

espirra caspa da cabeleira e pode carregar<br />

no botão do disparo dos mísseis enquanto<br />

coça o coiro cabeludo.<br />

Agora, que o documento-guia da estratégia<br />

dos EUA para os próximos anos está<br />

já aprovado, o problema da Coreia do<br />

Norte saiu das páginas dos jornais e dos<br />

ecrãs de televisão. Já não surgem , ou raramente<br />

aparecem imagens de foguetes a<br />

brilharem nas pantalhas escuras da noite.<br />

O problema Coreia do Norte desapareceu.<br />

Mantém-se o problema Trump. O verdadeiro<br />

problema.<br />

A Coreia do Norte não representou, nem<br />

representa perigo para ninguém, a não ser<br />

para os coreanos que morrem de fome e<br />

de doenças.<br />

Quem está em perigo com Trump no poder<br />

são os 50 milhões de pobres, de ultra-<br />

-pobres, nos Estados Unidos que vão ficar<br />

ainda mais desprotegidos, mais castigados<br />

pelo pecado de serem pobres, mais expostos<br />

à doença, ao desemprego, à fome. Estão<br />

também em perigo, mas eles andam<br />

tão felizes, os médios investidores em Wall<br />

Street, que correm o sério risco de se verem<br />

numa situação idêntica à de 1929! E<br />

com eles todos os que andam pelas bolsas<br />

nacionais com as suas poupanças e esperanças<br />

a ler os sinais do Dow Jones.<br />

Os mísseis da Coreia do Norte nunca fariam<br />

tantos mortos como a política social<br />

e económica de Trump causará, nem com<br />

tanta certeza. Para esconder esta quase<br />

inevitabilidade é necessário amplificar até<br />

ao absurdo a mentira do perigo dos foguetões<br />

e “missiliões” coreanos. Kim Jong-un<br />

está apenas a salvar a pele com a exibição<br />

dos seus obsoletos foguetes russos<br />

reaparafusados, mais ou menos como os<br />

Cadillacs dos anos 50 que os cubanos modernizam.<br />

Os anquilosados foguetes são o<br />

seguro de vida de Kim Jong-un, a granada<br />

que mantém no bolso enquanto diz aos<br />

que assassinaram o Saddam e o Khadafi:<br />

não me fazem o mesmo, porque se fizerem<br />

vão uns tantos comigo. Ninguém quer<br />

ir com o rapaz — e o Trump ainda menos<br />

que todos. Por outro lado os chineses e os<br />

russos consideram útil o Kim Jong-un. Daí<br />

que, não haja problema com o coreano,<br />

mas se mantenha o problema Trump.<br />

Sendo assim, nem o jovem com cabelo em<br />

estilo de piaçaba, nem o velho com o cabelo<br />

em alcatifa de bordel vão disparar mais<br />

do que latidos de chimpanzés, um porque<br />

tem a supremacia ameaçada, o outro porque<br />

está com a vida em perigo.<br />

A ameaça contra a América vem da própria<br />

América: das tensões resultantes do<br />

aumento da desigualdade social e étnica,<br />

da pauperização da classe média, em particular<br />

a branca, que se sente ameaçada e<br />

tenderá para a prática de acções progressivamente<br />

mais violentas. A ameaça da<br />

América provem ainda da especulação financeira,<br />

da dificuldade, que será cada vez<br />

maior, para manter o exclusivo da emissão<br />

do dólar como moeda de troca no mercado<br />

mundial.<br />

A ameaça da América virá do seu enfraquecimento<br />

como actor principal no planeta,<br />

de potência determinante, resultante<br />

do isolacionismo em políticas fulcrais para<br />

o futuro como a do ambiente, a desvalorização<br />

do multilateralismo, a saída dos<br />

grandes fóruns de concertação como a<br />

ONU e outros organismos multilaterais que<br />

possibilitam o diálogo e o esfriamento de<br />

tensões.<br />

O perigo para a América não está nos lança<br />

foguetes e nas ogivas do Kim Jong-un,<br />

está na Casa Branca, no Capitólio, no Pentágono,<br />

não está em Pyongyang mas em<br />

Washingon DC.<br />

Nós, os povos do planeta, sofremos os<br />

mesmos perigos da América, mas não elegemos<br />

o Trump.


32 LUSITANO de Zurique<br />

Tecnologia<br />

Notou o iPhone mais lento?<br />

Apple está já a ser alvo de acções na Justiça.<br />

VJOANA ARAÚJO (*)<br />

Notou o seu iPhone mais lento? Apple admite que fez de propósito.<br />

Utilizadores do iPhone diziam há tempos que empresa estava por trás<br />

da degradação da performance dos aparelhos; agora, ela confirmou que<br />

faz isso com alguns modelos. A Apple confirmou essa suspeita ao revelar<br />

que intencionalmente desacelera iPhones mais antigos para prevenir<br />

que o telefone desligue sozinho e “prolongar a vida útil” do aparelho.<br />

Nem tudo correu bem, pois a Apple enfrenta em território norte-americano,<br />

dois processos judiciais por ter deliberadamente ter abrandado<br />

o desempenho dos seus smartphones mais antigos. Como desculpa<br />

promete fazer desconto a quem comprar uma nova bateria.<br />

Japoneses criam “vidro” que se<br />

auto-repara<br />

pode vir a ser aplicado nos smartphones<br />

O “polyether-thioureas” é um material mecanicamente robusto e semelhante ao vidro,<br />

mas que se repara a si próprio mediante uma ligeira pressão manual. Esta tecnologia<br />

pode vir a ser aplicada nos smartphones.<br />

Segundo conta o The Guardian, o polímero foi descoberto por acaso, durante uma<br />

experiência conduzida por Yu Yanagisawa, estudante da Universidade de Tóquio, que<br />

pensou ter criado uma espécie de cola quando o material se voltava a colar após ser<br />

dividido. Para unir as partes, é apenas necessária pressão manual e uma temperatura<br />

de cerca de 21 graus celsius.<br />

Gosta de desenhar?<br />

A FlipaClip é gratuita e está disponível para Android e iOS.<br />

Não é uma “última novidade”, pois já tem mais de dez anos, mas continua entre as<br />

aplicações de animação mais populares. É fácil de utilizar e agora acaba de adicionar<br />

novas funcionalidades.<br />

Trata-se do flipaclip, uma aplicação para desenhar e criar animações que depois podem<br />

ser partilhadas com familiares e amigos, por brincadeira, não descurando contextos<br />

mais sérios. Experimente.<br />

com Agências


Hardware & Software<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 33<br />

HDMI 2.1<br />

Foi em <strong>Janeiro</strong> deste ano que a HDMI Fórum<br />

anunciou, durante a CES2017 que decorreu em<br />

Las Vegas, uma nova versão do padrão HDMI.<br />

VCÂNDIDO ABREU (*)<br />

Das várias novidades, destaque para o facto de ter suporte para resolução<br />

4K com uma taxa de actualização de 60Hz e High Dynamic Range<br />

(HDR) e oferecer uma brutal largura de banda de 48 Gbps.<br />

O HDMI é um um acrónimo para High-Definition Multimedia Interface<br />

que, basicamente, podemos traduzir para Interface Multimédia de Alta<br />

definição, e permite transmitir áudio e vídeo num único cabo. Existem<br />

dois tipos de conectores HDMI: o HDMI tipo A e o HDMI tipo B com 19 e<br />

29 pinos, respectivamente, sendo que o HDMI tipo A é o mais popular.<br />

Quais as novidades do HDMI 2.1?<br />

Bitcoin<br />

O dinheiro que actualmente temos ainda nos nossos<br />

bolsos possui trás características principais: é<br />

tangível, regulamentado por um sistema central e<br />

relativamente fácil de falsificar. No outro lado da<br />

barricada está a Bitcoin. Esta é uma moeda virtual<br />

capaz de operar de forma independente. Deste<br />

modo, não necessita da acção de bancos nem<br />

de instituições governamentais para se manter em<br />

circulação.<br />

A base da Bitcoin assenta no sistema Peer-to-Peer<br />

(P2P). O P2P é um sistema que não prevê a existência<br />

de uma autoridade central que controle a<br />

moeda ou as transacções, como acontece com as<br />

outras moedas (por exemplo, o Euro é controlado<br />

pelo Banco Central Europeu). Ao invés, a criação<br />

de moeda e as transferências baseiam-se numa<br />

rede de código aberto em protocolos cifrados que<br />

constituem a base da segurança e liberdade do<br />

Bitcoin, fazendo com que as transacções sejam<br />

instantâneas entre os utilizadores.<br />

Apesar de não ser tangível, a rede Bitcoin consegue<br />

gerar ganhos absolutamente brutais. A circulação<br />

de Bitcoins é livre e nada nem ninguém é capaz<br />

de controlar ou seguir as suas pisadas. Para<br />

além disso, não são as influências monetárias, ou<br />

seja, inflação ou deflação que ditam o seu valor.<br />

O valor da Bitcoin é determinado principalmente<br />

pela procura que existente no mercado, mas existem<br />

outros factores, como por exemplo, os gastos<br />

energéticos envolvidos na mineração desta moeda<br />

digital, quantidade em circulação, entre outros.<br />

Esta nova versão traz suporte para vários tipos de vídeo de alta resolução<br />

e taxas de actualização, incluindo 8K60 e 4K120, Dynamic HDR e<br />

também o aumento significativo de largura de banda, isto se for usado<br />

o novo cabo capaz de garantir a transferência de informação a 48 Gbps<br />

por segundo.<br />

O novo cabo tem a designação de HDMI 48G e de acordo com as informações<br />

é retro-compatível com os que existem actualmente no mercado.<br />

As marcas que integrarem já este standard nos seus equipamento vão<br />

também oferecer funções como ALLM (Auto Low Latency Mode), um<br />

modo que garante a máxima fluidez na visualização de conteúdos. Outra<br />

melhoria é a função QMS (Quick Media Switching) que reduz os tempos<br />

de espera quando alternamos entre fontes HDMI.<br />

Quando chegam<br />

os primeiros<br />

equipamentos?<br />

As previsões apontavam para<br />

o último trimestre de 2017. No<br />

entanto, segundo o HDMI Forum<br />

só no início do primeiro<br />

trimestre de <strong>2018</strong> ou próximo<br />

da edição da CES desse ano<br />

deverão ser anunciados os<br />

primeiros equipamentos. Ao<br />

mercado, só deverão chegar<br />

em 2019. A Belkin já tem à<br />

venda o primeiro cabo HDMI<br />

2.1.<br />

Mais importante do que isso, as transacções de<br />

Bitcoin são irreversíveis. Uma vez iniciadas, não<br />

existe forma de voltar atrás. Por outro lado, as<br />

transacções não têm qualquer custo e podem ser<br />

feitas de forma totalmente anónima.<br />

(*) informático


34 LUSITANO de Zurique<br />

Medicina alternativa<br />

foto: Manuel Araújo<br />

Dente-de-leão<br />

(Taraxacum officinale)<br />

MEDICINA alternativa<br />

Desde tempos remotos o<br />

homem utiliza Frutas, Legumes,<br />

Ervas, Água e Argila<br />

para recuperar a saúde<br />

e manter o equilíbrio<br />

orgânico. O seu uso para<br />

curar doenças e ajudar na<br />

qualidade da saúde é uma<br />

prática aplicada desde os<br />

primórdios da história e<br />

actualmente tem cada vez<br />

mais seguidores.<br />

O leitor deve ter atenção<br />

que os textos que iremos<br />

ao longo do tempo publicar<br />

sobre a prática e as propriedades<br />

das medicinas<br />

alternativas, nem todos esses<br />

elementos naturais são<br />

benéficos para a saúde e<br />

podem mesmo ter um efeito<br />

nocivo e contrário ao desejado<br />

e até causar intoxicação.<br />

Algumas plantas têm<br />

um aspecto muito parecido<br />

e às vezes pode ser difícil<br />

identificá-las. Por isso tenha<br />

atenção e não esqueça<br />

que para combater doenças<br />

graves, o diagnóstico médico<br />

é sempre indispensável.<br />

ALIMENTOS DIURÉTICOS<br />

Para estimular a função dos rins e favorecer a secreção<br />

da urina,utilize:<br />

Hortaliças<br />

Abóbora • Comer puré de<br />

abóbora cozida, sem sal.<br />

Agrião • Sumo diluído em<br />

água. Beber 250 ml, 3 vezes<br />

ao dia.<br />

Beterraba • Cozinhá-la e tomar<br />

o caldo do cozimento (3<br />

chávenas ao dia).<br />

Dente-de-leão • Sumo diluído<br />

em água. Beber 3 chávenas<br />

ao dia.<br />

Frutas<br />

Abacaxi • Fazer refeições exclusivas<br />

3 vezes por semana.<br />

Coco • Água de coco. Beber<br />

250 ml, 2 vezes ao dia.<br />

Maçã • Sumo natural. Beber<br />

250 ml, 2 vezes ao dia.<br />

Melancia • Fazer refeições exclusivas<br />

2 vezes por semana.<br />

Plantas<br />

Capim-cidreira • Chá das<br />

folhas (30 g para 1 litro de<br />

água). Beber 5 chávenas ao<br />

dia, adoçado com mel de abelhas.<br />

Carqueja • Chá das folhas (30<br />

g para 1 litro de água). Beber<br />

5 chávenas ao dia.<br />

Cavalinha • Chá das folhas<br />

(30 g para 1 litro de água). Tomar<br />

5 chávenas ao dia, adoçado<br />

com mel de abelhas.<br />

Erva-doce (funcho) • Chá das<br />

folhas e sementes (30 g para<br />

1 litro de água). Beber 5 chávenas<br />

ao dia, adoçado com<br />

mel de abelhas.<br />

Quebra-pedra • Chá das folhas e<br />

raízes (50 g para 1 litro de água).<br />

Beber 5 chávenas ao dia.<br />

Plantas medicinais populares<br />

CIPRESTE: é aliado contra os<br />

herpes.<br />

EQUINÁCEAS: ajudam a<br />

melhorar a imunidade.<br />

GINSENG: combate a fadiga<br />

e o cansaço.<br />

ALCAÇUZ: combate a bronquite.<br />

TOMILHO: é um expectorante<br />

natural.<br />

URTIGA: usada como revitalizante.<br />

GINKGO BILOBA: ajuda a<br />

preservar a memória.<br />

ALECRIM: ajuda a ter uma<br />

pele saudável.<br />

HORTELÃ PIMENTA: é um<br />

bom digestivo.<br />

ATENÇÃO:<br />

Estas informações são meramente informativas<br />

e não devem ser usadas para diagnosticar, tratar,<br />

curar ou prevenir qualquer doença e muito<br />

menos substituir cuidados médicos adequados.<br />

COOORDENAÇÃO E RECOLHA:<br />

JOANA ARAÚJO


Horóscopo<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 35<br />

Joana Araújo<br />

O ano de <strong>2018</strong> será um ano de emoções, sentimentos e mudanças significativas para<br />

a maior parte dos signos. Será um ano que apela à sensibilidade, à compreensão<br />

e paz, repleto de romantismo e crescimento interior, mas para que isso aconteça,<br />

é importante que a motivação e a determinação estejam sempre presentes para<br />

lutarmos pela nossa felicidade. Só assim, todos os projectos terão êxito e darão<br />

frutos. Bom ano <strong>2018</strong>!<br />

Carneiro<br />

Espere boas energias e intuição afiada<br />

no campo profissional. Atenção ao lidar<br />

com dinheiro! No amor, saia da rotina<br />

com seu par: não recuse convites para<br />

festas! Tente planear uma viagem, mas<br />

controle com rigor os seus gastos.<br />

Touro<br />

Poderá enfrentar conflito com colega ou<br />

sócio: acalme-se e resolva tudo na paz.<br />

Romance tranquilo. Se estiver só, é grande<br />

a chance de se envolver com pessoa<br />

de condição social diferente da sua. Mostre<br />

o quanto se importa com a sua família.<br />

Gémeos<br />

Promessa de mudança no seu serviço:<br />

use o seu jogo de cintura para contornar<br />

os desafios. Cuidado ao lidar com o dinheiro<br />

dos outros. Faça um balanço do<br />

seu romance! Terá sucesso se estiver investindo<br />

numa relação à distância.<br />

Leão<br />

Se um projecto seu anda parado no emprego,<br />

analise-o todo e recomece. Um<br />

novo curso poderá melhorar as suas finanças.<br />

A dois, o clima será bom, desde<br />

que ambos deixem de lado o desejo de<br />

posse. Espere um começo de ano cheio<br />

de diversão!<br />

Virgem<br />

Você vai ampliar os seus contactos profissionais<br />

e garantir apoio para suas<br />

ideias. Pense positivo e reclame menos!<br />

A conquista deverá evoluir, mesmo que<br />

seja só por diversão. Romance protegido<br />

pelos astros e muita harmonia em casa!<br />

Balança<br />

Os cuidados com a família estarão no seu<br />

foco. Só não permita que isso atrapalhe<br />

a sua concentração no serviço. Para ter<br />

sucesso no amor, é preciso primeiro esquecer<br />

o passado. Atenção para gastos<br />

supérfluos nessa fase ou vai se enrolar!<br />

Sagitário<br />

Assunto financeiro exigirá a sua atenção:<br />

se sobrar um dinheiro, planeie os seus<br />

gastos. Você vai desejar segurança emocional<br />

no amor, mas precisará controlar<br />

as cobranças. Procure o convívio com<br />

parentes e esqueça as chatices.<br />

Capricórnio<br />

Talvez a realização dos seus sonhos<br />

profissionais demore um pouco, mas é<br />

preciso ter paciência e batalhar. Cuidado<br />

ao discutir sobre dinheiro com a sua<br />

cara-metade, pois poderão se estranhar.<br />

Fique de longe das coscuvilhices nas<br />

reuniões familiares.<br />

Aquário<br />

É provável que receba a missão de liderar<br />

no serviço. Aceite o desafio, mas<br />

sem atropelar os seus colegas. A tentação<br />

de viver um romance proibido poderá<br />

atingi-lo em cheio: tenha cautela! Curta<br />

as festas ao lado de parentes e amigos<br />

queridos.<br />

Caranguejo<br />

Coopere com o pessoal do trabalho e<br />

deixe as críticas de lado. Boa hora para<br />

pedir aumento de salário. Paixão agitada,<br />

com momentos íntimos quentes! Cuide<br />

bem da sua saúde e da sua beleza e evite<br />

cometer excessos nas festas.<br />

Escorpião<br />

Será preciso manter o foco no trabalho e<br />

segurar a impaciência para não se stressar.<br />

Talvez os parentes tentem sondar a<br />

sua vida afectiva: melhor impor limites.<br />

Procure aproximar-se dos irmãos e primos.<br />

Controle as despesas com pulso firme.<br />

Peixes<br />

Estudos protegidos! Mas será preciso<br />

organizar-se melhor para aproveitar as<br />

boas energias dessa fase. No seu emprego,<br />

procure agir nos bastidores. Um<br />

projecto alimentado com seu par deverá<br />

sair do papel. Poderá fazer uma viagem.<br />

Novembro 2014 Horóscopo<br />

Lusitano de Zurique– 35<br />

Novembro 2014 Horóscopo<br />

Lusitano de Zurique– 35<br />

RECOLHA: JOANA ARAÚJO<br />

CARNEIRO - Novembro será<br />

para você um mês gerador de<br />

energias profundas. Na verda-<br />

BALANÇA - Sua vida vai assumir<br />

um desenrolar positivo neste<br />

mês se você aceitar avançar<br />

TOURO - O trânsito do Sol em<br />

oposição a seu signo permite<br />

que você se afaste um pouco de<br />

ESCORPIÃO - Este mês de Novembro<br />

irá trazer-lhe uma onda<br />

de sorte importante no domínio


36 LUSITANO de Zurique<br />

HUMOR - quem não sabe rir, não sabe viver!<br />

Dois homens discutem<br />

Parece mentira, o senhor negar-me<br />

os mil euros que lhe vim pedir...<br />

Tem medo que não lhe pague?<br />

Não tenho, porventura, cara de homem<br />

honrado?<br />

- Tem sim, senhor. Mas as aparências<br />

enganam, sabe?<br />

Entre um francês e um<br />

português<br />

Um francês falava na presença de<br />

um português, de uma prodigiosa<br />

máquina que existia na França:<br />

Mete-se na máquina um porco vivo<br />

e ao fim de uma hora, ele sai pelo<br />

outro lado transformado em salsichas<br />

ou chouriças.<br />

Tretas, tretas! Nós ainda temos coisa<br />

mais aperfeiçoada - responde o<br />

português.<br />

- Provamos as salsichas, paios ou<br />

chouriças e se acharmos que não<br />

estão boas, usamos um inversor e<br />

fazemos o porco sair vivo por onde<br />

entrou...<br />

Num hospital<br />

O jovem médico:<br />

Morreram alguns doentes?<br />

A enfermeira:<br />

Três, sr. doutor.<br />

Mas eu receitei para os quatro...<br />

Pois... é que um negou-se a tomar o<br />

remédio...<br />

Pensamento<br />

-As leis são como as teias de aranha.<br />

Quando o insecto que cai nelas é pequeno,<br />

a teia envolve-o e a aranha devora-o.<br />

Quando o insecto é graúdo,<br />

este destrói a teia e consegue escapar...<br />

Num mictório londrino<br />

Entre dois fulanos desconhecidos,<br />

lado a lado num urinol de Londres:<br />

O senhor é judeu? - pergunta um.<br />

Sou responde o outro.<br />

O senhor não nasceu em Cracóvia,<br />

na Polónia?<br />

Nasci.<br />

E, não foi o rabino Kahane que o circuncidou?<br />

Foi. Como é que o senhor sabe?<br />

— Sei, porque ele tinha por hábito<br />

dar sempre a tesourada de lado e o<br />

senhor está há minutos, a mijar-me<br />

em cima dos sapatos<br />

Conselhos de Ano Novo<br />

O importante é o dinheiro.<br />

A saúde vai e vem;<br />

duas palavras abrirão-te todas as<br />

portas: “puxe e empurre”;<br />

toda questão tem dois pontos de<br />

vista;<br />

o errado e o teu.<br />

Feliz Ano Novo!<br />

Datas Comemorativas de <strong>2018</strong><br />

01 SEG Dia de Ano-Novo<br />

01 SEG Dia Mundial da Paz<br />

01 SEG Dia do Domínio Público<br />

01 SEG Dia da Solenidade de Santa Maria<br />

02 TER Dia de São Basílio<br />

03 QUA Dia do Festival do Sono<br />

04 QUI Dia Mundial do Braille<br />

04 QUI Dia Mundial do Hipnotismo<br />

05 SEX Dia de São Simeão Estilista<br />

06 SÁB Dia de Reis<br />

06 SÁB Epifania do Senhor<br />

07 DOM Dia de São Luciano<br />

08 SEG Dia da Rotação da Terra<br />

08 SEG Dia de Santa Gúdula<br />

09 TER Dia de São Julião<br />

10 QUA Dia de São Agatão<br />

11 QUI Dia Internacional do Obrigado<br />

12 SEX Dia de Santo António Maria Pucci<br />

13 SÁB Velho Ano Novo<br />

13 SÁB Dia de Santo Hilário<br />

14 DOM Dia de São Dácio<br />

15 SEG Dia Mundial do Compositor<br />

15 SEG Dia de Santo Amaro<br />

JANEIRO<br />

16 TER Dia Internacional da Comida Picante<br />

17 QUA Dia de Santo Antão<br />

18 QUI Dia Internacional do Riso<br />

19 SEX Dia de São Bassiano<br />

20 SÁB Dia de São Fabiano<br />

21 DOM Dia Mundial da Religião<br />

21 DOM Dia de Santa Inês<br />

22 SEG Dia de São Vicente<br />

23 TER Dia Mundial da Liberdade<br />

23 TER Dia da Escrita à Mão<br />

24 QUA Dia de Santa Xénia<br />

25 QUI Conversão de São Paulo<br />

26 SEX Dia de São Timóteo<br />

27 SÁB Dia Int. em Memória das Vítimas do Holocausto<br />

27 SÁB Dia Internacional do Vinho do Porto<br />

28 DOM Dia Internacional da Privacidade de Dados<br />

29 SEG Dia Mundial do Puzzle<br />

30 TER Dia de Santa Martinha<br />

30 TER Dia Escolar da Não Violência e da Paz<br />

31 QUA Dia Mundial do Mágico<br />

31 QUA Dia de São João Bosco<br />

31 QUA Dia ao Contrário


Juniores<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 37<br />

PROPOSTA DE LEITURA<br />

Viagens na Minha Terra<br />

- Almeida Garret<br />

O<br />

narrador faz uma viagem até Santarém, depois que deixa Lisboa.<br />

Durante a viagem, vai observando a paisagem e tipos<br />

humanos, neles analisando o que há de pitoresco enquanto<br />

reflecte sobre as coisas e seres humanos. Chegando ao Vale de<br />

Santarém, conta a estória da Joaninha dos Olhos Verdes, tipicamente<br />

romântica: a moça se apaixonara por seu primo Carlos que, não sabendo<br />

escolher entre o amor de várias mulheres, tinha voltado para a<br />

Inglaterra, donde viera. Joaninha , caracterizada como “menina dos<br />

rouxinóis”, morreu de desgosto. Desde a sua morte, o vale perdeu sua<br />

exuberância, tornando-se triste. Acabada a viagem, o narrador retorna<br />

a Lisboa.<br />

COOORDENAÇÃO: JOANA ARAÚJO


38 LUSITANO de Zurique<br />

Literatura<br />

No meu Casulo<br />

V<br />

CARMINDO<br />

DE CARVALHO<br />

https://www.facebook.com/carmindo.<br />

carvalho<br />

Liguei a Tv para ver o começo do telejornal.<br />

“Pelo menos até ao intervalo”, pensei.<br />

Lá estavam as ementas, das couves, do bacalhau, dos doces.<br />

E as compras. Sem faltar: “ Então já comprou tudo que queria? “<br />

Mudei de canal e lá estavam as greves .<br />

“Pronto , está visto!“<br />

Apertei-lhe o papo e voltei à leitura de - O Conde D’Abranhos - de Eça de Queiroz.<br />

E em simultâneo (gosto disso) à companhia da música dos Genesis - Selling England<br />

By The Pound.<br />

E aqui estou, sozinho no meu mundo, no meu casulo.<br />

Estou bem, e o mesmo desejo a todos.<br />

Que cada qual crie o seu casulo e seja feliz à sua maneira.<br />

24 de Dezembro, 2017<br />

Cai neve<br />

Cai neve<br />

Na minha rua<br />

Cai neve<br />

Cai, cai!<br />

E a minha<br />

Ilustre careca<br />

Irritada e muito zangada<br />

Grita: Ai! Ai!<br />

Calma , amiga<br />

Muita calminha<br />

Vais já de molho prá banheira<br />

Ficas logo quentinha!<br />

Dezembro, 2017<br />

O ridículo da Política<br />

Decorreram cento e tal anos e infelizmente<br />

está actual .<br />

Do livro - O Conde D’Abranhos - de Eça<br />

de Queiroz .<br />

-----<br />

Alípio respondeu , despeitado:<br />

„ Quando eu combater a oposição , Sr.<br />

Cardoso Torres, há-de ser com a lógica<br />

- não com a piléria!”<br />

„ Pois sim , mas olhe que o ridículo é<br />

uma grande arma .”<br />

„ Não a sei manejar , Sr. Cardoso Torres<br />

.”<br />

„ Histórias! ... O amigo tem graça... É<br />

utilizá-la . „<br />

Agora entendo o porquê de tantas parvoeirices,<br />

e bacoradas largadas por<br />

tantos políticos .<br />

Afinal, não tendo nada como lógico<br />

para usar, não se importam de passarem<br />

por parvos usando este método -<br />

se o fim justificar o meio.<br />

E há tantos : parvinhos, verdinhos a<br />

cheirarem a cueiros, sem experiência<br />

de vida, sem conhecimento político do<br />

passado, desprovidos de humildade<br />

para reconhecerem os próprios erros,<br />

sem saberem, ou quererem saber, que<br />

o melhor, o mais sensato - seria ficarem<br />

calados.<br />

26 de Dezembro , 2017


Literatura<br />

JANEIRO <strong>2018</strong> 39<br />

Digo, ao ver casas<br />

branquinhas<br />

CHICO BENTO<br />

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No Alentejo eu nasci<br />

E o destino quiz um dia<br />

Que dali me fosse embora<br />

Mas fi-lo sem alegria<br />

Quando a saudade aperta<br />

Eu tenho de regressar<br />

Canto assim á minha terra<br />

Para saudades matar<br />

O lugar onde hoje vivo<br />

É bonito de verdade<br />

Mas da minha terra querida<br />

Vivo cheio de saudade<br />

Quando não posso voltar<br />

Ao cantinho onde nasci<br />

Eu canto esta cantiga<br />

Que com saudade escrevi<br />

Refrão<br />

Digo,ao ver casas branquinhas<br />

Com barras de várias cores<br />

Já cheguei ao Alentejo<br />

A terra dos meus amores<br />

É a terra onde eu nasci<br />

E tive que um dia deixar<br />

Digo quando ali regresso<br />

Minha terra, meu doce lar.<br />

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Badenerstrasse 382, Postfach 687 | 8040 Zürich | Tel. 043 243 81 21<br />

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