Gestão Hospitalar N.º 11 2017
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
O QUE FAZ UM DIRETOR DE<br />
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO<br />
NUM HOSPITAL?<br />
DOMINGOS PEREIRA<br />
Diretor do Serviço de Sistemas<br />
e Tecnologias de Informação<br />
no CHVNG<br />
Há com certeza muitos percursos profissionais que<br />
tenham levado os atuais diretores de informáticas<br />
hospitalares ao lugar que hoje ocupam.<br />
O contexto específico onde esse papel se desenrola determina<br />
certamente algumas das atividades que o diretor<br />
realiza no dia a dia.<br />
A gestão da função TIC numa<br />
organização tem já associada a<br />
si um conjunto de normativos<br />
e guias de boas práticas que<br />
constituem referências muito<br />
relevantes para a clarificação<br />
de áreas de preocupação e<br />
atuação que em cada caso<br />
terão prioridades e abrangência<br />
distintas.<br />
Haverá ainda diretores que configuram sistemas operativos,<br />
outros que programam aplicações dot.net, a complexidade<br />
da função implica no entanto que se centrem<br />
nas atividades mais abstratas e relacionais da função:<br />
definição das arquiteturas aplicativas, de rede, dos dados,<br />
dos processos da organização, na gestão de programas de<br />
desenvolvimento das várias arquiteturas das TIC no hospital,<br />
na elaboração ou participação da componente técnica<br />
dos cadernos de encargos associados à aquisição de<br />
soluções ou serviços TIC, na comunicação com a sua comunidade<br />
utilizadora seja enquanto consultor seja como<br />
fornecedor de um catálogo de serviços TIC com níveis de<br />
serviço pelo menos implícitos.<br />
O diretor de informática necessita conhecer a linguagem<br />
do negócio que suporta, para entender as necessidades<br />
dos seus utilizadores, poder avaliar o potencial das<br />
ofertas do mercado, e exercer o seu papel de primeiro consultor<br />
dos seus utilizadores.<br />
O diretor de informática é ainda um gestor de uma<br />
equipa que deve saber organizar, escolher, liderar, avaliar<br />
e fortalecer do ponto de vista técnico e comportamental.<br />
A gestão da função TIC numa organização tem já associada<br />
a si um conjunto de normativos e guias de boas práticas<br />
que constituem referências muito relevantes para<br />
a clarificação de áreas de preocupação e atuação que em<br />
cada caso terão prioridades e abrangência distintas.<br />
Bons exemplos destes referenciais, são o ITIL, o COBIT,<br />
o ISO 27001, o PMBOK, e mais recentemente o ISO 38500.<br />
Um boneco de referência, cuja fonte original não consigo<br />
identificar, que pode ser útil para agregar as macroatividades<br />
que devem estar presentes no desenrolar da função<br />
TIC numa organização genérica, pode ser o seguinte:<br />
28