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Revista Brasil - Edição Teste

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Foto: Karine Viana/Palácio Piratini<br />

A cada dois meses, no Rio Grande do Sul,<br />

governador, vice, secretários e adjuntos se<br />

reúnem para discutir o andamento dos projetos<br />

cursos. "Percebemos que, de modo<br />

geral, existe uma falta de planejamento.<br />

Não se olha para todas as<br />

etapas", destaca Búrigo. "Grande<br />

parte das não execuções está relacionada<br />

à incapacidade da gestão<br />

em efetuar a entrega, devido a falhas<br />

técnicas e operacionais, e não<br />

à escassez de receita", acrescenta<br />

Adriane Ricieri, do MBC.<br />

A integração entre os atores implicados<br />

na gestão dos projetos também<br />

segue um padrão escalonado.<br />

O calendário de avaliações começa<br />

dentro das próprias secretarias. Depois,<br />

os assessores da SGG elaboram<br />

relatórios e definem as pautas que<br />

serão tratadas na reunião com o secretário-geral<br />

de Governo. A última<br />

etapa é a Reunião de Eixo, na qual são<br />

apresentados os resultados do ciclo<br />

ao governador. No Rio Grande do Sul,<br />

o Executivo se reúne bimestralmente<br />

com cada eixo. "Em 2015, foram realizadas<br />

mais de 600 reuniões de gestão<br />

com as secretarias e suas vincu-<br />

benchmark brasil<br />

no entanto, o trabalho foi ampliado<br />

para todas as pastas. "Queremos<br />

pensar e avaliar todos os projetos<br />

para garantir a viabilidade técnica<br />

e econômica das ações", afirma Búrigo.<br />

Abaixo do secretário, a SGG<br />

possui um time de assessores, cada<br />

qual responsável por acompanhar<br />

determinadas secretarias.<br />

Também há papéis definidos<br />

dentro das secretarias e vinculadas.<br />

Cada projeto ou indicador tem um<br />

coordenador que supervisiona o andamento<br />

e reporta qualquer imprevisto.<br />

Isso é particularmente importante<br />

quando uma secretaria recebe<br />

um processo vindo de outra pasta.<br />

Por não ser prioridade, o projeto pode<br />

ficar em segundo plano. A consequência<br />

é o atraso iminente. Ao<br />

acompanhar os trâmites ao longo<br />

de todas as instâncias, o gerente de<br />

meta evita que o projeto estacione.<br />

"É como um raio-x. Fazemos o exame<br />

para ver onde está quebrado.<br />

Depois, atuamos em cima do problema",<br />

compara Búrigo. "É um trabalho<br />

ainda em estágio inicial. Logo,<br />

o importante não é só atingir as metas,<br />

mas conseguir enxergar os problemas<br />

antecipadamente."<br />

A assinatura dos acordos de resultados<br />

enlaça os diferentes membros<br />

dessa estrutura transversal de gestão.<br />

Ou seja, da SGG até o gerente de projeto,<br />

todos estão imbuídos da mesma<br />

missão em distintos estágios. Em 2015,<br />

as secretarias gaúchas assinaram 63<br />

acordos – gerando 321 indicadores de<br />

desempenho e 60 projetos prioritários.<br />

Os números de 2016 são semelhantes:<br />

63 acordos, 362 indicadores e 57 projetos<br />

prioritários.<br />

Na análise dos resultados de<br />

2015, um indicador salta aos olhos<br />

– e coloca em xeque a ideia de que<br />

a falta de verba está no cerne dos<br />

problemas do Estado. Quando colocadas<br />

em análise as principais<br />

razões para o não cumprimento<br />

das metas, em apenas 6% dos casos<br />

o diagnóstico foi a falta de re-<br />

Fazemos um<br />

exercício<br />

permanente de<br />

implementação<br />

do modelo.<br />

Eduardo Riedel, secretário de<br />

Governo e Gestão Estratégica<br />

do Mato Grosso do Sul<br />

Foto: Divulgação<br />

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