Fotos: Tiago Mendes Por um novo <strong>Brasil</strong> 52 brasil novembro de 2016
congresso Promovido pelo MBC, o 14º Congresso <strong>Brasil</strong> Competitivo reuniu governadores, parlamentares, gestores públicos, especialistas e lideranças da iniciativa privada para debater três assuntos fundamentais para a construção de um novo país: a digitalização do governo e da economia, a agenda de reformas do Legislativo federal e a importância de indicadores na elaboração de políticas públicas para enfrentar os desafios dos estados brasileiros Por Ricardo Lacerda 14ª edição do Congresso <strong>Brasil</strong> Competitivo, promovido pelo Movimento <strong>Brasil</strong> Competitivo (MBC), foi palco de mais um avanço rumo às necessárias mudanças do Estado brasileiro. O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, anunciou a criação de uma Comissão Especial destinada a analisar, estudar e formular propostas relacionadas à reforma do Estado. "Não é só um tema que interessa às corporações, mas a toda sociedade", declarou. Durante o encontro, realizado no dia 21 de setembro, em São Paulo, Maia defendeu uma agenda focada em temas emergenciais, fazendo referência às pautas que tramitam no Congresso Nacional. "Não podemos fazer tudo de uma vez, e sim passo a passo." A ideia, segundo ele, é discutir no âmbito legislativo federal uma série de propostas consolidadas pelo Pacto pela Reforma do Estado – iniciativa lançada em setembro de 2015 pelo MBC e que conta hoje com a adesão de 19 governos estaduais. O presidente da Câmara dos Deputados participou do segundo painel do dia, intitulado "A retomada do crescimento: agenda legislativa e reforma do Estado". A decisão anunciada por Maia foi saudada pelo presidente executivo do MBC, Claudio Gastal. "Ter uma Comissão vai significar a possibilidade efetiva de mudanças necessárias, identificadas durante as discussões do Pacto, como a reforma da Previdência e o processo de contratação de servidores públicos", declarou. Segundo ele, para que temas assim avancem, os estados prescindem de decisões que dependem da Câmara dos Deputados. "Essa caminhada nos fez entender que precisávamos incluir outros atores no processo", acrescentou Gastal, ao explicar por que o debate se estendeu ao Legislativo e, também, ao Executivo. Participaram da abertura do evento os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Já os chefes do Executivo do Espírito Santo, Paulo Hartung, e do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, marcaram presença entre os debatedores do terceiro painel, "Desafios da Gestão Estadual". "A preocupação de todos nós é transformar o Estado brasileiro, envolvendo União, estados e municípios. Temos o desejo de não apenas melhorar a gestão, mas de oferecer serviços públicos melhores", disse o governador gaúcho. Ao comentar o tema do primeiro painel, "<strong>Brasil</strong> Digital: como avançar na digitalização da economia?", Alckmin salientou a importância da tecnologia para melhorar a oferta de serviços à população. Ele lembrou, por exemplo, que o <strong>Brasil</strong> dispõe de boas referências no tema, citando o sucesso do Poupatempo em São Paulo. A ferramenta, que também é colocada em prática na Bahia, funciona como uma central eletrônica de serviços ao cidadão. "É o serviço mais bem avaliado do estado", disse Alckmin. O governador paulista relatou também a experiência paulista com a emissão de cédulas de identidade digitalizadas, produzidas a partir da 53