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capa<br />
Vigor recobrado<br />
Na via inversa da Segurança, a Saúde dos estados<br />
avançou nos últimos anos, com aumento da<br />
expectativa de vida e queda nas taxas de mortalidade<br />
infantil. Nesse último indicador, o Ceará se<br />
destacou ao implementar um programa completo<br />
de acompanhamento às gestantes.<br />
O gestor público<br />
deve possuir um<br />
plano que demonstre<br />
claramente aonde<br />
ele precisa chegar,<br />
mesmo com pouco<br />
dinheiro.<br />
José Mariano Beltrame,<br />
secretário de Segurança<br />
do RJ entre 2006 e 2016<br />
Foto: Jane de Araújo<br />
RJ: o arsenal da paz<br />
Programa SIM:<br />
bonificações à<br />
corporação com base<br />
na melhoria dos<br />
índices de<br />
criminalidade.<br />
Divisão de<br />
Homicídios:<br />
delegacias dedicadas<br />
exclusivamente<br />
a esses casos.<br />
UPPs: presença da<br />
polícia em zonas<br />
conflagradas,<br />
impedindo a ocupação<br />
de poder por parte<br />
dos criminosos.<br />
Piora no Piauí<br />
IDGE Segurança:<br />
0,831 em 2004 para 0,399 em 2014<br />
AL: ineficácia mortal<br />
Alagoas dobrou seus investimentos em segurança<br />
entre 2004 e 2014, mas a taxa de<br />
homicídios também dobrou no período.<br />
Com 63 mortes a cada 100 mil habitantes,<br />
o estado caiu da 22ª para a última posição<br />
nesse indicador.<br />
Reação negativa<br />
Pernambuco obteve a 3ª maior queda na<br />
taxa de homicídios do país – e pulou da<br />
última para a 17ª posição no ranking da<br />
categoria. Entre 2013 e 2014, porém, esse<br />
índice reiniciou uma curva ascendente.<br />
Queda brusca<br />
A Bahia também pagou caro pela ineficiência.<br />
Na década analisada pelo DGE, o<br />
investimento do estado em segurança foi<br />
semelhante ao de Pernambuco. Porém, a<br />
taxa de homicídios em território baiano<br />
subiu 133,1% no período – derrubando o<br />
estado do 5º para o 18º lugar no ranking.<br />
Maiores altas na<br />
taxa de homicídios<br />
(2004-2014)<br />
Maranhão<br />
210%<br />
Ceará<br />
166%<br />
Rio Grande<br />
do Norte<br />
308%<br />
Bahia<br />
133%<br />
De modo geral, a saúde dos brasileiros<br />
evoluiu na última década.<br />
Conforme a análise do DGE, todos<br />
os estados apresentaram alta nos<br />
parâmetros dessa categoria. "Foi um<br />
movimento geral do país, com melhora<br />
homogênea em todas as regiões",<br />
afirma Morelli, da Macroplan. A composição<br />
do indicador agrupa o desempenho<br />
das UFs em dois critérios:<br />
Expectativa de Vida e Mortalidade<br />
Infantil. No primeiro deles, o destaque<br />
ficou novamente com Pernambuco<br />
– onde a estimativa de vida<br />
pulou de 67,6 anos em 2004 para<br />
73,1 em 2014. Já o Ceará melhorou<br />
muito no segundo quesito.<br />
A mortalidade infantil entre os<br />
cearenses diminuiu 45,5% – de 22,4<br />
para 12,3 mortes a cada 100 mil nascidos.<br />
Essa evolução é fruto de uma<br />
visão administrativa que priorizou a<br />
saúde na última década. "Entendemos<br />
a saúde não só como necessidade<br />
básica, mas como uma forma<br />
de impulsionar o crescimento do<br />
estado", explica Henrique Javi, secretário<br />
de Saúde do Ceará.<br />
Com o projeto Ceará Saudável,<br />
foi possível dar continuidade a políticas<br />
públicas iniciadas ainda na década<br />
de 1980 – como a expansão da<br />
equipe de Agentes Comunitários de<br />
Saúde nas cidades do interior. "Combatemos<br />
a desnutrição com essa iniciativa,<br />
mas ainda havia a incidência<br />
de doenças agudas no primeiro ano<br />
de vida", observa Javi. Para isso, o Ceará<br />
redobrou a atenção com a fase<br />
pré-natal, buscando uma identificação<br />
precoce de problemas com a gestante<br />
e com o bebê.<br />
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