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PME Magazine - Edição 8 - Abril 2018

Isabel Neves é a figura de capa da PME Magazine de abril. Leia a edição digital aqui.

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empreendorismo<br />

CREATE LOCAL, THINK<br />

GLOBAL!<br />

Artur Soares, diretor criativo e fundador da Designer’s<br />

Mint<br />

Designer’s Mint<br />

Foi o slogan da Lisboa Design Show 2015, mas era<br />

igualmente o fio condutor do projeto que vinha a ser trabalhado,<br />

(re)pensado por mim e pela minha equipa que<br />

nasceu no final desse mesmo ano – a Designer’s Mint.<br />

Mais do que uma questão de visão ou imaginação, a<br />

Designer’s Mint nasceu com o principal objetivo de desenvolver<br />

marca(s) de mobiliário de valor acrescentado,<br />

numa lógica de internacionalização e, em paralelo, desenvolver<br />

projetos de Arquitetura e Design de interiores.<br />

Além de um inquestionável compromisso com o projeto,<br />

foi necessário criar uma equipa multidisciplinar que<br />

nos ajudasse neste desafio e nos permitisse vencer num<br />

mercado que é cada vez mais competitivo. Ambicionávamos<br />

desenhar peças de valor acrescentado, produzidas<br />

por artesãos experientes, recorrendo a técnicas e<br />

processos manuais.<br />

Desenhámos, criámos e apostámos na “Duquesa & Malvada”<br />

no final de junho de 2016. Uma marca de design<br />

de mobiliário, cosmopolita e inspirada pelos gostos peculiares<br />

de uma geração contemporânea. A marca foi<br />

lançada na 100% Design, em Londres, nesse mesmo ano<br />

e foi uma excelente oportunidade para materializarmos<br />

conceitos que vinham a ser explorados e para nos lançarmos<br />

no mercado.<br />

Numa primeira fase, a nossa estratégia passou por nos<br />

focarmos num único mercado, o do Reino Unido (que<br />

se tem revelado uma aposta acertada), pois existia a<br />

consciência de que a equipa era pequena e de que ainda<br />

tínhamos muito a aprender sobre o tema internacionalização/mercados.<br />

Contudo, quero acreditar que sabíamos<br />

o mínimo para arriscar como arriscámos, mas estava<br />

consciente de que os primeiros tempos iriam ser de<br />

constante aprendizagem. Perceber o nosso público-alvo,<br />

como atingi-lo, estudar a concorrência e a maneira<br />

como a mesma estava inserida neste mercado, como<br />

poderíamos ser diferenciadores e não correr o risco de<br />

sermos “mais uns”.<br />

Internacionalizar uma marca não é fácil. É um processo<br />

longo, exaustivo e de muita insistência/persistência.<br />

Obriga a ganhar a confiança do consumidor, que é cada<br />

vez mais exigente. É um orgulho saber que o mobiliário<br />

“made in Portugal” é reconhecido como selo de qualidade<br />

nos mercados internacionais e isso é o maior cartão<br />

de visita que quem procura lançar-se no mercado internacional<br />

pode ter. Para isso contribuíram de uma forma<br />

excecional as primeiras marcas que repensaram a ma-<br />

24<br />

neira de vender o “mobiliário português” e que ao se<br />

internacionalizarem passaram a vender o design português<br />

como fator de diferenciação e de valor acrescentado.<br />

Marcas como Wewood, Munna, Ginger & Jagger,<br />

Boca do Lobo, entre tantas outras, catapultaram o design<br />

(e o designer) português para um outro patamar e<br />

acredito que abriram uma porta para os mercados internacionais.<br />

Dito isto, é absolutamente obrigatório que<br />

qualquer nova marca/designer que pretenda ter sucesso<br />

no mercado internacional tenha de ter identidade, ser<br />

diferenciador, ter qualidade e uma estratégia bem delineada<br />

para os mercados onde pretende trabalhar.<br />

Ao falar com colegas designers com experiência na área<br />

sempre me foi transmitido que “uma marca demora, no<br />

mínimo, dois a três anos a começar a entrar no mercado”.<br />

Começo a perceber que sim. A “Duquesa & Malvada”<br />

apenas agora começa a ser alvo de algum reconhecimento<br />

e, felizmente para nós, a ser solicitada para<br />

alguns projetos mais específicos. É um processo natural<br />

de crescimento, que passa por diversos estágios, temos<br />

de estar conscientes de que assim seja. O reconhecimento,<br />

independentemente da área, requer tempo,<br />

trabalho, esforço, qualidade (claro!), dedicação e nem<br />

todos os projetos têm um final feliz. Muitas vezes nem<br />

“CRESCER DE FORMA<br />

SUSTENTÁVEL<br />

E PONDERADA<br />

ACREDITO SER<br />

O MELHOR CAMINHO<br />

A SEGUIR E É DESSA<br />

FORMA QUE TEMOS<br />

TRABALHADO”<br />

Artur Soares<br />

Diretor criativo e fundador<br />

da Designer's Mint

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