PME Magazine - Edição 8 - Abril 2018
Isabel Neves é a figura de capa da PME Magazine de abril. Leia a edição digital aqui.
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tecnologia<br />
COMO AJUDAR EMPRESAS A CHEGAR À IDADE<br />
ADULTA?<br />
36<br />
Pedro Rebordão, diretor de<br />
Promoção e Inovação do Lispolis<br />
Lispolis<br />
Apoio constante e networking são mais-valias das incubadoras<br />
Criar novos negócios é uma tarefa<br />
árdua. Nas startups, empresas inovadoras<br />
e escaláveis, é aceite que<br />
uma em cada dez sobrevive; nas<br />
empresas ditas tradicionais, quatro<br />
em cada dez sobrevivem aos cinco<br />
anos de atividade iniciais, chegando<br />
assim à idade adulta – trata-se<br />
de um valor médio que não tem em<br />
consideração outras variáveis como<br />
o setor de atividade, o valor acrescentado<br />
produzido, ou se a empresa<br />
é exportadora.<br />
É claro para o Polo Tecnológico de<br />
Lisboa (Lispolis) que estaremos a<br />
desempenhar corretamente as nossas<br />
funções se conseguirmos aumentar<br />
a probabilidade, nem que<br />
seja num ponto percentual apenas,<br />
de os projetos que apoiamos e acolhemos<br />
conseguirem sobreviver. De<br />
uma forma simples é este o objetivo<br />
de qualquer incubadora.<br />
É normal as incubadoras apoiarem<br />
os projetos no desenvolvimento do<br />
plano de negócios, no estabelecimento<br />
de contactos, seja com um<br />
potencial parceiro, fornecedor ou<br />
cliente, na apresentação a investidores.<br />
É também normal as incubadoras<br />
promoverem os projetos que<br />
apoiam, utilizando os seus canais de<br />
comunicação, e é normal que o responsável<br />
de uma incubadora se vá<br />
tornando um mentor dos projetos.<br />
O que sentimos no Lispolis é que<br />
cada projeto tem necessidades<br />
específicas,<br />
que dependem<br />
da génese do projeto,<br />
do ponto de vista<br />
de desenvolvimento<br />
e das competências<br />
da equipa de gestão.<br />
Sabemos, pela experiência,<br />
que apenas<br />
conseguiremos<br />
apoiar os incubados,<br />
e trabalhar com eles<br />
na resolução dos seus<br />
problemas, se conseguirmos<br />
criar uma relação<br />
de confiança mútua – em determinadas<br />
situações incubados e<br />
incubadora são apenas um a tentar<br />
resolver um determinado problema.<br />
Assim, o cardápio de apoios tem<br />
que estar disponível para que a incubadora<br />
possa responder às necessidades<br />
específicas de cada<br />
projeto no momento em que estes<br />
necessitam. Dois dos casos que<br />
acompanhamos e que têm vindo a<br />
evoluir são a Delox e a Mobility Now,<br />
projetos que se encontram em diferentes<br />
estados de desenvolvimento,<br />
um em pré-incubação (ainda sem<br />
constituição formal da empresa) e<br />
outro em incubação, que aqui deixam<br />
o seu testemunho na primeira<br />
pessoa.<br />
Assegurando o Lispolis a gestão do<br />
seu Centro de Incubação e Desenvolvimento<br />
e também de todo o Polo<br />
Tecnológico, acolhendo projetos<br />
desde a pré-incubação a grande<br />
empresa ou multinacional, assumimos<br />
que temos um incentivo adicional<br />
para tudo fazermos para que os<br />
projetos sobrevivam, nem que seja<br />
mais um pouco: os projetos que estão<br />
hoje em pré-incubação são para<br />
a Lispolis incubados de amanhã e as<br />
grandes empresas do futuro.<br />
FADHIL MUSA<br />
FUNDADOR DA DELOX<br />
“A Delox é um spin-off da Faculdade de<br />
Ciências da Universidade de Lisboa. Formalmente,<br />
não se constituiu como empresa,<br />
mas graças a uma bolsa Startup Voucher<br />
já beneficia de uma (pré)incubação<br />
no Lispolis. A escolha recaiu sobre esta,<br />
numa simples tentativa de ampliar a rede<br />
de contactos - aposta feita, aposta ganha.<br />
O Lispolis começou como agente conector<br />
da bolsa Startup Voucher, mas desconfortável<br />
com (apenas) esta posição, evoluiu<br />
imediatamente para um parceiro de peso.<br />
É uma fonte incessante de contactos,<br />
mentoria, oportunidades e principalmente,<br />
apoio.”<br />
SÉRGIO PINTO<br />
FUNDADOR DA MOBILITY NOW<br />
“A MobilityNow, como spin-off da Universidade<br />
do Porto, nasceu em 2014 na incubadora<br />
da Universidade do Porto (UPTEC)<br />
para desenvolver soluções de identificação<br />
eletrónica de pessoas, locais e máquinas<br />
e prestar serviços nesse mercado.<br />
Em 2017, a MobilityNow lançou o serviço<br />
“beamian | digital you” (um SaaS de apoio a<br />
eventos que permite a recolha de métricas<br />
e interações em tempo real entre visitantes<br />
e marcas) e escolheu a Lispolis como sede<br />
da equipa. Em menos de um ano, a empresa<br />
duplicou a faturação, perspetivando um<br />
crescimento agressivo para <strong>2018</strong> e uma inversão<br />
no peso das suas fontes de receita<br />
de serviços para o “beamian”. Contribuiu<br />
para isso o ecossistema Lispolis, o empenho<br />
da equipa e as parcerias fomentadas.”<br />
“CADA PROJETO<br />
TEM NECESSIDADES<br />
ESPECÍFICAS,QUE<br />
DEPENDEM DA GÉNESE DO PROJETO”<br />
Pedro Rebordão, diretor de promoção e inovação do Lispolis