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2001_Luzes-ApostoloPulchrum

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LUZES DA CIVILIZAÇÃO CRISTÃ<br />

Menino Jesus fez um percurso gigantesco para<br />

chegar até nós. Portanto, por trás da idéia da<br />

Encarnação, e como elemento necessário para<br />

se situar inteiramente a posição do homem em<br />

face do nascimento do Verbo, está a noção de<br />

um acontecimento fabuloso, desmedido, imenso,<br />

que se deu e se converteu em intimidade e<br />

amor. E, por causa disso, em ternura, o tempo<br />

inteiro maravilhada.<br />

É a ternura diante das fragilidades de um<br />

Deus feito homem, diante das quais nós não temos<br />

nem sabemos o que dizer. De outro lado,<br />

porém, esse mesmo Deus é o Senhor do Universo,<br />

onipotente, eterno Juiz de toda a Criação.<br />

Portanto, num sublime paradoxo, é a ternura e<br />

a compaixão para quem é infinitamente mais do<br />

que nós, extremamente delicadas, envoltas num<br />

alto critério de sentimento para serem dignas de<br />

se apresentarem Àquele que de fato merece essa<br />

compaixão, mas que é Deus. Então é a piedade<br />

humana ao mesmo tempo admirativa e súplice,<br />

é o homem que tem pena fazendo um pedido ao<br />

Deus de quem tem pena... Outro paradoxo, outra<br />

grandiosa beleza!<br />

Paradoxos e contrastes que despertam em nossas<br />

almas toda sorte de delicadeza de emoções.<br />

Ao lado da ternura e da compaixão, a reverência,<br />

a veneração, a submissão de todo o nosso ser<br />

ao Divino recém-nascido, e um deixar-se levar<br />

a subidas cogitações às quais esse acontecimento<br />

entre todos bendito nos convida. Além disso,<br />

a noção recolhida, humilde e enlevada do sublime,<br />

e um imenso agradecimento de quem recebe<br />

uma misericórdia sem limites, por nos sentirmos<br />

visitados e impregnados por todas<br />

as graças que Ele trouxe ao mundo, para<br />

a nossa salvação.<br />

A todas essas boas disposições nos<br />

inclina a melodia do Stille Nacht, cujas<br />

notas e inflexões têm isso de próprio,<br />

que fazem um comentário do<br />

sentido da palavra cantada. Então,<br />

nos tons mais baixos, é a ternura vigilante<br />

que se debruça sobre a manjedoura,<br />

velando para que nada toque<br />

no Menino, que nada O moleste.<br />

Ele está chorando, mas a<br />

Mãe o consola... E com que incomparável<br />

desvelo!<br />

Em outros momentos, porém,<br />

nas notas mais agudas, novamente<br />

ressalta a idéia de que<br />

este Menino de cabelos cacheados,<br />

é Deus. O Menino dorme. E a sua<br />

tranqüilidade, assim como Ele,<br />

não é da terra. É do Céu... v

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