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Ler e escrever na Educação Infantil: Análise de uma proposta curricular

Monografia apresentada para a obtenção do título de especialista em alfabetização Centro de Formação da Escola da Vila - São Paulo/SP

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Ao regulamentar a <strong>Educação</strong> <strong>Infantil</strong>, estabelecendo metas, objetivos e<br />

<strong>proposta</strong>s educativas o Ministério da <strong>Educação</strong> teve que, necessariamente, adotar<br />

<strong>uma</strong> concepção <strong>de</strong> criança, <strong>de</strong> educação, <strong>de</strong> cuidado e <strong>de</strong> aprendizagem. Estes<br />

conceitos são apresentados e justificados, à luz da perspectiva construtivista, nos<br />

diversos documentos anteriormente citados, bem como o volume 1 do Referencial<br />

Curricular Nacio<strong>na</strong>l para a <strong>Educação</strong> <strong>Infantil</strong> (BRASIL, 1998, v1).<br />

A origem da educação infantil no Brasil, que esteve atrelada por muito tempo<br />

a um histórico <strong>de</strong> assistencialismo, apresenta agora <strong>uma</strong> organização, <strong>uma</strong><br />

estrutura e um currículo específico, do qual nos aproximaremos a seguir.<br />

1.2.2 De que <strong>Educação</strong> <strong>Infantil</strong> estamos falando?<br />

A mudança do papel social <strong>de</strong>senvolvido pelas instituições <strong>de</strong> educação<br />

infantil trouxe<br />

(...) um consenso sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a educação para as<br />

crianças peque<strong>na</strong>s <strong>de</strong>va promover a integração entre os aspectos<br />

físicos, emocio<strong>na</strong>is, afetivos, cognitivos e sociais da criança,<br />

consi<strong>de</strong>rando que esta é um ser complexo e indivisível. (BRASIL,<br />

1998, v.1, p.17)<br />

Contudo, há diferentes modos <strong>de</strong> conceber o trabalho com cada um <strong>de</strong>sses<br />

aspectos, e <strong>de</strong>finir qual a perspectiva e a concepção a serem adotadas é<br />

fundamental para a elaboração <strong>de</strong> <strong>proposta</strong>s educativas consistentes.<br />

Ou seja, para propor um currículo para a educação infantil é importante ter a<br />

clareza <strong>de</strong> qual criança se está a tratar: a carente, a frágil, a passiva e a<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte ou um sujeito ativo que cria e busca soluções e respostas para<br />

enten<strong>de</strong>r e lidar com o mundo em que está inserido?<br />

Esta monografia, assim como o Referencial Curricular Nacio<strong>na</strong>l para a<br />

<strong>Educação</strong> <strong>Infantil</strong> 4 , partirá <strong>de</strong>sta última concepção <strong>de</strong> criança, que é a mesma<br />

concebida por Piaget, um sujeito ativo <strong>na</strong> busca do conhecimento, que <strong>de</strong>sempenha<br />

um intenso trabalho no processo <strong>de</strong> apropriação do mesmo.<br />

4<br />

A partir <strong>de</strong>ste ponto do texto, se fará referência a este documento por meio <strong>de</strong> sua sigla:<br />

RCN<br />

18

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