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edição de 24 de setembro de 2018

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especial rádio<br />

Meio mantém crescimento e fecha<br />

primeiro semestre do ano favorável<br />

Investimento publicitário no período foi <strong>de</strong> R$ 3,037 bilhões, maior do que<br />

primeiros seis meses <strong>de</strong> 2017, quando valor chegou a R$ 2,809 bilhões<br />

Paulo Macedo<br />

Sabe qual meio vai<br />

divulgar o fim da internet?<br />

O rádio. Seu fim já<br />

foi <strong>de</strong>cretado algumas vezes,<br />

mas ele supera ameaças<br />

criando fortalezas<br />

que fazem sua estrutura<br />

se revitalizar. O rádio se<br />

adapta a tudo, como camaleão: há a migração<br />

da faixa AM para o FM, o fenômeno digital,<br />

a integração e a universalização dos<br />

receptores e as novas tecnologias, como o<br />

streaming. Outra boa notícia é que o investimento<br />

publicitário no rádio vem crescendo,<br />

como mostra o GAV (Gross Advertising<br />

Value), do Kantar Ibope Media. Segundo o<br />

Kantar, as emissoras do país tiveram um<br />

faturamento bruto <strong>de</strong> R$ 6,063 bilhões com<br />

publicida<strong>de</strong> em 2017, o que representa um<br />

share <strong>de</strong> 4,5% dos investimentos em mídia<br />

consolidados no Brasil. Foram mais <strong>de</strong><br />

R$ 1,2 bilhão em relação a 2016. No primeiro<br />

semestre <strong>de</strong>ste ano, o rádio movimentou<br />

R$ 3,037 bilhões com inserções, um valor<br />

também maior na comparação com o mesmo<br />

período do ano passado, quando o rádio<br />

faturou R$ 2,809 bilhões, confirmando a<br />

tendência <strong>de</strong> crescimento. O rádio é hoje o<br />

quinto meio do ranking <strong>de</strong> investimentos<br />

em publicida<strong>de</strong>.<br />

“Segundo levantamento dos aportes <strong>de</strong><br />

mídia em compra <strong>de</strong> espaço publicitário, o<br />

rádio apresentou um <strong>de</strong>sempenho favorável<br />

durante o primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2018</strong>.<br />

O meio contou com 7.987 anunciantes, dos<br />

quais 49% são exclusivos, o que reforça o<br />

posicionamento do rádio como importante<br />

meio para os planejamentos <strong>de</strong> mídia <strong>de</strong><br />

agências e anunciantes. De acordo com o<br />

último Book <strong>de</strong> Rádio, a partir <strong>de</strong> seus atributos<br />

– alcance, mobilida<strong>de</strong> e agilida<strong>de</strong> –, o<br />

rádio <strong>de</strong>sempenha um papel fundamental<br />

no dia a dia do brasileiro, seja como uma importante<br />

fonte <strong>de</strong> notícias ou como entretenimento,<br />

por meio <strong>de</strong> músicas e conteúdos<br />

variados nas programações das emissoras.<br />

Esse meio ágil e capaz <strong>de</strong> se adaptar às novas<br />

tendências, também aproveitou o surgimento<br />

<strong>de</strong> novas tecnologias e plataformas<br />

para ampliar a forma como o conteúdo no<br />

formato áudio é transmitido e consumido. O<br />

rádio permanece presente na rotina das pessoas,<br />

sendo consumido em qualquer horário,<br />

dia e lugar”, explica a executiva Adriana<br />

Fávaro, diretora-comercial <strong>de</strong> veículos do<br />

Kantar Ibope Media.<br />

Fotos: Divulgação<br />

Adriana Fávaro: “Meio se adapta às novas tendências”<br />

“A meu ver, o meio já<br />

começA A colher os<br />

frutos do empenho em se<br />

reinventAr, incluindo A<br />

formA <strong>de</strong> AdministrAr<br />

o conteúdo”<br />

Mauricio Almeida: “Rádio está na jornada do consumidor”<br />

Por outro lado, Luciana Schwartz, diretora<br />

<strong>de</strong> mídia omnichannel da VML e responsável<br />

pelo Mídia Dados do Grupo <strong>de</strong> Mídia<br />

<strong>de</strong> São Paulo, explica que o meio vem investindo<br />

na área <strong>de</strong> conteúdo e em maior presença<br />

no ecossistema digital.<br />

“Isso potencializa seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> alcance,<br />

uma vez que atualmente as rádios po<strong>de</strong>m<br />

ser acessadas pelo mobile ou em outras plataformas.<br />

Além <strong>de</strong> manter sua essência, jornalismo<br />

e música, as rádios também estão<br />

apostando em conteúdo proprietário, que<br />

cria diferenciais únicos para cada emissora.<br />

A meu ver, o meio já começa a colher os frutos<br />

do empenho em se reinventar, incluindo<br />

a forma <strong>de</strong> administrar o conteúdo. Boa parte<br />

dos ouvintes, por exemplo, espera que as<br />

rádios façam uma curadoria <strong>de</strong> tudo o que<br />

está ocorrendo no mundo, tanto do ponto <strong>de</strong><br />

vista da notícia como dos novos hits musicais,<br />

os ajudando a conhecer novos artistas.<br />

Especificamente no caso das emissoras jornalísticas,<br />

há um esforço maior para tornar<br />

as produções mais elaboradas. Estes movimentos<br />

têm contribuído para manter o rádio<br />

relevante, com maior ou menor intensida<strong>de</strong>,<br />

para os diferentes segmentos <strong>de</strong> mercado e<br />

regiões do país”, <strong>de</strong>staca Luciana.<br />

Prestador <strong>de</strong> serviço, porta-voz da comunida<strong>de</strong><br />

e elo <strong>de</strong> aproximação <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s<br />

ligadas ao futebol e à música, por<br />

exemplo, o rádio reforça seu tom <strong>de</strong> contemporaneida<strong>de</strong>,<br />

na expressão <strong>de</strong> Luciana.<br />

“As emissoras estão reforçando suas plataformas<br />

digitais, em busca <strong>de</strong> maior interativida<strong>de</strong><br />

com a audiência, inclusive utilizando<br />

ví<strong>de</strong>os consi<strong>de</strong>rados fundamentais<br />

para fortalecer o conteúdo distribuído no digital.<br />

Este investimento se converte em audiências<br />

fortes no streaming. Também vale<br />

<strong>de</strong>stacar que os fóruns <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates, que passaram<br />

a ser transmitidos ao vivo pelo You-<br />

Tube, com chamadas integradas na rádio,<br />

ganharam maior repercussão, inclusive em<br />

outros meios <strong>de</strong> comunicação”.<br />

A abordagem regional do rádio é um feature<br />

que Andrea Hirata, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

mídia da Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>ra<br />

relevante na hora <strong>de</strong> planejar a comunicação<br />

dos seus clientes.<br />

“Além da audiência, afinida<strong>de</strong> e sinergia<br />

da programação, com o target, o meio entrega<br />

essa característica como poucos outros<br />

meios conseguem. O sotaque do locutor<br />

e dos repórteres, somado ao noticiário da<br />

cida<strong>de</strong>, aproxima a linguagem do rádio aos<br />

ouvintes. E, consequentemente, das marcas<br />

que ali comunicam. Além disso, o meio<br />

36 <strong>24</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark

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