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edição de 29 de outubro de 2018

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MERCADO<br />

Grupo <strong>de</strong> Mídia comemora 50 anos<br />

com viagem ao tempo em exposição<br />

Mostra promovida pela entida<strong>de</strong> tem curadoria <strong>de</strong> Boni e Thomaz Souto<br />

Corrêa e apresenta a evolução dos meios <strong>de</strong> comunicação no Brasil<br />

RENATO ROGENSKI<br />

Um segmento tão gigante como<br />

a mídia brasileira não<br />

po<strong>de</strong> ficar aprisionado em uma<br />

bolha. Não à toa, em vez <strong>de</strong><br />

criar uma apresentação restrita<br />

ao mercado <strong>de</strong> comunicação,<br />

o Grupo <strong>de</strong> Mídia <strong>de</strong> São Paulo<br />

resolveu dividir sua trajetória<br />

<strong>de</strong> 50 anos, incluindo toda<br />

a jornada do segmento, numa<br />

exposição aberta ao público.<br />

A atração 50 anos <strong>de</strong> mídia<br />

no Brasil - 1968-<strong>2018</strong> mostra a<br />

evolução dos meios <strong>de</strong> comunicação<br />

e os principais fatos históricos<br />

que ocorreram no país.<br />

O objetivo da entida<strong>de</strong> é propor<br />

uma viagem ao tempo <strong>de</strong> forma<br />

lúdica e mexer com a memória<br />

afetiva <strong>de</strong> quem visitar a Unibes<br />

Cultural, em São Paulo, <strong>de</strong><br />

terça-feira a domingo, até 3 <strong>de</strong><br />

fevereiro <strong>de</strong> 2019.<br />

“É um presente para a cida<strong>de</strong><br />

e serve para resgatar a memória.<br />

E para os mais novos serve<br />

como curiosida<strong>de</strong> sobre o que<br />

havia <strong>de</strong> disponível na época<br />

dos seus pais, avós”, explica<br />

Paulo Sant’Anna, presi<strong>de</strong>nte do<br />

Grupo <strong>de</strong> Mídia <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Entre os <strong>de</strong>staques do passeio<br />

pelo tempo, a mostra inicia<br />

em 1968, sob um cenário <strong>de</strong><br />

restrição à liberda<strong>de</strong>, marcado<br />

também pela chegada do homem<br />

à lua. A jornada continua<br />

com a Copa <strong>de</strong> 70, a implementação<br />

da TV colorida, a anistia,<br />

a multiplicação das rádios FM e<br />

a efervescência da era Disco.<br />

Já chegando nas últimas décadas,<br />

a exposição aborda também<br />

o movimento Diretas Já, a<br />

chegada da TV a Cabo, a morte<br />

<strong>de</strong> Ayrton Senna, até o fenômeno<br />

das re<strong>de</strong>s sociais, tudo<br />

ambientado <strong>de</strong> acordo com as<br />

características <strong>de</strong> cada década.<br />

“Quando a gente começa a listar<br />

os fatos que foram importantes<br />

e sobretudo a evolução<br />

dos meios <strong>de</strong> comunicação nestes<br />

50 anos, você se <strong>de</strong>para com<br />

muita coisa curiosa, principalmente<br />

a primeira década da<br />

Paulo Sant’Anna: “A exposição é um presente para a cida<strong>de</strong> e serve para resgatar a memória”<br />

exposição, <strong>de</strong> 1968 a 1977, que<br />

é a que mais me chama a atenção.<br />

O Brasil vivia num regime<br />

<strong>de</strong> pouca liberda<strong>de</strong> individual e<br />

isso, obviamente, é tratado nos<br />

meios, nos conteúdos”, conta<br />

Sant’Anna.<br />

A exposição contou ainda<br />

com a curadoria <strong>de</strong> José Bonifácio<br />

<strong>de</strong> Oliveira Sobrinho (Boni)<br />

e Thomaz Souto Corrêa, dois<br />

ícones do mercado <strong>de</strong> mídia<br />

brasileiro, que, junto com uma<br />

equipe <strong>de</strong> apoio, foram responsáveis<br />

por selecionar e indicar<br />

as referências para cada período.<br />

“O trabalho não po<strong>de</strong>ria ter<br />

sido produzido sem os curadores,<br />

que generosamente abraçaram<br />

a causa. Certamente, ele<br />

não seria tão rico como produto<br />

final como estamos vendo hoje.<br />

A exposição <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser uma<br />

memória <strong>de</strong> pessoas que lembram<br />

<strong>de</strong> um fato ou outro para<br />

ser, na minha opinião, a visão<br />

dos papas da comunicação no<br />

Brasil”, argumenta.<br />

Questionado sobre qual é o<br />

“O trabalhO nãO<br />

pO<strong>de</strong>ria ter sidO<br />

prOduzidO sem Os<br />

curadOres, que<br />

generOsamente<br />

abraçaram a<br />

causa. certamente,<br />

ele nãO seria<br />

tãO ricO cOmO<br />

prOdutO final”<br />

Divulgação<br />

principal recado da exposição,<br />

Sant’Anna falou sobre a importância<br />

<strong>de</strong> resgatar o passado<br />

e ver a evolução da mídia no<br />

Brasil e, sobretudo, olhar para o<br />

que vem pela frente. “A exposição<br />

termina neste ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong>,<br />

muito atual, com os aplicativos<br />

que facilitam a nossa vida. Mas,<br />

na verda<strong>de</strong>, ela não para em<br />

<strong>2018</strong>. O gran<strong>de</strong> recado é como a<br />

gente po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a nossa mente<br />

aberta para imaginar como<br />

serão os próximos 50 anos. É<br />

uma provocação sobre o que<br />

virá daqui para frente com inteligência<br />

artificial, internet das<br />

coisas e o que mais o futuro nos<br />

aguarda”, diz.<br />

Toda criação, produção e cenografia<br />

do projeto é da Caselúdico,<br />

responsável por algumas<br />

exposições consagradas como<br />

Castelo Ra-Tim-Bum, Tim Burton<br />

e Sílvio Santos. O trabalho<br />

teve também a produção geral<br />

da Piraporanó e o gerenciamento<br />

operacional da Duo Experience.<br />

52 <strong>29</strong> <strong>de</strong> <strong>outubro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark

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