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MERCADO<br />
Grupo <strong>de</strong> Mídia comemora 50 anos<br />
com viagem ao tempo em exposição<br />
Mostra promovida pela entida<strong>de</strong> tem curadoria <strong>de</strong> Boni e Thomaz Souto<br />
Corrêa e apresenta a evolução dos meios <strong>de</strong> comunicação no Brasil<br />
RENATO ROGENSKI<br />
Um segmento tão gigante como<br />
a mídia brasileira não<br />
po<strong>de</strong> ficar aprisionado em uma<br />
bolha. Não à toa, em vez <strong>de</strong><br />
criar uma apresentação restrita<br />
ao mercado <strong>de</strong> comunicação,<br />
o Grupo <strong>de</strong> Mídia <strong>de</strong> São Paulo<br />
resolveu dividir sua trajetória<br />
<strong>de</strong> 50 anos, incluindo toda<br />
a jornada do segmento, numa<br />
exposição aberta ao público.<br />
A atração 50 anos <strong>de</strong> mídia<br />
no Brasil - 1968-<strong>2018</strong> mostra a<br />
evolução dos meios <strong>de</strong> comunicação<br />
e os principais fatos históricos<br />
que ocorreram no país.<br />
O objetivo da entida<strong>de</strong> é propor<br />
uma viagem ao tempo <strong>de</strong> forma<br />
lúdica e mexer com a memória<br />
afetiva <strong>de</strong> quem visitar a Unibes<br />
Cultural, em São Paulo, <strong>de</strong><br />
terça-feira a domingo, até 3 <strong>de</strong><br />
fevereiro <strong>de</strong> 2019.<br />
“É um presente para a cida<strong>de</strong><br />
e serve para resgatar a memória.<br />
E para os mais novos serve<br />
como curiosida<strong>de</strong> sobre o que<br />
havia <strong>de</strong> disponível na época<br />
dos seus pais, avós”, explica<br />
Paulo Sant’Anna, presi<strong>de</strong>nte do<br />
Grupo <strong>de</strong> Mídia <strong>de</strong> São Paulo.<br />
Entre os <strong>de</strong>staques do passeio<br />
pelo tempo, a mostra inicia<br />
em 1968, sob um cenário <strong>de</strong><br />
restrição à liberda<strong>de</strong>, marcado<br />
também pela chegada do homem<br />
à lua. A jornada continua<br />
com a Copa <strong>de</strong> 70, a implementação<br />
da TV colorida, a anistia,<br />
a multiplicação das rádios FM e<br />
a efervescência da era Disco.<br />
Já chegando nas últimas décadas,<br />
a exposição aborda também<br />
o movimento Diretas Já, a<br />
chegada da TV a Cabo, a morte<br />
<strong>de</strong> Ayrton Senna, até o fenômeno<br />
das re<strong>de</strong>s sociais, tudo<br />
ambientado <strong>de</strong> acordo com as<br />
características <strong>de</strong> cada década.<br />
“Quando a gente começa a listar<br />
os fatos que foram importantes<br />
e sobretudo a evolução<br />
dos meios <strong>de</strong> comunicação nestes<br />
50 anos, você se <strong>de</strong>para com<br />
muita coisa curiosa, principalmente<br />
a primeira década da<br />
Paulo Sant’Anna: “A exposição é um presente para a cida<strong>de</strong> e serve para resgatar a memória”<br />
exposição, <strong>de</strong> 1968 a 1977, que<br />
é a que mais me chama a atenção.<br />
O Brasil vivia num regime<br />
<strong>de</strong> pouca liberda<strong>de</strong> individual e<br />
isso, obviamente, é tratado nos<br />
meios, nos conteúdos”, conta<br />
Sant’Anna.<br />
A exposição contou ainda<br />
com a curadoria <strong>de</strong> José Bonifácio<br />
<strong>de</strong> Oliveira Sobrinho (Boni)<br />
e Thomaz Souto Corrêa, dois<br />
ícones do mercado <strong>de</strong> mídia<br />
brasileiro, que, junto com uma<br />
equipe <strong>de</strong> apoio, foram responsáveis<br />
por selecionar e indicar<br />
as referências para cada período.<br />
“O trabalho não po<strong>de</strong>ria ter<br />
sido produzido sem os curadores,<br />
que generosamente abraçaram<br />
a causa. Certamente, ele<br />
não seria tão rico como produto<br />
final como estamos vendo hoje.<br />
A exposição <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser uma<br />
memória <strong>de</strong> pessoas que lembram<br />
<strong>de</strong> um fato ou outro para<br />
ser, na minha opinião, a visão<br />
dos papas da comunicação no<br />
Brasil”, argumenta.<br />
Questionado sobre qual é o<br />
“O trabalhO nãO<br />
pO<strong>de</strong>ria ter sidO<br />
prOduzidO sem Os<br />
curadOres, que<br />
generOsamente<br />
abraçaram a<br />
causa. certamente,<br />
ele nãO seria<br />
tãO ricO cOmO<br />
prOdutO final”<br />
Divulgação<br />
principal recado da exposição,<br />
Sant’Anna falou sobre a importância<br />
<strong>de</strong> resgatar o passado<br />
e ver a evolução da mídia no<br />
Brasil e, sobretudo, olhar para o<br />
que vem pela frente. “A exposição<br />
termina neste ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong>,<br />
muito atual, com os aplicativos<br />
que facilitam a nossa vida. Mas,<br />
na verda<strong>de</strong>, ela não para em<br />
<strong>2018</strong>. O gran<strong>de</strong> recado é como a<br />
gente po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a nossa mente<br />
aberta para imaginar como<br />
serão os próximos 50 anos. É<br />
uma provocação sobre o que<br />
virá daqui para frente com inteligência<br />
artificial, internet das<br />
coisas e o que mais o futuro nos<br />
aguarda”, diz.<br />
Toda criação, produção e cenografia<br />
do projeto é da Caselúdico,<br />
responsável por algumas<br />
exposições consagradas como<br />
Castelo Ra-Tim-Bum, Tim Burton<br />
e Sílvio Santos. O trabalho<br />
teve também a produção geral<br />
da Piraporanó e o gerenciamento<br />
operacional da Duo Experience.<br />
52 <strong>29</strong> <strong>de</strong> <strong>outubro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark