Guia Beach Show Jericoacoara-Ceará-Brasil
Guia turístico de Jericoacoara - Ceará - Brasil
Guia turístico de Jericoacoara - Ceará - Brasil
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O tempo foi passando e <strong>Jericoacoara</strong>, ou melhor,<br />
Serrote, como era conhecida na época, tornou-se<br />
importante posto de distribuição de mercadorias<br />
com a implantação de grandes galpões de<br />
armazenamento desses bens de consumo.<br />
Coronel Ismael, Seu Patriarca, Seu Zé Carvalho,<br />
Seu Zé Araújo eram todos donos de armazém,<br />
sem esquecer Seu Mané Salustiano que tinha 03<br />
armazéns; um só para goma, outro para milho e<br />
outro só para farinha.<br />
O comércio se expandiu e as mercadorias já<br />
eram então exportadas em barcos grandes que<br />
suportavam até 2000 sacos, também para Fortaleza<br />
e Rio Grande do Norte. Assim o tempo passou sem<br />
muita pressa, pois a pequena vila vivia em seu<br />
isolamento natural devido a sua geografia que<br />
dificultava em muito o acesso de visitantes.<br />
No entanto, em meados da década de 1970,<br />
segundo dona Isabel Afonso (73), um americano<br />
acompanhado de um guia vindo a cavalo desde<br />
Acaraú, onde havia deixado seu automóvel, bateu<br />
em sua porta por volta das 18h pedindo pouso.<br />
E este dito americano acabou por ser o primeiro<br />
hospede estrangeiro a se hospedar em <strong>Jericoacoara</strong>.<br />
Ficou tão deslumbrado com o local que passou oito<br />
meses. Tempo suficiente para despertar nos demais<br />
moradores o valor que há no turismo, pois com o<br />
dinheiro da hospedagem, dos peixes e demais<br />
artigos comprados pelo “gringo” Jeri ganhava na<br />
sua economia.<br />
Nessa época chegaram Miguel Alves, Chico Mundaú,<br />
Polino, Zé Marques, e em 1920 já havia 20 famílias<br />
instaladas; e foi nesse mesmo ano que nasceu Seu<br />
Zé Diogo. A fartura era grande e o comércio de<br />
trocas imperava. Trocava-se tudo, peixe por farinha,<br />
farinha por milho, milho por animais de estimação,<br />
etc.<br />
Outros foram chegando como Quirino, família Belo,<br />
Ismael, Zé Carvalho, Francisco. Guriú, Raimundo<br />
e Antônio de Firino, Antônio Afonso Filho, Chico<br />
Afonso, João Tomás, família Canuto entre outros.<br />
Na década de 1930 o comércio estava aquecido,<br />
e o dinheiro já era a base das negociações.<br />
Mercadorias chegavam no lombo dos jegues de<br />
todos povoados próximos (Jijoca, Mangue Seco,<br />
Lagoa Grande, Córrego da Forquilha, etc.) até a<br />
praia e eram embarcadas em navios, que levavam<br />
a produção para ser vendida em grandes armazéns<br />
de Camocim.<br />
Depois de sua partida, alguns outros turistas<br />
começaram a chegar e a divulgar esse paraíso<br />
encrustado no meio de lagoas azuis e dunas<br />
brancas, onde o sol e o vento predominam por todo<br />
ano.<br />
E como um “El Dourado” cheio de joias naturais,<br />
bastou uma matéria numa revista especializada<br />
mostrar um pouco do paraíso terreno que é<br />
<strong>Jericoacoara</strong>, para que se transformasse, em pouco<br />
mais de três décadas, desde aquela noite perdida<br />
nos idos de 1970, num dos mais cobiçados pontos<br />
turísticos do planeta.<br />
Hoje, <strong>Jericoacoara</strong> é reconhecida internacionalmente<br />
como uma das dez praias mais bonitas do<br />
mundo, onde gente bonita, gastronomia de primeira,<br />
excelente atendimento, festas constantes,<br />
esportes diversos e acomodações para todos os<br />
gostos estão à disposição de quem a visita.<br />
<strong>Jericoacoara</strong>. O paraíso é aqui | 27