24 CULTURA EMPREENDENDO NA MÚSICA Brasil ocupa a 10ª posição no ranking mundial, e movimenta 298,8 milhões de dólares em receita em 2018. A música atinge todas as classes sociais e é consumida por todas as faixas etárias. Há inúmeras oportunidades de negócios, mas também há muitos riscos e desafios como em qualquer negócio. Todos os tipos de arte têm a ver com empreendedorismo, a música, além de ser uma das indústrias mais lucrativas, em 2018 faturou 298,8 milhões de dólares, pode ensinar a você que quer empreender algumas lições como público-alvo, engajamento e inovação. Há tempos atrás se nenhuma banda cantasse o que você queria ouvir, você mesmo criava a sua própria banda, assim nasceram inúmeras bandas pelo Brasil, e acredite, sempre foi preciso ter sangue empreender para montar sua própria banda. Trabalhar com os recursos que se têm, se virar com pouco, sim, os músicos iniciantes fazem isso, alguma startup aqui se identifica? Porém, trabalhar com pouco não quer dizer fazer um trabalho mal feito, pelo contrário, empreender na música é quebrar paradigmas de industrias tradicionais, assim como empreender em qualquer outro segmento. Artistas, autores, técnicos, produtores, e muitos outros fazem parte desse universo e para entender melhor um pouco de como é empreender nesse segmento, nessa edição conversamos com Rodolpho Lemes, músico contrabaixista, compositor, regente e produtor musical, atualmente ele integra a Banda Turma do Pagode. Nascido em São Bernardo do Campo, região do Grande ABC Paulista, Rodolpho Lemes é músico profissional desde os 17 anos. “Ser músico foi uma escolha, queria trabalhar fazendo o que gosto já que passamos a maior parte da vida trabalhando” – Rodolpho Lemes Todo “bom” músico tem muitas características que são necessárias para ser um empreendedor de sucesso, o escritor Peter Spellman, em seu livro Indie Business Power – faz um paralelo entre habilidades musicais e competências empresariais. São características que andam lado a lado como autodisciplina, processamento mental rápido, persistência, foco, adoram correr riscos, adaptabilidade, trabalho em equipe e colaboração, capacidade de cumprir compromissos frente a muitas responsabilidades, não gostam de zona de conforto, entre muitas outras listadas no livro. A vida de um músico empreendedor é uma inesgotável fonte de habilidades, inspiração, inovação e atitudes construtivas. Segundo Rodolpho, o compartilhamento de informações facilita o trabalho nesse segmento, deixando os empreendedores com mais campos para atuar. A maioria das pessoas que têm sucesso no segmento musical, bandas por exemplo, tiverem que abrir mão de muita coisa, para o músico o dom corresponde a 10% do seu sucesso, a vontade, perseverança, persistência e boas escolhas são responsáveis pelos outros 90%. A música é a expressão artística mais presente na vida das pessoas, a habilidade de criar melodias e impactar a vida dessas pessoas através de notas musicais, mostra que o DNA do músico é composto de paixão e essa paixão é essencial para empreender em seus negócios. Não basta simplesmente criar a melhor canção, o mundo preciso cantar sua melhor canção, as pessoas precisam levar essa canção para sua vida, Rodolpho nos contou que com a Turma do Pagode eles já realizaram alguns pedidos de casamento no palco, uma vez que os fãs se identificam com a música. MERCADO INTERNACIONAL Rodolpho Lemes, nos contou que trabalhar mundialmente com a música é a Pós-Graduação de qualquer músico, Rodolpho já tocou fora do Brasil e ainda esse ano é possível que vá para a Europa, para o músico compositor, ter uma composição dele reconhecida mundialmente seria sua maior realização. A indústria cultural da música não para de crescer e o mercado fonográfico responsável por gravação, edição e distribuição de mídias sonoras, o mercado de música consolida a tendência de crescimento nos últimos anos — no Brasil, ele foi de 15,4%, enquanto que a média mundial foi de 9,7%. O desempenho positivo foi impulsionado pelos serviços de streaming (de plataformas como Spotify, Deezer e Youtube), que aqui cresceram 46% com relação a 2017 e no mundo todo registraram um aumento de 34%. Crédito foto - Wadson Henrique
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