Hospitais Portugueses ANO IV n.º 19 setembro-outubro 1952
AMOR A ADMINISTRAÇÃO E O PESSOAL MÉDICO ALGUNS ASPECTOS DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DAS INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE ASSISTÊNCIA COORDENAÇÃO ASSISTENCIAL INVÁLIDOS QUE SE TRANSFORMAM EM BONS OPERÁRIOS A VIAGEM DE ESTUDO EM ITÁLIA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE PORTALEGRE PLANOS DE ORGANIZAÇÃO PARA UMA CASA DE SAUDE COISAS GRANDES . .. E PEQUENAS NOTlCIAS DE FARMÁCIA GENTE DOS HOSPITAIS NOTÍCIAS DOS HOSPITAIS ESCREVEM·NOS DE . . . O HOSPITAL E A LEI PUBLICAÇÕES
AMOR
A ADMINISTRAÇÃO E O PESSOAL MÉDICO
ALGUNS ASPECTOS DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DAS INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE ASSISTÊNCIA
COORDENAÇÃO ASSISTENCIAL
INVÁLIDOS QUE SE TRANSFORMAM EM BONS OPERÁRIOS
A VIAGEM DE ESTUDO EM ITÁLIA
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE PORTALEGRE
PLANOS DE ORGANIZAÇÃO PARA UMA CASA DE SAUDE
COISAS GRANDES . .. E PEQUENAS
NOTlCIAS DE FARMÁCIA
GENTE DOS HOSPITAIS
NOTÍCIAS DOS HOSPITAIS
ESCREVEM·NOS DE . . .
O HOSPITAL E A LEI
PUBLICAÇÕES
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Uma via~e111<br />
de estttflo em Itália<br />
Pelo Dr. CORIOLA!\0 FERREIRA<br />
Não existe lá o Ministério da Saude. Os problemas da assistência correm<br />
todos pelo Ministério do Interior.<br />
3. Previdência e assistência<br />
1. A organização da viagem<br />
A Federação Internacional de <strong>Hospitais</strong>, estabelecida<br />
em Londres, organiza de dois em dois anos viagens de estudo<br />
em determinado país. A viagem do ano corrente ~oube<br />
à Itália.<br />
Participaram nesta viagem representantes de 14 nações,<br />
a saber: Bélgica, Dinamarca, Egipto, França, Alemanha, Holanda, Islândia,<br />
Itália, Jamaica, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça e Inglaterra, num total aproximado<br />
de 130 pessoas.<br />
A delegação portuguesa contava com a presença do enfermeiro-mar dos<br />
<strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa, Dr. Emílio Faro, o Arquitecto Read Teixeira, da<br />
Comissão de Construções Hopitalares, do Engenheiro Pereira Gomes, d•o Ministério<br />
das Obras Públicas e de mim próprio, em representação das instituições<br />
dependentes da Direcção-Geral de Assistência. Iam também pessoas de família<br />
dos vários membros da delegaç3o.<br />
A viagem teve um mérito que excedeu o normalmente resultante da simples<br />
visita a hospitais italianos: foi o de poderem trocar-se conhecimentos entre<br />
representantes de tantas e tão variadas nações.<br />
Visitaram-se 16 estabelecimentos assistenciais nas seguintes localidades:<br />
Milão, Sôndalo, Brescia, Bolonha, Florença, Roma, Nápoles e Génova.<br />
Dou a seguir algumas notas avulsas de observações feitas no decorrer<br />
da viagem.<br />
2. Organização geral da assistência italiana<br />
A assistência na Itália é feita, na maior parte, por estabelecimentos hospitalares<br />
privados. São quase sempre obras pias ou associações de beneficência<br />
que tomam sobre si o encargo da assistência.<br />
O Estado fiscaliza o funcionamento destas instituições que, todavia, são<br />
dirigidas e administradas por conselhos constituídos por pessoas não<br />
funcionários.<br />
A assistência italiana, moldada em princípios morais cristãos é de orientação<br />
personalista. As actividades de protecção e de recuperação orientam-se<br />
no sentido da família e da profissão.<br />
22 HOSPITAIS<br />
A ligação entre a assistência e a previdência é bastante íntima. Como a<br />
previdência abrange a grande maioria da população e porque o seu esquema é<br />
suficientemente amplo para conceder internamentos quase sem limitação de<br />
tempo, segue-se que os melhores