RCIA - ED. 106 - MAIO 2014

João Vitor na sua formatura do Pré, ao
lado da mãe Cidineide, do pai Moisés
e do irmão Pedro
O abraço apertado de Ester, sua
professora na festa de formatura
do Pré-Primário, uma despedida
monstrava assim, que tinha cuidado e carinho
com a cidade onde morava.
A pré-escola, João fez no Centro de Educação
e Recreação “Eloá do Vale Quadros”.
João Vitor colaborava com os trabalhos da
casa. No ano de 2006, pelas manhãs, cuidava
de seu irmãozinho Pedro, para que seus pais
pudessem trabalhar; à tarde ia sozinho para
a escola, no Grupo Escolar “Antônio Lourenço
Corrêa”, na Vila Xavier, onde cursava o primário.
Ao término da aula, esperava seu pai em
frente ao posto de saúde, que fica ao lado da
escola, para chegarem juntos em casa. João
gostava de praticar esportes como futebol e
judô; natação ele fazia por orientação
de seu médico.
Ainda tinha tempo para ter aulas
de informática e português.
No Natal de 2006, ele escreveu
uma carta para o papai Noel
pedindo um vídeo game play station
2, e colocou-a dentro de sua
bota na janela do seu quarto.
Como andava um pouco desobediente,
sua mãe conversou com João e disse
que daria o vídeo game se ele se comportasse
bem. Ele fez por merecer e os pais cumpriram
a palavra comprando pela internet o vídeo
desejado. Quando o aparelho chegou pelo
correio os pais estavam trabalhando, e foi ele
mesmo quem o recebeu e fez questão de assinar
o recibo, dizendo ao carteiro: “tio, pode
deixar que eu já sei assinar o meu nome”.
João Vitor era uma criança temente a
Deus, pois que desde o seu nascimento, foi
levado por seus pais à igreja; frequentava os
cultos regulares e aos domingos ia sozinho ao
culto de jovens.
Ele foi uma criatura mansa, humilde e
carinhosa, e que deixou para os que o conheceram,
um grande exemplo de vida apesar
de sua curta existência terrena, pois que
o Senhor o chamou para si em 15 de junho
de 2007, aos 8 anos de idade, para viver com
Ele eternamente. São seus os desígnios e a
eles devemos respeitar com perseverança e a
fé que nos conduz a entender que cada qual
cumpre a sua missão.
de vontade de andar em um desses veículos.
Isso levou seus pais a procurar o sargento Páscoa,
na época o responsável pela unidade da
corporação na Vila Xavier, e solicitar a ele autorização
para que João Vitor fosse conduzido
até o salão de festas, onde seria comemorado
seu 3º aniversário. O sargento Páscoa concordou
com o pedido, desde que não houvesse
nenhuma ocorrência no mesmo horário. No
dia combinado, João Vitor chegou no local da
festa em uma viatura dos bombeiros, realizando
assim seu grande sonho.
Ele era um menino tranquilo e que gostava
de fazer amizades com pessoas adultas,
conversava muito com sua mãe e dizia que
quando ele crescesse, iria trabalhar na prefeitura,
como o papai, às vezes até falava que
queria ser prefeito, porém a mamãe respondia
que trabalhar na prefeitura tudo bem, mas ser
prefeito não.
João era bastante observador, pois quando
via nas ruas monumentos públicos e muros
pichados, ele comentava que se fosse o pai de
quem pichou, ele o colocaria de castigo. De-
Suas adoráveis brincadeiras ao
lado dos amiguinhos, detalhes para
ninguém esquecer
Os abraços que João Vitor dava no irmão
pareciam que não tinham fim
Ao Senhor pertence a terra e tudo
o que nela se contém, o mundo e
os que nele habitam.
(Salmos 24:1)
Seu nome está na rua através da lei nº
6.650 de 14 de novembro de 2007, projeto de
lei de autoria do vereador Elias Chediek Neto,
sancionada pelo prefeito Edinho Silva, que
denomina João Vitor Nascimento Maurício, o
Centro Municipal de Saúde (C.M.S.), localizado
na Rua Princesa Izabel, entre as avenidas Major
Dario de Carvalho e Carlos Baptista Magalhães,
Vila Xavier, neste município.
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