Newslab 156
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ARTIGO 03<br />
Autores: Aracaty Silva Sobrinho ¹ ;<br />
Ana Rubia Pinto do Nascimento ²;<br />
Dennis Hollander Silva 3.<br />
1 Diretor Científico do Weller Works Laboratories.<br />
2 Supervisora do Weller Works Laboratories.<br />
3 Diretor Executivo da GPS Medicina e Segurança do Trabalho.<br />
Vírus do Oeste do Nilo:<br />
Etiopatogenia e Diagnóstico Laboratorial<br />
RESUMO<br />
Os autores mostram a importância do Vírus do Nilo Ocidental, do inglês<br />
West Nile Virus (WNV) como patógeno emergente amplamente distribuído<br />
na América do Norte, Central e sua introdução na América do Sul.<br />
O WNV faz parte da família Flaviviridae, com genoma de RNA de fita simples,<br />
apresen-tando simetria icosaédrica. O vírus pode infectar humanos,<br />
aves e cavalos, transmitido por mosquito infectado. Das espécies infectadas,<br />
o Culex pipiens parece ser o mais importante nos Estados Unidos e<br />
no Brasil é o Culex quinquefasciatus. Apresenta um período de incubação<br />
de 3 a 14 dias. A doença pode conferir imunidade duradoura. Na sua<br />
patologia é importante a realização de diagnóstico diferen-cial. Em casos<br />
de encefalites de etiologia desconhecido se faz necessário a programação<br />
de um siste-ma de vigilância. O diagnóstico do vírus inclui o isolamento<br />
e a identificação. A resposta imune inicia-se logo após a infecção pelo<br />
WNV. O método sorológico mais eficiente no soro coletado no tempo de<br />
8 a 14 dias após o início da doença é ELISA utilizando anticorpos monoclonais,<br />
hibridização in-situ e testes moleculares. Muitas tecnologias<br />
têm sido desenvolvidas na preparação de vacinas contra o WNV. Qua-tro<br />
formas foram testadas. Apenas as formas WNV/YF 17D e WNV/DENV4<br />
30 apresentaram resul-tados promissores.<br />
Palavras-chave: West Nile Virus, WNV, Vírus do Nilo Ocidental, epidemiologia,<br />
patologia, diagnóstico laboratorial, vacinas.<br />
ABSTRACT<br />
The authors report the importance of the West Nile Virus (WNV)<br />
as an emerging pathogen widely dis-tributed in North and Central<br />
America and its introduction in South America. The WNV is part of<br />
the Fla-viviridae family with the RNA genome of simple tape, presenting<br />
icosahedral symmetry. The virus can infect humans, birds<br />
and horses, transmitted by infected mosquitoes. Of the infected<br />
species, Culex pipiens seems to be the most important in the United<br />
States and in Brazil it is Culex quinquefasciatus. It has an incubation<br />
period of 3 to 14 days. The disease can confer lasting immunity. In<br />
its pathology, it is important to perform a differential diagnosis. In<br />
cases of encephalitis of unknown etiology, it is necessary to program<br />
a surveillance system. Diagnosis of the virus includes isolation<br />
and identification. The im-mune response begins shortly after WNV<br />
infection. The most efficient serological method in the serum collected<br />
from 8 to 14 days after disease onset is ELISA using monoclonal<br />
antibodies, in-situ hybridiza-tion and molecular tests. Many technologies<br />
have been developed in the preparation of vaccines against<br />
WNV. Four ways were tested. Only the WNV / YF 17D and WNV /<br />
DENV4 30 forms presented promis-ing results.<br />
Key words: West Nile Virus, WNV, West Nile virus, epidemiology, pathology,<br />
laboratory diagnosis, vaccines.<br />
Introdução<br />
O Vírus do Oeste do Nilo ou West Nile Virus (WNV), é um arbovírus<br />
pertencente ao gênero Flavivírus, da família Flaviviridae. Foi isolado<br />
pela primeira vez em 1937, na Província de West Nile, em Uganda,<br />
à partir do sangue de uma mulher febril de 37 anos que residia em<br />
6, 8, 9<br />
Omongo (distrito de West Nile).<br />
Na década de 1950 estimou-se que 40% da população do delta do<br />
Nilo era soro positivo para o vírus. 19 Em 1974 ocorreu a maior epidemia<br />
0 34<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 2019