Diagrama 11
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Projeto AMA
id.gov.pt:
Identificação
no Telemóvel
Em bom rigor, a solução que apresentamos não é a identificação no telemóvel...
O pequeno paralelepípedo, que em tempos era um simples telefone portátil e que insistimos
em designar por telemóvel, é hoje um suporte pessoal que nos permite realizar operações
limitadas pela imaginação e a capacidade de programação. Com ele, contactamos o mundo
pelos mais diversos canais e realizamos operações e serviços que nos poupam tempo e
deslocações. A evidente tendência passa por torná-lo num objeto único, com esta ou outra
qualquer designação, que nos permite ter as mãos e os bolsos livres.
A integração dos «mundos» físicos e digitais é um dos principais desafios que os produtos
e serviços das organizações têm hoje em dia de considerar. Tecnologias como a realidade
aumentada, a Internet das Coisas (IoT), as comunicações de alto débito, a generalização da
identificação por rádio frequência (RFID), só para nomear algumas, vieram possibilitar novas
formas dos consumidores e empresas se relacionarem, percecionarem, compreenderem,
experimentarem, comprarem ou usarem produtos e serviços. Esta integração entre o físico e
o digital (designada por alguns por «Phygital») não só abre novas oportunidades a produtos
e serviços disponibilizados por privados (em sectores tão diversos como o retalho, a moda,
o financeiro, o turismo ou a indústria), como traz inúmeras oportunidades de (re)pensar a
interação com o cidadão no acesso a serviços públicos.
Tal como noutras iniciativas de transformação digital, a identificação eletrónica do cidadão,
nomeadamente em cenários de mobilidade, é um dos pilares de suporte à integração do
digital no mundo físico. Neste contexto, a Chave Móvel Digital, com mais de 1 milhão de
utilizadores, vem possibilitar um meio seguro, comum e simples, de autenticação e recolha de
dados. A interoperabilidade é a base desta transformação digital. No contexto nacional, a iAP
- Plataforma de Interoperabilidade da Administração Pública assegura «o diálogo» técnico e
semântico, colocando diferentes sistemas a interoperar ao serviço do cidadão.
A identificação inequívoca em diferentes contextos, tantos são os papéis que um cidadão
desempenha, é o garante da boa prestação dos serviços públicos e privados. Por isso mesmo,
e porque o mundo mudou – e continuará a mudar todos os dias a uma velocidade abissal – foi
identificada uma oportunidade que permite, aos cidadãos que o pretendam, optarem por se
«esquecer» (no mundo físico) da carteira em casa, transportando nos seus telemóveis, não só
«dinheiro digital» (recorrendo a apps como o MBWay, o Revolut ou outras apps bancárias),
mas também a sua identificação em diversos contextos. E assim: nasceu o id.gov.pt!
A integração dos «mundos» físicos e digitais é um
dos principais desafios que os produtos e serviços
das organizações têm hoje em dia de considerar.