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Mensagem do Graal - Na luz da verdade Vol 3

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18. Dever e fidelidade 125

entre o seu anseio para o cumprimento do dever e o anseio diferente

de sua intuição.

Aqui, pois, tem de ocorrer uma modificação, a fim de acabar

com esse mal. Dever e convicção íntima devem sempre estar de

acordo um com o outro. É errado um ser humano empenhar a

vida no cumprimento de um dever que ele intimamente não pode

reconhecer como certo!

Somente na concordância entre a convicção e o dever, cada

sacrifício ganha realmente valor. Mas se a criatura humana

empenha a sua vida no cumprimento de um dever, sem convicção,

rebaixa-se então a um soldado venal, que luta a serviço

de outrem por causa de dinheiro, semelhante aos mercenários.

Dessa forma, tal maneira de lutar se torna assassínio!

Se alguém, porém, empenha sua vida por convicção, então possui

mesmo amor à causa pela qual resolveu lutar voluntariamente.

E somente isso tem para ele alto valor! Tem de fazê-lo por

amor. Por amor à causa! Dessa forma também o dever que ele

assim cumpre se tornará vivo e erguido tão alto, a ponto de

colocar o seu cumprimento acima de tudo.

Separa-se assim automaticamente o morto e rígido cumprimento

do dever, do vivo. E só o que é vivo tem valor e efeito

espiritual. Tudo o mais pode servir apenas a finalidades terrenas

e do raciocínio, proporcionando vantagens às mesmas, e isso

também não permanentemente, mas somente de modo passageiro,

uma vez que unicamente o que é vivo consegue existência

permanente.

Assim, o cumprimento do dever, proveniente da convicção,

torna-se legítima fidelidade pela própria vontade, e natural para

quem o exerce. Não pretende e nem pode agir de modo diferente,

não pode aí tropeçar e nem cair, pois a fidelidade lhe é

legítima, está intimamente ligada a ele, sim, é até uma parte

dele, a qual não é capaz de colocar de lado.

Obediência cega, cumprimento cego do dever é, por isso, de

tão pouco valor como crença cega! A ambas falta a vida, porque

nelas falta o amor!

Só nisso o ser humano reconhece logo a diferença entre a legítima

consciência do dever e o senso do dever simplesmente cultivado.

Um brota da intuição, o outro é compreendido somente pelo

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