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Mensagem do Graal - Na luz da verdade Vol 3

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126 18. Dever e fidelidade

raciocínio. Amor e dever nunca podem estar em oposição, pois

são uma só coisa, onde sejam intuídos de maneira legítima, florescendo

deles a fidelidade.

Onde falta o amor, também não há vida, ali tudo está morto.

A tal respeito Cristo já se referiu muitas vezes. Está nas leis primordiais

da Criação, por isso é universal, sem exceções.

O cumprimento do dever que brota de uma alma humana,

espontâneo e radioso, e aquele que é feito por uma recompensa

terrenal, jamais poderão ser confundidos um com o outro, ao

contrário, são mui facilmente reconhecíveis. Deixai, portanto, a

legítima fidelidade surgir em vós, ou permanecei afastados dali

onde não puderdes manter a fidelidade.

Fidelidade! Tantas vezes cantada e, não obstante, nunca compreendida!

Como em tudo, o ser humano terreno também rebaixou

profundamente o conceito da fidelidade, restringiu-o e comprimiu-o

em formas rígidas. O grande, o livre e o belo disso se tornaram

inexpressivos e frios. O que é natural foi forçado!

Pelos conceitos de hoje, a fidelidade deixou de pertencer à

nobreza da alma, foi transformada em uma qualidade do caráter.

Uma diferença como entre o dia e a noite. Assim a fidelidade

ficou sem alma. Tornou-se um dever, onde é indispensável.

Desse modo foi declarada autônoma, encontra-se sobre bases

próprias, inteiramente por si e, por isso… errada! Também ela

foi torcida e deformada pelo sentido das criaturas humanas.

Fidelidade não é algo autônomo, mas somente qualidade do

amor! Do verdadeiro amor que tudo abrange. Abranger tudo,

porém, não significa acaso abarcar tudo ao mesmo tempo,

segundo a concepção humana, que chega à expressão nas conhecidas

palavras: “Abraçar o mundo!” Abranger tudo significa:

poder ser estendido para tudo! Para o que é pessoal, como

também para o que é objetivo! Não está ligado a algo bem definido,

nem destinado a ser unilateral.

O verdadeiro amor nada exclui do que é puro ou do que é

conservado puro, quer se trate de pessoas ou da pátria, bem

como do trabalho ou da natureza. Nisso reside o abrangimento.

Eaqualidade desse amor verdadeiro é a fidelidade, que não

deve ser imaginada de modo mesquinho e restrito terrenalmente,

como o conceito da castidade.

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