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Revista Fenacerci 2020

A FENACERCI disponibiliza a 27º Edição da Revista FENACERCI.

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CERCI’S O CAMINHO FAZ-SE A ANDAR

Os grupos, através do seu papel contentor, são,

indubitavelmente, uma forma privilegiada de intervenção

de aliviar a dor, através da partilha e

pelo sentimento de identidade que proporcionam.

Intervenção: Grupos Socio Terapêuticos (GST)

Segundo Guerra M., P., Lima, L. & Torres, S. (2014)

“… os grupos procuram congregar e promover a

coesão e o encontro entre pessoas para que reconheçam

as similitudes dos seus problemas, encontrem

uma forma de suporte social alternativo,

necessário para apoiar a construção e o desenvolvimento

da sua própria identidade e equilíbrio nas

mais variadas situações.”

Segundo Rossell (1998) os cuidadores encontram

no grupo, um espaço para partilha de experiências

construtivas, aprendendo assim a gerir melhor

as suas emoções e a compreender o impacto

que o cuidar tem no seio da sua família. Desta

forma, conseguirão “enfrentar-se” a si mesmos

e ao meio ambiente, encontrando as respostas

mais ajustadas. Estes grupos poderão representar

um processo de crescimento pessoal e social.

O Papel do Facilitador

Acautelando que, numa fase inicial de construção

grupal, a presença de elementos “facilitadores”

seja uma forma de cimentar a construção

da identidade de um grupo, considera-se importante

evidenciar as funções do facilitador e o

impacto do seu papel no assegurar da continuidade

dos grupos, embora, a intenção maior seja

a de que um grupo, enquanto rede de suporte

emocional e social, viva por si sem necessidade

de facilitadores. Assim, segundo Rossell (1998), o

facilitador tem como funções:

l

Motivar;

l

Ajudar a verbalizar;

l

Sintetizar a informação;

l

Reformular e devolver perguntas ao Grupo;

l

Ser imparcial e não dar opiniões pessoais.

Nos Grupos Socio Terapêuticos, o facilitador assume

um papel importante para assegurar a comunicação.

Em qualquer grupo os níveis conscientes

e inconscientes de funcionamento grupal são os

mesmos, e os participantes têm as mesmas aflições

e pedidos básicos. O que deve variar é a atitude do

coordenador do grupo que, de acordo com os diversos

objetivos, irá reagir ao grupo de forma diferente,

desde que o facilitador tenha clarificado os objetivos

de intervenção e capacidade de se manter focado

dentro dos limites dos mesmos (Rossell, 1998).

Rede Social

A rede social constitui-se, primordialmente, como

um espaço de pertença cujos laços sociais alicerçam

um recurso que promove o processo de apoio

aos que dele fazem parte. Uma intervenção, em

grupo, encerra em si mesma essa possibilidade,

garantido, para além do suporte emocional, momentos

de convívio, interação e rede que podem,

potencialmente, replicar-se para além do

espaço físico em que decorre o grupo.

Ação

Avaliar o impacto da intervenção em grupos socio

terapêuticos, na promoção da qualidade de

vida e redução da sobrecarga dos cuidadores

informais.

Metodologia

Critérios de inclusão

Foram auscultadas as 176 famílias apoiadas no

Centro de Atividades Ocupacionais, do CECD,

no sentido de se aferirem manifestações de

interesse e participação/disponibilidade, em

Grupos Abertos, sob a chancela do objetivo a alcançar,

supramencionado. Na constituição dos

grupos, o critério de seleção foi efetivamente a

disponibilidade de horário embora, no decorrer

da mesma e ainda que de forma casual, o Grupo

I, tenha enquadrado maioritariamente casais e

o Grupo II, mães.

62 | REVISTA FENACERCI 2020

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