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3_Livro_Comunicação e Marketing no Setor Público diferentes abordagens para a realidade brasileira

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Capítulo 2- Discutindo os caminhos do marketing público

é construída, os cidadãos tornam-se atraídos a estabelecerem essa

troca e aderirem às suas estratégias (KOTLER; HAIDER; REIN, 1993).

Quanto maior a diversidade construída sob a imagem de um local,

maior também a diversidade de interesses nessa localidade. Contudo,

apesar dos inúmeros debates sobre a mercantilização dos espaços que

subvertem a lógica, principalmente urbana, criando infinitos locais próconsumismo,

ainda é comum no contexto brasileiro uma representação

de alguns espaços a partir das marcas econômicas que carregam

(BAUTZER, 2010). Muitos espaços urbanos são descaracterizados como

cidade para se tornarem amplos espaços onde o consumo é facilitado,

definindo o público que frequenta e as regras de comportamento

social em um local onde não deveriam existir regras moldadas pelo

capital. A importância de repensar as cidades se parametrizando no

cidadão e não no mercado é latente e clama por gestores públicos que

compreendam o espaço público como um local de harmonia entre

os setores, e não uma arena de disputa onde o capital sempre vence

e os cidadãos são pressionados a se alinharem às suas diretrizes.

Repensar nessas estratégias é possível à medida que o plano de

marketing de lugares é desenvolvido com base nas formas de planejamento

público, orçamento e gestão, como o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes

Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA) e o Plano Diretor.

Esse alinhamento permite desenvolver um planejamento de

marketing que de fato considere os elementos essenciais para os

cidadãos, considere suas demandas e as prioridades para o investimento.

Fundamentado naquilo que é prioridade para os cidadãos com

aquilo que terá condições de ser desenvolvido pelos gestores, têmse

maiores condições de desenvolver um planejamento de marketing

de lugares, identificando assim nichos para potencialização das ações.

O marketing de lugares também tem papel fundamental para

promover imagens de espaços considerados como “não lugares”. O

termo “não-lugar” foi cunhado pelo etnólogo e antropólogo francês Marc

Augé, em 1992, pra designar espaços nos quais não nos identificamos,

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