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NOREVISTA JANEIRO 2021

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REPORTAGEM<br />

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E a isto acrescenta-se o facto<br />

de Portugal ser dos países mais<br />

endividados e um dos que apresentam<br />

uma maior proporção de moratórias<br />

face ao crédito total concedido, o CFO<br />

refere “não tenho grandes dúvidas<br />

que <strong>2021</strong> e 2022 vão ser marcados<br />

por este agravamento desta crise<br />

económica, que infelizmente logo<br />

sucederá, se nada for feito, a um<br />

agravamento da crise social”. Deste<br />

modo, defende que a melhor forma<br />

de as empresas se preparem para esse<br />

momento é ganhando consciência<br />

da dura realidade que o fim destes<br />

apoios do Estado chegará um dia.<br />

Como também se tornarem cientes<br />

que chegará o dia em que terão de<br />

iniciar o reembolso daquelas linhas de<br />

crédito que, entretanto, foram obtidas<br />

e que hoje ainda beneficiam dos seus<br />

períodos de carência. Posto isto, refere<br />

que o segundo passo incide num<br />

período de reflexão das empresas,<br />

efetuando um diagnóstico interno<br />

ou por outras palavras uma revisão<br />

independente do plano de negócios<br />

que, aliado ao plano de continuidade,<br />

permitirão às empresas perceber<br />

em que condições poderão operar<br />

no futuro. E será com base neste<br />

diagnóstico, com base na dimensão<br />

dos problemas de cada empresa iniciar<br />

os seus processos de reestruturação,<br />

sejam eles de ordem financeira ou de<br />

ordem operacional.<br />

E, portanto, face a estas perspetivas<br />

para <strong>2021</strong>, em particular entre abril e<br />

outubro do próximo ano, as empresas<br />

vão ver as suas responsabilidades<br />

crescer e por isso considero que<br />

devem já começar a preparar esse<br />

momento.<br />

Antevendo uma conjuntura<br />

económica difícil para a maioria das<br />

empresas em <strong>2021</strong>, Isabel Faria elenca<br />

um conjunto de lições que devem ser<br />

aprendidas em 2020. Deste modo,<br />

a primeira lição é que as medidas<br />

de curto prazo têm contrapartidas.<br />

Portanto, se há algo que esta<br />

conjuntura económica difícil mostra<br />

é a necessidade de haver medidas<br />

adaptáveis, ágeis e quem diz medidas<br />

diz processos operacionais ágeis.<br />

Uma segunda lição é que os planos de<br />

continuidade de negócio e os planos<br />

de crise não devem ficar fechados até à<br />

próxima pandemia ou até ao próximo<br />

fator de risco externo que apareça,<br />

porque podem aparecer a qualquer<br />

momento. Uma outra lição aprendida<br />

é devermos acompanhar muito<br />

aproximadamente as tendências que<br />

impactam a excelência operacional.<br />

Alguns exemplos são a mudança de<br />

paradigma de produção, da produção<br />

em massa para a customização<br />

em massa ditada pela alteração do<br />

perfil dos clientes, dos próprios<br />

consumidores que querem produtos<br />

diferentes e serviços diferentes.<br />

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NODEZ20

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