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Revista Empresários Edição Janeiro Fevereiro 2021

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pardos.

Existem dados mais que suficientes

para entendermos que apesar de não

nos consideramos racistas, vivemos

em uma situação que configura um

prejuízo a grupos.

Outro exemplo: se pensarmos em uma

empresa onde se precisa tomar uma

decisão de desenvolvimento ou de

promoção de apenas 1 colaborador e

precisa-se decidir entre o funcionário a

e outro b, os dois em iguais condições,

sendo que um faz parte de uma minoria

e o outro não, qual seria o escolhido?

Por que?

O que acontece quando uma pessoa

não muito bem vestida fica perto de

você, ou quando sabe da orientação

sexual do seu filho(a) ser homossexual

ou transexual. O que você pensa? Você

se aproxima ou se afasta? Fica feliz ou

se decepciona?

Quando o preconceito gera afastamento

não se tem como saber o que a outra

pessoa realmente necessita, ou como

gostaria de ser tratada.

Uma ação prática para minimizar o

preconceito nas empresas é iniciar pela

primeiro executivo e cascatear para os

demais.

E assim, entramos naquele fenômeno

clássico de gestão de mudança de interpretar

que a primeira reação da pessoa

é a surpresa, depois a raiva, depois vão

combater essa ideia, mas que no final a

transformação acontece.

A boa notícia é que caminhamos para

uma sociedade que vai entender gradativamente

o que está acontecendo

nas diferentes partes do mundo e essa

lucidez reconhecerá os resultados que

demonstram não haver nenhuma evidência

de que a diversidade traz algum

prejuízo para a sociedade, muito pelo

contrário.

vivemos, dessa revolução tecnológica,

chamada de Revolução 4.0.

Precisamos pensar nas saídas: se uma

delas é iniciar dos dominantes para os

dominados, a outra é o reconhecimento

efetiva do valor da população minoritária,

pelos seus próprios integrantes,

uma vez que o viés inconsciente também

aí ocorre.

O preconceito estrutural envolve também

a parte que é prejudicada, que se

vê sem saída porque as barreiras são

imensas.

Outras práticas a implementar:

a primeira delas é reconhecer que temos

viés inconsciente e descobrir quais

são, como por exemplo: quando pego

um gato preto o que eu sinto, quando

pego um gato branco, o que sinto?

Às vezes se associa o preto a alguma

coisa ruim. Já pensou por que existe a

Lista Negra e não Lista Branca?

Por vezes encaramos as coisas de forma

tão natural que nem mesmo prestamos

atenção no viés inconsciente que trazem.

Segunda prática é identificar quais são

esses vieses; e a quarta é aproximar-se

e interagir com pessoas diferentes, fazendo

uma simples pergunta: e se fosse

comigo?

Então, solução mágica não existe, mas

o caminho para identificar e trabalhar

nossos preconceitos do dia a dia é nos

arriscarmos para saber como é ficar na

pele do outro e somente quando isso

acontecer é que poderemos ficar mais

próximos ao real sentido do “humano

ser”.

A diversidade traz uma riqueza muito

grande porque estamos num momento

em que precisamos de ideias novas,

pessoas diferentes que possam gerar

novas ideias.

É essa a beleza do momento em que

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