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Revista Empresários Edição Janeiro Fevereiro 2021

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Transforme sua força de trabalho em uma verdadeira força

Organizações de todos os setores

enfrentam desafios, agravados

pela pandemia do novo coronavírus,

relacionados às práticas de desligamento

virtual e também na oferta de

suportes necessários para o profissional

buscar uma transição de carreira

eficiente.

Pensando nisso, reunimos recentemente

três de nossos especialistas em

projetos de transição de carreira para

um webinar gratuito com o tema “Melhores

Práticas de Desligamento Virtual

e Pacotes de Saída”.

Na ocasião, Mônica Ramos, Diretora

de Operações da LHH, Paola Dazzan,

Gerente de Transição de Carreira e a

Patrícia Paniquar, Gerente de Operações,

debateram como conduzir esses

desligamentos virtuais, sejam em grupo

ou individuais, o que considerar nos

pacotes desses profissionais que estão

de saída e como o outplacement tem

evoluído para apoiar profissionais em

transição.

Infelizmente, as demissões nesse período

de pandemia têm sido frequentes

em muitas organizações por uma questão

de mercado e do contexto em que

elas estão inseridas.

Com isso, o desligamento virtual se

tornou uma forma de realizar esse processo.

“Esse não é o formato ideal para

desligar um colaborador, mas diante

do cenário de pandemia isso acaba, algumas

vezes, sendo inevitável.

Mas, há boas práticas para fazer isso de

forma humana, sensível e responsável”,

explicou Mônica.

Isso porque há uma diferença latente

em desligar um colaborador durante a

pandemia e em um cenário “normal”.

Patricia ressaltou que fazer um desligamento

é sempre muito complexo, ainda

mais nesse contexto de pandemia que

o colaborador já está mais fragilizado

e tenso devido à imprevisibilidade do

futuro. “Não há um jeito bom de dar

uma notícia dessas, mas há maneiras

cuidadosas, responsáveis e transparentes.

Essa é a grande missão do líder”,

ressaltou a gerente.

Sobre as boas práticas

Essa é uma conversa baseada em detalhes

e que merece olho no olho. Por

isso, as consultoras orientaram que os

líderes procedessem da seguinte forma:

– Não fazer a solicitação de reunião

com muita antecedência para não gerar

ansiedade e especulações;

– Dar preferência sempre por realizar a

conversa via chamada de vídeo;

– Conferir se a conexão está estável

para que a informação não fique com

delay ou que não seja compreendida

corretamente;

– É interessante o líder fazer o comunicado

acompanhado de alguém do RH,

para que ele possa orientar o colaborador

sobre quais são os próximos passos

após o desligamento;

– Ter empatia na fala e no olhar;

– Garantir que o comunicado de desligamento

seja feito em um ambiente

seguro e privado. Sem presença dos

familiares do colaborador e ruídos que

possam atrapalhar a conversa. Isso vale

também para o líder que dará a notícia;

– Esse tipo de comunicação é naturalmente

mais rápida.

Por isso, é importante o líder ir direto

ao assunto, apresentar a causa e o cenário

do porquê esse desligamento está

ocorrendo e nunca usar esse momento

para dar feedback;

– Não gravar a conversa, pois isso pode

gerar constrangimento e até mesmo

má interpretação por parte do colaborador.

Uma boa regra é: se você não

faria no presencial, então, não há necessidade

de aplicar no virtual;

– Dê sempre o benefício da dúvida:

caso a ligação caia ou o líder perceba

que o colaborador saiu da sala virtual.

Retorne a ligação, partindo do princípio

que a conexão caiu e dê continuidade

na conversa;

– No caso de desligamento de mais de

uma pessoa na equipe, o líder pode fazer

em grupo ou individualmente. Em

grupo geralmente é quando todos um

setor ou área são impactados e é importante

comunicar todos de uma só

vez bem como os próximos passos;

– Após a conversa, deixar um canal

aberto para que ele tire dúvidas e também

um passo a passo ou um kit de

desligamento com todas as informações

e orientações para esse colaborador.

Paola ressaltou ainda que hoje há uma

preocupação muito grande por parte

das empresas no que diz respeito à experiência

do colaborador.

Não só no Onboarding e no desenvolvimento,

mas também no Off boarding

e como ajudar essas pessoas que estão

sendo desligadas por meio de programas

de transição de carreira.

Isso porque a maioria dos colaboradores

que são demitidos permanecem no

setor e mantém relacionamento com

os parceiros, clientes e ex-colegas de

trabalho. “Esse tipo de apoio melhora

a reputação da marca empregadora e

a fortalece. Além disso, atrai novos talentos

e ajuda no engajamento de quem

fica. Esses pacotes de desligamento

contribuem para um círculo virtuoso”,

concluiu a consultora.

Para saber mais como podemos apoiar

sua organização em processos de desligamento

responsável e transição de

carreira, fale com um de nossos especialistas.

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