Revista Condominio Sao Lucas_Edicao2
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CARDIOLOGIA
O CORAÇÃO MERECE TODO O CUIDADO!
Dr. Aldo Alér Tomás é médico, formou-
-se em 1974 pela Universidade Federal do
Triângulo Mineiro, especialista em cardiologia,
com mais de 40 anos de carreira
e um vasto currículo. Ele conta, com exclusividade,
para a São Lucas Magazine
os acometimentos cardíacos.
São Lucas Magazine: Quais são as idades
mais propícias para infartos?
Dr. Aldo Alér Tomás: Quanto maior a
idade, maior a possibilidade de infartos. Nas
mulheres, os riscos aumentam, logo após a
menopausa. O infarto em jovens, geralmente,
acontece menos, contudo é mais grave, já
que eles ainda não têm muitas circulações
POR CAROL NAVES
colaterais. Nas pessoas mais idosas, é, geralmente,
menos grave, mas acontece com
maior frequência.
Qual a idade ideal para procurar um
cardiologista?
O ideal é procurar um cardiologista mesmo
sem sintomas. Para as mulheres, o ideal
é após os 50/55 anos de idade e os homens após
os 50 anos. Caso exista algum antecedente na
família, deve-se procurar antes disso. Alguns
casos de sintomas, como falta de ar, dor no
peito, batedeira, tontura, podem estar relacionados
a algum problema cardíaco. Em
pessoas que têm na família patologia cardíaca,
principalmente coronária, infarto, angina,
stent, os cuidados devem ser redobrados.
Uma boa alimentação evita problemas
cardíacos?
A alimentação é um dos fatores que pode
reduzir os problemas cardíacos. Quem tem
uma alimentação saudável, pode viver mais
e melhor. O excesso de gorduras, açúcar, sal
e carboidratos aumenta o risco de problemas
cardíacos. Outros fatores importantes para
a prevenção é a prática de exercícios físicos,
controle do diabetes e colesterol. E, principalmente,
o controle emocional, reduzindo o
estresse.
O número de pessoas com problemas
cardíacos aumentou nos últimos anos?
É impossível mensurar e comparar esses
números, no entanto sabemos que, atualmente,
o número de pessoas acometidas é
muito maior. O que, em grande parte, é justificado
pela grande expectativa de vida, já
que hoje as pessoas vivem muito mais. Antigamente
as pessoas morriam com 50 anos,
hoje elas passam dos 75.
Um dos fatores determinantes é o emocional.
Atualmente o stress é muito maior.
Pode ser que a alimentação hoje seja mais
saudável que naquela época, mas, naquele
tempo, as pessoas consumiam muito mais
energia. O trabalho era mais pesado, hoje
tudo é muito automático e não se gasta tanta
energia.
A medicina cardiológica evoluiu?
Hoje nem se compara! A evolução na
cardiologia era uma coisa em que ninguém
acreditava. O progresso foi enorme. Por
exemplo: eu trabalho com marca-passo.
Existe um específico para quem tem insuficiência
cardíaca refratária. Antigamente, as
pessoas tinham que fazer um transplante ou
morriam, hoje o marca-passo resolve e, em
70%, oferece resultados surpreendentes.
Temos um marca-passo que é chamado
de cardiodesfibrilador. O paciente tem uma
parada cardíaca, e ele, automaticamente
ativa, onde você estiver. Imagine quantos
pacientes não foram salvos? Há 30 anos, nós
não imaginávamos que isso poderia acontecer,
onde o marca-passo poderia chegar. A
evolução é algo fenomenal.