Elas por elas 2008
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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[ Direitos das mulheres ]
Luta das mulheres foi decisiva
para garantir direitos na Constituição
Carlos Avelim
A deputada federal Jô Moraes foi uma das protagonistas em Minas na luta pelos direitos das mulheres na assembléia pró-constituinte
Em meados da década de 80, mulheres de todo
o país não economizaram esforços para garantir que
a Constituição Federal de 1988 contemplasse os
direitos buscados pelo movimento feminista. Em uma
campanha nacional, com início em 1985, organizada
pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher
(CNDM) e que recebeu o nome de “Constituinte para
valer tem que ter direito da mulher”, elas ampliaram
o debate na sociedade sobre o assunto.
“Elaboramos uma grande campanha, com a
participação de mulheres de todo o país, entidades
sindicais e associações profissionais, e recolhemos
propostas para serem incluídas na Constituição
Federal. Não eram demandas de gabinetes, mas sim
das mulheres do Brasil. Foi uma construção democrática,
participativa e nacional”, lembra a socióloga
e cientista política Jacqueline Pitanguy, ex-presidente
da CNDM (1986-89) e atual diretora da organização
não-governamental Cidadania, Estudo, Pesquisa,
Informação e Ação (Cepia).
Em 1986, um ano após o início da campanha,
mais de três mil mulheres participaram de um
grande evento em Brasília, chamado “Os Direitos da
Mulher para a Constituinte”, que contou com a
participação de Hortensia Bussi, viúva de Salvador
Allende, além de várias outras figuras importantes do
cenário político. Após examinarem as propostas
recolhidas Brasil afora, elas elaboraram a “Carta das
Mulheres Brasileiras aos Constituintes”, um
documento que contemplava as principais
reivindicações do movimento feminista na época. “Na
ocasião, eu era presidente do CNDM e, em companhia
das demais conselheiras, entregamos, durante
uma solenidade formal, essa carta ao Ulysses
18 ELAS POR ELAS - JUNHO DE 2008