13.04.2021 Views

Elas por elas 2008

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

[ Direitos das mulheres ]

Luta das mulheres foi decisiva

para garantir direitos na Constituição

Carlos Avelim

A deputada federal Jô Moraes foi uma das protagonistas em Minas na luta pelos direitos das mulheres na assembléia pró-constituinte

Em meados da década de 80, mulheres de todo

o país não economizaram esforços para garantir que

a Constituição Federal de 1988 contemplasse os

direitos buscados pelo movimento feminista. Em uma

campanha nacional, com início em 1985, organizada

pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher

(CNDM) e que recebeu o nome de “Constituinte para

valer tem que ter direito da mulher”, elas ampliaram

o debate na sociedade sobre o assunto.

“Elaboramos uma grande campanha, com a

participação de mulheres de todo o país, entidades

sindicais e associações profissionais, e recolhemos

propostas para serem incluídas na Constituição

Federal. Não eram demandas de gabinetes, mas sim

das mulheres do Brasil. Foi uma construção democrática,

participativa e nacional”, lembra a socióloga

e cientista política Jacqueline Pitanguy, ex-presidente

da CNDM (1986-89) e atual diretora da organização

não-governamental Cidadania, Estudo, Pesquisa,

Informação e Ação (Cepia).

Em 1986, um ano após o início da campanha,

mais de três mil mulheres participaram de um

grande evento em Brasília, chamado “Os Direitos da

Mulher para a Constituinte”, que contou com a

participação de Hortensia Bussi, viúva de Salvador

Allende, além de várias outras figuras importantes do

cenário político. Após examinarem as propostas

recolhidas Brasil afora, elas elaboraram a “Carta das

Mulheres Brasileiras aos Constituintes”, um

documento que contemplava as principais

reivindicações do movimento feminista na época. “Na

ocasião, eu era presidente do CNDM e, em companhia

das demais conselheiras, entregamos, durante

uma solenidade formal, essa carta ao Ulysses

18 ELAS POR ELAS - JUNHO DE 2008

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!