Elas por elas 2008
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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[ Entrevista ]
“Simone de Beauvoir foi
uma inspiração para todas nós”
Sandra Azeredo
Mark Florest
Para Sandra Azeredo, Simone de Beauvoir e sua obra Segundo Sexo são um marco para o feminismo. Em 2008, comemora-se o centenário de nascimento da escritora
ELAS POR ELAS - JUNHO DE 2008
Uma das maiores intelectuais do século 20, a escritora,
filósofa existencialista e feminista francesa
Simone de Beauvoir (1908-1986) dedicou a maior
parte de sua vida à militância e à literatura, como
forma de revelar aspectos de sua vivência e do seu
tempo. Nome fundamental na luta das mulheres em
todo o mundo, Beauvoir publicou, em 1949, o livro
considerado hoje como a base do
feminismo contemporâneo. Nele, a escritora faz
uma análise política da condição feminina.
Em entrevista publicada em 1976, 25 anos após
o lançamento da obra, Beauvoir declarou: “através de
tomei consciência da necessidade de luta.
Compreendi que a grande maioria das mulheres simplesmente
não tinha as escolhas que eu havia tido; que
as mulheres são, de fato, definidas e tratadas como um
segundo sexo por uma sociedade patriarcal, cuja estrutura
entraria em colapso se esses valores fossem
genuinamente destruídos. Mas assim como para os
povos dominados econômica e politicamente o
desenvolvimento da revolução é muito difícil e lento.
Primeiro, as mulheres têm que tomar consciência da
dominação. Depois, elas têm que acreditar na própria
capacidade de mudar a situação”, disse.
Para a professora de Psicologia Social da UFMG,
Sandra Azeredo, esse livro marca o “início de uma
teorização séria sobre as relações de gênero. Simone
de Beauvoir foi uma inspiração para todas nós, nos
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