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Elas por elas 2008

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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[ Mulheres na política ]

Votar e ser votada

Apesar de ter sido um avanço, a Comissão de

Poderes do Senado Federal, em 1928, ao analisar as

eleições realizadas no Rio de Grande do Norte no

ano anterior, requereu a anulação do voto de Celina

e de outras 15 eleitoras, sob a alegação da

necessidade de uma lei especial a respeito.

Só em 1932 o voto feminino foi definitivamente

conquistado no Brasil, após uma campanha nacional

que estendia o direito às mulheres. Através do Decreto

21.076, de 24 de fevereiro de 1932, foi instituído

o Código Eleitoral Brasileiro. O artigo 2

disciplinava que era eleitor o cidadão maior de 21

anos, sem distinção de sexo, alistado na forma do

código. Entretanto, não eram todas as mulheres que

podiam votar, somente as casadas (com permissão

dos maridos), as viúvas e as solteiras que tivessem

renda própria. Após grande pressão popular, essas

restrições foram eliminadas do Código Eleitoral,

embora a obrigatoriedade do voto fosse um dever

masculino. Somente em 1946, a obrigatoriedade foi

estendida às mulheres.

Homens com mais de 60 anos e as mulheres em

qualquer idade podiam isentar-se de qualquer

obrigação ou serviço de natureza eleitoral. A partir

de 1932, no entanto, o alistamento eleitoral feminino

foi realizado em todo o país. Em alguns estados, o

número de mulheres que havia se inscrito ficou

aquém do esperado. Em 3 de maio de 1933, na

eleição para a Assembléia Nacional Constituinte, a

mulher brasileira pela primeira vez, em âmbito,

nacional, votaria e seria votada. A primeira deputada

eleita foi a médica paulista Carlota Pereira de

Queiroz, que havia se notabilizado como voluntária

na assistência aos feridos durante a Revolução

Constitucionalista de 1932. Ela foi reeleita em 1934.

Em julho de 1936, tomou posse a segunda

deputada brasileira, a bióloga e advogada Bertha

Lutz, presidente da Federação Brasileira pelo Progresso

Feminino. Uma representante classista,

Almerinda Farias Gama, foi indicada pelo Sindicato

dos Datilógrafos e Taquígrafos e pela Federação do

Trabalho do Distrito Federal para a Câmara Federal.

Várias outras mulheres foram eleitas a partir de

então.

Elton Bonfim/Agência Câmara

Mulheres ocuparam o plenário da Câmara dos Deputados na sessão solene, realizada em 19/11/2007, que homenageou os 80 anos do primeiro voto feminino no país

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ELAS POR ELAS - JUNHO DE 2008

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