14.05.2021 Views

BALCONISTA S/A - Edição 29

Está no ar a 29ª edição da revista Balconista S/A! Nela, você vai conferir o balanço das recentes paralisações na indústria automotiva em função da pandemia. Quais foram os impactos no mercado, nas fábricas, nas oficinas e nos balcões? Contamos também a história de um Fusca Azul Placa Preta, conhecemos um pouco mais sobre a Eco-Industry, carros elétricos, e atendemos ao pedido de um balconista insistente e bom de papo. Tudo isso e muito mais. Boa leitura!

Está no ar a 29ª edição da revista Balconista S/A!

Nela, você vai conferir o balanço das recentes paralisações na indústria automotiva em função da
pandemia. Quais foram os impactos no mercado, nas fábricas, nas oficinas e nos balcões? Contamos também a história de um Fusca Azul Placa Preta, conhecemos um pouco mais sobre a Eco-Industry, carros elétricos, e atendemos ao pedido de um balconista insistente e bom de papo.

Tudo isso e muito mais.
Boa leitura!

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

UM PROJETO DE:<br />

As várias faces da paralisação<br />

na indústria automotiva:<br />

Como a pandemia impacta<br />

o setor<br />

ECO-INDUSTRY<br />

Sustentabilidade e indústria<br />

automotiva<br />

CARROS ELÉTRICOS<br />

Perspectivas para o futuro<br />

1


SUSTENTABILIDADE<br />

Mais de 5.000 soluções automotivas<br />

com a precisão SKF para o seu veículo.<br />

Linha Leve<br />

&<br />

Linha Pesada<br />

Linha<br />

Agrícola<br />

Linha<br />

Duas<br />

Rodas<br />

Procurou, achou!<br />

ONE STOP<br />

SHOPPING SKF<br />

2<br />

Catálogo SKF está com<br />

novidades. Busca por placa.<br />

3


DIRETOR DE PLANEJAMENTO:<br />

FABIO LOMBARDI<br />

DIRETOR DE CRIAÇÃO:<br />

GABRIEL CRUZ<br />

22 38<br />

CONSULTOR EDITORIAL:<br />

CLAUDIO MILAN<br />

DIRETOR DE ARTE:<br />

PEDRO GUILHERME<br />

EDITOR-CHEFE:<br />

LUCAS CAETANO<br />

JORNALISTAS:<br />

LUCAS CAETANO<br />

JULIA MACIEL<br />

DANIELA SOARES<br />

RENAN NIEVOLA<br />

“CHAMA EU”<br />

O balconista pediu, e<br />

nós atendemos<br />

ECO-<br />

INDUSTRY<br />

Sustentabilidade e<br />

indústria automotiva<br />

EQUIPE DE ARTE:<br />

VICTOR ROLIM<br />

EQUIPE SK:<br />

CEO:<br />

GERSON PRADO<br />

DIRETOR DE VENDAS E<br />

COMUNICAÇÃO CORPORATIVA:<br />

FLÁVIO PRADO<br />

6CARROS<br />

ELÉTRICOS<br />

48<br />

AS VÁRIAS FACES DA PARALISAÇÃO NA<br />

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA<br />

58<br />

PLACA<br />

PRETA<br />

GERENTE DE MARKETING :<br />

FERNANDO OLIVEIRA NETO<br />

Perspectivas para o futuro<br />

Como a pandemia impacta o setor<br />

Fusca Azul Pavão<br />

4<br />

5


A VEZ DELES<br />

O FAVORITISMO AOS CARROS ELÉTRICOS E A<br />

PERSPECTIVA PARA O FUTURO DOS NOVOS<br />

MODAIS DE TRANSPORTE<br />

Apesar do lançamento do primeiro carro elétrico no Brasil ter<br />

sido em 1969, só agora esses modelos vêm ganhando força<br />

com as recentes demandas sustentáveis.<br />

A realidade dos carros<br />

elétricos circulando<br />

por todos os cantos do<br />

país infelizmente ainda<br />

é está bem distante,<br />

embora, ao contrário do<br />

que muitos possam imaginar,<br />

o surgimento deles<br />

no Brasil já vem de<br />

algumas décadas.<br />

Em 1º de setembro de<br />

1969, na região centro-sul<br />

de São Paulo, o<br />

engenheiro mecânico e<br />

eletricista João Augusto<br />

Conrado do Amaral Gurgel<br />

inaugurou uma fabricante<br />

de automóveis<br />

100% nacional, chamada<br />

Gurgel.<br />

Entre tantas inovações,<br />

o empresário criou o primeiro<br />

carro 100% elétrico<br />

nacional e da América<br />

Latina: o Itaipu E150.<br />

O modelo pequeno tinha<br />

capacidade para apenas<br />

dois lugares e um design<br />

bem geométrico. Pesava<br />

460 kg, sendo 320 kg<br />

apenas das baterias de<br />

3,2 kW que entregavam<br />

o equivalente a 4,2 cv.<br />

Atualmente, seu preço<br />

seria algo em torno de<br />

R$60 mil. A velocidade<br />

máxima dos primeiros<br />

modelos chegava a 30<br />

km/h – os últimos atingiam<br />

60 km/h.<br />

ITAIPU<br />

E150<br />

Passados 52 anos desde o<br />

seu lançamento, com tamanha<br />

demanda por um futuro mais<br />

sustentável, os carros do futuro<br />

não poderiam ficar de fora,<br />

certo? Afinal, os chamados “zero<br />

emissão” não são movidos a<br />

combustão.<br />

Atualmente, em alguns países da<br />

Europa, além de Estados Unidos e<br />

Canadá, grandes concessionárias<br />

como BMW, Volkswagen e<br />

Chevrolet já aderiram à tecnologia<br />

dos carros elétricos.<br />

No Brasil, embora em número<br />

bem menor, os carros elétricos<br />

já circulam por aí. No entanto, o<br />

alto valor de aquisição ainda é<br />

um dos fatores que impedem um<br />

impulsionamento nas vendas.<br />

Além do custo, há que se resolver<br />

questões de infraestrutura nas<br />

cidades, dada a necessidade de<br />

instalação de pontos de recarga. A<br />

BMW, por exemplo, implementou<br />

200 deles em shoppings,<br />

estacionamentos e postos de<br />

combustível pelo Brasil. Mas, para<br />

se atingir o ideal, ainda restam<br />

muitos quilômetros de estrada.<br />

6<br />

7


Em entrevista ao Estadão<br />

Mobilidade, Davi Bertoncello,<br />

presidente da Tupinambá<br />

Energia, destaca que o Brasil<br />

enfrenta, por enquanto, um<br />

déficit no abastecimento de<br />

energia. “São 25 donos de carro<br />

elétrico para cada posto de<br />

recarga, enquanto nos Estados<br />

Unidos a proporção é de<br />

quatro para um”, ressalta.<br />

Davi acredita que o cenário<br />

deverá mudar por aqui entre<br />

cinco e sete anos, quando<br />

essa transição estará acelerada,<br />

a ponto de haver quatro<br />

carregadores para cada bomba<br />

de combustível fóssil.<br />

Enquanto isso, a experiência<br />

de ser proprietário e dirigir<br />

um carro elétrico todos os dias<br />

ainda fica restrita a poucas<br />

pessoas. Uma delas é Leonardo<br />

Celli, dono de um BMW i3<br />

Range Extender e membro da<br />

ABRAVEI (Associação Brasileira<br />

dos Proprietários de Veículos<br />

Elétricos Inovadores).<br />

Para Leonardo, tais desvantagens<br />

são pequenas se comparadas<br />

aos benefícios. Na<br />

verdade, desde que adquiriu<br />

o seu carro elétrico em 2016,<br />

Leonardo viu sua qualidade e<br />

autonomia de vida melhorarem.<br />

Depois de algum tempo circulando<br />

com o seu BMW i3<br />

Rex, Leonardo percebeu que<br />

não havia tanta diferença na<br />

condução de um elétrico em<br />

relação a um modelo convencional.<br />

“Claro que você nota a ausência<br />

de poluição sonora, o torque<br />

imediato, porque o carro<br />

é eficiente a partir dos 3.000<br />

rpm e entrega uma velocidade<br />

de 50km/h ou 60 km/h muito<br />

rapidamente”, afirma.<br />

Ao contrário do que muita<br />

gente supõe, essa característica<br />

não torna o<br />

motorista mais propício<br />

a acidentes, o que, entretanto,<br />

também não<br />

significa carta branca<br />

para o relaxamento no<br />

volante. Para Leonardo,<br />

“isso te leva a ter um<br />

pouco mais de cuidado<br />

na condução dentro de<br />

cidades, é necessário<br />

uma condução mais suave,<br />

cuidadosa”.<br />

Além disso, ele relata<br />

que, mesmo após 5 anos<br />

com o seu BMW i3 Rex,<br />

a capacidade de regeneração<br />

de energia do veículo<br />

ainda o surpreende.<br />

“A transformação da energia<br />

do seu deslocamento de<br />

volta para a bateria do carro.<br />

O carro elétrico gera energia<br />

pra ele mesmo; isso parece<br />

mágica, mas não é.”<br />

De acordo com relatório<br />

da Bloomberg New<br />

Energy Finance (BNEF),<br />

espera-se que, até metade<br />

do ano que vem,<br />

o custo dos veículos<br />

elétricos passem a ser<br />

menores em relação aos<br />

convencionais não apenas<br />

no preço de compra,<br />

como também no valor<br />

das manutenções.<br />

Isso porque os elétricos<br />

possuem menos peças<br />

móveis e, portanto, seu<br />

reparo demanda menos<br />

dinheiro.<br />

“Os custos de manutenção<br />

preventiva são<br />

muito menores do que o<br />

carro a combustão, porque<br />

o carro elétrico tem<br />

um terço da quantidade<br />

de peças mecânicas<br />

que sofrem atrito e vibrações<br />

do que o carros<br />

convencionais”, diz Leonardo.<br />

8<br />

9


Porém, nem tudo são flores.<br />

O membro da ABRAVEI também<br />

elenca pontos negativos<br />

de se ter um carro elétrico,<br />

ainda que de modo bastante<br />

ponderado:<br />

“Ainda faltam oficinas me-<br />

meça a ganhar uma perspectiva<br />

vantajosa para o futuro<br />

é com relação ao fim da vida<br />

útil da “alma” do carro elétrico:<br />

a bateria de íon-lítio. Durante<br />

muito tempo, não houve<br />

uma resposta precisa para<br />

culos elétricos nas ruas, não<br />

há demanda suficiente para<br />

a reciclagem do componente.<br />

Mas o cenário poderá ser<br />

outro já em 2025, segundo<br />

a OnTo Technology.<br />

A reciclagem dessas bate-<br />

Movidos por<br />

CONFIANÇA<br />

cânicas especializadas em<br />

essa dúvida; mas, agora, a<br />

rias é fundamental, já que os<br />

carros elétricos fora das con-<br />

indústria vem se preparando<br />

metais usados para sua fa-<br />

cessionárias, mas isso acaba<br />

para dar um destino correto<br />

bricação – como níquel e co-<br />

não sendo tão crítico porque<br />

às baterias: a reciclagem.<br />

balto, além, é claro, do lítio<br />

esses carros tem longa ga-<br />

Estima-se que elas durem,<br />

- causam danos à natureza e<br />

rantia e não costumam dar<br />

em média, de oito a dez<br />

à saúde pública, caso sejam<br />

problemas”, afirma Leonardo.<br />

anos. Como o Brasil ainda<br />

descartados de forma incor-<br />

Outro fator crítico que co-<br />

vive o primeiro ciclo de veí-<br />

reta.<br />

EVOLUÇÃO ANUAL DA FROTA DE VEÍCULOS ELÉTRICOS NO BRASIL<br />

TIPO DE VEÍCULO 1 HIBRIDO 2 HIBRIDO PLUGIN 3 ELETRICO TOTAL<br />

FONTE:NEOCHANGE<br />

44.048 45.095<br />

40 mil<br />

7.884<br />

8.424<br />

TOTAL<br />

20 mil<br />

0 mil<br />

3.148<br />

2015<br />

7.784<br />

4.607<br />

6.880<br />

3.952<br />

24.666<br />

11.916<br />

20.834<br />

10.442<br />

2016 2017 2018 2019<br />

33.945<br />

34.3<strong>29</strong><br />

2020 2021<br />

Soluções completas para você trabalhar<br />

tranquilo<br />

As autopeças Bosch garantem eficiência para a sua<br />

oficina e segurança para os seus clientes.<br />

Procure o seu Distribuidor Bosch.<br />

FROTA ATUAL<br />

POR TIPO DE<br />

VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS NO<br />

BRASIL<br />

ELÉTRICO 2.342 (5,2%)<br />

HIBRIDO PLUGIN 8.424 (18,7%)<br />

#ComBoschEuMeGaranto<br />

FONTE:NEOCHANGE<br />

HIBRIDO 34.3<strong>29</strong> (76,1%)<br />

/autopecasbosch<br />

/autopecasbosch<br />

10<br />

11


EVOLUÇÃO MENSAL DA FROTA DE VEÍCULOS<br />

FONTE:NEOCHANGE<br />

ELÉTRICOS NO BRASIL<br />

é um desafio considerável,<br />

apesar de ter evoluído nos últimos<br />

anos”, relata Leonardo.<br />

o que constituiria mais da metade<br />

da frota de veículos no<br />

mundo.<br />

TIPO DE VEÍCULO 1 HIBRIDO 2 HIBRIDO PLUGIN 3 ELETRICO TOTAL<br />

Apesar das dificuldades para<br />

Enquanto isso, as vendas dos<br />

TOTAL<br />

40 mil<br />

20 mil<br />

26.488<br />

28.639<br />

3.076<br />

30.256 30.010 30.525 32.009<br />

4.285<br />

3.513 3.742 3.986<br />

33.617<br />

4.627<br />

35.682<br />

5.088<br />

38.239<br />

5.844<br />

40.281<br />

42.253<br />

6.503 7.156<br />

44.048 45.095<br />

7.884 8.424<br />

emplacar mais veículos elétricos<br />

no Brasil, o futuro deles<br />

não está perdido. Segundo a<br />

Bloomberg New Energy Finance<br />

(BNEF), os elétricos devem<br />

automóveis convencionais<br />

apresentam tendência de queda<br />

de 85 milhões para 42 milhões.<br />

No Brasil, essa realidade<br />

não será diferente, mesmo<br />

22.357 22.357 22.357 24.674 24.893 26.024 27.245 28.786 30.474 31.754 32.997 33.945 34.3<strong>29</strong><br />

passar de 2 milhões para 56<br />

que demore um pouco mais se<br />

0 mil<br />

2020 JANEIRO 2020 FEVEREIRO 2020 março 2020 abril 2020 maio 2020 junho 2020 julho 2020 julho 2020 setembro 2020 setembro 2020 novembro 2020 dezembro 2021 janeiro<br />

milhões de unidades até 2040,<br />

comparado a outros países.<br />

A boa notícia é que todos esses elementos<br />

têm capacidade de ser reciclados infinitamente,<br />

permitindo sua reintrodução na cadeia<br />

produtiva como recursos para a fabricação<br />

de baterias novas.<br />

Dessa forma, até 40% de lítio e cobalto poderão<br />

ser obtidos no processo de reciclagem, de<br />

modo a evitar impactos ambientais; fechar o<br />

ciclo de utilização, e contribuir com a economia<br />

circular.<br />

“Eu até poderia, mas não enxergo a vida útil<br />

das baterias de íon-lítio como um problema,<br />

porque isso já vem melhorando e tende a melhorar<br />

ainda mais no futuro”, afirma Leonardo.<br />

Por mais que a criação de uma infraestrutura<br />

para reciclar baterias de carros elétricos ainda<br />

enfrente dificuldades, uma coisa é certa:<br />

em breve, os componentes serão reciclados<br />

e reutilizados, e não descartados de maneira<br />

inapropriada.<br />

No entanto, além do quesito baterias, a falta<br />

de infraestrutura de recargas nas rodovias<br />

segue chamando a atenção de quem possui<br />

um carro elétrico.<br />

“O híbrido plug-in demanda um deslocamento<br />

muito grande para quem mora mais longe das<br />

grandes cidades para recarregar o carro. Enfrentamos<br />

filas em pontos de recarga nas rodovias,<br />

isso quando não encontramos o ponto<br />

vandalizado ou sem fiscalização. Então, esse<br />

“É multifacetado esse assunto, né? O<br />

plano de fundo é mais amplo do que só o<br />

carro elétrico, pois envolve a questão da<br />

mobilidade sustentável. Precisamos de<br />

políticas públicas que incentivem esse<br />

modal, mas também depende da mudança de<br />

visão do cidadão”, conclui Leonardo.<br />

FROTA DE VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS POR ESTADO<br />

FONTE:NEOCHANGE<br />

RANKING DE VEÍCULOS ELETRICOS POR ESTADOS<br />

RANKING DE VEÍCULOS ELETRICOS POR CIDADES<br />

12<br />

13


A Ford<br />

tem tudo<br />

o que o seu<br />

negócio<br />

precisa.<br />

Mais de 50 anos de tradição<br />

no fornecimento de peças<br />

para veículos Ford.<br />

Alto nível de qualidade com<br />

produtos aplicáveis a veículos<br />

de outras montadoras.<br />

Aponte a câmera do seu<br />

celular para o QR Code acima<br />

e veja onde encontrar as<br />

nossas linhas de produtos.


OS CARROS MAIS VENDIDOS<br />

AO REDOR DO MUNDO<br />

BRASIL<br />

Em território nacional, o Onix<br />

Em 2015, a GM (General<br />

consagrou-se como o carro Motors) resolveu aprimorar o<br />

mais vendido pelo sexto ano custo-benefício, com inovações<br />

consecutivo, com mais de tecnológicas, como a central<br />

135 mil unidades emplacadas multimídia, porém sem<br />

em 2020. Considerando a alteração do preço.<br />

concorrência, o grande espaço<br />

interno chamou a atenção do<br />

Ao longo dos anos, a fabricante<br />

focou em manter o modelo<br />

público, que pode adquirir um atualizado e obteve êxito<br />

hatch compacto - com valores<br />

apropriados - mas com muita<br />

amplitude no interior.<br />

tanto em parâmetros técnicos,<br />

quanto visuais.<br />

Ainda, o próprio título de “mais<br />

vendido do Brasil” contribuiu<br />

para a extensão do seu<br />

tempo no topo, assegurando<br />

a confiança do brasileiro na<br />

marca. Entretanto, em 2021 é<br />

possível que o resultado seja<br />

diferente. Com sua produção<br />

interrompida para atualizações,<br />

aconteceu uma raridade: o Onix<br />

caiu da primeira para a terceira<br />

posição no ranking de vendas<br />

de março, ficando atrás do Fiat<br />

Strada e do Hyundai HB20.<br />

Um carro pode ser líder de vendas em um continente, mas circular pouco<br />

pelas ruas do outro lado do oceano. Obviamente, os números vão de<br />

acordo com o perfil do público, que varia muito de um país para outro.<br />

E você? Sabe quais os carros mais vendidos nos maiores mercados<br />

automotivos?<br />

16<br />

17


USA - FORD F-SERIES<br />

Os veículos da linha F-150 da Ford<br />

não só dominam as vendas nos<br />

EUA, como também no seu vizinho,<br />

Canadá. O modelo combina com<br />

o perfil estadunidense, sendo<br />

robusto, espaçoso, com amplo<br />

espaço de armazenamento e boa<br />

mecânica, permitindo aguentar<br />

trajetos longos e, se necessário,<br />

também em ambientes rurais.<br />

As atualizações para 2021<br />

garantiram mais conforto e<br />

tecnologia, sendo que o valor<br />

inicial, do menor e mais básico<br />

modelo, parte de U$30.635.<br />

Atualmente, a picape continua<br />

no topo do mercado norteamericano<br />

após ter comercializado<br />

aproximadamente 787 mil<br />

unidades no ano passado.<br />

Em resposta aos ambientes<br />

pequenos dessa região asiática,<br />

com pouco espaço destinado<br />

para estacionar e dirigir, o líder<br />

de vendas é um tipo compacto. O<br />

Toyota Yaris garantiu a primeira<br />

posição entre os modelos<br />

clássicos no final do ano fiscal<br />

local (março de 2021). O destaque<br />

é da sua versão lançada em 2020,<br />

que teve pouco mais de 150 mil<br />

itens vendidos no país.<br />

Os dados apontam que os<br />

residentes japoneses priorizam<br />

marcas nacionais, pelo preço e<br />

confiança, enquanto enxergam<br />

exemplares estrangeiros como<br />

um sinal de status - já que o<br />

custo para obter um veículo de<br />

fora é alto.<br />

Além disso, no Japão há uma<br />

série de modelos, feitos<br />

exclusivamente para uso local,<br />

sobretudo os “carros kei” ou<br />

“K-cars”. Nesse segmento<br />

especial, o destaque é da<br />

Honda, com seus modelos N-Box,<br />

totalizando cerca de 196 mil<br />

unidades vendidas no último<br />

ano. Números que superaram,<br />

com folga, o convencional da<br />

Toyota.<br />

TOYOTA YARIS<br />

E HONDA N-BOX<br />

JAPÃO


O Golf não é apenas o líder<br />

no território alemão, como na<br />

Europa em geral. O primeiro lugar<br />

no continente é desse modelo há<br />

13 anos. O CEO da Volkswagen<br />

afirma que o carro está onde<br />

merece, tendo em vista,<br />

também, os seus oito derivados<br />

apresentados na segunda metade<br />

de 2020. As atualizações para o<br />

mercado incluem, dentre outros<br />

fatores, um maior destaque para<br />

a opção híbrida.<br />

No ano passado, cerca de 312<br />

mil unidades do modelo foram<br />

emplacadas no continente<br />

europeu, sendo cerca de 134<br />

mil na Alemanha. Apenas em<br />

março de 2021, foram vendidas<br />

11.713 unidades do Golf no país<br />

germânico. Tudo indica que ele<br />

será o líder por um bom tempo,<br />

agradando público e críticos<br />

especializados.<br />

VOLKSWAGEN<br />

GOLF<br />

MARUTI SWIFT<br />

ÍNDIANo mercado indiano, outro dos maiores Em março deste ano, o Swift seguiu como<br />

do mundo, o destaque vai para a Maruti campeão, com 21.714 unidades vendidas<br />

Suzuki India Ltda, uma subsidiária da no mês, mas com vantagem pequena em<br />

marca japonesa, baseada na Índia no relação ao segundo colocado, o Baleno, da<br />

século passado. Em 2020, o top 7 foi mesma marca. O terceiro e quarto lugares<br />

todo dessa montadora, incluindo modelos também foram de exemplares Maruti:<br />

variados (sedãs, SUVs, hatchbacks), mas o WagonR e o Alto, respectivamente,<br />

com a liderança do compacto Maruti Swift. seguidos pelo Hyundai Creta.<br />

ALEMANHA


“CHAMA EU”<br />

150% 450<br />

horas<br />

70 m<br />

a mais<br />

Entre os comentários sobre o lançamento da edição passada nas redes<br />

sociais, estava o pedido de Matheus Siqueira, 25 anos, balconista da<br />

Celinho Autopeças, em Pouso Alegre. Solicitação atendida.<br />

E o resultado é uma conversa sobre carreira, vida pessoal, família,<br />

pandemia e o papel central dos trabalhadores na sociedade. Confira!<br />

Nova Philips<br />

X-tremeVision Pro150<br />

Até 150% mais<br />

luminosidade<br />

Maior<br />

durabilidade<br />

70 metros a mais<br />

de projeção<br />

A melhor combinação de alta<br />

visibilidade e vida-útil<br />

“Chama eu”. Este era um dos<br />

própria rede social, fomos<br />

adiante. Até que, enquanto<br />

comentários da publicação de<br />

lançamento de nossa edição<br />

passada, no Facebook. O<br />

autor: Matheus Siqueira, 25<br />

anos, balconista da Celinho<br />

Autopeças, em Pouso Alegre<br />

(MG). Imediatamente, pela<br />

atrás do requerente; porém,<br />

sem obter resposta.<br />

Parecia um flerte, no qual<br />

Matheus, ao provocar, faziase<br />

propositalmente de difícil,<br />

testando até onde iria nossa<br />

disposição para seguir<br />

vasculhávamos seu perfil,<br />

encontramos os dados da loja<br />

onde trabalha.<br />

Matheus garante que<br />

comentou “por comentar”;<br />

jogou a isca para ver o que<br />

acontecia, sem realmente<br />

*No trânsito somos todos pedestres<br />

philips.com.br/auto<br />

22


vislumbrar um retorno. Mas será?<br />

Atitudes assim não costumam ser<br />

obra do acaso.<br />

“Eu consumo esse conteúdo, para ficar<br />

por dentro. Mas também por um pouco<br />

de confete, porque gosto muito de<br />

falar, comentar, aproveitar o espaço”,<br />

assume, também reconhecendo que<br />

não esperava nosso contato.<br />

O balconista de Pouso Alegre afirma<br />

ler diversas publicações relacionadas<br />

à sua área, sempre buscando ampliar<br />

o conhecimento. Em relação à<br />

Balconista S/A, Matheus se imagina<br />

no lugar dos entrevistados, traçando<br />

paralelos com situações semelhantes<br />

vividas no cotidiano.<br />

“Sabe quando você está acompanhando<br />

uma situação engraçada, e pensa:<br />

‘putz, isso já aconteceu comigo’? É<br />

muito legal ter essa sensação; saber<br />

que tanto as coisas boas, como as<br />

ruins que a gente passa, são vividas<br />

por outras pessoas, e o quanto é bom<br />

a gente compartilhar”, conta.<br />

Mas, afinal, quem é Matheus Siqueira,<br />

além de um balconista curioso e<br />

proativo? Ele não só narrou para<br />

nós a sua trajetória, como também<br />

mergulhou em reflexões sobre a<br />

profissão, a vida e a pandemia de<br />

Covid-19.<br />

“Desde que eu me entendo por gente,<br />

estou em oficina. Meu pai é mecânico,<br />

meu irmão também. Então, desde<br />

os 10 anos eu já ajudava meu pai.<br />

Trabalhei com ele entre 2005 e 2012”,<br />

recorda Matheus.<br />

Dali, migrou para a Celinho Autopeças,<br />

onde começou como estoquista,<br />

até chegar ao atual cargo. Sua vida,<br />

portanto, se resume ao universo da<br />

mecânica e da reposição automotiva,<br />

o suficiente para constatar que existe<br />

um tempo considerável de experiência,<br />

a ponto de afirmar qual a fórmula<br />

certa para ser um bom profissional.<br />

“Olha… não se tem ao certo uma<br />

fórmula. É muito particular. Mas a<br />

questão do conhecimento vem tanto<br />

da prática, como da teoria. Algumas<br />

coisas a gente aprende no agito do<br />

balcão; outras, temos que pesquisar.<br />

Acho muito importante estar atento<br />

às novidades da indústria automotiva,<br />

e na forma como os mecânicos<br />

gostam de ser atendidos. Todos<br />

clientes são diferentes um do<br />

outro; então, a chave para você<br />

atender bem é ser maleável. O que<br />

faz da pessoa um bom profissional<br />

é a vontade de aprender, e não<br />

sentar em cima do que já sabe”,<br />

reflete Matheus.<br />

Por envolver uma constante troca<br />

de informações somada ao contato<br />

olho no olho, a profissão de<br />

balconista pressupõe a evolução<br />

da capacidade de ouvir e de<br />

manter a atenção. É um processo,<br />

e tudo isso vem sendo positivo<br />

para Matheus.<br />

“Acho que o atendimento no<br />

balcão, cara a cara, faz com que<br />

nos tornemos pessoas melhores,<br />

porque passamos a ser ouvintes<br />

melhores, mais atentos. Eu,<br />

particularmente, sou muito<br />

desatento; então, trabalhar assim<br />

nesses anos todos me fez um bem<br />

em relação a isso. Mas, resumindo,<br />

o mais importante é ter senso<br />

de adaptação, tanto ao mercado,<br />

como à clientela”, afirma.<br />

Pelo que vimos até aqui, ao<br />

contrário do que diz, Matheus não<br />

parece nada desatento, embora<br />

isso também possa revelar uma<br />

virtude indispensável aos bons<br />

profissionais: a humildade.<br />

24<br />

25


“<br />

Pandemia: aprendizado e a<br />

importância dos trabalhadores<br />

Estamos diante do maior desafio<br />

do século XXI. Dizer que o novo<br />

coronavírus atingiu em cheio a<br />

indústria e o comércio é chover no<br />

molhado. Até mesmo essa entrevista,<br />

que poderia ocorrer presencialmente,<br />

aconteceu de forma virtual, tirando um<br />

pouco da essência olho no olho, tão<br />

cara também aos jornalistas.<br />

Matheus nos conta como tem sido<br />

o trabalho nesse período, um ofício<br />

que jamais se interrompe, mas que<br />

fatalmente desacelerou.<br />

“A gente atende por delivery, por<br />

WhatsApp e redes sociais aqueles que<br />

dependem do mercado automotivo:<br />

dono de oficina, mecânico e<br />

revendedor. Mas a gente sente falta<br />

daquele cliente final, um dono de carro,<br />

curioso, que quer fazer uma revisão e<br />

dar uma recauchutada no carro. Esse<br />

deixou de vir. E o comércio é um ciclo,<br />

uma corrente. No final, todo mundo<br />

depende de todo mundo”, lamenta.<br />

“<br />

Outra coisa que eu percebi: o quão nossa<br />

economia é frágil e nosso sistema depende<br />

do trabalhador. E mesmo que eu me sinta um<br />

privilegiado por atuar numa empresa que olha<br />

pro funcionário como pessoa, a gente vê outras<br />

olhando pra sua mão de obra como se fosse<br />

só um número. Então, mesmo que o lucro seja<br />

importante nesse sistema, a gente precisa<br />

preservar a humanidade, pensar nas pessoas<br />

em primeiro lugar. Essas são algumas coisas<br />

que eu trago de aprendizado com a pandemia, e<br />

que eu creio que vou repensar muitos conceitos<br />

quando isso acabar.<br />

26<br />

27


Recentemente, a Celinho Autopeças<br />

organizou uma distribuição de<br />

cestas básicas para a população<br />

mais carente em Pouso Alegre, em<br />

atividade que congregou outras<br />

lojas do ramo. Segundo Matheus,<br />

isso prova que “quando tem um<br />

inimigo em comum, a gente mostra<br />

que é um aliado do outro”.<br />

As transformações estimuladas<br />

pela pandemia não se restringem<br />

às relações humanas no ambiente<br />

de trabalho. Elas também exercem<br />

poder sobre instâncias mais<br />

particulares, íntimas, fazendo<br />

algumas pessoas olharem para o<br />

que sempre esteve ali, debaixo do<br />

nariz, mas que por certa razão não<br />

despertavam o devido cuidado.<br />

“Olha… eu não sou um cara muito<br />

família. Sou um cara meio distante,<br />

e não dava muito valor a isso. Mas<br />

fui percebendo, principalmente<br />

com os familiares mais velhos,<br />

como o contato humano é preciso.<br />

E faz muita falta. Meu pai chegou a<br />

contrair a Covid e até ser internado.<br />

É uma tensão muito grande. A<br />

partir do momento em que a<br />

gente precisa ficar isolado, quem<br />

é mais novo talvez não entenda o<br />

quão precioso é proteger quem a<br />

gente ama. E quando isso acabar,<br />

também vamos tirar coisas boas do<br />

que aconteceu. Lembrar de coisas<br />

que não deveria ter esquecido,<br />

aprender coisas que deveria ter<br />

aprendido”, reflete Matheus.<br />

Em Pouso Alegre, o Grupo Celinho<br />

promove anualmente o Encontro dos<br />

Mecânicos, evento tradicional que<br />

teve de ser cancelado pela segunda<br />

vez consecutiva devido à pandemia.<br />

Lamentando a impossibilidade de<br />

reunir profissionais do seu setor,<br />

Matheus destaca a importância da<br />

atividade.<br />

“Era uma grande reunião,<br />

confraternizando com outros<br />

mecânicos, tomando cerveja,<br />

comendo tira-gosto, assistindo<br />

a uma palestra proveitosa. E a<br />

pandemia também tirou isso da<br />

gente. A gente pensa na boa<br />

relação; por isso, sempre estamos<br />

promovendo palestras para os<br />

balconistas e, principalmente, aos<br />

mecânicos”, explica.<br />

O balconista também aproveita para<br />

reforçar o binômio teoria e prática,<br />

que, segundo ele, devem caminhar<br />

lado a lado, complementando-se<br />

mutuamente. .<br />

28<br />

<strong>29</strong>


“<br />

“<br />

Minha experiência foi adquirida na prática<br />

mesmo, no aperto, na pressão do cliente;<br />

até na parte de logística, por exemplo, de ir<br />

atrás de uma peça que não tem, de conseguir<br />

contato. Mas a lapidação, o refinamento,<br />

tanto do atendimento como do conhecimento<br />

de qualquer profissional, vem de palestra e<br />

de curso de capacitação teórica. E eu adoro<br />

quando meu pai vem assistir a uma palestra do<br />

meu lado. É muito gratificante<br />

Portanto, podemos concluir que<br />

o Encontro dos Mecânicos é uma<br />

oportunidade para apertar os laços<br />

entre os dois lados do balcão. Na edição<br />

passada desta revista, expusemos<br />

a visão dos mecânicos sobre os<br />

balconistas; agora, embora não seja o<br />

foco central da matéria, Matheus traz<br />

um pouco da ótica inversa.<br />

“Acho que, de uns 10 anos pra cá, tem<br />

tido mecânicos mais ‘estudantes’. Ainda<br />

tem aquele ranço – tanto do balconista<br />

quanto do mecânico – de que ‘o que<br />

eu sei tá bom’ ou ‘eu aprendi assim,<br />

então é assim’, mas o número desses<br />

profissionais mais conservadores vem<br />

caindo bastante. A gente fica até<br />

surpreso. Os mecânicos estão cada<br />

vez mais procurando ferramentas que<br />

facilitam o serviço, capacitação de<br />

certos nichos como câmbio automático,<br />

airbag, essas coisas que requerem uma<br />

mão de obra mais específica. É legal<br />

ver como setor que você trabalha tem<br />

evoluído, e as pessoas têm evoluído<br />

junto com ele”, avalia.<br />

Novas aplicações, qualidade original<br />

Schaeffler<br />

A Schaeffler continua oferecendo as melhores e mais completas soluções em<br />

reparação e agora traz novas aplicações de embreagens LuK RepSet e LuK<br />

Repset Pro, ampliando seu portfólio para trazer variedade e o melhor custobenefício<br />

para os clientes. Com este lançamento, passa a atender cerca de<br />

80% dos modelos mais vendidos na atualidade em circulação no país.<br />

0800 011 10 <strong>29</strong> | 15 99798.6385<br />

sac.br@schaeffler.com<br />

www.schaeffler.com.br<br />

/SchaefflerBrasil<br />

/Company/Schaeffler<br />

repxpert.com.br<br />

Faça revisões em seu<br />

veículo regularmente.


PUBLIEDITORIAL<br />

CONHEÇA AS PEÇAS DE REPOSIÇÃO<br />

MOTORCRAFT E OMNICRAFT<br />

F U T U R O<br />

Projetar o futuro não é tarefa fácil;<br />

durante uma pandemia, então, parece<br />

definitivamente um tiro no escuro.<br />

Viver o agora, um dia de cada vez, muitas<br />

vezes já significa algo extraordinário.<br />

Diante desse questionamento, Matheus<br />

começa pela via do aprendizado.<br />

coisa que meu irmão já vem fazendo.<br />

Óbvio que a gente tem pretensões. Eu<br />

estou num lugar muito bom, trabalhando<br />

com uma galera muito legal, com um<br />

pessoal que é realmente unido, nobre<br />

e competente. Então agora penso em<br />

evoluir aqui nessa área, com outros<br />

cargos. Durante muito tempo deixei<br />

“Com 25 anos, me acho jovem, apesar isso de stand-by pra pensar no meu<br />

de estar há bastante tempo nesse noivado, mas penso, sim, em trabalhar<br />

segmento. E não me vejo fazendo outra para uma grande marca.<br />

coisa tão cedo, porque além de ser um<br />

ciclo, eu não sinto que aprendi tudo o Conclusão: Matheus tem seus ideais,<br />

que posso. Eu sempre quero aprender embora considere-se uma pessoa<br />

mais. Tenho essa gana de querer mais “objetiva” e “não tão sonhadora”.<br />

conhecimento, de me sentir capacitado,<br />

completo.”<br />

Porém, em meio ao cenário de incerteza<br />

que domina o mundo em tantas frentes,<br />

essa objetividade passa a significar,<br />

No entanto, à medida que avalia os<br />

planos, o raciocínio passa a dar voltas,<br />

mais do que nunca, pé no chão. Nesse<br />

caso, não existem respostas prontas.<br />

sem apontar para um norte definido.<br />

“A dinâmica que se estabelece nesse<br />

“Tenho a ideia de ser dono do meu<br />

próprio negócio, talvez nem no ramo de<br />

autopeças. Eu penso muito em ajudar<br />

segmento me permite ter diversas<br />

possibilidades, então a gente pode<br />

correr pra qualquer lado. E a gente<br />

meu pai a ampliar o negócio dele, também não sabe o dia de amanhã”,<br />

garantir uma renda para ele na velhice, arremata.<br />

Há mais de 50 anos, a Motorcraft oferece uma ampla<br />

variedade de peças para os veículos Ford, seguindo<br />

os rigorosos padrões homologados pela engenharia<br />

da montadora. O portfolio é formado por 20 linhas de<br />

produto de alta demanda, como amortecedor, bateria,<br />

disco de freio, embreagem, óleo e aditivo, palheta,<br />

pastilha, vela de ignição, entre outros.<br />

Além desta marca, a Ford atua também com a Omnicraft<br />

que possui a versatilidade de peças aplicáveis à<br />

veículos de outras montadoras. Atualmente, a oferta<br />

de portfolio contempla bateria, disco e pastilha de freio,<br />

filtro, óleo para veículos e motocicletas e muito mais.<br />

Para saber mais sobre ambas as marcas, basta se<br />

cadastrar no site Reparador Ford (reparadorford.<br />

com.br) para ter acesso à promoções, informações e<br />

vídeos técnicos sobre os veículos da montadora. Para<br />

adquirir as peças, vá a uma Concessionária Ford ou aos<br />

Distribuidores de Peças parceiros e ofereça qualidade,<br />

segurança e confiança para os seus clientes.<br />

Para conferir a linha completa de produtos, clique no link abaixo:<br />

www.reparadorford.com.br<br />

33


35


FATOS E<br />

BOATOS<br />

Ponto morto<br />

“Descer na banguela”. Quantas vezes você já não ouviu<br />

– ou usou – essa expressão? Realmente, trata-se de uma<br />

prática ainda muito comum no Brasil, principalmente com<br />

o intuito de poupar combustível ou reduzir o desgaste de<br />

algumas peças do veículo. Sob tal crença, de forma até<br />

automática, vários motoristas deixam o câmbio em ponto<br />

morto enquanto se está em movimento. Há problema<br />

nisso? No que podemos acreditar?<br />

PUBLIEDITORIAL<br />

PIVÔ, AXIAL E TERMINAL:<br />

SAIBA MAIS SOBRE AS LINHAS CERTIFICADAS DA PERFECT<br />

Aumenta o risco<br />

de acidentes<br />

F A T O S<br />

Um veículo que está com a<br />

marcha desengatada leva mais<br />

tempo para diminuir a velocidade<br />

e, por consequência, para parar<br />

completamente. Isso porque, ao<br />

tirar o pé do acelerador com o<br />

câmbio engatado, o efeito do freio<br />

motor imediatamente auxilia a<br />

desaceleração. Não é à toa que, no<br />

início de descidas de serra na estrada,<br />

vemos a placa “desça engrenado”,<br />

justamente para evitar acidentes.<br />

As linhas de pivô, axial e terminal<br />

da Perfect possuem a certificação<br />

IATF 16949, uma importante norma<br />

de gestão de qualidade mundial<br />

que permite atender montadoras.<br />

Contamos com a equipe de<br />

pino esférico antes da instalação para<br />

liberar a tensão interna entre a bucha<br />

de Poliacetal e o pino.<br />

AXIAL - As barras axiais de direção<br />

têm a função de transmitir as forças<br />

axiais provenientes da caixa de<br />

caixa de direção (e anteriormente<br />

coluna de direção e volante) às rodas,<br />

possibilitando o movimento angular<br />

para a realização de manobras. Seus<br />

principais componentes são carcaça<br />

forjada (“cachimbo”), pino esférico,<br />

Engenharia da Perfect para explicar<br />

direção para os terminais de direção<br />

bucha de Poliacetal, coifa de proteção<br />

É infração<br />

de trânsito<br />

o que é cada um desses itens, e<br />

também dar algumas dicas relevantes<br />

para mecânicos de oficinas ou centro<br />

e consequentemente para as rodas<br />

do veículo. Isso garante segurança,<br />

conforto e o perfeito funcionamento<br />

(guarda-pó) e anéis de vedação<br />

da coifa. Dicas para troca: Antes<br />

da instalação, realize movimentos<br />

Andar em porto morto não só é perigoso, como também ilegal. Segundo o artigo 231, inciso IX, do Código de Trânsito Brasileiro<br />

(CTB), trafegar “desligado ou desengrenado em declive” configura infração média, com perda de quatro pontos na Carteira<br />

Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 130,16, além de possível retenção do veículo como medida administrativa.<br />

automotivos realizarem a troca das<br />

peças.<br />

PIVÔ - Os pivôs de suspensão ou<br />

nos movimentos angulares das rodas,<br />

até mesmo em solos irregulares. Seus<br />

principais componentes são haste<br />

angulares no terminal para liberar a<br />

tensão interna preexistente. Antes<br />

da troca verifique a posição inicial do<br />

B O A T O S<br />

pinos esféricos possuem a função de<br />

forjada, copo<br />

terminal a ser<br />

36<br />

Auxilia na<br />

refrigeração<br />

do motor<br />

Na verdade, o que acontece é o contrário. E<br />

o item acima já explicou por quê. Se, mesmo<br />

com o veículo desengatado, o sistema<br />

continua injetando combustível, é sinal de<br />

que o motor se mantém aquecido. Ou seja,<br />

não há refrigeração.<br />

Economiza<br />

combustível<br />

Com o veículo rodando, não. De certa forma, essa máxima até<br />

valia em determinada época. Mas hoje, com a predominância<br />

dos modelos a injeção eletrônica, ela entrou definitivamente<br />

para a mitologia automotiva. Esse sistema consegue monitorar<br />

constantemente o comportamento do motor, buscando otimizar<br />

o consumo de combustível. Até aí, tudo bem. No entanto, se o<br />

veículo descer “na banguela”, a central de injeção eletrônica<br />

interpreta a ação da seguinte maneira: “se está em ponto morto,<br />

ele irá morrer; então, preciso injetar combustível”. Ou seja, gastase<br />

mais. A única exceção é quando se está parado no trânsito.<br />

Nesse caso, o recomendável é mesmo deixar o câmbio no neutro.<br />

ligar o chassi e carroceria com a<br />

manga de eixo e telescópio<br />

de suspensão, permitindo a<br />

movimentação angular do sistema em<br />

seu próprio eixo, e contribuindo na<br />

recepção das forças provenientes de<br />

acelerações,<br />

frenagens e irregularidades do solo.<br />

Seus principais componentes são<br />

a carcaça forjada (housing), pino<br />

esférico, bucha de Poliacetal, coifa<br />

de proteção (guarda-pó) e anéis de<br />

vedação da coifa. Dicas para a troca:<br />

Realize movimentos angulares no<br />

(housing) e bucha de Poliacetal.<br />

Dicas para troca: Utilize as<br />

ferramentas corretas para sacar e<br />

apertar os axiais, para que a caixa<br />

de direção do veículo não seja<br />

danificada. Antes da instalação,<br />

realize movimentos angulares<br />

no axial para liberar a tensão interna<br />

preexistente.<br />

TERMINAL - Os terminais de direção<br />

têm a função de fazer a ligação entre<br />

as barras axiais e a manga de eixo do<br />

veículo. Isso contribui na transmissão<br />

das forças axiais provenientes da<br />

substituído, pois isso proporciona<br />

uma menor correção no alinhamento<br />

do veículo. As oficinas<br />

mecânicas e os centros automotivos<br />

devem trabalhar com marcas<br />

certificadas, seguir os<br />

procedimentos técnicos de aplicação<br />

e as orientações do certificado de<br />

garantia.<br />

37


CO-<br />

NDUSTRY<br />

COMO A<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

SE INTEGRA<br />

À INDÚSTRIA<br />

AUTOMOTIVA<br />

Após séculos de<br />

degradação ambiental,<br />

o mundo agora se<br />

volta para medidas<br />

sustentáveis em<br />

diversos setores da<br />

sociedade, inclusive<br />

dentro das indústrias<br />

automotivas e de<br />

autopeças.<br />

Não faz muito tempo desde que<br />

a sustentabilidade virou pauta<br />

nos mais diversos setores da<br />

sociedade e da economia. As<br />

preocupações ambientais começaram,<br />

especialmente, após<br />

as Revoluções Industriais, em<br />

cujos processos de fabricação<br />

geravam grandes impactos ao<br />

meio ambiente.<br />

Desde então, ligado o sinal<br />

amarelo, tais práticas passaram<br />

a contar com medidas mais sustentáveis,<br />

isto é, menos danosas<br />

à natureza.<br />

No setor automotivo e de autopeças,<br />

essa necessidade também<br />

se impôs. Com o advento<br />

da atual Constituição Federal,<br />

em 1988, foram criadas novas<br />

regras para a Legislação Ambiental<br />

Brasileira, que as indústrias<br />

deveriam seguir nos processos<br />

de produção e descarte<br />

dos seus objetos fabricados.<br />

As preocupações com os processos<br />

produtivos de automóveis<br />

dentro das fábricas, bem<br />

como seu descarte adequado,<br />

começaram após a ISO 9000.<br />

Esse termo se refere ao conjunto<br />

de normas que visam a<br />

ajudar as empresas a implantar<br />

procedimentos e gestão de<br />

qualidade.<br />

No entanto, foi só a partir da<br />

ISO 14000 que a gestão ambiental<br />

nas empresas e fábricas<br />

passou a ser, de fato, discutida;<br />

consequentemente, vieram normas<br />

ambientais mais rígidas.<br />

38<br />

39


No caso das montadoras,<br />

adotados pelas indústrias,<br />

carte; no entanto, o custo<br />

para que haja esse pro-<br />

uma delas diz respeito ao<br />

desde o processo de pro-<br />

desse processo é elevado<br />

cesso nas indústrias, o<br />

cumprimento da Pegada<br />

dução de automóveis até o<br />

para empresa, já que é ne-<br />

proprietário do automóvel<br />

de Carbono, sistema que,<br />

descarte.<br />

cessário dobrar a área de<br />

deverá levá-lo até o local.<br />

basicamente, contabiliza a<br />

“Uma montadora de auto-<br />

produção e transformá-la<br />

Porém, não é preciso ir<br />

quantidade de CO2 emiti-<br />

móveis vai se preocupar<br />

em uma área de tratamento<br />

muito longe para ver qual<br />

do tanto na construção do<br />

com a sua emissão de car-<br />

do automóvel que será des-<br />

o destino de veículos e pe-<br />

espaço - incluindo árvores<br />

bono desde a montagem<br />

cartado”.<br />

ças automotivas: basta ir<br />

desmatadas no terreno -<br />

do veículo, mas também<br />

Ainda que esse proces-<br />

ao ferro velho mais próxi-<br />

como durante seu funcio-<br />

vai trabalhar junto com o<br />

so seja ao mesmo tempo<br />

mo, onde viram sucata.<br />

namento, e até mesmo no<br />

transporte de cargas. Assim,<br />

de alguma maneira, a<br />

montadora precisa compensar<br />

o que lançou na atmosfera.<br />

De acordo com o engenheiro<br />

mecânico e professor da<br />

Universidade de São Paulo<br />

(USP), Marcelo Augusto<br />

Leal Alves, a partir da ISO<br />

14000, quem descumprisse<br />

as regras passaria a estar<br />

fornecedor dos pneus para<br />

garantir que o processo de<br />

fabricação dele, desde a<br />

borracha, seja mais limpo.<br />

Toda a cadeia vai trabalhar<br />

em conjunto para reduzir a<br />

emissão de gases de efeito<br />

estufa”, destaca.<br />

Além disso, o engenheiro<br />

afirma que o descarte<br />

do veículo se tornou uma<br />

grande preocupação das<br />

montadoras. Agora, elas<br />

positivo para o planeta e<br />

à reputação da empresa,<br />

Marcelo Augusto considera<br />

que, devido ao custo elevado,<br />

esse valor acaba direcionado,<br />

na maioria das<br />

vezes, para o consumidor<br />

de carros novos.<br />

No caso da reciclagem das<br />

peças e do veículo ao término<br />

da vida útil, trata-se<br />

de uma visão um tanto romantizada.<br />

Isso porque,<br />

“Essa questão<br />

precisaria ser<br />

resolvida entre o<br />

poder público em<br />

conjunto com as<br />

indústrias, porque<br />

acaba se tornando<br />

um problema<br />

ambiental”,<br />

reflete Marcelo<br />

Augusto.<br />

sujeito a multa.<br />

estudam como o automóvel<br />

“Existe uma Legislação Am-<br />

pode ser reutilizado após o<br />

biental para descartes de<br />

fim de sua vida útil.<br />

materiais, resíduos, fluidos e<br />

“As indústrias passaram a<br />

precisa ser seguida”, afirma.<br />

ser responsáveis pelo des-<br />

Somando-se isso à crescente<br />

exigência por parte da<br />

sociedade em prol de uma<br />

produção mais sustentável<br />

na medida do possível,<br />

Marcelo Augusto cita alguns<br />

exemplos desse tipo<br />

40<br />

41


Dentro da ISO 14000, estão<br />

vários itens, entre eles a<br />

ISO 140001, que especifica<br />

os requisitos do Sistema<br />

de Gestão Ambiental (SGA),<br />

ajudando a fortalecer qualidades<br />

para que a empresa<br />

desenvolva uma estrutura<br />

de proteção à natureza.<br />

Algumas montadoras seguem<br />

tais normas - entre<br />

elas Fiat, Nissan Toyota. O<br />

mesmo<br />

ocorre<br />

em relação<br />

a<br />

determinadas<br />

indústrias<br />

de autopeças,<br />

Alejandra<br />

como a Schaeffler.<br />

Zanella,<br />

gerente<br />

de Recursos Humanos &<br />

SEHS da Schaeffler, reitera<br />

que a empresa adota medidas<br />

sustentáveis para além<br />

do processo de fabricação<br />

das peças, o que lhe garante<br />

um lugar entre as 50 líderes<br />

em Sustentabilidade e Clima<br />

na ONU.<br />

“Trabalhamos com metas de<br />

curto, médio e longo prazo,<br />

implementando<br />

medidas<br />

para eficiência energética<br />

e aquisição de energia de<br />

fontes renováveis até 2024.<br />

Também buscamos ser neutros<br />

em carbono até 2030,<br />

com base no Programa<br />

Schaeffler de Proteção ao<br />

Clima para redução de emissões<br />

de CO2 na produção,<br />

visando reduzir em 20% o<br />

abastecimento de água doce<br />

até 2030”, enumera.<br />

Além dos objetivos acima, a<br />

Schaeffler aplica em seu cotidiano<br />

as medidas sustentáveis<br />

citadas pelo nosso<br />

outro entrevistado, como a<br />

reciclagem.<br />

“Os resíduos gerados na produção<br />

passam por um processo<br />

de separação interna,<br />

levando em consideração e<br />

avaliando<br />

“Cada colaborador é parte deste<br />

processo; por isso, incentivamos<br />

constantemente a separação correta<br />

dos resíduos para reciclagem, o uso<br />

consciente da água, a doação do óleo de<br />

cozinha, entre outras boas práticas do<br />

dia a dia”, salienta.<br />

continuamente<br />

os 6R’s da sustentabilidade<br />

(reduzir, reutilizar, reciclar,<br />

reparar, repensar e reintegrar)<br />

e buscando a melhor<br />

forma de aplicar a economia<br />

circular em nossos resíduos.<br />

A Schaeffler também desenvolve<br />

parceiros que trabalham<br />

para o retorno dos resíduos<br />

à cadeia sustentável,<br />

atuando em conjunto com<br />

humanos.”<br />

as<br />

indústrias<br />

automotivas<br />

(seus clientes)<br />

garantindo<br />

a<br />

sustentabilidade<br />

no produto<br />

final”,<br />

declara<br />

a gerente de<br />

recursos<br />

Além disso, Alejandra enfatiza<br />

que nenhum lixo<br />

ou resíduo produzido pela<br />

Schaeffler é enviado ao<br />

aterro sanitário da cidade,<br />

pois todo o material tem<br />

uma destinação sustentável:<br />

são encaminhados para<br />

reciclagem, coprocessamento<br />

ou incineração.<br />

Acompanhando o crescimento<br />

das práticas sustentáveis<br />

dentro das indústrias<br />

automotivas e de<br />

autopeças, Marcelo Augusto<br />

acredita que, mesmo com<br />

os percalços econômicos de<br />

cada país, trata-se de uma<br />

tendência consolidada.<br />

“Eu diria que esse processo<br />

hoje é irreversível, por conta<br />

do que temos visto no<br />

cenário internacional, com<br />

vários países entrando em<br />

acordos para investir em<br />

sustentabilidade. A tendência<br />

é que isso se torne<br />

cada vez mais importante<br />

e se torne um padrão em<br />

todas as indústrias, não só<br />

do setor automotivo”, assevera.<br />

Alejandra segue a linha do<br />

engenheiro mecânico, ressaltando<br />

a evolução em<br />

curso.<br />

“Não há como pensar em<br />

futuro sem pensar em sustentabilidade,<br />

pois toda e<br />

qualquer ação do nosso dia<br />

a dia, seja em âmbito profissional,<br />

como na vida pessoal,<br />

impactam no nosso<br />

amanhã, além do uso de<br />

42 43


PUBLIEDITORIAL<br />

fontes renováveis que deve sempre<br />

ser considerado em todas as<br />

iniciativas.”<br />

O prognóstico de Marcelo Augusto<br />

está diretamente relacionada<br />

a um estudo global da consultoria<br />

KPMG, com mais de 1,1 mil líderes<br />

do setor automotivo. A pesquisa<br />

apontou que 98% dos executivos<br />

que atuam em trinta países apontam<br />

a sustentabilidade como um<br />

fator que direcionará os negócios<br />

da indústria automotiva nos próximos<br />

anos.<br />

Diante disso, ainda que a sustentabilidade<br />

já esteja integrada a<br />

boa parte das ações das montadoras,<br />

resta um longo caminho a<br />

ser percorrido, especialmente no<br />

Brasil. No entanto, como bem disse<br />

Marcelo Augusto, a tendência<br />

é que essa prática ganhe força na<br />

medida em que a discussão ambiental<br />

aumenta sua relevância.<br />

Por outro lado, o nível de exigência<br />

requer certa pressa; afinal, “aumenta<br />

a cada dia o número de consumidores<br />

conscientes que optam<br />

por produtos que garantem a sustentabilidade”,<br />

conclui Alejandra.<br />

MANN-FILTER LANÇA NO<br />

MERCADO KIT DE FILTROS<br />

Kits de filtros do ar, óleo, combustível e cabine com De acordo com o Diretor de Vendas Aftermarket e<br />

mais conveniência e praticidade na hora da troca. Marketing MANN-FILTER, Fabio Moura:<br />

A MANN-FILTER, marca premium de filtros do grupo “Os kits originais MANN-FILTER visam oferecer<br />

MANN+HUMMEL, disponibiliza ao mercado este mês o soluções inovadoras para novas e desafiadoras<br />

KIT de filtros automotivos linha leve necessários para demandas de filtragem com maior conveniência e<br />

uma revisão completa.<br />

praticidade na hora da troca, onde em um só kit é<br />

possível ter uma linha premium completa (ar, óleo,<br />

Os produtos estão para os seguintes veículos de combustívele cabine) recomendados para o melhor<br />

passeio: GM (Onix e Prisma); Hyundai (HB20); desempenho do veículo”.<br />

Volkswagen (Polo e Virtus); Fiat (Mobi, Argo, Uno e<br />

Strada); Toyota (Etios);Ford (Ka).<br />

Divulgação: Schaeffler<br />

Para saber mais sobre os lançamentos e onde encontrar, acesse o site da<br />

MANN-FILTER – área de lançamentos - ou o Catálogo Online para detalhes de<br />

ano e motor dos veículos.<br />

44<br />

45


WIKIPEÇAS<br />

A<br />

iela<br />

Qual a função?<br />

A principal responsabilidade da peça é ligar o pistão ao<br />

virabrequim, o que é possível graças à movimentação feita<br />

de forma lateral pela parte de baixo, e vertical realizada<br />

pela parte de cima do componente.<br />

biela é uma parte não fixa<br />

encontrada no motor do veículo<br />

que possui um orifício em cada<br />

uma de suas extremidades. O<br />

que se situa na parte inferior<br />

apresenta maior diâmetro e<br />

é ligado ao virabrequim. Já<br />

o superior, de menores<br />

proporções, possui um<br />

pino afixado ao pistão.<br />

O tamanho da biela<br />

varia de um motor<br />

para o outro, e<br />

depende do projeto<br />

do propulsor no qual<br />

ela se encontra.<br />

Do que<br />

é feita?<br />

Por serem muito exigidas pelo<br />

motor, as bielas precisam ser<br />

resistentes. Para garantir<br />

essa condição, elas são<br />

fundidas em ferro-gusa ou<br />

feitas de aço forjado.<br />

Quando é<br />

recomendável<br />

trocá-la?<br />

A atenção em relação a este item<br />

é fundamental. Se a biela estiver<br />

danificada, pode causar uma trinca<br />

no bloco do motor, prejudicando<br />

seu funcionamento. O principal<br />

indicativo de que o componente pode<br />

estar com problemas é a aparição de<br />

um barulho estranho vindo do motor,<br />

semelhante a batidas.<br />

46 47


As várias faces da paralisação na indústria automotiva:<br />

COMO A PANDEMIA<br />

IMPACTA O<br />

SETOR<br />

7,8<br />

MILHÕES<br />

Esse é o número de<br />

postos de trabalho<br />

fechados no Brasil<br />

em um ano da<br />

pandemia do novo<br />

coronavírus, segundo<br />

o Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e<br />

Estatística (IBGE).<br />

Ainda que uma parcela<br />

desse encerramento<br />

de vagas não tenha<br />

acontecido por<br />

responsabilidade<br />

direta dos efeitos do<br />

vírus na economia, é<br />

inegável o impacto<br />

que a doença de<br />

proporções globais<br />

teve em terras<br />

brasileiras.<br />

Antes da Covid-19 assolar<br />

o mundo, o nível de ocupação<br />

dos cidadãos em idade<br />

de trabalhar (com mais de<br />

14 anos) no Brasil girava<br />

em torno de 55%. Agora,<br />

48,6% se encontram sem<br />

emprego ou fora do mercado<br />

de trabalho, também de<br />

acordo com último levantamento<br />

divulgado pelo IBGE,<br />

em 30 de abril deste ano.<br />

Os mais variados setores do<br />

mercado automotivo sentiram,<br />

sentem e sentirão os<br />

impactos devastadores da<br />

pandemia, que atingiram,<br />

inicialmente, as grandes<br />

empresas e montadoras.<br />

Em entrevista exclusiva à<br />

Balconista S/A, a Toyota<br />

citou algumas das ações<br />

realizadas para conter o<br />

avanço dos efeitos econômicos<br />

da pandemia:<br />

“Nos primeiros meses, tomamos<br />

diversas medidas,<br />

tanto de saúde, para proteger<br />

nossos colaboradores,<br />

como de busca pela competitividade<br />

dos nossos<br />

negócios. Algumas dessas<br />

medidas foram antecipação<br />

de férias, aplicação de<br />

dias de compensação, aplicação<br />

da MP936, além de<br />

atividades de redução de<br />

custo”.<br />

48<br />

49


Com os impactos nas<br />

montadoras de automóveis,<br />

um setor que,<br />

consequentemente,<br />

também sentiu efeitos<br />

negativos foi o de<br />

fabricantes de autopeças,<br />

cuja produção<br />

é voltada, de 80 a<br />

90%, às fábricas de<br />

carros. O ramo passou<br />

a trabalhar diante de<br />

uma escassez completa<br />

de produtos.<br />

Os semicondutores e<br />

microchips, por exemplo,<br />

foram alguns dos<br />

principais itens que<br />

estiveram em falta no<br />

mundo todo.<br />

Quando a disseminação<br />

e o número de<br />

mortes da Covid-19<br />

estavam começando a<br />

dar indícios de queda,<br />

ocorreu uma segunda<br />

onda da doença<br />

Fábrica da Toyota em Sorocaba<br />

Foto: divulgação<br />

no Brasil, o que dificultou<br />

um processo<br />

de retomada que, no<br />

Entre 24 de março e<br />

21 de junho de 2020<br />

- momento em que o<br />

vírus da Covid-19<br />

começou a ser disseminado<br />

mais intensamente<br />

na maior<br />

parte do Brasil - a<br />

montadora japonesa<br />

agiu de forma imediata,<br />

suspendendo<br />

a produção em todas<br />

as suas quatro<br />

plantas industriais.<br />

A ação teve como<br />

objetivo tentar atenuar<br />

os riscos à saúde<br />

de seus colaboradores<br />

e familiares,<br />

evitando ao máximo<br />

aglomerações e circulação<br />

de pessoas.<br />

Também foram justificativas<br />

para a<br />

suspensão o quadro<br />

de incerteza do mercado<br />

brasileiro naquele<br />

momento, bem<br />

como as dificuldades<br />

na cadeia logística e<br />

de suprimentos.<br />

Ao final de 2020, a<br />

Toyota havia tido<br />

cerca de 135 mil<br />

unidades comercializadas,<br />

o que representou<br />

uma queda<br />

de 37% em comparação<br />

com 2019. A<br />

redução nas vendas,<br />

no entanto, foi menos<br />

acentuada do<br />

que se esperava no<br />

início da pandemia.<br />

Como referência, o<br />

mercado automotivo,<br />

de forma geral,<br />

recuou 26%.<br />

final de 2020, parecia<br />

iminente, como<br />

explica Flávio Portela,<br />

diretor de vendas<br />

e comunicação da SK<br />

Automotive.<br />

Os números do mês<br />

de março deste ano,<br />

por exemplo, indicam<br />

como o setor automotivo<br />

foi atingido<br />

pela segunda onda da<br />

pandemia. Mais de 14<br />

montadoras foram<br />

paralisadas, o que envolveu<br />

30 fábricas<br />

e 65 mil profissionais.<br />

Flavio Portela também<br />

aponta como o<br />

setor de autopeças<br />

vem se comportando<br />

diante desse cenário:<br />

“O mercado está muito<br />

mais preocupado<br />

e trabalhando essencialmente<br />

com os<br />

veículos que chegam<br />

às oficinas e às autopeças.<br />

As trocas das<br />

peças estão sendo<br />

feitas sem elevados<br />

estoques. Estão tra<br />

50<br />

51


alhando apenas com<br />

tem contribuído para, ao<br />

o essencial nesse mo-<br />

menos, atenuar o pano-<br />

mento, e esperando<br />

rama de dificuldades.<br />

uma nova adaptação<br />

“A situação ficou bem<br />

do mercado para a<br />

ruim, estamos de mãos<br />

continuidade e a ela-<br />

atadas. O atendimento<br />

boração de um plano<br />

caiu em 50%. Também<br />

a curto e médio pra-<br />

tem muita falta de pe-<br />

zo”.<br />

ças; muitos fornecedo-<br />

Como se não bastasse<br />

res estão fechando. E,<br />

o cenário atual – mar-<br />

quando encontramos as<br />

cado por persistente<br />

peças, o preço vai lá em<br />

resistência à retoma-<br />

cima. Subiu entre 30%<br />

da e recuperação da<br />

e 60%. Mas, apesar de<br />

indústria -, o anúncio<br />

tudo, não podemos per-<br />

do aumento conside-<br />

der a esperança. Aqui,<br />

rável no preço do aço,<br />

entre os trabalhadores,<br />

feito pela Compa-<br />

a gente precisa se unir<br />

nhia Siderúrgica Na-<br />

para sair dessa. Não es-<br />

cional,<br />

representou<br />

perava que a pandemia<br />

mais um motivo para<br />

duraria tanto tempo.<br />

o agravamento da si-<br />

Mas, como aprendizado,<br />

tuação econômica do<br />

a lição é que devemos<br />

tendo apresentado uma<br />

algumas coisas, peças<br />

setor automotivo.<br />

nos preocupar mais uns<br />

queda de 15 a 20% de<br />

simples, e tinha muita<br />

Com a produção de<br />

com os outros, nos ape-<br />

seu movimento. A re-<br />

coisa em falta. Várias lo-<br />

autopeças impactada,<br />

garmos mais às peque-<br />

dução na fabricação de<br />

jas ainda não estão com<br />

as lojas que compram<br />

nas coisas do dia a dia,<br />

peças afetou diretamen-<br />

o atendimento presen-<br />

das grandes fabrican-<br />

à família, aos amigos,<br />

te esses estabelecimen-<br />

cial, só por WhatsApp.<br />

tes também sentem<br />

nos unirmos cada vez<br />

tos. O atendimento, por<br />

Isso atrapalha bastante,<br />

efeitos negativos. Em<br />

mais e nunca perder a<br />

ter deixado de ser pre-<br />

porque existem lojas em<br />

Santos (SP), na Sebbá<br />

fé. Eu acordo todos os<br />

sencial em diversas lo-<br />

que você entra, olha na<br />

Autopeças, loja onde<br />

trabalha o balconista<br />

Luiz Fernando de Almeida,<br />

os atendimentos<br />

passaram a ser<br />

por “delivery”, sem<br />

previsão de retorno<br />

para a modalidade<br />

presencial nesse momento.<br />

O profissional<br />

conta que sua atividade<br />

vem sendo muito<br />

prejudicada pela<br />

pandemia, mas que o<br />

sentimento de união<br />

no estabelecimento<br />

dias agradecendo, sempre<br />

otimista”.<br />

Parte integrante de<br />

toda essa cadeia de processos,<br />

produtos e pessoas,<br />

as oficinas mecânicas<br />

foram outro ramo<br />

impactado pelos efeitos<br />

do novo coronavírus,<br />

jas, também complicou a<br />

compra de mercadorias<br />

específicas no setor automotivo,<br />

como afirma<br />

Marcelo Pazos, mecânico<br />

com formação em Engenharia<br />

Mecatrônica.<br />

“Senti dificuldade. Teve<br />

vez que saí para comprar<br />

prateleira, pega, põe no<br />

carrinho e vai embora.<br />

Mas, quando é por WhatsApp,<br />

o funcionário que<br />

te responde, e você<br />

fica refém disso. Então,<br />

olha, está bem complicado,<br />

bem chato de<br />

comprar atualmente.”<br />

52<br />

53


PUBLIEDITORIAL<br />

NOVAS LÂMPADAS PARA FARÓIS PHILIPS ULTINON PRO5000<br />

COMBINAÇÃO ENTRE DESEMPENHO E DURABILIDADE<br />

Dirigir no escuro exige mais do<br />

condutor; por isso, os motoristas<br />

devem confiar nos faróis. As lâmpadas<br />

Philips Ultinon Pro5000 aumentam a<br />

visibilidade de longo alcance para a<br />

condução noturna com até 160% de<br />

luz mais brilhante em comparação<br />

com o padrão mínimo legal para<br />

lâmpadas halógenas (lâmpadas<br />

convencionais). Seu padrão de<br />

feixe, uniforme e preciso, permite<br />

que os motoristas vejam e sejam<br />

vistos com mais clareza. Graças ao<br />

posicionamento perfeito dos chips<br />

de LED e o recurso SafeBeam, os<br />

condutores têm luz exatamente onde<br />

precisam na estrada, sem ofuscar os<br />

veículos que se aproximam.<br />

A temperatura de cor ideal<br />

evita cansaço ou esforço visual,<br />

proporcionando uma direção noturna<br />

mais confortável e segura.<br />

Tecnologia LED confiável em<br />

um design compacto tudo-em-um:<br />

As luzes LED geram calor que deve<br />

ser gerenciado. A tecnologia AirBoost<br />

é um sistema de resfriamento<br />

inteligente que desvia o calor dos<br />

componentes críticos da lâmpada. A<br />

maior resistência ao calor permite<br />

maior durabilidade em relação aos<br />

produtos concorrentes atualmente no<br />

mercado. Portanto, a Philips Ultinon<br />

Pro5000 dura até 3.000 horas de<br />

operação.<br />

Espaço mínimo dentro do<br />

farol: Seu design de peça única e<br />

eletrônica integrada também tornam<br />

o encaixe mais fácil. As lâmpadas são<br />

compatíveis com uma ampla gama<br />

de modelos de automóveis, e podem<br />

ser facilmente instaladas pelos<br />

próprios motoristas ou mecânicos<br />

especializados.<br />

Compatível com veículos de 12 e<br />

24 V: A linha Philips Ultinon Pro5000<br />

é adequada para a maioria dos tipos<br />

de veículos. Os produtos Automotive<br />

Grade Quality são projetados e<br />

desenvolvidos seguindo rigorosos<br />

processos de controle de qualidade,<br />

que garante o reconhecimento da<br />

Philips na indústria automotiva há<br />

mais de 100 anos. As lâmpadas<br />

LED Philips Ultinon Pro5000 estão<br />

disponíveis para faróis H1, H3, H4,<br />

H7, H11,HB3 / HB4, HIR2 e FOG<br />

(neblina) [ ≈H8 / H11 / H16].<br />

‘‘Lembrando que, no Brasil, após a<br />

entrada em vigor da Resolução do<br />

Contran nº 667, em janeiro de 2021,<br />

o uso do LED é permitido somente<br />

para o uso fora de vias públicas,<br />

como locais Off-road ou em circuitos<br />

fechados.’’<br />

Vista de uma<br />

fábrica da<br />

Toyota<br />

O profissional conta ainda como<br />

mas estatísticas podem fazer<br />

Foto:<br />

divulgação<br />

a falta de peças o atrapalha a<br />

com que se vislumbre um cená-<br />

realizar projetos em seu dia a<br />

rio diferente em breve. As ven-<br />

dia no trabalho: “Teve uma vez<br />

das de automóveis cresceram,<br />

que eu fui à loja porque estava<br />

em média, 5,5% no 1º trimes-<br />

reconstruindo um carro e preci-<br />

tre de 2021. Já a produção de<br />

sei de um material super comum<br />

carros teve um aumento de 2%,<br />

em loja de fibra de vidro, mas<br />

o que possibilita certa retoma-<br />

tinha muita coisa em falta. Por<br />

da da confiança dos donos de<br />

causa disso, eu tive que mudar<br />

veículos em relação à troca de<br />

o serviço do meu funcionário,<br />

automóveis, à compra do carro<br />

porque não consegui comprar<br />

zero e à venda do carro usado.<br />

um material para ele fazer o<br />

Esta última continua em grande<br />

trabalho que estava previsto”.<br />

movimentação, tendo crescido<br />

Em meio aos números que indi-<br />

13% no 1º trimestre deste ano,<br />

cam, muitas vezes, não haver<br />

em comparação ao mesmo pe-<br />

Para obter mais detalhes, acesse: www.philips.com/auto.<br />

motivos para otimismo, algu-<br />

ríodo de 2020.<br />

54<br />

55


OU<br />

Quando pensam em deixar o veículo mais atrativo visualmente,<br />

muitas pessoas recorrem a técnicas de tratamento de pintura.<br />

Afinal, quem não gosta de andar em um carro bonito?<br />

Porém, uma das dúvidas mais comuns dos que aderem a esses<br />

procedimentos é, especificamente, sobre qual dos dois a<br />

seguir deve ser utilizado: polimento ou cristalização. Você<br />

Adiciona uma camada<br />

extra de proteção<br />

Menor eficácia na<br />

remoção de falhas<br />

sabe quais são as diferenças entre eles?<br />

Menos danosa<br />

à pintura<br />

P<br />

O<br />

L<br />

I<br />

M<br />

E<br />

N<br />

T<br />

O<br />

Indicado para<br />

manchas<br />

superficiais<br />

na lataria<br />

Recupera o brilho<br />

da pintura<br />

Deve ser feito,<br />

no máximo,<br />

3 vezes<br />

C<br />

R<br />

I<br />

S<br />

T<br />

A<br />

L<br />

I<br />

Z<br />

A<br />

C<br />

O S<br />

57<br />

A técnica de polimento automotivo é recomendada a veículos que apresentam<br />

queimaduras de sol, alguns riscos não profundos, restos de excrementos<br />

de pássaros, manchas na pintura e mudanças nítidas em seu brilho.<br />

Massa abrasiva, lixas de água fina e politrizes são os materiais<br />

utilizados nesse tipo de tratamento, que deve ser realizado, no<br />

máximo, três vezes no carro, pelo fato de forçar demais a sua pintura. O<br />

preço do serviço, em geral, fica na casa dos R$400,00.<br />

A cristalização se caracteriza pela aplicação de uma substância parecida<br />

com a resina, cujo principal objetivo é proteger a pintura do carro,<br />

prolongando sua duração e realçando o brilho. Os itens usados nessa<br />

técnica não provocam reações com o verniz da lataria do veículo.<br />

Embora menos sujeita a desgastar a pintura, a cristalização é não é<br />

tão efetiva na remoção de falhas de continuidade e arranhões. Com<br />

valor médio de R$500,00, a técnica pode ser feita mais vezes que a de<br />

polimento, por ser menos danosa à pintura.<br />

57


PRETA<br />

PLACA<br />

FUSCA AZUL<br />

Carro: Fusca Azul Pavão 1500<br />

Ano: 1971<br />

Instagram: @fuscaazulsp 12.6k seguidores<br />

Proprietário: Miguel Savalho<br />

O Fusca é, de longe, um dos carros mais<br />

conhecidos do mundo. A maioria dos<br />

brasileiros consegue se lembrar de uma<br />

história com o modelo, ou de, pelo menos,<br />

tê-lo observado na rua em vários<br />

momentos.<br />

Esse foi o primeiro carro da Volkswagen<br />

e, considerando seu início em 1938, foi<br />

produzido por mais de seis décadas. Ao<br />

todo, foram fabricadas mais de 21 milhões<br />

de unidades, o que rendeu o título<br />

de “mais vendido” do planeta ao tão<br />

querido Fusquinha.<br />

No Brasil, a produção começou em 1959<br />

e impactou gerações, tendo sido a primeira<br />

aquisição automotiva de muitas<br />

famílias. Em uma de suas cores mais famosas,<br />

temos o Fusca Azul, que acumula<br />

admiradores e é o centro de uma famosa<br />

brincadeira que persiste até hoje.<br />

Ao olhar um fusca azul passando pela<br />

rua, a pessoa dá um tapa no amigo.<br />

Mas, se houver engano, sendo o veículo<br />

de outra cor, leva-se dois tapas como<br />

revide. Quem nunca?<br />

58<br />

59


Nesta matéria, contamos a história<br />

de amor e dedicação de Miguel Savalho<br />

para com o seu lindo exemplar<br />

de cor azul pavão, mantido em<br />

sua casa, na cidade de Alfredo Marcondes,<br />

interior de São Paulo.<br />

Usado apenas para passeios ocasionais,<br />

o carro vive protegido da<br />

rotina cotidiana, de modo a preservá-lo<br />

pelo maior tempo possível.<br />

Essa trajetória pessoal com o modelo<br />

teve início desde muito cedo<br />

para o nosso entrevistado.<br />

“Minha família toda aprendeu a dirigir<br />

no Fusca, sempre teve uma<br />

história muito bonita nesse carro.<br />

Eu tive o prazer de comprar o último<br />

Fusca do meu pai (que teve<br />

três), hoje ele é do meu cunhado.<br />

Só que o meu sonho sempre foi ter<br />

um do ano que eu tenho”, recorda<br />

Miguel.<br />

O proprietário do fusca<br />

azul pavão explica que<br />

apenas em 1971 e 1972<br />

foram fabricadas unidades<br />

com o painel de jacarandá,<br />

que sempre chamou<br />

sua atenção; e, por<br />

isso, foi atrás especificamente<br />

dessa versão.<br />

“Tinha um senhor aqui em<br />

Marcondes, cidade que<br />

eu moro, ao lado de Presidente<br />

Prudente, e ele<br />

tinha esse Fusca, aí com<br />

muito custo eu consegui<br />

comprar dele. Só que o<br />

Fusca era usado no sítio,<br />

então tive que restaurar<br />

ele inteiro, não teve um<br />

parafuso que não tive<br />

que trocar.”<br />

Se você é daqueles que,<br />

ao adquirir um veículo,<br />

passa a acompanhar bem<br />

de perto o processo de<br />

restauração do modelo,<br />

certamente irá entender<br />

Miguel no seguinte: caso<br />

ele tivesse comprado seu<br />

fusca já pronto, não seria<br />

a mesma coisa.<br />

“Demorei dois anos para<br />

restaurar o Fusca. Nesses<br />

dois anos, 10 dias ao mês<br />

eram dedicados 100%,<br />

ao carro. A gente (Miguel<br />

e seu amigo mecânico)<br />

trabalhou bastante, e foi<br />

bem gratificante ver ele<br />

todo só no chassi e, depois,<br />

a evolução.”<br />

60<br />

61


MOMENTOS MARCANTES<br />

Sobre alguns dias inesquecíveis<br />

que viveu com seu Volkswagen,<br />

o proprietário relembra<br />

quando o carro estava em<br />

chamas.<br />

“Duas semanas depois de ficar<br />

pronto, o Fusca pegou<br />

fogo, acredita? Ninguém sabe<br />

como, eu fiz tudo que poderia<br />

AXIAL<br />

PIVÔ<br />

TERMINAL<br />

ter feito para evitar isso.”<br />

Era época de Páscoa, e Miguel<br />

precisou sair com o Fusca,<br />

pois seu outro carro havia<br />

tido pane elétrica.<br />

“No meio do caminho, olhei<br />

para trás e… um monte de fumaça.<br />

Tá pegando fogo! Encostei,<br />

peguei o extintor e<br />

não saiu nada! No desespero,<br />

depois de dois anos dedicados<br />

ao carro, entrei na rodovia<br />

para pedir ajuda. Três veículos<br />

pararam para me ajudar,<br />

dois antigos, e nenhum dos<br />

extintores funcionou. Então,<br />

comecei a pegar terra do chão<br />

para abafar, eles também, e<br />

só danificou mesmo o motor.<br />

Tive que refazer tudo. Isso<br />

porque eu tive o cuidado de<br />

colocar uma mangueira lonada<br />

(normalmente eles colocam<br />

aquela transparente)<br />

preta, bem reforçada, que<br />

queimou e impediu o fogo de<br />

se alastrar mais”, relembra.<br />

Além disso, ele não deixa de<br />

QUALIDADE APROVADA E<br />

CERTIFICADA PARA<br />

ATENDER MONTADORAS.<br />

INMETRO<br />

ISO9001<br />

IATF16949<br />

incluir a diversão proporcionada<br />

pela famosa brincadeira<br />

do Fusca Azul.<br />

ACESSE NOSSO<br />

CATÁLOGO ONLINE<br />

E CONFIRA NOSSO<br />

PORTFÓLIO COMPLETO.<br />

www.perfectautomotive.com<br />

62<br />

63


“ A minha casa é bem próxima a<br />

uma escola, que inclui desde<br />

criancinhas até o Ensino Médio.<br />

Às vezes, no intervalo, que eu sei<br />

exatamente quando é, passo lá<br />

na frente só para ver os meninos<br />

se debatendo.<br />

“<br />

64<br />

65


PUBLIEDITORIAL<br />

CURIOSIDADE: VOCÊ SABE<br />

NAS REDES SOCIAIS<br />

Essa imersão nas redes so-<br />

COFAP LANÇA AMORTECEDORES<br />

SUPER RALLY PARA USO OFF-ROAD<br />

COMO SURGIU A BRINCA-<br />

DEIRA DO FUSCA AZUL?<br />

O mais comum relato, em<br />

especial sobre a cor, alega<br />

que ela teve início na Ford.<br />

Isso porque, na década de<br />

1910, a montadora produzia<br />

apenas veículos pretos e,<br />

por um erro, uma das levas<br />

saiu com um tom azulado,<br />

desagradando o fundador da<br />

empresa, que deu um tapa<br />

na pessoa responsável pelo<br />

equívoco.<br />

Os modelos azuis tornaram-<br />

-se posse dos empregados,<br />

que transformaram o tapa<br />

em brincadeira, adaptando-a<br />

às situações em que se via<br />

um nas ruas.<br />

Já o Fusca entra nesse esquema<br />

quando, nos Estados<br />

Miguel Savalho marca presença<br />

ativa no Instagram.<br />

Após incentivo dos amigos,<br />

ele criou o perfil @fuscaazulsp,<br />

que tem se destacado<br />

significativamente na<br />

plataforma.<br />

“O meu perfil tem dez meses.<br />

Não usei nenhuma estratégia<br />

de crescimento,<br />

foi extremamente orgânico.<br />

Postando bastante, interagindo,<br />

e, com seis ou sete<br />

meses, já tinha 10 mil seguidores.<br />

Aí foi crescendo”,<br />

conta.<br />

A partir desse mundo digital,<br />

algumas coisas - em plano<br />

real - marcaram o dono<br />

do veículo:<br />

“Já aconteceram diversas<br />

coisas, desde o celular vi-<br />

ciais permitiu a Miguel colocar<br />

o seu Fusca Azul Pavão<br />

ainda mais em evidência. O<br />

conteúdo postado é amplo e<br />

variado: compartilhamento<br />

de informações; experiências<br />

pessoais; fotos no estilo<br />

“antes e depois”; memes;<br />

curiosidades, e fatos importantes<br />

sobre o carro.<br />

“Procuro dar muita atenção<br />

para quem entra em contato,<br />

responder por áudio, fazer<br />

chamada de vídeo, acho que<br />

faz a pessoa se sentir valorizada.<br />

Todo dia recebo uns 20<br />

ou 30 directs e é muito bom,<br />

você vê que querem interagir”,<br />

ressalta.<br />

Líder no mercado brasileiro de<br />

amortecedores e comprometida em<br />

disponibilizar ao motorista brasileiro<br />

um vasto catálogo de autopeças, a<br />

Marelli Cofap Aftermarket apresenta<br />

uma nova família de amortecedores:<br />

Super Rally Cofap. Destinada para<br />

uso fora de estrada, a linha conta,<br />

inicialmente, com 10 códigos para<br />

picapes Chevrolet, Ford e para o Jipe<br />

Troller.<br />

Os amortecedores Super Rally Cofap<br />

possuem como principais diferenciais<br />

cargas mais elevadas em relação às<br />

peças convencionais e guarda-pó<br />

expansível produzido com borracha<br />

termoplástica.<br />

Com maiores cargas na tração e<br />

na compressão, os amortecedores<br />

Super Rally Cofap proporcionam<br />

melhor dirigibilidade em situações<br />

off-road. As coifas em termoplástico,<br />

um material de elevada resistência<br />

química e também a altas<br />

temperaturas, promovem uma<br />

melhor vedação contra detritos,<br />

protegendo haste e retentores dos<br />

amortecedores contra pedras, lama<br />

e produtos químicos, conferindo<br />

maior durabilidade a um amortecedor<br />

destinado ao uso mais severo, em<br />

linha com o conceito off-road. Além<br />

disso, na cor laranja, o guarda-pó<br />

confere uma aparência moderna e<br />

mais esportiva aos amortecedores da<br />

linha Super Rally Cofap.<br />

Os novos códigos são destinados<br />

às seguintes aplicações: GL13778<br />

(Chevrolet S10 & BLAZER 1995/2011,<br />

4x2 Diesel 2.5L / 4.3L / 4x2 Gas. 2.2L<br />

– dianteiro); GL13779 (Chevrolet Blazer<br />

1995/2011, 4X2 / 4x4 - todos - traseiro);<br />

GL13780 (Chevrolet S10<br />

1995/2011, 4x4, cabine simples e<br />

dupla / Blazer 1995 em diante, 4x4<br />

Diesel / Gasolina - dianteiro); GL13781<br />

(Chevrolet S10 1995/2011, 4x2 / 4x4,<br />

cabine simples e dupla -<br />

traseiro); GL13782 (Ford Ranger<br />

1996/1997, XL / XLT - dianteiro);<br />

GL13783 (Ford Ranger 1996/1997, XL<br />

/ XLT - traseiro); GL13784 (Troller T4<br />

1998/2000 - traseiro) / Troller T4 2001<br />

em diante - dianteiro/traseiro); GL13785<br />

(F-1000 1997/1998, XL / XLT - 4.9i /<br />

Turbo Diesel - dianteiro); GL13786 (Ford<br />

F-1000 1992/1998, XL / XLT - 4.9i /<br />

Turbo Diesel - traseiro); GL13787 (Ford<br />

F-1000 4x4 até 1998 - XL / XLT Turbo<br />

Diesel – traseiro).<br />

Unidos - onde é chamado de<br />

brando porque alguém mar-<br />

Beetle (besouro, em inglês) -<br />

cou a página, quando vou<br />

as pessoas batiam no braço<br />

ver a pessoa tirou a foto no<br />

de quem estivesse por per-<br />

carro de trás - porque tem o<br />

to, para “matar o inseto”.<br />

endereço da página do Fus-<br />

No Brasil, houve uma junção<br />

ca na parte de trás do carro<br />

desses aspectos. O primeiro<br />

e na lateral. Tem também<br />

a avistar um Fusca Azul deve<br />

algo que aconteceu esses<br />

apontar para ele e dar um<br />

dias, muito engraçado. Uma<br />

leve tapa (ou soco) no amigo<br />

seguidora tem um filho que<br />

próximo que não tenha nota-<br />

gosta muito de Fusca, aí ela<br />

do o veículo. Por esse moti-<br />

falou que fez no quarto do<br />

vo, para muitos, o exemplar<br />

filho quadros do meu carro,<br />

dessa cor é tão procurado<br />

como se fossem pôsteres.<br />

nas ruas.<br />

Muito legal.”<br />

67


Original MANN-FILTER, agora em kits!<br />

Para melhor conveniência na hora da compra e proteção<br />

completa para o seu veículo.<br />

APRESENTADO POR:<br />

Entre em contato com o nosso SAC<br />

e saiba onde comprar:<br />

0800 701 6266 / sac@mann-hummel.com<br />

COM APOIO DE:<br />

MANN-FILTER, a marca premium de filtros do mercado de reposição automotivo, oferece soluções inovadoras para<br />

novas e desafiadoras demandas de filtragem. Adquira já os filtros da Linha Leve e ganhe praticidade e segurança<br />

ao possuir um kit completo (ar, óleo, combustível e cabine), recomendado para melhor desempenho do seu veículo!<br />

/MannFilterBrasil<br />

@mannfilterbrasil<br />

68<br />

MANN-FILTER – Perfect parts. Perfect service.<br />

www.mann-filter.com.br<br />

MANN-FILTER Brasil<br />

compremann.com.br<br />

69


70

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!