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BALCONISTA S/A - Edição 29

Está no ar a 29ª edição da revista Balconista S/A! Nela, você vai conferir o balanço das recentes paralisações na indústria automotiva em função da pandemia. Quais foram os impactos no mercado, nas fábricas, nas oficinas e nos balcões? Contamos também a história de um Fusca Azul Placa Preta, conhecemos um pouco mais sobre a Eco-Industry, carros elétricos, e atendemos ao pedido de um balconista insistente e bom de papo. Tudo isso e muito mais. Boa leitura!

Está no ar a 29ª edição da revista Balconista S/A!

Nela, você vai conferir o balanço das recentes paralisações na indústria automotiva em função da
pandemia. Quais foram os impactos no mercado, nas fábricas, nas oficinas e nos balcões? Contamos também a história de um Fusca Azul Placa Preta, conhecemos um pouco mais sobre a Eco-Industry, carros elétricos, e atendemos ao pedido de um balconista insistente e bom de papo.

Tudo isso e muito mais.
Boa leitura!

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UM PROJETO DE:<br />

As várias faces da paralisação<br />

na indústria automotiva:<br />

Como a pandemia impacta<br />

o setor<br />

ECO-INDUSTRY<br />

Sustentabilidade e indústria<br />

automotiva<br />

CARROS ELÉTRICOS<br />

Perspectivas para o futuro<br />

1


SUSTENTABILIDADE<br />

Mais de 5.000 soluções automotivas<br />

com a precisão SKF para o seu veículo.<br />

Linha Leve<br />

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2<br />

Catálogo SKF está com<br />

novidades. Busca por placa.<br />

3


DIRETOR DE PLANEJAMENTO:<br />

FABIO LOMBARDI<br />

DIRETOR DE CRIAÇÃO:<br />

GABRIEL CRUZ<br />

22 38<br />

CONSULTOR EDITORIAL:<br />

CLAUDIO MILAN<br />

DIRETOR DE ARTE:<br />

PEDRO GUILHERME<br />

EDITOR-CHEFE:<br />

LUCAS CAETANO<br />

JORNALISTAS:<br />

LUCAS CAETANO<br />

JULIA MACIEL<br />

DANIELA SOARES<br />

RENAN NIEVOLA<br />

“CHAMA EU”<br />

O balconista pediu, e<br />

nós atendemos<br />

ECO-<br />

INDUSTRY<br />

Sustentabilidade e<br />

indústria automotiva<br />

EQUIPE DE ARTE:<br />

VICTOR ROLIM<br />

EQUIPE SK:<br />

CEO:<br />

GERSON PRADO<br />

DIRETOR DE VENDAS E<br />

COMUNICAÇÃO CORPORATIVA:<br />

FLÁVIO PRADO<br />

6CARROS<br />

ELÉTRICOS<br />

48<br />

AS VÁRIAS FACES DA PARALISAÇÃO NA<br />

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA<br />

58<br />

PLACA<br />

PRETA<br />

GERENTE DE MARKETING :<br />

FERNANDO OLIVEIRA NETO<br />

Perspectivas para o futuro<br />

Como a pandemia impacta o setor<br />

Fusca Azul Pavão<br />

4<br />

5


A VEZ DELES<br />

O FAVORITISMO AOS CARROS ELÉTRICOS E A<br />

PERSPECTIVA PARA O FUTURO DOS NOVOS<br />

MODAIS DE TRANSPORTE<br />

Apesar do lançamento do primeiro carro elétrico no Brasil ter<br />

sido em 1969, só agora esses modelos vêm ganhando força<br />

com as recentes demandas sustentáveis.<br />

A realidade dos carros<br />

elétricos circulando<br />

por todos os cantos do<br />

país infelizmente ainda<br />

é está bem distante,<br />

embora, ao contrário do<br />

que muitos possam imaginar,<br />

o surgimento deles<br />

no Brasil já vem de<br />

algumas décadas.<br />

Em 1º de setembro de<br />

1969, na região centro-sul<br />

de São Paulo, o<br />

engenheiro mecânico e<br />

eletricista João Augusto<br />

Conrado do Amaral Gurgel<br />

inaugurou uma fabricante<br />

de automóveis<br />

100% nacional, chamada<br />

Gurgel.<br />

Entre tantas inovações,<br />

o empresário criou o primeiro<br />

carro 100% elétrico<br />

nacional e da América<br />

Latina: o Itaipu E150.<br />

O modelo pequeno tinha<br />

capacidade para apenas<br />

dois lugares e um design<br />

bem geométrico. Pesava<br />

460 kg, sendo 320 kg<br />

apenas das baterias de<br />

3,2 kW que entregavam<br />

o equivalente a 4,2 cv.<br />

Atualmente, seu preço<br />

seria algo em torno de<br />

R$60 mil. A velocidade<br />

máxima dos primeiros<br />

modelos chegava a 30<br />

km/h – os últimos atingiam<br />

60 km/h.<br />

ITAIPU<br />

E150<br />

Passados 52 anos desde o<br />

seu lançamento, com tamanha<br />

demanda por um futuro mais<br />

sustentável, os carros do futuro<br />

não poderiam ficar de fora,<br />

certo? Afinal, os chamados “zero<br />

emissão” não são movidos a<br />

combustão.<br />

Atualmente, em alguns países da<br />

Europa, além de Estados Unidos e<br />

Canadá, grandes concessionárias<br />

como BMW, Volkswagen e<br />

Chevrolet já aderiram à tecnologia<br />

dos carros elétricos.<br />

No Brasil, embora em número<br />

bem menor, os carros elétricos<br />

já circulam por aí. No entanto, o<br />

alto valor de aquisição ainda é<br />

um dos fatores que impedem um<br />

impulsionamento nas vendas.<br />

Além do custo, há que se resolver<br />

questões de infraestrutura nas<br />

cidades, dada a necessidade de<br />

instalação de pontos de recarga. A<br />

BMW, por exemplo, implementou<br />

200 deles em shoppings,<br />

estacionamentos e postos de<br />

combustível pelo Brasil. Mas, para<br />

se atingir o ideal, ainda restam<br />

muitos quilômetros de estrada.<br />

6<br />

7


Em entrevista ao Estadão<br />

Mobilidade, Davi Bertoncello,<br />

presidente da Tupinambá<br />

Energia, destaca que o Brasil<br />

enfrenta, por enquanto, um<br />

déficit no abastecimento de<br />

energia. “São 25 donos de carro<br />

elétrico para cada posto de<br />

recarga, enquanto nos Estados<br />

Unidos a proporção é de<br />

quatro para um”, ressalta.<br />

Davi acredita que o cenário<br />

deverá mudar por aqui entre<br />

cinco e sete anos, quando<br />

essa transição estará acelerada,<br />

a ponto de haver quatro<br />

carregadores para cada bomba<br />

de combustível fóssil.<br />

Enquanto isso, a experiência<br />

de ser proprietário e dirigir<br />

um carro elétrico todos os dias<br />

ainda fica restrita a poucas<br />

pessoas. Uma delas é Leonardo<br />

Celli, dono de um BMW i3<br />

Range Extender e membro da<br />

ABRAVEI (Associação Brasileira<br />

dos Proprietários de Veículos<br />

Elétricos Inovadores).<br />

Para Leonardo, tais desvantagens<br />

são pequenas se comparadas<br />

aos benefícios. Na<br />

verdade, desde que adquiriu<br />

o seu carro elétrico em 2016,<br />

Leonardo viu sua qualidade e<br />

autonomia de vida melhorarem.<br />

Depois de algum tempo circulando<br />

com o seu BMW i3<br />

Rex, Leonardo percebeu que<br />

não havia tanta diferença na<br />

condução de um elétrico em<br />

relação a um modelo convencional.<br />

“Claro que você nota a ausência<br />

de poluição sonora, o torque<br />

imediato, porque o carro<br />

é eficiente a partir dos 3.000<br />

rpm e entrega uma velocidade<br />

de 50km/h ou 60 km/h muito<br />

rapidamente”, afirma.<br />

Ao contrário do que muita<br />

gente supõe, essa característica<br />

não torna o<br />

motorista mais propício<br />

a acidentes, o que, entretanto,<br />

também não<br />

significa carta branca<br />

para o relaxamento no<br />

volante. Para Leonardo,<br />

“isso te leva a ter um<br />

pouco mais de cuidado<br />

na condução dentro de<br />

cidades, é necessário<br />

uma condução mais suave,<br />

cuidadosa”.<br />

Além disso, ele relata<br />

que, mesmo após 5 anos<br />

com o seu BMW i3 Rex,<br />

a capacidade de regeneração<br />

de energia do veículo<br />

ainda o surpreende.<br />

“A transformação da energia<br />

do seu deslocamento de<br />

volta para a bateria do carro.<br />

O carro elétrico gera energia<br />

pra ele mesmo; isso parece<br />

mágica, mas não é.”<br />

De acordo com relatório<br />

da Bloomberg New<br />

Energy Finance (BNEF),<br />

espera-se que, até metade<br />

do ano que vem,<br />

o custo dos veículos<br />

elétricos passem a ser<br />

menores em relação aos<br />

convencionais não apenas<br />

no preço de compra,<br />

como também no valor<br />

das manutenções.<br />

Isso porque os elétricos<br />

possuem menos peças<br />

móveis e, portanto, seu<br />

reparo demanda menos<br />

dinheiro.<br />

“Os custos de manutenção<br />

preventiva são<br />

muito menores do que o<br />

carro a combustão, porque<br />

o carro elétrico tem<br />

um terço da quantidade<br />

de peças mecânicas<br />

que sofrem atrito e vibrações<br />

do que o carros<br />

convencionais”, diz Leonardo.<br />

8<br />

9


Porém, nem tudo são flores.<br />

O membro da ABRAVEI também<br />

elenca pontos negativos<br />

de se ter um carro elétrico,<br />

ainda que de modo bastante<br />

ponderado:<br />

“Ainda faltam oficinas me-<br />

meça a ganhar uma perspectiva<br />

vantajosa para o futuro<br />

é com relação ao fim da vida<br />

útil da “alma” do carro elétrico:<br />

a bateria de íon-lítio. Durante<br />

muito tempo, não houve<br />

uma resposta precisa para<br />

culos elétricos nas ruas, não<br />

há demanda suficiente para<br />

a reciclagem do componente.<br />

Mas o cenário poderá ser<br />

outro já em 2025, segundo<br />

a OnTo Technology.<br />

A reciclagem dessas bate-<br />

Movidos por<br />

CONFIANÇA<br />

cânicas especializadas em<br />

essa dúvida; mas, agora, a<br />

rias é fundamental, já que os<br />

carros elétricos fora das con-<br />

indústria vem se preparando<br />

metais usados para sua fa-<br />

cessionárias, mas isso acaba<br />

para dar um destino correto<br />

bricação – como níquel e co-<br />

não sendo tão crítico porque<br />

às baterias: a reciclagem.<br />

balto, além, é claro, do lítio<br />

esses carros tem longa ga-<br />

Estima-se que elas durem,<br />

- causam danos à natureza e<br />

rantia e não costumam dar<br />

em média, de oito a dez<br />

à saúde pública, caso sejam<br />

problemas”, afirma Leonardo.<br />

anos. Como o Brasil ainda<br />

descartados de forma incor-<br />

Outro fator crítico que co-<br />

vive o primeiro ciclo de veí-<br />

reta.<br />

EVOLUÇÃO ANUAL DA FROTA DE VEÍCULOS ELÉTRICOS NO BRASIL<br />

TIPO DE VEÍCULO 1 HIBRIDO 2 HIBRIDO PLUGIN 3 ELETRICO TOTAL<br />

FONTE:NEOCHANGE<br />

44.048 45.095<br />

40 mil<br />

7.884<br />

8.424<br />

TOTAL<br />

20 mil<br />

0 mil<br />

3.148<br />

2015<br />

7.784<br />

4.607<br />

6.880<br />

3.952<br />

24.666<br />

11.916<br />

20.834<br />

10.442<br />

2016 2017 2018 2019<br />

33.945<br />

34.3<strong>29</strong><br />

2020 2021<br />

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VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS NO<br />

BRASIL<br />

ELÉTRICO 2.342 (5,2%)<br />

HIBRIDO PLUGIN 8.424 (18,7%)<br />

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FONTE:NEOCHANGE<br />

HIBRIDO 34.3<strong>29</strong> (76,1%)<br />

/autopecasbosch<br />

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10<br />

11


EVOLUÇÃO MENSAL DA FROTA DE VEÍCULOS<br />

FONTE:NEOCHANGE<br />

ELÉTRICOS NO BRASIL<br />

é um desafio considerável,<br />

apesar de ter evoluído nos últimos<br />

anos”, relata Leonardo.<br />

o que constituiria mais da metade<br />

da frota de veículos no<br />

mundo.<br />

TIPO DE VEÍCULO 1 HIBRIDO 2 HIBRIDO PLUGIN 3 ELETRICO TOTAL<br />

Apesar das dificuldades para<br />

Enquanto isso, as vendas dos<br />

TOTAL<br />

40 mil<br />

20 mil<br />

26.488<br />

28.639<br />

3.076<br />

30.256 30.010 30.525 32.009<br />

4.285<br />

3.513 3.742 3.986<br />

33.617<br />

4.627<br />

35.682<br />

5.088<br />

38.239<br />

5.844<br />

40.281<br />

42.253<br />

6.503 7.156<br />

44.048 45.095<br />

7.884 8.424<br />

emplacar mais veículos elétricos<br />

no Brasil, o futuro deles<br />

não está perdido. Segundo a<br />

Bloomberg New Energy Finance<br />

(BNEF), os elétricos devem<br />

automóveis convencionais<br />

apresentam tendência de queda<br />

de 85 milhões para 42 milhões.<br />

No Brasil, essa realidade<br />

não será diferente, mesmo<br />

22.357 22.357 22.357 24.674 24.893 26.024 27.245 28.786 30.474 31.754 32.997 33.945 34.3<strong>29</strong><br />

passar de 2 milhões para 56<br />

que demore um pouco mais se<br />

0 mil<br />

2020 JANEIRO 2020 FEVEREIRO 2020 março 2020 abril 2020 maio 2020 junho 2020 julho 2020 julho 2020 setembro 2020 setembro 2020 novembro 2020 dezembro 2021 janeiro<br />

milhões de unidades até 2040,<br />

comparado a outros países.<br />

A boa notícia é que todos esses elementos<br />

têm capacidade de ser reciclados infinitamente,<br />

permitindo sua reintrodução na cadeia<br />

produtiva como recursos para a fabricação<br />

de baterias novas.<br />

Dessa forma, até 40% de lítio e cobalto poderão<br />

ser obtidos no processo de reciclagem, de<br />

modo a evitar impactos ambientais; fechar o<br />

ciclo de utilização, e contribuir com a economia<br />

circular.<br />

“Eu até poderia, mas não enxergo a vida útil<br />

das baterias de íon-lítio como um problema,<br />

porque isso já vem melhorando e tende a melhorar<br />

ainda mais no futuro”, afirma Leonardo.<br />

Por mais que a criação de uma infraestrutura<br />

para reciclar baterias de carros elétricos ainda<br />

enfrente dificuldades, uma coisa é certa:<br />

em breve, os componentes serão reciclados<br />

e reutilizados, e não descartados de maneira<br />

inapropriada.<br />

No entanto, além do quesito baterias, a falta<br />

de infraestrutura de recargas nas rodovias<br />

segue chamando a atenção de quem possui<br />

um carro elétrico.<br />

“O híbrido plug-in demanda um deslocamento<br />

muito grande para quem mora mais longe das<br />

grandes cidades para recarregar o carro. Enfrentamos<br />

filas em pontos de recarga nas rodovias,<br />

isso quando não encontramos o ponto<br />

vandalizado ou sem fiscalização. Então, esse<br />

“É multifacetado esse assunto, né? O<br />

plano de fundo é mais amplo do que só o<br />

carro elétrico, pois envolve a questão da<br />

mobilidade sustentável. Precisamos de<br />

políticas públicas que incentivem esse<br />

modal, mas também depende da mudança de<br />

visão do cidadão”, conclui Leonardo.<br />

FROTA DE VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS POR ESTADO<br />

FONTE:NEOCHANGE<br />

RANKING DE VEÍCULOS ELETRICOS POR ESTADOS<br />

RANKING DE VEÍCULOS ELETRICOS POR CIDADES<br />

12<br />

13


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OS CARROS MAIS VENDIDOS<br />

AO REDOR DO MUNDO<br />

BRASIL<br />

Em território nacional, o Onix<br />

Em 2015, a GM (General<br />

consagrou-se como o carro Motors) resolveu aprimorar o<br />

mais vendido pelo sexto ano custo-benefício, com inovações<br />

consecutivo, com mais de tecnológicas, como a central<br />

135 mil unidades emplacadas multimídia, porém sem<br />

em 2020. Considerando a alteração do preço.<br />

concorrência, o grande espaço<br />

interno chamou a atenção do<br />

Ao longo dos anos, a fabricante<br />

focou em manter o modelo<br />

público, que pode adquirir um atualizado e obteve êxito<br />

hatch compacto - com valores<br />

apropriados - mas com muita<br />

amplitude no interior.<br />

tanto em parâmetros técnicos,<br />

quanto visuais.<br />

Ainda, o próprio título de “mais<br />

vendido do Brasil” contribuiu<br />

para a extensão do seu<br />

tempo no topo, assegurando<br />

a confiança do brasileiro na<br />

marca. Entretanto, em 2021 é<br />

possível que o resultado seja<br />

diferente. Com sua produção<br />

interrompida para atualizações,<br />

aconteceu uma raridade: o Onix<br />

caiu da primeira para a terceira<br />

posição no ranking de vendas<br />

de março, ficando atrás do Fiat<br />

Strada e do Hyundai HB20.<br />

Um carro pode ser líder de vendas em um continente, mas circular pouco<br />

pelas ruas do outro lado do oceano. Obviamente, os números vão de<br />

acordo com o perfil do público, que varia muito de um país para outro.<br />

E você? Sabe quais os carros mais vendidos nos maiores mercados<br />

automotivos?<br />

16<br />

17


USA - FORD F-SERIES<br />

Os veículos da linha F-150 da Ford<br />

não só dominam as vendas nos<br />

EUA, como também no seu vizinho,<br />

Canadá. O modelo combina com<br />

o perfil estadunidense, sendo<br />

robusto, espaçoso, com amplo<br />

espaço de armazenamento e boa<br />

mecânica, permitindo aguentar<br />

trajetos longos e, se necessário,<br />

também em ambientes rurais.<br />

As atualizações para 2021<br />

garantiram mais conforto e<br />

tecnologia, sendo que o valor<br />

inicial, do menor e mais básico<br />

modelo, parte de U$30.635.<br />

Atualmente, a picape continua<br />

no topo do mercado norteamericano<br />

após ter comercializado<br />

aproximadamente 787 mil<br />

unidades no ano passado.<br />

Em resposta aos ambientes<br />

pequenos dessa região asiática,<br />

com pouco espaço destinado<br />

para estacionar e dirigir, o líder<br />

de vendas é um tipo compacto. O<br />

Toyota Yaris garantiu a primeira<br />

posição entre os modelos<br />

clássicos no final do ano fiscal<br />

local (março de 2021). O destaque<br />

é da sua versão lançada em 2020,<br />

que teve pouco mais de 150 mil<br />

itens vendidos no país.<br />

Os dados apontam que os<br />

residentes japoneses priorizam<br />

marcas nacionais, pelo preço e<br />

confiança, enquanto enxergam<br />

exemplares estrangeiros como<br />

um sinal de status - já que o<br />

custo para obter um veículo de<br />

fora é alto.<br />

Além disso, no Japão há uma<br />

série de modelos, feitos<br />

exclusivamente para uso local,<br />

sobretudo os “carros kei” ou<br />

“K-cars”. Nesse segmento<br />

especial, o destaque é da<br />

Honda, com seus modelos N-Box,<br />

totalizando cerca de 196 mil<br />

unidades vendidas no último<br />

ano. Números que superaram,<br />

com folga, o convencional da<br />

Toyota.<br />

TOYOTA YARIS<br />

E HONDA N-BOX<br />

JAPÃO


O Golf não é apenas o líder<br />

no território alemão, como na<br />

Europa em geral. O primeiro lugar<br />

no continente é desse modelo há<br />

13 anos. O CEO da Volkswagen<br />

afirma que o carro está onde<br />

merece, tendo em vista,<br />

também, os seus oito derivados<br />

apresentados na segunda metade<br />

de 2020. As atualizações para o<br />

mercado incluem, dentre outros<br />

fatores, um maior destaque para<br />

a opção híbrida.<br />

No ano passado, cerca de 312<br />

mil unidades do modelo foram<br />

emplacadas no continente<br />

europeu, sendo cerca de 134<br />

mil na Alemanha. Apenas em<br />

março de 2021, foram vendidas<br />

11.713 unidades do Golf no país<br />

germânico. Tudo indica que ele<br />

será o líder por um bom tempo,<br />

agradando público e críticos<br />

especializados.<br />

VOLKSWAGEN<br />

GOLF<br />

MARUTI SWIFT<br />

ÍNDIANo mercado indiano, outro dos maiores Em março deste ano, o Swift seguiu como<br />

do mundo, o destaque vai para a Maruti campeão, com 21.714 unidades vendidas<br />

Suzuki India Ltda, uma subsidiária da no mês, mas com vantagem pequena em<br />

marca japonesa, baseada na Índia no relação ao segundo colocado, o Baleno, da<br />

século passado. Em 2020, o top 7 foi mesma marca. O terceiro e quarto lugares<br />

todo dessa montadora, incluindo modelos também foram de exemplares Maruti:<br />

variados (sedãs, SUVs, hatchbacks), mas o WagonR e o Alto, respectivamente,<br />

com a liderança do compacto Maruti Swift. seguidos pelo Hyundai Creta.<br />

ALEMANHA


“CHAMA EU”<br />

150% 450<br />

horas<br />

70 m<br />

a mais<br />

Entre os comentários sobre o lançamento da edição passada nas redes<br />

sociais, estava o pedido de Matheus Siqueira, 25 anos, balconista da<br />

Celinho Autopeças, em Pouso Alegre. Solicitação atendida.<br />

E o resultado é uma conversa sobre carreira, vida pessoal, família,<br />

pandemia e o papel central dos trabalhadores na sociedade. Confira!<br />

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“Chama eu”. Este era um dos<br />

própria rede social, fomos<br />

adiante. Até que, enquanto<br />

comentários da publicação de<br />

lançamento de nossa edição<br />

passada, no Facebook. O<br />

autor: Matheus Siqueira, 25<br />

anos, balconista da Celinho<br />

Autopeças, em Pouso Alegre<br />

(MG). Imediatamente, pela<br />

atrás do requerente; porém,<br />

sem obter resposta.<br />

Parecia um flerte, no qual<br />

Matheus, ao provocar, faziase<br />

propositalmente de difícil,<br />

testando até onde iria nossa<br />

disposição para seguir<br />

vasculhávamos seu perfil,<br />

encontramos os dados da loja<br />

onde trabalha.<br />

Matheus garante que<br />

comentou “por comentar”;<br />

jogou a isca para ver o que<br />

acontecia, sem realmente<br />

*No trânsito somos todos pedestres<br />

philips.com.br/auto<br />

22


vislumbrar um retorno. Mas será?<br />

Atitudes assim não costumam ser<br />

obra do acaso.<br />

“Eu consumo esse conteúdo, para ficar<br />

por dentro. Mas também por um pouco<br />

de confete, porque gosto muito de<br />

falar, comentar, aproveitar o espaço”,<br />

assume, também reconhecendo que<br />

não esperava nosso contato.<br />

O balconista de Pouso Alegre afirma<br />

ler diversas publicações relacionadas<br />

à sua área, sempre buscando ampliar<br />

o conhecimento. Em relação à<br />

Balconista S/A, Matheus se imagina<br />

no lugar dos entrevistados, traçando<br />

paralelos com situações semelhantes<br />

vividas no cotidiano.<br />

“Sabe quando você está acompanhando<br />

uma situação engraçada, e pensa:<br />

‘putz, isso já aconteceu comigo’? É<br />

muito legal ter essa sensação; saber<br />

que tanto as coisas boas, como as<br />

ruins que a gente passa, são vividas<br />

por outras pessoas, e o quanto é bom<br />

a gente compartilhar”, conta.<br />

Mas, afinal, quem é Matheus Siqueira,<br />

além de um balconista curioso e<br />

proativo? Ele não só narrou para<br />

nós a sua trajetória, como também<br />

mergulhou em reflexões sobre a<br />

profissão, a vida e a pandemia de<br />

Covid-19.<br />

“Desde que eu me entendo por gente,<br />

estou em oficina. Meu pai é mecânico,<br />

meu irmão também. Então, desde<br />

os 10 anos eu já ajudava meu pai.<br />

Trabalhei com ele entre 2005 e 2012”,<br />

recorda Matheus.<br />

Dali, migrou para a Celinho Autopeças,<br />

onde começou como estoquista,<br />

até chegar ao atual cargo. Sua vida,<br />

portanto, se resume ao universo da<br />

mecânica e da reposição automotiva,<br />

o suficiente para constatar que existe<br />

um tempo considerável de experiência,<br />

a ponto de afirmar qual a fórmula<br />

certa para ser um bom profissional.<br />

“Olha… não se tem ao certo uma<br />

fórmula. É muito particular. Mas a<br />

questão do conhecimento vem tanto<br />

da prática, como da teoria. Algumas<br />

coisas a gente aprende no agito do<br />

balcão; outras, temos que pesquisar.<br />

Acho muito importante estar atento<br />

às novidades da indústria automotiva,<br />

e na forma como os mecânicos<br />

gostam de ser atendidos. Todos<br />

clientes são diferentes um do<br />

outro; então, a chave para você<br />

atender bem é ser maleável. O que<br />

faz da pessoa um bom profissional<br />

é a vontade de aprender, e não<br />

sentar em cima do que já sabe”,<br />

reflete Matheus.<br />

Por envolver uma constante troca<br />

de informações somada ao contato<br />

olho no olho, a profissão de<br />

balconista pressupõe a evolução<br />

da capacidade de ouvir e de<br />

manter a atenção. É um processo,<br />

e tudo isso vem sendo positivo<br />

para Matheus.<br />

“Acho que o atendimento no<br />

balcão, cara a cara, faz com que<br />

nos tornemos pessoas melhores,<br />

porque passamos a ser ouvintes<br />

melhores, mais atentos. Eu,<br />

particularmente, sou muito<br />

desatento; então, trabalhar assim<br />

nesses anos todos me fez um bem<br />

em relação a isso. Mas, resumindo,<br />

o mais importante é ter senso<br />

de adaptação, tanto ao mercado,<br />

como à clientela”, afirma.<br />

Pelo que vimos até aqui, ao<br />

contrário do que diz, Matheus não<br />

parece nada desatento, embora<br />

isso também possa revelar uma<br />

virtude indispensável aos bons<br />

profissionais: a humildade.<br />

24<br />

25


“<br />

Pandemia: aprendizado e a<br />

importância dos trabalhadores<br />

Estamos diante do maior desafio<br />

do século XXI. Dizer que o novo<br />

coronavírus atingiu em cheio a<br />

indústria e o comércio é chover no<br />

molhado. Até mesmo essa entrevista,<br />

que poderia ocorrer presencialmente,<br />

aconteceu de forma virtual, tirando um<br />

pouco da essência olho no olho, tão<br />

cara também aos jornalistas.<br />

Matheus nos conta como tem sido<br />

o trabalho nesse período, um ofício<br />

que jamais se interrompe, mas que<br />

fatalmente desacelerou.<br />

“A gente atende por delivery, por<br />

WhatsApp e redes sociais aqueles que<br />

dependem do mercado automotivo:<br />

dono de oficina, mecânico e<br />

revendedor. Mas a gente sente falta<br />

daquele cliente final, um dono de carro,<br />

curioso, que quer fazer uma revisão e<br />

dar uma recauchutada no carro. Esse<br />

deixou de vir. E o comércio é um ciclo,<br />

uma corrente. No final, todo mundo<br />

depende de todo mundo”, lamenta.<br />

“<br />

Outra coisa que eu percebi: o quão nossa<br />

economia é frágil e nosso sistema depende<br />

do trabalhador. E mesmo que eu me sinta um<br />

privilegiado por atuar numa empresa que olha<br />

pro funcionário como pessoa, a gente vê outras<br />

olhando pra sua mão de obra como se fosse<br />

só um número. Então, mesmo que o lucro seja<br />

importante nesse sistema, a gente precisa<br />

preservar a humanidade, pensar nas pessoas<br />

em primeiro lugar. Essas são algumas coisas<br />

que eu trago de aprendizado com a pandemia, e<br />

que eu creio que vou repensar muitos conceitos<br />

quando isso acabar.<br />

26<br />

27


Recentemente, a Celinho Autopeças<br />

organizou uma distribuição de<br />

cestas básicas para a população<br />

mais carente em Pouso Alegre, em<br />

atividade que congregou outras<br />

lojas do ramo. Segundo Matheus,<br />

isso prova que “quando tem um<br />

inimigo em comum, a gente mostra<br />

que é um aliado do outro”.<br />

As transformações estimuladas<br />

pela pandemia não se restringem<br />

às relações humanas no ambiente<br />

de trabalho. Elas também exercem<br />

poder sobre instâncias mais<br />

particulares, íntimas, fazendo<br />

algumas pessoas olharem para o<br />

que sempre esteve ali, debaixo do<br />

nariz, mas que por certa razão não<br />

despertavam o devido cuidado.<br />

“Olha… eu não sou um cara muito<br />

família. Sou um cara meio distante,<br />

e não dava muito valor a isso. Mas<br />

fui percebendo, principalmente<br />

com os familiares mais velhos,<br />

como o contato humano é preciso.<br />

E faz muita falta. Meu pai chegou a<br />

contrair a Covid e até ser internado.<br />

É uma tensão muito grande. A<br />

partir do momento em que a<br />

gente precisa ficar isolado, quem<br />

é mais novo talvez não entenda o<br />

quão precioso é proteger quem a<br />

gente ama. E quando isso acabar,<br />

também vamos tirar coisas boas do<br />

que aconteceu. Lembrar de coisas<br />

que não deveria ter esquecido,<br />

aprender coisas que deveria ter<br />

aprendido”, reflete Matheus.<br />

Em Pouso Alegre, o Grupo Celinho<br />

promove anualmente o Encontro dos<br />

Mecânicos, evento tradicional que<br />

teve de ser cancelado pela segunda<br />

vez consecutiva devido à pandemia.<br />

Lamentando a impossibilidade de<br />

reunir profissionais do seu setor,<br />

Matheus destaca a importância da<br />

atividade.<br />

“Era uma grande reunião,<br />

confraternizando com outros<br />

mecânicos, tomando cerveja,<br />

comendo tira-gosto, assistindo<br />

a uma palestra proveitosa. E a<br />

pandemia também tirou isso da<br />

gente. A gente pensa na boa<br />

relação; por isso, sempre estamos<br />

promovendo palestras para os<br />

balconistas e, principalmente, aos<br />

mecânicos”, explica.<br />

O balconista também aproveita para<br />

reforçar o binômio teoria e prática,<br />

que, segundo ele, devem caminhar<br />

lado a lado, complementando-se<br />

mutuamente. .<br />

28<br />

<strong>29</strong>


“<br />

“<br />

Minha experiência foi adquirida na prática<br />

mesmo, no aperto, na pressão do cliente;<br />

até na parte de logística, por exemplo, de ir<br />

atrás de uma peça que não tem, de conseguir<br />

contato. Mas a lapidação, o refinamento,<br />

tanto do atendimento como do conhecimento<br />

de qualquer profissional, vem de palestra e<br />

de curso de capacitação teórica. E eu adoro<br />

quando meu pai vem assistir a uma palestra do<br />

meu lado. É muito gratificante<br />

Portanto, podemos concluir que<br />

o Encontro dos Mecânicos é uma<br />

oportunidade para apertar os laços<br />

entre os dois lados do balcão. Na edição<br />

passada desta revista, expusemos<br />

a visão dos mecânicos sobre os<br />

balconistas; agora, embora não seja o<br />

foco central da matéria, Matheus traz<br />

um pouco da ótica inversa.<br />

“Acho que, de uns 10 anos pra cá, tem<br />

tido mecânicos mais ‘estudantes’. Ainda<br />

tem aquele ranço – tanto do balconista<br />

quanto do mecânico – de que ‘o que<br />

eu sei tá bom’ ou ‘eu aprendi assim,<br />

então é assim’, mas o número desses<br />

profissionais mais conservadores vem<br />

caindo bastante. A gente fica até<br />

surpreso. Os mecânicos estão cada<br />

vez mais procurando ferramentas que<br />

facilitam o serviço, capacitação de<br />

certos nichos como câmbio automático,<br />

airbag, essas coisas que requerem uma<br />

mão de obra mais específica. É legal<br />

ver como setor que você trabalha tem<br />

evoluído, e as pessoas têm evoluído<br />

junto com ele”, avalia.<br />

Novas aplicações, qualidade original<br />

Schaeffler<br />

A Schaeffler continua oferecendo as melhores e mais completas soluções em<br />

reparação e agora traz novas aplicações de embreagens LuK RepSet e LuK<br />

Repset Pro, ampliando seu portfólio para trazer variedade e o melhor custobenefício<br />

para os clientes. Com este lançamento, passa a atender cerca de<br />

80% dos modelos mais vendidos na atualidade em circulação no país.<br />

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veículo regularmente.


PUBLIEDITORIAL<br />

CONHEÇA AS PEÇAS DE REPOSIÇÃO<br />

MOTORCRAFT E OMNICRAFT<br />

F U T U R O<br />

Projetar o futuro não é tarefa fácil;<br />

durante uma pandemia, então, parece<br />

definitivamente um tiro no escuro.<br />

Viver o agora, um dia de cada vez, muitas<br />

vezes já significa algo extraordinário.<br />

Diante desse questionamento, Matheus<br />

começa pela via do aprendizado.<br />

coisa que meu irmão já vem fazendo.<br />

Óbvio que a gente tem pretensões. Eu<br />

estou num lugar muito bom, trabalhando<br />

com uma galera muito legal, com um<br />

pessoal que é realmente unido, nobre<br />

e competente. Então agora penso em<br />

evoluir aqui nessa área, com outros<br />

cargos. Durante muito tempo deixei<br />

“Com 25 anos, me acho jovem, apesar isso de stand-by pra pensar no meu<br />

de estar há bastante tempo nesse noivado, mas penso, sim, em trabalhar<br />

segmento. E não me vejo fazendo outra para uma grande marca.<br />

coisa tão cedo, porque além de ser um<br />

ciclo, eu não sinto que aprendi tudo o Conclusão: Matheus tem seus ideais,<br />

que posso. Eu sempre quero aprender embora considere-se uma pessoa<br />

mais. Tenho essa gana de querer mais “objetiva” e “não tão sonhadora”.<br />

conhecimento, de me sentir capacitado,<br />

completo.”<br />

Porém, em meio ao cenário de incerteza<br />

que domina o mundo em tantas frentes,<br />

essa objetividade passa a significar,<br />

No entanto, à medida que avalia os<br />

planos, o raciocínio passa a dar voltas,<br />

mais do que nunca, pé no chão. Nesse<br />

caso, não existem respostas prontas.<br />

sem apontar para um norte definido.<br />

“A dinâmica que se estabelece nesse<br />

“Tenho a ideia de ser dono do meu<br />

próprio negócio, talvez nem no ramo de<br />

autopeças. Eu penso muito em ajudar<br />

segmento me permite ter diversas<br />

possibilidades, então a gente pode<br />

correr pra qualquer lado. E a gente<br />

meu pai a ampliar o negócio dele, também não sabe o dia de amanhã”,<br />

garantir uma renda para ele na velhice, arremata.<br />

Há mais de 50 anos, a Motorcraft oferece uma ampla<br />

variedade de peças para os veículos Ford, seguindo<br />

os rigorosos padrões homologados pela engenharia<br />

da montadora. O portfolio é formado por 20 linhas de<br />

produto de alta demanda, como amortecedor, bateria,<br />

disco de freio, embreagem, óleo e aditivo, palheta,<br />

pastilha, vela de ignição, entre outros.<br />

Além desta marca, a Ford atua também com a Omnicraft<br />

que possui a versatilidade de peças aplicáveis à<br />

veículos de outras montadoras. Atualmente, a oferta<br />

de portfolio contempla bateria, disco e pastilha de freio,<br />

filtro, óleo para veículos e motocicletas e muito mais.<br />

Para saber mais sobre ambas as marcas, basta se<br />

cadastrar no site Reparador Ford (reparadorford.<br />

com.br) para ter acesso à promoções, informações e<br />

vídeos técnicos sobre os veículos da montadora. Para<br />

adquirir as peças, vá a uma Concessionária Ford ou aos<br />

Distribuidores de Peças parceiros e ofereça qualidade,<br />

segurança e confiança para os seus clientes.<br />

Para conferir a linha completa de produtos, clique no link abaixo:<br />

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33


35


FATOS E<br />

BOATOS<br />

Ponto morto<br />

“Descer na banguela”. Quantas vezes você já não ouviu<br />

– ou usou – essa expressão? Realmente, trata-se de uma<br />

prática ainda muito comum no Brasil, principalmente com<br />

o intuito de poupar combustível ou reduzir o desgaste de<br />

algumas peças do veículo. Sob tal crença, de forma até<br />

automática, vários motoristas deixam o câmbio em ponto<br />

morto enquanto se está em movimento. Há problema<br />

nisso? No que podemos acreditar?<br />

PUBLIEDITORIAL<br />

PIVÔ, AXIAL E TERMINAL:<br />

SAIBA MAIS SOBRE AS LINHAS CERTIFICADAS DA PERFECT<br />

Aumenta o risco<br />

de acidentes<br />

F A T O S<br />

Um veículo que está com a<br />

marcha desengatada leva mais<br />

tempo para diminuir a velocidade<br />

e, por consequência, para parar<br />

completamente. Isso porque, ao<br />

tirar o pé do acelerador com o<br />

câmbio engatado, o efeito do freio<br />

motor imediatamente auxilia a<br />

desaceleração. Não é à toa que, no<br />

início de descidas de serra na estrada,<br />

vemos a placa “desça engrenado”,<br />

justamente para evitar acidentes.<br />

As linhas de pivô, axial e terminal<br />

da Perfect possuem a certificação<br />

IATF 16949, uma importante norma<br />

de gestão de qualidade mundial<br />

que permite atender montadoras.<br />

Contamos com a equipe de<br />

pino esférico antes da instalação para<br />

liberar a tensão interna entre a bucha<br />

de Poliacetal e o pino.<br />

AXIAL - As barras axiais de direção<br />

têm a função de transmitir as forças<br />

axiais provenientes da caixa de<br />

caixa de direção (e anteriormente<br />

coluna de direção e volante) às rodas,<br />

possibilitando o movimento angular<br />

para a realização de manobras. Seus<br />

principais componentes são carcaça<br />

forjada (“cachimbo”), pino esférico,<br />

Engenharia da Perfect para explicar<br />

direção para os terminais de direção<br />

bucha de Poliacetal, coifa de proteção<br />

É infração<br />

de trânsito<br />

o que é cada um desses itens, e<br />

também dar algumas dicas relevantes<br />

para mecânicos de oficinas ou centro<br />

e consequentemente para as rodas<br />

do veículo. Isso garante segurança,<br />

conforto e o perfeito funcionamento<br />

(guarda-pó) e anéis de vedação<br />

da coifa. Dicas para troca: Antes<br />

da instalação, realize movimentos<br />

Andar em porto morto não só é perigoso, como também ilegal. Segundo o artigo 231, inciso IX, do Código de Trânsito Brasileiro<br />

(CTB), trafegar “desligado ou desengrenado em declive” configura infração média, com perda de quatro pontos na Carteira<br />

Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 130,16, além de possível retenção do veículo como medida administrativa.<br />

automotivos realizarem a troca das<br />

peças.<br />

PIVÔ - Os pivôs de suspensão ou<br />

nos movimentos angulares das rodas,<br />

até mesmo em solos irregulares. Seus<br />

principais componentes são haste<br />

angulares no terminal para liberar a<br />

tensão interna preexistente. Antes<br />

da troca verifique a posição inicial do<br />

B O A T O S<br />

pinos esféricos possuem a função de<br />

forjada, copo<br />

terminal a ser<br />

36<br />

Auxilia na<br />

refrigeração<br />

do motor<br />

Na verdade, o que acontece é o contrário. E<br />

o item acima já explicou por quê. Se, mesmo<br />

com o veículo desengatado, o sistema<br />

continua injetando combustível, é sinal de<br />

que o motor se mantém aquecido. Ou seja,<br />

não há refrigeração.<br />

Economiza<br />

combustível<br />

Com o veículo rodando, não. De certa forma, essa máxima até<br />

valia em determinada época. Mas hoje, com a predominância<br />

dos modelos a injeção eletrônica, ela entrou definitivamente<br />

para a mitologia automotiva. Esse sistema consegue monitorar<br />

constantemente o comportamento do motor, buscando otimizar<br />

o consumo de combustível. Até aí, tudo bem. No entanto, se o<br />

veículo descer “na banguela”, a central de injeção eletrônica<br />

interpreta a ação da seguinte maneira: “se está em ponto morto,<br />

ele irá morrer; então, preciso injetar combustível”. Ou seja, gastase<br />

mais. A única exceção é quando se está parado no trânsito.<br />

Nesse caso, o recomendável é mesmo deixar o câmbio no neutro.<br />

ligar o chassi e carroceria com a<br />

manga de eixo e telescópio<br />

de suspensão, permitindo a<br />

movimentação angular do sistema em<br />

seu próprio eixo, e contribuindo na<br />

recepção das forças provenientes de<br />

acelerações,<br />

frenagens e irregularidades do solo.<br />

Seus principais componentes são<br />

a carcaça forjada (housing), pino<br />

esférico, bucha de Poliacetal, coifa<br />

de proteção (guarda-pó) e anéis de<br />

vedação da coifa. Dicas para a troca:<br />

Realize movimentos angulares no<br />

(housing) e bucha de Poliacetal.<br />

Dicas para troca: Utilize as<br />

ferramentas corretas para sacar e<br />

apertar os axiais, para que a caixa<br />

de direção do veículo não seja<br />

danificada. Antes da instalação,<br />

realize movimentos angulares<br />

no axial para liberar a tensão interna<br />

preexistente.<br />

TERMINAL - Os terminais de direção<br />

têm a função de fazer a ligação entre<br />

as barras axiais e a manga de eixo do<br />

veículo. Isso contribui na transmissão<br />

das forças axiais provenientes da<br />

substituído, pois isso proporciona<br />

uma menor correção no alinhamento<br />

do veículo. As oficinas<br />

mecânicas e os centros automotivos<br />

devem trabalhar com marcas<br />

certificadas, seguir os<br />

procedimentos técnicos de aplicação<br />

e as orientações do certificado de<br />

garantia.<br />

37


CO-<br />

NDUSTRY<br />

COMO A<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

SE INTEGRA<br />

À INDÚSTRIA<br />

AUTOMOTIVA<br />

Após séculos de<br />

degradação ambiental,<br />

o mundo agora se<br />

volta para medidas<br />

sustentáveis em<br />

diversos setores da<br />

sociedade, inclusive<br />

dentro das indústrias<br />

automotivas e de<br />

autopeças.<br />

Não faz muito tempo desde que<br />

a sustentabilidade virou pauta<br />

nos mais diversos setores da<br />

sociedade e da economia. As<br />

preocupações ambientais começaram,<br />

especialmente, após<br />

as Revoluções Industriais, em<br />

cujos processos de fabricação<br />

geravam grandes impactos ao<br />

meio ambiente.<br />

Desde então, ligado o sinal<br />

amarelo, tais práticas passaram<br />

a contar com medidas mais sustentáveis,<br />

isto é, menos danosas<br />

à natureza.<br />

No setor automotivo e de autopeças,<br />

essa necessidade também<br />

se impôs. Com o advento<br />

da atual Constituição Federal,<br />

em 1988, foram criadas novas<br />

regras para a Legislação Ambiental<br />

Brasileira, que as indústrias<br />

deveriam seguir nos processos<br />

de produção e descarte<br />

dos seus objetos fabricados.<br />

As preocupações com os processos<br />

produtivos de automóveis<br />

dentro das fábricas, bem<br />

como seu descarte adequado,<br />

começaram após a ISO 9000.<br />

Esse termo se refere ao conjunto<br />

de normas que visam a<br />

ajudar as empresas a implantar<br />

procedimentos e gestão de<br />

qualidade.<br />

No entanto, foi só a partir da<br />

ISO 14000 que a gestão ambiental<br />

nas empresas e fábricas<br />

passou a ser, de fato, discutida;<br />

consequentemente, vieram normas<br />

ambientais mais rígidas.<br />

38<br />

39


No caso das montadoras,<br />

adotados pelas indústrias,<br />

carte; no entanto, o custo<br />

para que haja esse pro-<br />

uma delas diz respeito ao<br />

desde o processo de pro-<br />

desse processo é elevado<br />

cesso nas indústrias, o<br />

cumprimento da Pegada<br />

dução de automóveis até o<br />

para empresa, já que é ne-<br />

proprietário do automóvel<br />

de Carbono, sistema que,<br />

descarte.<br />

cessário dobrar a área de<br />

deverá levá-lo até o local.<br />

basicamente, contabiliza a<br />

“Uma montadora de auto-<br />

produção e transformá-la<br />

Porém, não é preciso ir<br />

quantidade de CO2 emiti-<br />

móveis vai se preocupar<br />

em uma área de tratamento<br />

muito longe para ver qual<br />

do tanto na construção do<br />

com a sua emissão de car-<br />

do automóvel que será des-<br />

o destino de veículos e pe-<br />

espaço - incluindo árvores<br />

bono desde a montagem<br />

cartado”.<br />

ças automotivas: basta ir<br />

desmatadas no terreno -<br />

do veículo, mas também<br />

Ainda que esse proces-<br />

ao ferro velho mais próxi-<br />

como durante seu funcio-<br />

vai trabalhar junto com o<br />

so seja ao mesmo tempo<br />

mo, onde viram sucata.<br />

namento, e até mesmo no<br />

transporte de cargas. Assim,<br />

de alguma maneira, a<br />

montadora precisa compensar<br />

o que lançou na atmosfera.<br />

De acordo com o engenheiro<br />

mecânico e professor da<br />

Universidade de São Paulo<br />

(USP), Marcelo Augusto<br />

Leal Alves, a partir da ISO<br />

14000, quem descumprisse<br />

as regras passaria a estar<br />

fornecedor dos pneus para<br />

garantir que o processo de<br />

fabricação dele, desde a<br />

borracha, seja mais limpo.<br />

Toda a cadeia vai trabalhar<br />

em conjunto para reduzir a<br />

emissão de gases de efeito<br />

estufa”, destaca.<br />

Além disso, o engenheiro<br />

afirma que o descarte<br />

do veículo se tornou uma<br />

grande preocupação das<br />

montadoras. Agora, elas<br />

positivo para o planeta e<br />

à reputação da empresa,<br />

Marcelo Augusto considera<br />

que, devido ao custo elevado,<br />

esse valor acaba direcionado,<br />

na maioria das<br />

vezes, para o consumidor<br />

de carros novos.<br />

No caso da reciclagem das<br />

peças e do veículo ao término<br />

da vida útil, trata-se<br />

de uma visão um tanto romantizada.<br />

Isso porque,<br />

“Essa questão<br />

precisaria ser<br />

resolvida entre o<br />

poder público em<br />

conjunto com as<br />

indústrias, porque<br />

acaba se tornando<br />

um problema<br />

ambiental”,<br />

reflete Marcelo<br />

Augusto.<br />

sujeito a multa.<br />

estudam como o automóvel<br />

“Existe uma Legislação Am-<br />

pode ser reutilizado após o<br />

biental para descartes de<br />

fim de sua vida útil.<br />

materiais, resíduos, fluidos e<br />

“As indústrias passaram a<br />

precisa ser seguida”, afirma.<br />

ser responsáveis pelo des-<br />

Somando-se isso à crescente<br />

exigência por parte da<br />

sociedade em prol de uma<br />

produção mais sustentável<br />

na medida do possível,<br />

Marcelo Augusto cita alguns<br />

exemplos desse tipo<br />

40<br />

41


Dentro da ISO 14000, estão<br />

vários itens, entre eles a<br />

ISO 140001, que especifica<br />

os requisitos do Sistema<br />

de Gestão Ambiental (SGA),<br />

ajudando a fortalecer qualidades<br />

para que a empresa<br />

desenvolva uma estrutura<br />

de proteção à natureza.<br />

Algumas montadoras seguem<br />

tais normas - entre<br />

elas Fiat, Nissan Toyota. O<br />

mesmo<br />

ocorre<br />

em relação<br />

a<br />

determinadas<br />

indústrias<br />

de autopeças,<br />

Alejandra<br />

como a Schaeffler.<br />

Zanella,<br />

gerente<br />

de Recursos Humanos &<br />

SEHS da Schaeffler, reitera<br />

que a empresa adota medidas<br />

sustentáveis para além<br />

do processo de fabricação<br />

das peças, o que lhe garante<br />

um lugar entre as 50 líderes<br />

em Sustentabilidade e Clima<br />

na ONU.<br />

“Trabalhamos com metas de<br />

curto, médio e longo prazo,<br />

implementando<br />

medidas<br />

para eficiência energética<br />

e aquisição de energia de<br />

fontes renováveis até 2024.<br />

Também buscamos ser neutros<br />

em carbono até 2030,<br />

com base no Programa<br />

Schaeffler de Proteção ao<br />

Clima para redução de emissões<br />

de CO2 na produção,<br />

visando reduzir em 20% o<br />

abastecimento de água doce<br />

até 2030”, enumera.<br />

Além dos objetivos acima, a<br />

Schaeffler aplica em seu cotidiano<br />

as medidas sustentáveis<br />

citadas pelo nosso<br />

outro entrevistado, como a<br />

reciclagem.<br />

“Os resíduos gerados na produção<br />

passam por um processo<br />

de separação interna,<br />

levando em consideração e<br />

avaliando<br />

“Cada colaborador é parte deste<br />

processo; por isso, incentivamos<br />

constantemente a separação correta<br />

dos resíduos para reciclagem, o uso<br />

consciente da água, a doação do óleo de<br />

cozinha, entre outras boas práticas do<br />

dia a dia”, salienta.<br />

continuamente<br />

os 6R’s da sustentabilidade<br />

(reduzir, reutilizar, reciclar,<br />

reparar, repensar e reintegrar)<br />

e buscando a melhor<br />

forma de aplicar a economia<br />

circular em nossos resíduos.<br />

A Schaeffler também desenvolve<br />

parceiros que trabalham<br />

para o retorno dos resíduos<br />

à cadeia sustentável,<br />

atuando em conjunto com<br />

humanos.”<br />

as<br />

indústrias<br />

automotivas<br />

(seus clientes)<br />

garantindo<br />

a<br />

sustentabilidade<br />

no produto<br />

final”,<br />

declara<br />

a gerente de<br />

recursos<br />

Além disso, Alejandra enfatiza<br />

que nenhum lixo<br />

ou resíduo produzido pela<br />

Schaeffler é enviado ao<br />

aterro sanitário da cidade,<br />

pois todo o material tem<br />

uma destinação sustentável:<br />

são encaminhados para<br />

reciclagem, coprocessamento<br />

ou incineração.<br />

Acompanhando o crescimento<br />

das práticas sustentáveis<br />

dentro das indústrias<br />

automotivas e de<br />

autopeças, Marcelo Augusto<br />

acredita que, mesmo com<br />

os percalços econômicos de<br />

cada país, trata-se de uma<br />

tendência consolidada.<br />

“Eu diria que esse processo<br />

hoje é irreversível, por conta<br />

do que temos visto no<br />

cenário internacional, com<br />

vários países entrando em<br />

acordos para investir em<br />

sustentabilidade. A tendência<br />

é que isso se torne<br />

cada vez mais importante<br />

e se torne um padrão em<br />

todas as indústrias, não só<br />

do setor automotivo”, assevera.<br />

Alejandra segue a linha do<br />

engenheiro mecânico, ressaltando<br />

a evolução em<br />

curso.<br />

“Não há como pensar em<br />

futuro sem pensar em sustentabilidade,<br />

pois toda e<br />

qualquer ação do nosso dia<br />

a dia, seja em âmbito profissional,<br />

como na vida pessoal,<br />

impactam no nosso<br />

amanhã, além do uso de<br />

42 43


PUBLIEDITORIAL<br />

fontes renováveis que deve sempre<br />

ser considerado em todas as<br />

iniciativas.”<br />

O prognóstico de Marcelo Augusto<br />

está diretamente relacionada<br />

a um estudo global da consultoria<br />

KPMG, com mais de 1,1 mil líderes<br />

do setor automotivo. A pesquisa<br />

apontou que 98% dos executivos<br />

que atuam em trinta países apontam<br />

a sustentabilidade como um<br />

fator que direcionará os negócios<br />

da indústria automotiva nos próximos<br />

anos.<br />

Diante disso, ainda que a sustentabilidade<br />

já esteja integrada a<br />

boa parte das ações das montadoras,<br />

resta um longo caminho a<br />

ser percorrido, especialmente no<br />

Brasil. No entanto, como bem disse<br />

Marcelo Augusto, a tendência<br />

é que essa prática ganhe força na<br />

medida em que a discussão ambiental<br />

aumenta sua relevância.<br />

Por outro lado, o nível de exigência<br />

requer certa pressa; afinal, “aumenta<br />

a cada dia o número de consumidores<br />

conscientes que optam<br />

por produtos que garantem a sustentabilidade”,<br />

conclui Alejandra.<br />

MANN-FILTER LANÇA NO<br />

MERCADO KIT DE FILTROS<br />

Kits de filtros do ar, óleo, combustível e cabine com De acordo com o Diretor de Vendas Aftermarket e<br />

mais conveniência e praticidade na hora da troca. Marketing MANN-FILTER, Fabio Moura:<br />

A MANN-FILTER, marca premium de filtros do grupo “Os kits originais MANN-FILTER visam oferecer<br />

MANN+HUMMEL, disponibiliza ao mercado este mês o soluções inovadoras para novas e desafiadoras<br />

KIT de filtros automotivos linha leve necessários para demandas de filtragem com maior conveniência e<br />

uma revisão completa.<br />

praticidade na hora da troca, onde em um só kit é<br />

possível ter uma linha premium completa (ar, óleo,<br />

Os produtos estão para os seguintes veículos de combustívele cabine) recomendados para o melhor<br />

passeio: GM (Onix e Prisma); Hyundai (HB20); desempenho do veículo”.<br />

Volkswagen (Polo e Virtus); Fiat (Mobi, Argo, Uno e<br />

Strada); Toyota (Etios);Ford (Ka).<br />

Divulgação: Schaeffler<br />

Para saber mais sobre os lançamentos e onde encontrar, acesse o site da<br />

MANN-FILTER – área de lançamentos - ou o Catálogo Online para detalhes de<br />

ano e motor dos veículos.<br />

44<br />

45


WIKIPEÇAS<br />

A<br />

iela<br />

Qual a função?<br />

A principal responsabilidade da peça é ligar o pistão ao<br />

virabrequim, o que é possível graças à movimentação feita<br />

de forma lateral pela parte de baixo, e vertical realizada<br />

pela parte de cima do componente.<br />

biela é uma parte não fixa<br />

encontrada no motor do veículo<br />

que possui um orifício em cada<br />

uma de suas extremidades. O<br />

que se situa na parte inferior<br />

apresenta maior diâmetro e<br />

é ligado ao virabrequim. Já<br />

o superior, de menores<br />

proporções, possui um<br />

pino afixado ao pistão.<br />

O tamanho da biela<br />

varia de um motor<br />

para o outro, e<br />

depende do projeto<br />

do propulsor no qual<br />

ela se encontra.<br />

Do que<br />

é feita?<br />

Por serem muito exigidas pelo<br />

motor, as bielas precisam ser<br />

resistentes. Para garantir<br />

essa condição, elas são<br />

fundidas em ferro-gusa ou<br />

feitas de aço forjado.<br />

Quando é<br />

recomendável<br />

trocá-la?<br />

A atenção em relação a este item<br />

é fundamental. Se a biela estiver<br />

danificada, pode causar uma trinca<br />

no bloco do motor, prejudicando<br />

seu funcionamento. O principal<br />

indicativo de que o componente pode<br />

estar com problemas é a aparição de<br />

um barulho estranho vindo do motor,<br />

semelhante a batidas.<br />

46 47


As várias faces da paralisação na indústria automotiva:<br />

COMO A PANDEMIA<br />

IMPACTA O<br />

SETOR<br />

7,8<br />

MILHÕES<br />

Esse é o número de<br />

postos de trabalho<br />

fechados no Brasil<br />

em um ano da<br />

pandemia do novo<br />

coronavírus, segundo<br />

o Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e<br />

Estatística (IBGE).<br />

Ainda que uma parcela<br />

desse encerramento<br />

de vagas não tenha<br />

acontecido por<br />

responsabilidade<br />

direta dos efeitos do<br />

vírus na economia, é<br />

inegável o impacto<br />

que a doença de<br />

proporções globais<br />

teve em terras<br />

brasileiras.<br />

Antes da Covid-19 assolar<br />

o mundo, o nível de ocupação<br />

dos cidadãos em idade<br />

de trabalhar (com mais de<br />

14 anos) no Brasil girava<br />

em torno de 55%. Agora,<br />

48,6% se encontram sem<br />

emprego ou fora do mercado<br />

de trabalho, também de<br />

acordo com último levantamento<br />

divulgado pelo IBGE,<br />

em 30 de abril deste ano.<br />

Os mais variados setores do<br />

mercado automotivo sentiram,<br />

sentem e sentirão os<br />

impactos devastadores da<br />

pandemia, que atingiram,<br />

inicialmente, as grandes<br />

empresas e montadoras.<br />

Em entrevista exclusiva à<br />

Balconista S/A, a Toyota<br />

citou algumas das ações<br />

realizadas para conter o<br />

avanço dos efeitos econômicos<br />

da pandemia:<br />

“Nos primeiros meses, tomamos<br />

diversas medidas,<br />

tanto de saúde, para proteger<br />

nossos colaboradores,<br />

como de busca pela competitividade<br />

dos nossos<br />

negócios. Algumas dessas<br />

medidas foram antecipação<br />

de férias, aplicação de<br />

dias de compensação, aplicação<br />

da MP936, além de<br />

atividades de redução de<br />

custo”.<br />

48<br />

49


Com os impactos nas<br />

montadoras de automóveis,<br />

um setor que,<br />

consequentemente,<br />

também sentiu efeitos<br />

negativos foi o de<br />

fabricantes de autopeças,<br />

cuja produção<br />

é voltada, de 80 a<br />

90%, às fábricas de<br />

carros. O ramo passou<br />

a trabalhar diante de<br />

uma escassez completa<br />

de produtos.<br />

Os semicondutores e<br />

microchips, por exemplo,<br />

foram alguns dos<br />

principais itens que<br />

estiveram em falta no<br />

mundo todo.<br />

Quando a disseminação<br />

e o número de<br />

mortes da Covid-19<br />

estavam começando a<br />

dar indícios de queda,<br />

ocorreu uma segunda<br />

onda da doença<br />

Fábrica da Toyota em Sorocaba<br />

Foto: divulgação<br />

no Brasil, o que dificultou<br />

um processo<br />

de retomada que, no<br />

Entre 24 de março e<br />

21 de junho de 2020<br />

- momento em que o<br />

vírus da Covid-19<br />

começou a ser disseminado<br />

mais intensamente<br />

na maior<br />

parte do Brasil - a<br />

montadora japonesa<br />

agiu de forma imediata,<br />

suspendendo<br />

a produção em todas<br />

as suas quatro<br />

plantas industriais.<br />

A ação teve como<br />

objetivo tentar atenuar<br />

os riscos à saúde<br />

de seus colaboradores<br />

e familiares,<br />

evitando ao máximo<br />

aglomerações e circulação<br />

de pessoas.<br />

Também foram justificativas<br />

para a<br />

suspensão o quadro<br />

de incerteza do mercado<br />

brasileiro naquele<br />

momento, bem<br />

como as dificuldades<br />

na cadeia logística e<br />

de suprimentos.<br />

Ao final de 2020, a<br />

Toyota havia tido<br />

cerca de 135 mil<br />

unidades comercializadas,<br />

o que representou<br />

uma queda<br />

de 37% em comparação<br />

com 2019. A<br />

redução nas vendas,<br />

no entanto, foi menos<br />

acentuada do<br />

que se esperava no<br />

início da pandemia.<br />

Como referência, o<br />

mercado automotivo,<br />

de forma geral,<br />

recuou 26%.<br />

final de 2020, parecia<br />

iminente, como<br />

explica Flávio Portela,<br />

diretor de vendas<br />

e comunicação da SK<br />

Automotive.<br />

Os números do mês<br />

de março deste ano,<br />

por exemplo, indicam<br />

como o setor automotivo<br />

foi atingido<br />

pela segunda onda da<br />

pandemia. Mais de 14<br />

montadoras foram<br />

paralisadas, o que envolveu<br />

30 fábricas<br />

e 65 mil profissionais.<br />

Flavio Portela também<br />

aponta como o<br />

setor de autopeças<br />

vem se comportando<br />

diante desse cenário:<br />

“O mercado está muito<br />

mais preocupado<br />

e trabalhando essencialmente<br />

com os<br />

veículos que chegam<br />

às oficinas e às autopeças.<br />

As trocas das<br />

peças estão sendo<br />

feitas sem elevados<br />

estoques. Estão tra<br />

50<br />

51


alhando apenas com<br />

tem contribuído para, ao<br />

o essencial nesse mo-<br />

menos, atenuar o pano-<br />

mento, e esperando<br />

rama de dificuldades.<br />

uma nova adaptação<br />

“A situação ficou bem<br />

do mercado para a<br />

ruim, estamos de mãos<br />

continuidade e a ela-<br />

atadas. O atendimento<br />

boração de um plano<br />

caiu em 50%. Também<br />

a curto e médio pra-<br />

tem muita falta de pe-<br />

zo”.<br />

ças; muitos fornecedo-<br />

Como se não bastasse<br />

res estão fechando. E,<br />

o cenário atual – mar-<br />

quando encontramos as<br />

cado por persistente<br />

peças, o preço vai lá em<br />

resistência à retoma-<br />

cima. Subiu entre 30%<br />

da e recuperação da<br />

e 60%. Mas, apesar de<br />

indústria -, o anúncio<br />

tudo, não podemos per-<br />

do aumento conside-<br />

der a esperança. Aqui,<br />

rável no preço do aço,<br />

entre os trabalhadores,<br />

feito pela Compa-<br />

a gente precisa se unir<br />

nhia Siderúrgica Na-<br />

para sair dessa. Não es-<br />

cional,<br />

representou<br />

perava que a pandemia<br />

mais um motivo para<br />

duraria tanto tempo.<br />

o agravamento da si-<br />

Mas, como aprendizado,<br />

tuação econômica do<br />

a lição é que devemos<br />

tendo apresentado uma<br />

algumas coisas, peças<br />

setor automotivo.<br />

nos preocupar mais uns<br />

queda de 15 a 20% de<br />

simples, e tinha muita<br />

Com a produção de<br />

com os outros, nos ape-<br />

seu movimento. A re-<br />

coisa em falta. Várias lo-<br />

autopeças impactada,<br />

garmos mais às peque-<br />

dução na fabricação de<br />

jas ainda não estão com<br />

as lojas que compram<br />

nas coisas do dia a dia,<br />

peças afetou diretamen-<br />

o atendimento presen-<br />

das grandes fabrican-<br />

à família, aos amigos,<br />

te esses estabelecimen-<br />

cial, só por WhatsApp.<br />

tes também sentem<br />

nos unirmos cada vez<br />

tos. O atendimento, por<br />

Isso atrapalha bastante,<br />

efeitos negativos. Em<br />

mais e nunca perder a<br />

ter deixado de ser pre-<br />

porque existem lojas em<br />

Santos (SP), na Sebbá<br />

fé. Eu acordo todos os<br />

sencial em diversas lo-<br />

que você entra, olha na<br />

Autopeças, loja onde<br />

trabalha o balconista<br />

Luiz Fernando de Almeida,<br />

os atendimentos<br />

passaram a ser<br />

por “delivery”, sem<br />

previsão de retorno<br />

para a modalidade<br />

presencial nesse momento.<br />

O profissional<br />

conta que sua atividade<br />

vem sendo muito<br />

prejudicada pela<br />

pandemia, mas que o<br />

sentimento de união<br />

no estabelecimento<br />

dias agradecendo, sempre<br />

otimista”.<br />

Parte integrante de<br />

toda essa cadeia de processos,<br />

produtos e pessoas,<br />

as oficinas mecânicas<br />

foram outro ramo<br />

impactado pelos efeitos<br />

do novo coronavírus,<br />

jas, também complicou a<br />

compra de mercadorias<br />

específicas no setor automotivo,<br />

como afirma<br />

Marcelo Pazos, mecânico<br />

com formação em Engenharia<br />

Mecatrônica.<br />

“Senti dificuldade. Teve<br />

vez que saí para comprar<br />

prateleira, pega, põe no<br />

carrinho e vai embora.<br />

Mas, quando é por WhatsApp,<br />

o funcionário que<br />

te responde, e você<br />

fica refém disso. Então,<br />

olha, está bem complicado,<br />

bem chato de<br />

comprar atualmente.”<br />

52<br />

53


PUBLIEDITORIAL<br />

NOVAS LÂMPADAS PARA FARÓIS PHILIPS ULTINON PRO5000<br />

COMBINAÇÃO ENTRE DESEMPENHO E DURABILIDADE<br />

Dirigir no escuro exige mais do<br />

condutor; por isso, os motoristas<br />

devem confiar nos faróis. As lâmpadas<br />

Philips Ultinon Pro5000 aumentam a<br />

visibilidade de longo alcance para a<br />

condução noturna com até 160% de<br />

luz mais brilhante em comparação<br />

com o padrão mínimo legal para<br />

lâmpadas halógenas (lâmpadas<br />

convencionais). Seu padrão de<br />

feixe, uniforme e preciso, permite<br />

que os motoristas vejam e sejam<br />

vistos com mais clareza. Graças ao<br />

posicionamento perfeito dos chips<br />

de LED e o recurso SafeBeam, os<br />

condutores têm luz exatamente onde<br />

precisam na estrada, sem ofuscar os<br />

veículos que se aproximam.<br />

A temperatura de cor ideal<br />

evita cansaço ou esforço visual,<br />

proporcionando uma direção noturna<br />

mais confortável e segura.<br />

Tecnologia LED confiável em<br />

um design compacto tudo-em-um:<br />

As luzes LED geram calor que deve<br />

ser gerenciado. A tecnologia AirBoost<br />

é um sistema de resfriamento<br />

inteligente que desvia o calor dos<br />

componentes críticos da lâmpada. A<br />

maior resistência ao calor permite<br />

maior durabilidade em relação aos<br />

produtos concorrentes atualmente no<br />

mercado. Portanto, a Philips Ultinon<br />

Pro5000 dura até 3.000 horas de<br />

operação.<br />

Espaço mínimo dentro do<br />

farol: Seu design de peça única e<br />

eletrônica integrada também tornam<br />

o encaixe mais fácil. As lâmpadas são<br />

compatíveis com uma ampla gama<br />

de modelos de automóveis, e podem<br />

ser facilmente instaladas pelos<br />

próprios motoristas ou mecânicos<br />

especializados.<br />

Compatível com veículos de 12 e<br />

24 V: A linha Philips Ultinon Pro5000<br />

é adequada para a maioria dos tipos<br />

de veículos. Os produtos Automotive<br />

Grade Quality são projetados e<br />

desenvolvidos seguindo rigorosos<br />

processos de controle de qualidade,<br />

que garante o reconhecimento da<br />

Philips na indústria automotiva há<br />

mais de 100 anos. As lâmpadas<br />

LED Philips Ultinon Pro5000 estão<br />

disponíveis para faróis H1, H3, H4,<br />

H7, H11,HB3 / HB4, HIR2 e FOG<br />

(neblina) [ ≈H8 / H11 / H16].<br />

‘‘Lembrando que, no Brasil, após a<br />

entrada em vigor da Resolução do<br />

Contran nº 667, em janeiro de 2021,<br />

o uso do LED é permitido somente<br />

para o uso fora de vias públicas,<br />

como locais Off-road ou em circuitos<br />

fechados.’’<br />

Vista de uma<br />

fábrica da<br />

Toyota<br />

O profissional conta ainda como<br />

mas estatísticas podem fazer<br />

Foto:<br />

divulgação<br />

a falta de peças o atrapalha a<br />

com que se vislumbre um cená-<br />

realizar projetos em seu dia a<br />

rio diferente em breve. As ven-<br />

dia no trabalho: “Teve uma vez<br />

das de automóveis cresceram,<br />

que eu fui à loja porque estava<br />

em média, 5,5% no 1º trimes-<br />

reconstruindo um carro e preci-<br />

tre de 2021. Já a produção de<br />

sei de um material super comum<br />

carros teve um aumento de 2%,<br />

em loja de fibra de vidro, mas<br />

o que possibilita certa retoma-<br />

tinha muita coisa em falta. Por<br />

da da confiança dos donos de<br />

causa disso, eu tive que mudar<br />

veículos em relação à troca de<br />

o serviço do meu funcionário,<br />

automóveis, à compra do carro<br />

porque não consegui comprar<br />

zero e à venda do carro usado.<br />

um material para ele fazer o<br />

Esta última continua em grande<br />

trabalho que estava previsto”.<br />

movimentação, tendo crescido<br />

Em meio aos números que indi-<br />

13% no 1º trimestre deste ano,<br />

cam, muitas vezes, não haver<br />

em comparação ao mesmo pe-<br />

Para obter mais detalhes, acesse: www.philips.com/auto.<br />

motivos para otimismo, algu-<br />

ríodo de 2020.<br />

54<br />

55


OU<br />

Quando pensam em deixar o veículo mais atrativo visualmente,<br />

muitas pessoas recorrem a técnicas de tratamento de pintura.<br />

Afinal, quem não gosta de andar em um carro bonito?<br />

Porém, uma das dúvidas mais comuns dos que aderem a esses<br />

procedimentos é, especificamente, sobre qual dos dois a<br />

seguir deve ser utilizado: polimento ou cristalização. Você<br />

Adiciona uma camada<br />

extra de proteção<br />

Menor eficácia na<br />

remoção de falhas<br />

sabe quais são as diferenças entre eles?<br />

Menos danosa<br />

à pintura<br />

P<br />

O<br />

L<br />

I<br />

M<br />

E<br />

N<br />

T<br />

O<br />

Indicado para<br />

manchas<br />

superficiais<br />

na lataria<br />

Recupera o brilho<br />

da pintura<br />

Deve ser feito,<br />

no máximo,<br />

3 vezes<br />

C<br />

R<br />

I<br />

S<br />

T<br />

A<br />

L<br />

I<br />

Z<br />

A<br />

C<br />

O S<br />

57<br />

A técnica de polimento automotivo é recomendada a veículos que apresentam<br />

queimaduras de sol, alguns riscos não profundos, restos de excrementos<br />

de pássaros, manchas na pintura e mudanças nítidas em seu brilho.<br />

Massa abrasiva, lixas de água fina e politrizes são os materiais<br />

utilizados nesse tipo de tratamento, que deve ser realizado, no<br />

máximo, três vezes no carro, pelo fato de forçar demais a sua pintura. O<br />

preço do serviço, em geral, fica na casa dos R$400,00.<br />

A cristalização se caracteriza pela aplicação de uma substância parecida<br />

com a resina, cujo principal objetivo é proteger a pintura do carro,<br />

prolongando sua duração e realçando o brilho. Os itens usados nessa<br />

técnica não provocam reações com o verniz da lataria do veículo.<br />

Embora menos sujeita a desgastar a pintura, a cristalização é não é<br />

tão efetiva na remoção de falhas de continuidade e arranhões. Com<br />

valor médio de R$500,00, a técnica pode ser feita mais vezes que a de<br />

polimento, por ser menos danosa à pintura.<br />

57


PRETA<br />

PLACA<br />

FUSCA AZUL<br />

Carro: Fusca Azul Pavão 1500<br />

Ano: 1971<br />

Instagram: @fuscaazulsp 12.6k seguidores<br />

Proprietário: Miguel Savalho<br />

O Fusca é, de longe, um dos carros mais<br />

conhecidos do mundo. A maioria dos<br />

brasileiros consegue se lembrar de uma<br />

história com o modelo, ou de, pelo menos,<br />

tê-lo observado na rua em vários<br />

momentos.<br />

Esse foi o primeiro carro da Volkswagen<br />

e, considerando seu início em 1938, foi<br />

produzido por mais de seis décadas. Ao<br />

todo, foram fabricadas mais de 21 milhões<br />

de unidades, o que rendeu o título<br />

de “mais vendido” do planeta ao tão<br />

querido Fusquinha.<br />

No Brasil, a produção começou em 1959<br />

e impactou gerações, tendo sido a primeira<br />

aquisição automotiva de muitas<br />

famílias. Em uma de suas cores mais famosas,<br />

temos o Fusca Azul, que acumula<br />

admiradores e é o centro de uma famosa<br />

brincadeira que persiste até hoje.<br />

Ao olhar um fusca azul passando pela<br />

rua, a pessoa dá um tapa no amigo.<br />

Mas, se houver engano, sendo o veículo<br />

de outra cor, leva-se dois tapas como<br />

revide. Quem nunca?<br />

58<br />

59


Nesta matéria, contamos a história<br />

de amor e dedicação de Miguel Savalho<br />

para com o seu lindo exemplar<br />

de cor azul pavão, mantido em<br />

sua casa, na cidade de Alfredo Marcondes,<br />

interior de São Paulo.<br />

Usado apenas para passeios ocasionais,<br />

o carro vive protegido da<br />

rotina cotidiana, de modo a preservá-lo<br />

pelo maior tempo possível.<br />

Essa trajetória pessoal com o modelo<br />

teve início desde muito cedo<br />

para o nosso entrevistado.<br />

“Minha família toda aprendeu a dirigir<br />

no Fusca, sempre teve uma<br />

história muito bonita nesse carro.<br />

Eu tive o prazer de comprar o último<br />

Fusca do meu pai (que teve<br />

três), hoje ele é do meu cunhado.<br />

Só que o meu sonho sempre foi ter<br />

um do ano que eu tenho”, recorda<br />

Miguel.<br />

O proprietário do fusca<br />

azul pavão explica que<br />

apenas em 1971 e 1972<br />

foram fabricadas unidades<br />

com o painel de jacarandá,<br />

que sempre chamou<br />

sua atenção; e, por<br />

isso, foi atrás especificamente<br />

dessa versão.<br />

“Tinha um senhor aqui em<br />

Marcondes, cidade que<br />

eu moro, ao lado de Presidente<br />

Prudente, e ele<br />

tinha esse Fusca, aí com<br />

muito custo eu consegui<br />

comprar dele. Só que o<br />

Fusca era usado no sítio,<br />

então tive que restaurar<br />

ele inteiro, não teve um<br />

parafuso que não tive<br />

que trocar.”<br />

Se você é daqueles que,<br />

ao adquirir um veículo,<br />

passa a acompanhar bem<br />

de perto o processo de<br />

restauração do modelo,<br />

certamente irá entender<br />

Miguel no seguinte: caso<br />

ele tivesse comprado seu<br />

fusca já pronto, não seria<br />

a mesma coisa.<br />

“Demorei dois anos para<br />

restaurar o Fusca. Nesses<br />

dois anos, 10 dias ao mês<br />

eram dedicados 100%,<br />

ao carro. A gente (Miguel<br />

e seu amigo mecânico)<br />

trabalhou bastante, e foi<br />

bem gratificante ver ele<br />

todo só no chassi e, depois,<br />

a evolução.”<br />

60<br />

61


MOMENTOS MARCANTES<br />

Sobre alguns dias inesquecíveis<br />

que viveu com seu Volkswagen,<br />

o proprietário relembra<br />

quando o carro estava em<br />

chamas.<br />

“Duas semanas depois de ficar<br />

pronto, o Fusca pegou<br />

fogo, acredita? Ninguém sabe<br />

como, eu fiz tudo que poderia<br />

AXIAL<br />

PIVÔ<br />

TERMINAL<br />

ter feito para evitar isso.”<br />

Era época de Páscoa, e Miguel<br />

precisou sair com o Fusca,<br />

pois seu outro carro havia<br />

tido pane elétrica.<br />

“No meio do caminho, olhei<br />

para trás e… um monte de fumaça.<br />

Tá pegando fogo! Encostei,<br />

peguei o extintor e<br />

não saiu nada! No desespero,<br />

depois de dois anos dedicados<br />

ao carro, entrei na rodovia<br />

para pedir ajuda. Três veículos<br />

pararam para me ajudar,<br />

dois antigos, e nenhum dos<br />

extintores funcionou. Então,<br />

comecei a pegar terra do chão<br />

para abafar, eles também, e<br />

só danificou mesmo o motor.<br />

Tive que refazer tudo. Isso<br />

porque eu tive o cuidado de<br />

colocar uma mangueira lonada<br />

(normalmente eles colocam<br />

aquela transparente)<br />

preta, bem reforçada, que<br />

queimou e impediu o fogo de<br />

se alastrar mais”, relembra.<br />

Além disso, ele não deixa de<br />

QUALIDADE APROVADA E<br />

CERTIFICADA PARA<br />

ATENDER MONTADORAS.<br />

INMETRO<br />

ISO9001<br />

IATF16949<br />

incluir a diversão proporcionada<br />

pela famosa brincadeira<br />

do Fusca Azul.<br />

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“ A minha casa é bem próxima a<br />

uma escola, que inclui desde<br />

criancinhas até o Ensino Médio.<br />

Às vezes, no intervalo, que eu sei<br />

exatamente quando é, passo lá<br />

na frente só para ver os meninos<br />

se debatendo.<br />

“<br />

64<br />

65


PUBLIEDITORIAL<br />

CURIOSIDADE: VOCÊ SABE<br />

NAS REDES SOCIAIS<br />

Essa imersão nas redes so-<br />

COFAP LANÇA AMORTECEDORES<br />

SUPER RALLY PARA USO OFF-ROAD<br />

COMO SURGIU A BRINCA-<br />

DEIRA DO FUSCA AZUL?<br />

O mais comum relato, em<br />

especial sobre a cor, alega<br />

que ela teve início na Ford.<br />

Isso porque, na década de<br />

1910, a montadora produzia<br />

apenas veículos pretos e,<br />

por um erro, uma das levas<br />

saiu com um tom azulado,<br />

desagradando o fundador da<br />

empresa, que deu um tapa<br />

na pessoa responsável pelo<br />

equívoco.<br />

Os modelos azuis tornaram-<br />

-se posse dos empregados,<br />

que transformaram o tapa<br />

em brincadeira, adaptando-a<br />

às situações em que se via<br />

um nas ruas.<br />

Já o Fusca entra nesse esquema<br />

quando, nos Estados<br />

Miguel Savalho marca presença<br />

ativa no Instagram.<br />

Após incentivo dos amigos,<br />

ele criou o perfil @fuscaazulsp,<br />

que tem se destacado<br />

significativamente na<br />

plataforma.<br />

“O meu perfil tem dez meses.<br />

Não usei nenhuma estratégia<br />

de crescimento,<br />

foi extremamente orgânico.<br />

Postando bastante, interagindo,<br />

e, com seis ou sete<br />

meses, já tinha 10 mil seguidores.<br />

Aí foi crescendo”,<br />

conta.<br />

A partir desse mundo digital,<br />

algumas coisas - em plano<br />

real - marcaram o dono<br />

do veículo:<br />

“Já aconteceram diversas<br />

coisas, desde o celular vi-<br />

ciais permitiu a Miguel colocar<br />

o seu Fusca Azul Pavão<br />

ainda mais em evidência. O<br />

conteúdo postado é amplo e<br />

variado: compartilhamento<br />

de informações; experiências<br />

pessoais; fotos no estilo<br />

“antes e depois”; memes;<br />

curiosidades, e fatos importantes<br />

sobre o carro.<br />

“Procuro dar muita atenção<br />

para quem entra em contato,<br />

responder por áudio, fazer<br />

chamada de vídeo, acho que<br />

faz a pessoa se sentir valorizada.<br />

Todo dia recebo uns 20<br />

ou 30 directs e é muito bom,<br />

você vê que querem interagir”,<br />

ressalta.<br />

Líder no mercado brasileiro de<br />

amortecedores e comprometida em<br />

disponibilizar ao motorista brasileiro<br />

um vasto catálogo de autopeças, a<br />

Marelli Cofap Aftermarket apresenta<br />

uma nova família de amortecedores:<br />

Super Rally Cofap. Destinada para<br />

uso fora de estrada, a linha conta,<br />

inicialmente, com 10 códigos para<br />

picapes Chevrolet, Ford e para o Jipe<br />

Troller.<br />

Os amortecedores Super Rally Cofap<br />

possuem como principais diferenciais<br />

cargas mais elevadas em relação às<br />

peças convencionais e guarda-pó<br />

expansível produzido com borracha<br />

termoplástica.<br />

Com maiores cargas na tração e<br />

na compressão, os amortecedores<br />

Super Rally Cofap proporcionam<br />

melhor dirigibilidade em situações<br />

off-road. As coifas em termoplástico,<br />

um material de elevada resistência<br />

química e também a altas<br />

temperaturas, promovem uma<br />

melhor vedação contra detritos,<br />

protegendo haste e retentores dos<br />

amortecedores contra pedras, lama<br />

e produtos químicos, conferindo<br />

maior durabilidade a um amortecedor<br />

destinado ao uso mais severo, em<br />

linha com o conceito off-road. Além<br />

disso, na cor laranja, o guarda-pó<br />

confere uma aparência moderna e<br />

mais esportiva aos amortecedores da<br />

linha Super Rally Cofap.<br />

Os novos códigos são destinados<br />

às seguintes aplicações: GL13778<br />

(Chevrolet S10 & BLAZER 1995/2011,<br />

4x2 Diesel 2.5L / 4.3L / 4x2 Gas. 2.2L<br />

– dianteiro); GL13779 (Chevrolet Blazer<br />

1995/2011, 4X2 / 4x4 - todos - traseiro);<br />

GL13780 (Chevrolet S10<br />

1995/2011, 4x4, cabine simples e<br />

dupla / Blazer 1995 em diante, 4x4<br />

Diesel / Gasolina - dianteiro); GL13781<br />

(Chevrolet S10 1995/2011, 4x2 / 4x4,<br />

cabine simples e dupla -<br />

traseiro); GL13782 (Ford Ranger<br />

1996/1997, XL / XLT - dianteiro);<br />

GL13783 (Ford Ranger 1996/1997, XL<br />

/ XLT - traseiro); GL13784 (Troller T4<br />

1998/2000 - traseiro) / Troller T4 2001<br />

em diante - dianteiro/traseiro); GL13785<br />

(F-1000 1997/1998, XL / XLT - 4.9i /<br />

Turbo Diesel - dianteiro); GL13786 (Ford<br />

F-1000 1992/1998, XL / XLT - 4.9i /<br />

Turbo Diesel - traseiro); GL13787 (Ford<br />

F-1000 4x4 até 1998 - XL / XLT Turbo<br />

Diesel – traseiro).<br />

Unidos - onde é chamado de<br />

brando porque alguém mar-<br />

Beetle (besouro, em inglês) -<br />

cou a página, quando vou<br />

as pessoas batiam no braço<br />

ver a pessoa tirou a foto no<br />

de quem estivesse por per-<br />

carro de trás - porque tem o<br />

to, para “matar o inseto”.<br />

endereço da página do Fus-<br />

No Brasil, houve uma junção<br />

ca na parte de trás do carro<br />

desses aspectos. O primeiro<br />

e na lateral. Tem também<br />

a avistar um Fusca Azul deve<br />

algo que aconteceu esses<br />

apontar para ele e dar um<br />

dias, muito engraçado. Uma<br />

leve tapa (ou soco) no amigo<br />

seguidora tem um filho que<br />

próximo que não tenha nota-<br />

gosta muito de Fusca, aí ela<br />

do o veículo. Por esse moti-<br />

falou que fez no quarto do<br />

vo, para muitos, o exemplar<br />

filho quadros do meu carro,<br />

dessa cor é tão procurado<br />

como se fossem pôsteres.<br />

nas ruas.<br />

Muito legal.”<br />

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