BALCONISTA S/A - Edição 29
Está no ar a 29ª edição da revista Balconista S/A! Nela, você vai conferir o balanço das recentes paralisações na indústria automotiva em função da pandemia. Quais foram os impactos no mercado, nas fábricas, nas oficinas e nos balcões? Contamos também a história de um Fusca Azul Placa Preta, conhecemos um pouco mais sobre a Eco-Industry, carros elétricos, e atendemos ao pedido de um balconista insistente e bom de papo. Tudo isso e muito mais. Boa leitura!
Está no ar a 29ª edição da revista Balconista S/A!
Nela, você vai conferir o balanço das recentes paralisações na indústria automotiva em função da
pandemia. Quais foram os impactos no mercado, nas fábricas, nas oficinas e nos balcões? Contamos também a história de um Fusca Azul Placa Preta, conhecemos um pouco mais sobre a Eco-Industry, carros elétricos, e atendemos ao pedido de um balconista insistente e bom de papo.
Tudo isso e muito mais.
Boa leitura!
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UM PROJETO DE:<br />
As várias faces da paralisação<br />
na indústria automotiva:<br />
Como a pandemia impacta<br />
o setor<br />
ECO-INDUSTRY<br />
Sustentabilidade e indústria<br />
automotiva<br />
CARROS ELÉTRICOS<br />
Perspectivas para o futuro<br />
1
SUSTENTABILIDADE<br />
Mais de 5.000 soluções automotivas<br />
com a precisão SKF para o seu veículo.<br />
Linha Leve<br />
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Procurou, achou!<br />
ONE STOP<br />
SHOPPING SKF<br />
2<br />
Catálogo SKF está com<br />
novidades. Busca por placa.<br />
3
DIRETOR DE PLANEJAMENTO:<br />
FABIO LOMBARDI<br />
DIRETOR DE CRIAÇÃO:<br />
GABRIEL CRUZ<br />
22 38<br />
CONSULTOR EDITORIAL:<br />
CLAUDIO MILAN<br />
DIRETOR DE ARTE:<br />
PEDRO GUILHERME<br />
EDITOR-CHEFE:<br />
LUCAS CAETANO<br />
JORNALISTAS:<br />
LUCAS CAETANO<br />
JULIA MACIEL<br />
DANIELA SOARES<br />
RENAN NIEVOLA<br />
“CHAMA EU”<br />
O balconista pediu, e<br />
nós atendemos<br />
ECO-<br />
INDUSTRY<br />
Sustentabilidade e<br />
indústria automotiva<br />
EQUIPE DE ARTE:<br />
VICTOR ROLIM<br />
EQUIPE SK:<br />
CEO:<br />
GERSON PRADO<br />
DIRETOR DE VENDAS E<br />
COMUNICAÇÃO CORPORATIVA:<br />
FLÁVIO PRADO<br />
6CARROS<br />
ELÉTRICOS<br />
48<br />
AS VÁRIAS FACES DA PARALISAÇÃO NA<br />
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA<br />
58<br />
PLACA<br />
PRETA<br />
GERENTE DE MARKETING :<br />
FERNANDO OLIVEIRA NETO<br />
Perspectivas para o futuro<br />
Como a pandemia impacta o setor<br />
Fusca Azul Pavão<br />
4<br />
5
A VEZ DELES<br />
O FAVORITISMO AOS CARROS ELÉTRICOS E A<br />
PERSPECTIVA PARA O FUTURO DOS NOVOS<br />
MODAIS DE TRANSPORTE<br />
Apesar do lançamento do primeiro carro elétrico no Brasil ter<br />
sido em 1969, só agora esses modelos vêm ganhando força<br />
com as recentes demandas sustentáveis.<br />
A realidade dos carros<br />
elétricos circulando<br />
por todos os cantos do<br />
país infelizmente ainda<br />
é está bem distante,<br />
embora, ao contrário do<br />
que muitos possam imaginar,<br />
o surgimento deles<br />
no Brasil já vem de<br />
algumas décadas.<br />
Em 1º de setembro de<br />
1969, na região centro-sul<br />
de São Paulo, o<br />
engenheiro mecânico e<br />
eletricista João Augusto<br />
Conrado do Amaral Gurgel<br />
inaugurou uma fabricante<br />
de automóveis<br />
100% nacional, chamada<br />
Gurgel.<br />
Entre tantas inovações,<br />
o empresário criou o primeiro<br />
carro 100% elétrico<br />
nacional e da América<br />
Latina: o Itaipu E150.<br />
O modelo pequeno tinha<br />
capacidade para apenas<br />
dois lugares e um design<br />
bem geométrico. Pesava<br />
460 kg, sendo 320 kg<br />
apenas das baterias de<br />
3,2 kW que entregavam<br />
o equivalente a 4,2 cv.<br />
Atualmente, seu preço<br />
seria algo em torno de<br />
R$60 mil. A velocidade<br />
máxima dos primeiros<br />
modelos chegava a 30<br />
km/h – os últimos atingiam<br />
60 km/h.<br />
ITAIPU<br />
E150<br />
Passados 52 anos desde o<br />
seu lançamento, com tamanha<br />
demanda por um futuro mais<br />
sustentável, os carros do futuro<br />
não poderiam ficar de fora,<br />
certo? Afinal, os chamados “zero<br />
emissão” não são movidos a<br />
combustão.<br />
Atualmente, em alguns países da<br />
Europa, além de Estados Unidos e<br />
Canadá, grandes concessionárias<br />
como BMW, Volkswagen e<br />
Chevrolet já aderiram à tecnologia<br />
dos carros elétricos.<br />
No Brasil, embora em número<br />
bem menor, os carros elétricos<br />
já circulam por aí. No entanto, o<br />
alto valor de aquisição ainda é<br />
um dos fatores que impedem um<br />
impulsionamento nas vendas.<br />
Além do custo, há que se resolver<br />
questões de infraestrutura nas<br />
cidades, dada a necessidade de<br />
instalação de pontos de recarga. A<br />
BMW, por exemplo, implementou<br />
200 deles em shoppings,<br />
estacionamentos e postos de<br />
combustível pelo Brasil. Mas, para<br />
se atingir o ideal, ainda restam<br />
muitos quilômetros de estrada.<br />
6<br />
7
Em entrevista ao Estadão<br />
Mobilidade, Davi Bertoncello,<br />
presidente da Tupinambá<br />
Energia, destaca que o Brasil<br />
enfrenta, por enquanto, um<br />
déficit no abastecimento de<br />
energia. “São 25 donos de carro<br />
elétrico para cada posto de<br />
recarga, enquanto nos Estados<br />
Unidos a proporção é de<br />
quatro para um”, ressalta.<br />
Davi acredita que o cenário<br />
deverá mudar por aqui entre<br />
cinco e sete anos, quando<br />
essa transição estará acelerada,<br />
a ponto de haver quatro<br />
carregadores para cada bomba<br />
de combustível fóssil.<br />
Enquanto isso, a experiência<br />
de ser proprietário e dirigir<br />
um carro elétrico todos os dias<br />
ainda fica restrita a poucas<br />
pessoas. Uma delas é Leonardo<br />
Celli, dono de um BMW i3<br />
Range Extender e membro da<br />
ABRAVEI (Associação Brasileira<br />
dos Proprietários de Veículos<br />
Elétricos Inovadores).<br />
Para Leonardo, tais desvantagens<br />
são pequenas se comparadas<br />
aos benefícios. Na<br />
verdade, desde que adquiriu<br />
o seu carro elétrico em 2016,<br />
Leonardo viu sua qualidade e<br />
autonomia de vida melhorarem.<br />
Depois de algum tempo circulando<br />
com o seu BMW i3<br />
Rex, Leonardo percebeu que<br />
não havia tanta diferença na<br />
condução de um elétrico em<br />
relação a um modelo convencional.<br />
“Claro que você nota a ausência<br />
de poluição sonora, o torque<br />
imediato, porque o carro<br />
é eficiente a partir dos 3.000<br />
rpm e entrega uma velocidade<br />
de 50km/h ou 60 km/h muito<br />
rapidamente”, afirma.<br />
Ao contrário do que muita<br />
gente supõe, essa característica<br />
não torna o<br />
motorista mais propício<br />
a acidentes, o que, entretanto,<br />
também não<br />
significa carta branca<br />
para o relaxamento no<br />
volante. Para Leonardo,<br />
“isso te leva a ter um<br />
pouco mais de cuidado<br />
na condução dentro de<br />
cidades, é necessário<br />
uma condução mais suave,<br />
cuidadosa”.<br />
Além disso, ele relata<br />
que, mesmo após 5 anos<br />
com o seu BMW i3 Rex,<br />
a capacidade de regeneração<br />
de energia do veículo<br />
ainda o surpreende.<br />
“A transformação da energia<br />
do seu deslocamento de<br />
volta para a bateria do carro.<br />
O carro elétrico gera energia<br />
pra ele mesmo; isso parece<br />
mágica, mas não é.”<br />
De acordo com relatório<br />
da Bloomberg New<br />
Energy Finance (BNEF),<br />
espera-se que, até metade<br />
do ano que vem,<br />
o custo dos veículos<br />
elétricos passem a ser<br />
menores em relação aos<br />
convencionais não apenas<br />
no preço de compra,<br />
como também no valor<br />
das manutenções.<br />
Isso porque os elétricos<br />
possuem menos peças<br />
móveis e, portanto, seu<br />
reparo demanda menos<br />
dinheiro.<br />
“Os custos de manutenção<br />
preventiva são<br />
muito menores do que o<br />
carro a combustão, porque<br />
o carro elétrico tem<br />
um terço da quantidade<br />
de peças mecânicas<br />
que sofrem atrito e vibrações<br />
do que o carros<br />
convencionais”, diz Leonardo.<br />
8<br />
9
Porém, nem tudo são flores.<br />
O membro da ABRAVEI também<br />
elenca pontos negativos<br />
de se ter um carro elétrico,<br />
ainda que de modo bastante<br />
ponderado:<br />
“Ainda faltam oficinas me-<br />
meça a ganhar uma perspectiva<br />
vantajosa para o futuro<br />
é com relação ao fim da vida<br />
útil da “alma” do carro elétrico:<br />
a bateria de íon-lítio. Durante<br />
muito tempo, não houve<br />
uma resposta precisa para<br />
culos elétricos nas ruas, não<br />
há demanda suficiente para<br />
a reciclagem do componente.<br />
Mas o cenário poderá ser<br />
outro já em 2025, segundo<br />
a OnTo Technology.<br />
A reciclagem dessas bate-<br />
Movidos por<br />
CONFIANÇA<br />
cânicas especializadas em<br />
essa dúvida; mas, agora, a<br />
rias é fundamental, já que os<br />
carros elétricos fora das con-<br />
indústria vem se preparando<br />
metais usados para sua fa-<br />
cessionárias, mas isso acaba<br />
para dar um destino correto<br />
bricação – como níquel e co-<br />
não sendo tão crítico porque<br />
às baterias: a reciclagem.<br />
balto, além, é claro, do lítio<br />
esses carros tem longa ga-<br />
Estima-se que elas durem,<br />
- causam danos à natureza e<br />
rantia e não costumam dar<br />
em média, de oito a dez<br />
à saúde pública, caso sejam<br />
problemas”, afirma Leonardo.<br />
anos. Como o Brasil ainda<br />
descartados de forma incor-<br />
Outro fator crítico que co-<br />
vive o primeiro ciclo de veí-<br />
reta.<br />
EVOLUÇÃO ANUAL DA FROTA DE VEÍCULOS ELÉTRICOS NO BRASIL<br />
TIPO DE VEÍCULO 1 HIBRIDO 2 HIBRIDO PLUGIN 3 ELETRICO TOTAL<br />
FONTE:NEOCHANGE<br />
44.048 45.095<br />
40 mil<br />
7.884<br />
8.424<br />
TOTAL<br />
20 mil<br />
0 mil<br />
3.148<br />
2015<br />
7.784<br />
4.607<br />
6.880<br />
3.952<br />
24.666<br />
11.916<br />
20.834<br />
10.442<br />
2016 2017 2018 2019<br />
33.945<br />
34.3<strong>29</strong><br />
2020 2021<br />
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HIBRIDO 34.3<strong>29</strong> (76,1%)<br />
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10<br />
11
EVOLUÇÃO MENSAL DA FROTA DE VEÍCULOS<br />
FONTE:NEOCHANGE<br />
ELÉTRICOS NO BRASIL<br />
é um desafio considerável,<br />
apesar de ter evoluído nos últimos<br />
anos”, relata Leonardo.<br />
o que constituiria mais da metade<br />
da frota de veículos no<br />
mundo.<br />
TIPO DE VEÍCULO 1 HIBRIDO 2 HIBRIDO PLUGIN 3 ELETRICO TOTAL<br />
Apesar das dificuldades para<br />
Enquanto isso, as vendas dos<br />
TOTAL<br />
40 mil<br />
20 mil<br />
26.488<br />
28.639<br />
3.076<br />
30.256 30.010 30.525 32.009<br />
4.285<br />
3.513 3.742 3.986<br />
33.617<br />
4.627<br />
35.682<br />
5.088<br />
38.239<br />
5.844<br />
40.281<br />
42.253<br />
6.503 7.156<br />
44.048 45.095<br />
7.884 8.424<br />
emplacar mais veículos elétricos<br />
no Brasil, o futuro deles<br />
não está perdido. Segundo a<br />
Bloomberg New Energy Finance<br />
(BNEF), os elétricos devem<br />
automóveis convencionais<br />
apresentam tendência de queda<br />
de 85 milhões para 42 milhões.<br />
No Brasil, essa realidade<br />
não será diferente, mesmo<br />
22.357 22.357 22.357 24.674 24.893 26.024 27.245 28.786 30.474 31.754 32.997 33.945 34.3<strong>29</strong><br />
passar de 2 milhões para 56<br />
que demore um pouco mais se<br />
0 mil<br />
2020 JANEIRO 2020 FEVEREIRO 2020 março 2020 abril 2020 maio 2020 junho 2020 julho 2020 julho 2020 setembro 2020 setembro 2020 novembro 2020 dezembro 2021 janeiro<br />
milhões de unidades até 2040,<br />
comparado a outros países.<br />
A boa notícia é que todos esses elementos<br />
têm capacidade de ser reciclados infinitamente,<br />
permitindo sua reintrodução na cadeia<br />
produtiva como recursos para a fabricação<br />
de baterias novas.<br />
Dessa forma, até 40% de lítio e cobalto poderão<br />
ser obtidos no processo de reciclagem, de<br />
modo a evitar impactos ambientais; fechar o<br />
ciclo de utilização, e contribuir com a economia<br />
circular.<br />
“Eu até poderia, mas não enxergo a vida útil<br />
das baterias de íon-lítio como um problema,<br />
porque isso já vem melhorando e tende a melhorar<br />
ainda mais no futuro”, afirma Leonardo.<br />
Por mais que a criação de uma infraestrutura<br />
para reciclar baterias de carros elétricos ainda<br />
enfrente dificuldades, uma coisa é certa:<br />
em breve, os componentes serão reciclados<br />
e reutilizados, e não descartados de maneira<br />
inapropriada.<br />
No entanto, além do quesito baterias, a falta<br />
de infraestrutura de recargas nas rodovias<br />
segue chamando a atenção de quem possui<br />
um carro elétrico.<br />
“O híbrido plug-in demanda um deslocamento<br />
muito grande para quem mora mais longe das<br />
grandes cidades para recarregar o carro. Enfrentamos<br />
filas em pontos de recarga nas rodovias,<br />
isso quando não encontramos o ponto<br />
vandalizado ou sem fiscalização. Então, esse<br />
“É multifacetado esse assunto, né? O<br />
plano de fundo é mais amplo do que só o<br />
carro elétrico, pois envolve a questão da<br />
mobilidade sustentável. Precisamos de<br />
políticas públicas que incentivem esse<br />
modal, mas também depende da mudança de<br />
visão do cidadão”, conclui Leonardo.<br />
FROTA DE VEÍCULOS<br />
ELÉTRICOS POR ESTADO<br />
FONTE:NEOCHANGE<br />
RANKING DE VEÍCULOS ELETRICOS POR ESTADOS<br />
RANKING DE VEÍCULOS ELETRICOS POR CIDADES<br />
12<br />
13
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OS CARROS MAIS VENDIDOS<br />
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BRASIL<br />
Em território nacional, o Onix<br />
Em 2015, a GM (General<br />
consagrou-se como o carro Motors) resolveu aprimorar o<br />
mais vendido pelo sexto ano custo-benefício, com inovações<br />
consecutivo, com mais de tecnológicas, como a central<br />
135 mil unidades emplacadas multimídia, porém sem<br />
em 2020. Considerando a alteração do preço.<br />
concorrência, o grande espaço<br />
interno chamou a atenção do<br />
Ao longo dos anos, a fabricante<br />
focou em manter o modelo<br />
público, que pode adquirir um atualizado e obteve êxito<br />
hatch compacto - com valores<br />
apropriados - mas com muita<br />
amplitude no interior.<br />
tanto em parâmetros técnicos,<br />
quanto visuais.<br />
Ainda, o próprio título de “mais<br />
vendido do Brasil” contribuiu<br />
para a extensão do seu<br />
tempo no topo, assegurando<br />
a confiança do brasileiro na<br />
marca. Entretanto, em 2021 é<br />
possível que o resultado seja<br />
diferente. Com sua produção<br />
interrompida para atualizações,<br />
aconteceu uma raridade: o Onix<br />
caiu da primeira para a terceira<br />
posição no ranking de vendas<br />
de março, ficando atrás do Fiat<br />
Strada e do Hyundai HB20.<br />
Um carro pode ser líder de vendas em um continente, mas circular pouco<br />
pelas ruas do outro lado do oceano. Obviamente, os números vão de<br />
acordo com o perfil do público, que varia muito de um país para outro.<br />
E você? Sabe quais os carros mais vendidos nos maiores mercados<br />
automotivos?<br />
16<br />
17
USA - FORD F-SERIES<br />
Os veículos da linha F-150 da Ford<br />
não só dominam as vendas nos<br />
EUA, como também no seu vizinho,<br />
Canadá. O modelo combina com<br />
o perfil estadunidense, sendo<br />
robusto, espaçoso, com amplo<br />
espaço de armazenamento e boa<br />
mecânica, permitindo aguentar<br />
trajetos longos e, se necessário,<br />
também em ambientes rurais.<br />
As atualizações para 2021<br />
garantiram mais conforto e<br />
tecnologia, sendo que o valor<br />
inicial, do menor e mais básico<br />
modelo, parte de U$30.635.<br />
Atualmente, a picape continua<br />
no topo do mercado norteamericano<br />
após ter comercializado<br />
aproximadamente 787 mil<br />
unidades no ano passado.<br />
Em resposta aos ambientes<br />
pequenos dessa região asiática,<br />
com pouco espaço destinado<br />
para estacionar e dirigir, o líder<br />
de vendas é um tipo compacto. O<br />
Toyota Yaris garantiu a primeira<br />
posição entre os modelos<br />
clássicos no final do ano fiscal<br />
local (março de 2021). O destaque<br />
é da sua versão lançada em 2020,<br />
que teve pouco mais de 150 mil<br />
itens vendidos no país.<br />
Os dados apontam que os<br />
residentes japoneses priorizam<br />
marcas nacionais, pelo preço e<br />
confiança, enquanto enxergam<br />
exemplares estrangeiros como<br />
um sinal de status - já que o<br />
custo para obter um veículo de<br />
fora é alto.<br />
Além disso, no Japão há uma<br />
série de modelos, feitos<br />
exclusivamente para uso local,<br />
sobretudo os “carros kei” ou<br />
“K-cars”. Nesse segmento<br />
especial, o destaque é da<br />
Honda, com seus modelos N-Box,<br />
totalizando cerca de 196 mil<br />
unidades vendidas no último<br />
ano. Números que superaram,<br />
com folga, o convencional da<br />
Toyota.<br />
TOYOTA YARIS<br />
E HONDA N-BOX<br />
JAPÃO
O Golf não é apenas o líder<br />
no território alemão, como na<br />
Europa em geral. O primeiro lugar<br />
no continente é desse modelo há<br />
13 anos. O CEO da Volkswagen<br />
afirma que o carro está onde<br />
merece, tendo em vista,<br />
também, os seus oito derivados<br />
apresentados na segunda metade<br />
de 2020. As atualizações para o<br />
mercado incluem, dentre outros<br />
fatores, um maior destaque para<br />
a opção híbrida.<br />
No ano passado, cerca de 312<br />
mil unidades do modelo foram<br />
emplacadas no continente<br />
europeu, sendo cerca de 134<br />
mil na Alemanha. Apenas em<br />
março de 2021, foram vendidas<br />
11.713 unidades do Golf no país<br />
germânico. Tudo indica que ele<br />
será o líder por um bom tempo,<br />
agradando público e críticos<br />
especializados.<br />
VOLKSWAGEN<br />
GOLF<br />
MARUTI SWIFT<br />
ÍNDIANo mercado indiano, outro dos maiores Em março deste ano, o Swift seguiu como<br />
do mundo, o destaque vai para a Maruti campeão, com 21.714 unidades vendidas<br />
Suzuki India Ltda, uma subsidiária da no mês, mas com vantagem pequena em<br />
marca japonesa, baseada na Índia no relação ao segundo colocado, o Baleno, da<br />
século passado. Em 2020, o top 7 foi mesma marca. O terceiro e quarto lugares<br />
todo dessa montadora, incluindo modelos também foram de exemplares Maruti:<br />
variados (sedãs, SUVs, hatchbacks), mas o WagonR e o Alto, respectivamente,<br />
com a liderança do compacto Maruti Swift. seguidos pelo Hyundai Creta.<br />
ALEMANHA
“CHAMA EU”<br />
150% 450<br />
horas<br />
70 m<br />
a mais<br />
Entre os comentários sobre o lançamento da edição passada nas redes<br />
sociais, estava o pedido de Matheus Siqueira, 25 anos, balconista da<br />
Celinho Autopeças, em Pouso Alegre. Solicitação atendida.<br />
E o resultado é uma conversa sobre carreira, vida pessoal, família,<br />
pandemia e o papel central dos trabalhadores na sociedade. Confira!<br />
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“Chama eu”. Este era um dos<br />
própria rede social, fomos<br />
adiante. Até que, enquanto<br />
comentários da publicação de<br />
lançamento de nossa edição<br />
passada, no Facebook. O<br />
autor: Matheus Siqueira, 25<br />
anos, balconista da Celinho<br />
Autopeças, em Pouso Alegre<br />
(MG). Imediatamente, pela<br />
atrás do requerente; porém,<br />
sem obter resposta.<br />
Parecia um flerte, no qual<br />
Matheus, ao provocar, faziase<br />
propositalmente de difícil,<br />
testando até onde iria nossa<br />
disposição para seguir<br />
vasculhávamos seu perfil,<br />
encontramos os dados da loja<br />
onde trabalha.<br />
Matheus garante que<br />
comentou “por comentar”;<br />
jogou a isca para ver o que<br />
acontecia, sem realmente<br />
*No trânsito somos todos pedestres<br />
philips.com.br/auto<br />
22
vislumbrar um retorno. Mas será?<br />
Atitudes assim não costumam ser<br />
obra do acaso.<br />
“Eu consumo esse conteúdo, para ficar<br />
por dentro. Mas também por um pouco<br />
de confete, porque gosto muito de<br />
falar, comentar, aproveitar o espaço”,<br />
assume, também reconhecendo que<br />
não esperava nosso contato.<br />
O balconista de Pouso Alegre afirma<br />
ler diversas publicações relacionadas<br />
à sua área, sempre buscando ampliar<br />
o conhecimento. Em relação à<br />
Balconista S/A, Matheus se imagina<br />
no lugar dos entrevistados, traçando<br />
paralelos com situações semelhantes<br />
vividas no cotidiano.<br />
“Sabe quando você está acompanhando<br />
uma situação engraçada, e pensa:<br />
‘putz, isso já aconteceu comigo’? É<br />
muito legal ter essa sensação; saber<br />
que tanto as coisas boas, como as<br />
ruins que a gente passa, são vividas<br />
por outras pessoas, e o quanto é bom<br />
a gente compartilhar”, conta.<br />
Mas, afinal, quem é Matheus Siqueira,<br />
além de um balconista curioso e<br />
proativo? Ele não só narrou para<br />
nós a sua trajetória, como também<br />
mergulhou em reflexões sobre a<br />
profissão, a vida e a pandemia de<br />
Covid-19.<br />
“Desde que eu me entendo por gente,<br />
estou em oficina. Meu pai é mecânico,<br />
meu irmão também. Então, desde<br />
os 10 anos eu já ajudava meu pai.<br />
Trabalhei com ele entre 2005 e 2012”,<br />
recorda Matheus.<br />
Dali, migrou para a Celinho Autopeças,<br />
onde começou como estoquista,<br />
até chegar ao atual cargo. Sua vida,<br />
portanto, se resume ao universo da<br />
mecânica e da reposição automotiva,<br />
o suficiente para constatar que existe<br />
um tempo considerável de experiência,<br />
a ponto de afirmar qual a fórmula<br />
certa para ser um bom profissional.<br />
“Olha… não se tem ao certo uma<br />
fórmula. É muito particular. Mas a<br />
questão do conhecimento vem tanto<br />
da prática, como da teoria. Algumas<br />
coisas a gente aprende no agito do<br />
balcão; outras, temos que pesquisar.<br />
Acho muito importante estar atento<br />
às novidades da indústria automotiva,<br />
e na forma como os mecânicos<br />
gostam de ser atendidos. Todos<br />
clientes são diferentes um do<br />
outro; então, a chave para você<br />
atender bem é ser maleável. O que<br />
faz da pessoa um bom profissional<br />
é a vontade de aprender, e não<br />
sentar em cima do que já sabe”,<br />
reflete Matheus.<br />
Por envolver uma constante troca<br />
de informações somada ao contato<br />
olho no olho, a profissão de<br />
balconista pressupõe a evolução<br />
da capacidade de ouvir e de<br />
manter a atenção. É um processo,<br />
e tudo isso vem sendo positivo<br />
para Matheus.<br />
“Acho que o atendimento no<br />
balcão, cara a cara, faz com que<br />
nos tornemos pessoas melhores,<br />
porque passamos a ser ouvintes<br />
melhores, mais atentos. Eu,<br />
particularmente, sou muito<br />
desatento; então, trabalhar assim<br />
nesses anos todos me fez um bem<br />
em relação a isso. Mas, resumindo,<br />
o mais importante é ter senso<br />
de adaptação, tanto ao mercado,<br />
como à clientela”, afirma.<br />
Pelo que vimos até aqui, ao<br />
contrário do que diz, Matheus não<br />
parece nada desatento, embora<br />
isso também possa revelar uma<br />
virtude indispensável aos bons<br />
profissionais: a humildade.<br />
24<br />
25
“<br />
Pandemia: aprendizado e a<br />
importância dos trabalhadores<br />
Estamos diante do maior desafio<br />
do século XXI. Dizer que o novo<br />
coronavírus atingiu em cheio a<br />
indústria e o comércio é chover no<br />
molhado. Até mesmo essa entrevista,<br />
que poderia ocorrer presencialmente,<br />
aconteceu de forma virtual, tirando um<br />
pouco da essência olho no olho, tão<br />
cara também aos jornalistas.<br />
Matheus nos conta como tem sido<br />
o trabalho nesse período, um ofício<br />
que jamais se interrompe, mas que<br />
fatalmente desacelerou.<br />
“A gente atende por delivery, por<br />
WhatsApp e redes sociais aqueles que<br />
dependem do mercado automotivo:<br />
dono de oficina, mecânico e<br />
revendedor. Mas a gente sente falta<br />
daquele cliente final, um dono de carro,<br />
curioso, que quer fazer uma revisão e<br />
dar uma recauchutada no carro. Esse<br />
deixou de vir. E o comércio é um ciclo,<br />
uma corrente. No final, todo mundo<br />
depende de todo mundo”, lamenta.<br />
“<br />
Outra coisa que eu percebi: o quão nossa<br />
economia é frágil e nosso sistema depende<br />
do trabalhador. E mesmo que eu me sinta um<br />
privilegiado por atuar numa empresa que olha<br />
pro funcionário como pessoa, a gente vê outras<br />
olhando pra sua mão de obra como se fosse<br />
só um número. Então, mesmo que o lucro seja<br />
importante nesse sistema, a gente precisa<br />
preservar a humanidade, pensar nas pessoas<br />
em primeiro lugar. Essas são algumas coisas<br />
que eu trago de aprendizado com a pandemia, e<br />
que eu creio que vou repensar muitos conceitos<br />
quando isso acabar.<br />
26<br />
27
Recentemente, a Celinho Autopeças<br />
organizou uma distribuição de<br />
cestas básicas para a população<br />
mais carente em Pouso Alegre, em<br />
atividade que congregou outras<br />
lojas do ramo. Segundo Matheus,<br />
isso prova que “quando tem um<br />
inimigo em comum, a gente mostra<br />
que é um aliado do outro”.<br />
As transformações estimuladas<br />
pela pandemia não se restringem<br />
às relações humanas no ambiente<br />
de trabalho. Elas também exercem<br />
poder sobre instâncias mais<br />
particulares, íntimas, fazendo<br />
algumas pessoas olharem para o<br />
que sempre esteve ali, debaixo do<br />
nariz, mas que por certa razão não<br />
despertavam o devido cuidado.<br />
“Olha… eu não sou um cara muito<br />
família. Sou um cara meio distante,<br />
e não dava muito valor a isso. Mas<br />
fui percebendo, principalmente<br />
com os familiares mais velhos,<br />
como o contato humano é preciso.<br />
E faz muita falta. Meu pai chegou a<br />
contrair a Covid e até ser internado.<br />
É uma tensão muito grande. A<br />
partir do momento em que a<br />
gente precisa ficar isolado, quem<br />
é mais novo talvez não entenda o<br />
quão precioso é proteger quem a<br />
gente ama. E quando isso acabar,<br />
também vamos tirar coisas boas do<br />
que aconteceu. Lembrar de coisas<br />
que não deveria ter esquecido,<br />
aprender coisas que deveria ter<br />
aprendido”, reflete Matheus.<br />
Em Pouso Alegre, o Grupo Celinho<br />
promove anualmente o Encontro dos<br />
Mecânicos, evento tradicional que<br />
teve de ser cancelado pela segunda<br />
vez consecutiva devido à pandemia.<br />
Lamentando a impossibilidade de<br />
reunir profissionais do seu setor,<br />
Matheus destaca a importância da<br />
atividade.<br />
“Era uma grande reunião,<br />
confraternizando com outros<br />
mecânicos, tomando cerveja,<br />
comendo tira-gosto, assistindo<br />
a uma palestra proveitosa. E a<br />
pandemia também tirou isso da<br />
gente. A gente pensa na boa<br />
relação; por isso, sempre estamos<br />
promovendo palestras para os<br />
balconistas e, principalmente, aos<br />
mecânicos”, explica.<br />
O balconista também aproveita para<br />
reforçar o binômio teoria e prática,<br />
que, segundo ele, devem caminhar<br />
lado a lado, complementando-se<br />
mutuamente. .<br />
28<br />
<strong>29</strong>
“<br />
“<br />
Minha experiência foi adquirida na prática<br />
mesmo, no aperto, na pressão do cliente;<br />
até na parte de logística, por exemplo, de ir<br />
atrás de uma peça que não tem, de conseguir<br />
contato. Mas a lapidação, o refinamento,<br />
tanto do atendimento como do conhecimento<br />
de qualquer profissional, vem de palestra e<br />
de curso de capacitação teórica. E eu adoro<br />
quando meu pai vem assistir a uma palestra do<br />
meu lado. É muito gratificante<br />
Portanto, podemos concluir que<br />
o Encontro dos Mecânicos é uma<br />
oportunidade para apertar os laços<br />
entre os dois lados do balcão. Na edição<br />
passada desta revista, expusemos<br />
a visão dos mecânicos sobre os<br />
balconistas; agora, embora não seja o<br />
foco central da matéria, Matheus traz<br />
um pouco da ótica inversa.<br />
“Acho que, de uns 10 anos pra cá, tem<br />
tido mecânicos mais ‘estudantes’. Ainda<br />
tem aquele ranço – tanto do balconista<br />
quanto do mecânico – de que ‘o que<br />
eu sei tá bom’ ou ‘eu aprendi assim,<br />
então é assim’, mas o número desses<br />
profissionais mais conservadores vem<br />
caindo bastante. A gente fica até<br />
surpreso. Os mecânicos estão cada<br />
vez mais procurando ferramentas que<br />
facilitam o serviço, capacitação de<br />
certos nichos como câmbio automático,<br />
airbag, essas coisas que requerem uma<br />
mão de obra mais específica. É legal<br />
ver como setor que você trabalha tem<br />
evoluído, e as pessoas têm evoluído<br />
junto com ele”, avalia.<br />
Novas aplicações, qualidade original<br />
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reparação e agora traz novas aplicações de embreagens LuK RepSet e LuK<br />
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F U T U R O<br />
Projetar o futuro não é tarefa fácil;<br />
durante uma pandemia, então, parece<br />
definitivamente um tiro no escuro.<br />
Viver o agora, um dia de cada vez, muitas<br />
vezes já significa algo extraordinário.<br />
Diante desse questionamento, Matheus<br />
começa pela via do aprendizado.<br />
coisa que meu irmão já vem fazendo.<br />
Óbvio que a gente tem pretensões. Eu<br />
estou num lugar muito bom, trabalhando<br />
com uma galera muito legal, com um<br />
pessoal que é realmente unido, nobre<br />
e competente. Então agora penso em<br />
evoluir aqui nessa área, com outros<br />
cargos. Durante muito tempo deixei<br />
“Com 25 anos, me acho jovem, apesar isso de stand-by pra pensar no meu<br />
de estar há bastante tempo nesse noivado, mas penso, sim, em trabalhar<br />
segmento. E não me vejo fazendo outra para uma grande marca.<br />
coisa tão cedo, porque além de ser um<br />
ciclo, eu não sinto que aprendi tudo o Conclusão: Matheus tem seus ideais,<br />
que posso. Eu sempre quero aprender embora considere-se uma pessoa<br />
mais. Tenho essa gana de querer mais “objetiva” e “não tão sonhadora”.<br />
conhecimento, de me sentir capacitado,<br />
completo.”<br />
Porém, em meio ao cenário de incerteza<br />
que domina o mundo em tantas frentes,<br />
essa objetividade passa a significar,<br />
No entanto, à medida que avalia os<br />
planos, o raciocínio passa a dar voltas,<br />
mais do que nunca, pé no chão. Nesse<br />
caso, não existem respostas prontas.<br />
sem apontar para um norte definido.<br />
“A dinâmica que se estabelece nesse<br />
“Tenho a ideia de ser dono do meu<br />
próprio negócio, talvez nem no ramo de<br />
autopeças. Eu penso muito em ajudar<br />
segmento me permite ter diversas<br />
possibilidades, então a gente pode<br />
correr pra qualquer lado. E a gente<br />
meu pai a ampliar o negócio dele, também não sabe o dia de amanhã”,<br />
garantir uma renda para ele na velhice, arremata.<br />
Há mais de 50 anos, a Motorcraft oferece uma ampla<br />
variedade de peças para os veículos Ford, seguindo<br />
os rigorosos padrões homologados pela engenharia<br />
da montadora. O portfolio é formado por 20 linhas de<br />
produto de alta demanda, como amortecedor, bateria,<br />
disco de freio, embreagem, óleo e aditivo, palheta,<br />
pastilha, vela de ignição, entre outros.<br />
Além desta marca, a Ford atua também com a Omnicraft<br />
que possui a versatilidade de peças aplicáveis à<br />
veículos de outras montadoras. Atualmente, a oferta<br />
de portfolio contempla bateria, disco e pastilha de freio,<br />
filtro, óleo para veículos e motocicletas e muito mais.<br />
Para saber mais sobre ambas as marcas, basta se<br />
cadastrar no site Reparador Ford (reparadorford.<br />
com.br) para ter acesso à promoções, informações e<br />
vídeos técnicos sobre os veículos da montadora. Para<br />
adquirir as peças, vá a uma Concessionária Ford ou aos<br />
Distribuidores de Peças parceiros e ofereça qualidade,<br />
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33
35
FATOS E<br />
BOATOS<br />
Ponto morto<br />
“Descer na banguela”. Quantas vezes você já não ouviu<br />
– ou usou – essa expressão? Realmente, trata-se de uma<br />
prática ainda muito comum no Brasil, principalmente com<br />
o intuito de poupar combustível ou reduzir o desgaste de<br />
algumas peças do veículo. Sob tal crença, de forma até<br />
automática, vários motoristas deixam o câmbio em ponto<br />
morto enquanto se está em movimento. Há problema<br />
nisso? No que podemos acreditar?<br />
PUBLIEDITORIAL<br />
PIVÔ, AXIAL E TERMINAL:<br />
SAIBA MAIS SOBRE AS LINHAS CERTIFICADAS DA PERFECT<br />
Aumenta o risco<br />
de acidentes<br />
F A T O S<br />
Um veículo que está com a<br />
marcha desengatada leva mais<br />
tempo para diminuir a velocidade<br />
e, por consequência, para parar<br />
completamente. Isso porque, ao<br />
tirar o pé do acelerador com o<br />
câmbio engatado, o efeito do freio<br />
motor imediatamente auxilia a<br />
desaceleração. Não é à toa que, no<br />
início de descidas de serra na estrada,<br />
vemos a placa “desça engrenado”,<br />
justamente para evitar acidentes.<br />
As linhas de pivô, axial e terminal<br />
da Perfect possuem a certificação<br />
IATF 16949, uma importante norma<br />
de gestão de qualidade mundial<br />
que permite atender montadoras.<br />
Contamos com a equipe de<br />
pino esférico antes da instalação para<br />
liberar a tensão interna entre a bucha<br />
de Poliacetal e o pino.<br />
AXIAL - As barras axiais de direção<br />
têm a função de transmitir as forças<br />
axiais provenientes da caixa de<br />
caixa de direção (e anteriormente<br />
coluna de direção e volante) às rodas,<br />
possibilitando o movimento angular<br />
para a realização de manobras. Seus<br />
principais componentes são carcaça<br />
forjada (“cachimbo”), pino esférico,<br />
Engenharia da Perfect para explicar<br />
direção para os terminais de direção<br />
bucha de Poliacetal, coifa de proteção<br />
É infração<br />
de trânsito<br />
o que é cada um desses itens, e<br />
também dar algumas dicas relevantes<br />
para mecânicos de oficinas ou centro<br />
e consequentemente para as rodas<br />
do veículo. Isso garante segurança,<br />
conforto e o perfeito funcionamento<br />
(guarda-pó) e anéis de vedação<br />
da coifa. Dicas para troca: Antes<br />
da instalação, realize movimentos<br />
Andar em porto morto não só é perigoso, como também ilegal. Segundo o artigo 231, inciso IX, do Código de Trânsito Brasileiro<br />
(CTB), trafegar “desligado ou desengrenado em declive” configura infração média, com perda de quatro pontos na Carteira<br />
Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 130,16, além de possível retenção do veículo como medida administrativa.<br />
automotivos realizarem a troca das<br />
peças.<br />
PIVÔ - Os pivôs de suspensão ou<br />
nos movimentos angulares das rodas,<br />
até mesmo em solos irregulares. Seus<br />
principais componentes são haste<br />
angulares no terminal para liberar a<br />
tensão interna preexistente. Antes<br />
da troca verifique a posição inicial do<br />
B O A T O S<br />
pinos esféricos possuem a função de<br />
forjada, copo<br />
terminal a ser<br />
36<br />
Auxilia na<br />
refrigeração<br />
do motor<br />
Na verdade, o que acontece é o contrário. E<br />
o item acima já explicou por quê. Se, mesmo<br />
com o veículo desengatado, o sistema<br />
continua injetando combustível, é sinal de<br />
que o motor se mantém aquecido. Ou seja,<br />
não há refrigeração.<br />
Economiza<br />
combustível<br />
Com o veículo rodando, não. De certa forma, essa máxima até<br />
valia em determinada época. Mas hoje, com a predominância<br />
dos modelos a injeção eletrônica, ela entrou definitivamente<br />
para a mitologia automotiva. Esse sistema consegue monitorar<br />
constantemente o comportamento do motor, buscando otimizar<br />
o consumo de combustível. Até aí, tudo bem. No entanto, se o<br />
veículo descer “na banguela”, a central de injeção eletrônica<br />
interpreta a ação da seguinte maneira: “se está em ponto morto,<br />
ele irá morrer; então, preciso injetar combustível”. Ou seja, gastase<br />
mais. A única exceção é quando se está parado no trânsito.<br />
Nesse caso, o recomendável é mesmo deixar o câmbio no neutro.<br />
ligar o chassi e carroceria com a<br />
manga de eixo e telescópio<br />
de suspensão, permitindo a<br />
movimentação angular do sistema em<br />
seu próprio eixo, e contribuindo na<br />
recepção das forças provenientes de<br />
acelerações,<br />
frenagens e irregularidades do solo.<br />
Seus principais componentes são<br />
a carcaça forjada (housing), pino<br />
esférico, bucha de Poliacetal, coifa<br />
de proteção (guarda-pó) e anéis de<br />
vedação da coifa. Dicas para a troca:<br />
Realize movimentos angulares no<br />
(housing) e bucha de Poliacetal.<br />
Dicas para troca: Utilize as<br />
ferramentas corretas para sacar e<br />
apertar os axiais, para que a caixa<br />
de direção do veículo não seja<br />
danificada. Antes da instalação,<br />
realize movimentos angulares<br />
no axial para liberar a tensão interna<br />
preexistente.<br />
TERMINAL - Os terminais de direção<br />
têm a função de fazer a ligação entre<br />
as barras axiais e a manga de eixo do<br />
veículo. Isso contribui na transmissão<br />
das forças axiais provenientes da<br />
substituído, pois isso proporciona<br />
uma menor correção no alinhamento<br />
do veículo. As oficinas<br />
mecânicas e os centros automotivos<br />
devem trabalhar com marcas<br />
certificadas, seguir os<br />
procedimentos técnicos de aplicação<br />
e as orientações do certificado de<br />
garantia.<br />
37
CO-<br />
NDUSTRY<br />
COMO A<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
SE INTEGRA<br />
À INDÚSTRIA<br />
AUTOMOTIVA<br />
Após séculos de<br />
degradação ambiental,<br />
o mundo agora se<br />
volta para medidas<br />
sustentáveis em<br />
diversos setores da<br />
sociedade, inclusive<br />
dentro das indústrias<br />
automotivas e de<br />
autopeças.<br />
Não faz muito tempo desde que<br />
a sustentabilidade virou pauta<br />
nos mais diversos setores da<br />
sociedade e da economia. As<br />
preocupações ambientais começaram,<br />
especialmente, após<br />
as Revoluções Industriais, em<br />
cujos processos de fabricação<br />
geravam grandes impactos ao<br />
meio ambiente.<br />
Desde então, ligado o sinal<br />
amarelo, tais práticas passaram<br />
a contar com medidas mais sustentáveis,<br />
isto é, menos danosas<br />
à natureza.<br />
No setor automotivo e de autopeças,<br />
essa necessidade também<br />
se impôs. Com o advento<br />
da atual Constituição Federal,<br />
em 1988, foram criadas novas<br />
regras para a Legislação Ambiental<br />
Brasileira, que as indústrias<br />
deveriam seguir nos processos<br />
de produção e descarte<br />
dos seus objetos fabricados.<br />
As preocupações com os processos<br />
produtivos de automóveis<br />
dentro das fábricas, bem<br />
como seu descarte adequado,<br />
começaram após a ISO 9000.<br />
Esse termo se refere ao conjunto<br />
de normas que visam a<br />
ajudar as empresas a implantar<br />
procedimentos e gestão de<br />
qualidade.<br />
No entanto, foi só a partir da<br />
ISO 14000 que a gestão ambiental<br />
nas empresas e fábricas<br />
passou a ser, de fato, discutida;<br />
consequentemente, vieram normas<br />
ambientais mais rígidas.<br />
38<br />
39
No caso das montadoras,<br />
adotados pelas indústrias,<br />
carte; no entanto, o custo<br />
para que haja esse pro-<br />
uma delas diz respeito ao<br />
desde o processo de pro-<br />
desse processo é elevado<br />
cesso nas indústrias, o<br />
cumprimento da Pegada<br />
dução de automóveis até o<br />
para empresa, já que é ne-<br />
proprietário do automóvel<br />
de Carbono, sistema que,<br />
descarte.<br />
cessário dobrar a área de<br />
deverá levá-lo até o local.<br />
basicamente, contabiliza a<br />
“Uma montadora de auto-<br />
produção e transformá-la<br />
Porém, não é preciso ir<br />
quantidade de CO2 emiti-<br />
móveis vai se preocupar<br />
em uma área de tratamento<br />
muito longe para ver qual<br />
do tanto na construção do<br />
com a sua emissão de car-<br />
do automóvel que será des-<br />
o destino de veículos e pe-<br />
espaço - incluindo árvores<br />
bono desde a montagem<br />
cartado”.<br />
ças automotivas: basta ir<br />
desmatadas no terreno -<br />
do veículo, mas também<br />
Ainda que esse proces-<br />
ao ferro velho mais próxi-<br />
como durante seu funcio-<br />
vai trabalhar junto com o<br />
so seja ao mesmo tempo<br />
mo, onde viram sucata.<br />
namento, e até mesmo no<br />
transporte de cargas. Assim,<br />
de alguma maneira, a<br />
montadora precisa compensar<br />
o que lançou na atmosfera.<br />
De acordo com o engenheiro<br />
mecânico e professor da<br />
Universidade de São Paulo<br />
(USP), Marcelo Augusto<br />
Leal Alves, a partir da ISO<br />
14000, quem descumprisse<br />
as regras passaria a estar<br />
fornecedor dos pneus para<br />
garantir que o processo de<br />
fabricação dele, desde a<br />
borracha, seja mais limpo.<br />
Toda a cadeia vai trabalhar<br />
em conjunto para reduzir a<br />
emissão de gases de efeito<br />
estufa”, destaca.<br />
Além disso, o engenheiro<br />
afirma que o descarte<br />
do veículo se tornou uma<br />
grande preocupação das<br />
montadoras. Agora, elas<br />
positivo para o planeta e<br />
à reputação da empresa,<br />
Marcelo Augusto considera<br />
que, devido ao custo elevado,<br />
esse valor acaba direcionado,<br />
na maioria das<br />
vezes, para o consumidor<br />
de carros novos.<br />
No caso da reciclagem das<br />
peças e do veículo ao término<br />
da vida útil, trata-se<br />
de uma visão um tanto romantizada.<br />
Isso porque,<br />
“Essa questão<br />
precisaria ser<br />
resolvida entre o<br />
poder público em<br />
conjunto com as<br />
indústrias, porque<br />
acaba se tornando<br />
um problema<br />
ambiental”,<br />
reflete Marcelo<br />
Augusto.<br />
sujeito a multa.<br />
estudam como o automóvel<br />
“Existe uma Legislação Am-<br />
pode ser reutilizado após o<br />
biental para descartes de<br />
fim de sua vida útil.<br />
materiais, resíduos, fluidos e<br />
“As indústrias passaram a<br />
precisa ser seguida”, afirma.<br />
ser responsáveis pelo des-<br />
Somando-se isso à crescente<br />
exigência por parte da<br />
sociedade em prol de uma<br />
produção mais sustentável<br />
na medida do possível,<br />
Marcelo Augusto cita alguns<br />
exemplos desse tipo<br />
40<br />
41
Dentro da ISO 14000, estão<br />
vários itens, entre eles a<br />
ISO 140001, que especifica<br />
os requisitos do Sistema<br />
de Gestão Ambiental (SGA),<br />
ajudando a fortalecer qualidades<br />
para que a empresa<br />
desenvolva uma estrutura<br />
de proteção à natureza.<br />
Algumas montadoras seguem<br />
tais normas - entre<br />
elas Fiat, Nissan Toyota. O<br />
mesmo<br />
ocorre<br />
em relação<br />
a<br />
determinadas<br />
indústrias<br />
de autopeças,<br />
Alejandra<br />
como a Schaeffler.<br />
Zanella,<br />
gerente<br />
de Recursos Humanos &<br />
SEHS da Schaeffler, reitera<br />
que a empresa adota medidas<br />
sustentáveis para além<br />
do processo de fabricação<br />
das peças, o que lhe garante<br />
um lugar entre as 50 líderes<br />
em Sustentabilidade e Clima<br />
na ONU.<br />
“Trabalhamos com metas de<br />
curto, médio e longo prazo,<br />
implementando<br />
medidas<br />
para eficiência energética<br />
e aquisição de energia de<br />
fontes renováveis até 2024.<br />
Também buscamos ser neutros<br />
em carbono até 2030,<br />
com base no Programa<br />
Schaeffler de Proteção ao<br />
Clima para redução de emissões<br />
de CO2 na produção,<br />
visando reduzir em 20% o<br />
abastecimento de água doce<br />
até 2030”, enumera.<br />
Além dos objetivos acima, a<br />
Schaeffler aplica em seu cotidiano<br />
as medidas sustentáveis<br />
citadas pelo nosso<br />
outro entrevistado, como a<br />
reciclagem.<br />
“Os resíduos gerados na produção<br />
passam por um processo<br />
de separação interna,<br />
levando em consideração e<br />
avaliando<br />
“Cada colaborador é parte deste<br />
processo; por isso, incentivamos<br />
constantemente a separação correta<br />
dos resíduos para reciclagem, o uso<br />
consciente da água, a doação do óleo de<br />
cozinha, entre outras boas práticas do<br />
dia a dia”, salienta.<br />
continuamente<br />
os 6R’s da sustentabilidade<br />
(reduzir, reutilizar, reciclar,<br />
reparar, repensar e reintegrar)<br />
e buscando a melhor<br />
forma de aplicar a economia<br />
circular em nossos resíduos.<br />
A Schaeffler também desenvolve<br />
parceiros que trabalham<br />
para o retorno dos resíduos<br />
à cadeia sustentável,<br />
atuando em conjunto com<br />
humanos.”<br />
as<br />
indústrias<br />
automotivas<br />
(seus clientes)<br />
garantindo<br />
a<br />
sustentabilidade<br />
no produto<br />
final”,<br />
declara<br />
a gerente de<br />
recursos<br />
Além disso, Alejandra enfatiza<br />
que nenhum lixo<br />
ou resíduo produzido pela<br />
Schaeffler é enviado ao<br />
aterro sanitário da cidade,<br />
pois todo o material tem<br />
uma destinação sustentável:<br />
são encaminhados para<br />
reciclagem, coprocessamento<br />
ou incineração.<br />
Acompanhando o crescimento<br />
das práticas sustentáveis<br />
dentro das indústrias<br />
automotivas e de<br />
autopeças, Marcelo Augusto<br />
acredita que, mesmo com<br />
os percalços econômicos de<br />
cada país, trata-se de uma<br />
tendência consolidada.<br />
“Eu diria que esse processo<br />
hoje é irreversível, por conta<br />
do que temos visto no<br />
cenário internacional, com<br />
vários países entrando em<br />
acordos para investir em<br />
sustentabilidade. A tendência<br />
é que isso se torne<br />
cada vez mais importante<br />
e se torne um padrão em<br />
todas as indústrias, não só<br />
do setor automotivo”, assevera.<br />
Alejandra segue a linha do<br />
engenheiro mecânico, ressaltando<br />
a evolução em<br />
curso.<br />
“Não há como pensar em<br />
futuro sem pensar em sustentabilidade,<br />
pois toda e<br />
qualquer ação do nosso dia<br />
a dia, seja em âmbito profissional,<br />
como na vida pessoal,<br />
impactam no nosso<br />
amanhã, além do uso de<br />
42 43
PUBLIEDITORIAL<br />
fontes renováveis que deve sempre<br />
ser considerado em todas as<br />
iniciativas.”<br />
O prognóstico de Marcelo Augusto<br />
está diretamente relacionada<br />
a um estudo global da consultoria<br />
KPMG, com mais de 1,1 mil líderes<br />
do setor automotivo. A pesquisa<br />
apontou que 98% dos executivos<br />
que atuam em trinta países apontam<br />
a sustentabilidade como um<br />
fator que direcionará os negócios<br />
da indústria automotiva nos próximos<br />
anos.<br />
Diante disso, ainda que a sustentabilidade<br />
já esteja integrada a<br />
boa parte das ações das montadoras,<br />
resta um longo caminho a<br />
ser percorrido, especialmente no<br />
Brasil. No entanto, como bem disse<br />
Marcelo Augusto, a tendência<br />
é que essa prática ganhe força na<br />
medida em que a discussão ambiental<br />
aumenta sua relevância.<br />
Por outro lado, o nível de exigência<br />
requer certa pressa; afinal, “aumenta<br />
a cada dia o número de consumidores<br />
conscientes que optam<br />
por produtos que garantem a sustentabilidade”,<br />
conclui Alejandra.<br />
MANN-FILTER LANÇA NO<br />
MERCADO KIT DE FILTROS<br />
Kits de filtros do ar, óleo, combustível e cabine com De acordo com o Diretor de Vendas Aftermarket e<br />
mais conveniência e praticidade na hora da troca. Marketing MANN-FILTER, Fabio Moura:<br />
A MANN-FILTER, marca premium de filtros do grupo “Os kits originais MANN-FILTER visam oferecer<br />
MANN+HUMMEL, disponibiliza ao mercado este mês o soluções inovadoras para novas e desafiadoras<br />
KIT de filtros automotivos linha leve necessários para demandas de filtragem com maior conveniência e<br />
uma revisão completa.<br />
praticidade na hora da troca, onde em um só kit é<br />
possível ter uma linha premium completa (ar, óleo,<br />
Os produtos estão para os seguintes veículos de combustívele cabine) recomendados para o melhor<br />
passeio: GM (Onix e Prisma); Hyundai (HB20); desempenho do veículo”.<br />
Volkswagen (Polo e Virtus); Fiat (Mobi, Argo, Uno e<br />
Strada); Toyota (Etios);Ford (Ka).<br />
Divulgação: Schaeffler<br />
Para saber mais sobre os lançamentos e onde encontrar, acesse o site da<br />
MANN-FILTER – área de lançamentos - ou o Catálogo Online para detalhes de<br />
ano e motor dos veículos.<br />
44<br />
45
WIKIPEÇAS<br />
A<br />
iela<br />
Qual a função?<br />
A principal responsabilidade da peça é ligar o pistão ao<br />
virabrequim, o que é possível graças à movimentação feita<br />
de forma lateral pela parte de baixo, e vertical realizada<br />
pela parte de cima do componente.<br />
biela é uma parte não fixa<br />
encontrada no motor do veículo<br />
que possui um orifício em cada<br />
uma de suas extremidades. O<br />
que se situa na parte inferior<br />
apresenta maior diâmetro e<br />
é ligado ao virabrequim. Já<br />
o superior, de menores<br />
proporções, possui um<br />
pino afixado ao pistão.<br />
O tamanho da biela<br />
varia de um motor<br />
para o outro, e<br />
depende do projeto<br />
do propulsor no qual<br />
ela se encontra.<br />
Do que<br />
é feita?<br />
Por serem muito exigidas pelo<br />
motor, as bielas precisam ser<br />
resistentes. Para garantir<br />
essa condição, elas são<br />
fundidas em ferro-gusa ou<br />
feitas de aço forjado.<br />
Quando é<br />
recomendável<br />
trocá-la?<br />
A atenção em relação a este item<br />
é fundamental. Se a biela estiver<br />
danificada, pode causar uma trinca<br />
no bloco do motor, prejudicando<br />
seu funcionamento. O principal<br />
indicativo de que o componente pode<br />
estar com problemas é a aparição de<br />
um barulho estranho vindo do motor,<br />
semelhante a batidas.<br />
46 47
As várias faces da paralisação na indústria automotiva:<br />
COMO A PANDEMIA<br />
IMPACTA O<br />
SETOR<br />
7,8<br />
MILHÕES<br />
Esse é o número de<br />
postos de trabalho<br />
fechados no Brasil<br />
em um ano da<br />
pandemia do novo<br />
coronavírus, segundo<br />
o Instituto Brasileiro<br />
de Geografia e<br />
Estatística (IBGE).<br />
Ainda que uma parcela<br />
desse encerramento<br />
de vagas não tenha<br />
acontecido por<br />
responsabilidade<br />
direta dos efeitos do<br />
vírus na economia, é<br />
inegável o impacto<br />
que a doença de<br />
proporções globais<br />
teve em terras<br />
brasileiras.<br />
Antes da Covid-19 assolar<br />
o mundo, o nível de ocupação<br />
dos cidadãos em idade<br />
de trabalhar (com mais de<br />
14 anos) no Brasil girava<br />
em torno de 55%. Agora,<br />
48,6% se encontram sem<br />
emprego ou fora do mercado<br />
de trabalho, também de<br />
acordo com último levantamento<br />
divulgado pelo IBGE,<br />
em 30 de abril deste ano.<br />
Os mais variados setores do<br />
mercado automotivo sentiram,<br />
sentem e sentirão os<br />
impactos devastadores da<br />
pandemia, que atingiram,<br />
inicialmente, as grandes<br />
empresas e montadoras.<br />
Em entrevista exclusiva à<br />
Balconista S/A, a Toyota<br />
citou algumas das ações<br />
realizadas para conter o<br />
avanço dos efeitos econômicos<br />
da pandemia:<br />
“Nos primeiros meses, tomamos<br />
diversas medidas,<br />
tanto de saúde, para proteger<br />
nossos colaboradores,<br />
como de busca pela competitividade<br />
dos nossos<br />
negócios. Algumas dessas<br />
medidas foram antecipação<br />
de férias, aplicação de<br />
dias de compensação, aplicação<br />
da MP936, além de<br />
atividades de redução de<br />
custo”.<br />
48<br />
49
Com os impactos nas<br />
montadoras de automóveis,<br />
um setor que,<br />
consequentemente,<br />
também sentiu efeitos<br />
negativos foi o de<br />
fabricantes de autopeças,<br />
cuja produção<br />
é voltada, de 80 a<br />
90%, às fábricas de<br />
carros. O ramo passou<br />
a trabalhar diante de<br />
uma escassez completa<br />
de produtos.<br />
Os semicondutores e<br />
microchips, por exemplo,<br />
foram alguns dos<br />
principais itens que<br />
estiveram em falta no<br />
mundo todo.<br />
Quando a disseminação<br />
e o número de<br />
mortes da Covid-19<br />
estavam começando a<br />
dar indícios de queda,<br />
ocorreu uma segunda<br />
onda da doença<br />
Fábrica da Toyota em Sorocaba<br />
Foto: divulgação<br />
no Brasil, o que dificultou<br />
um processo<br />
de retomada que, no<br />
Entre 24 de março e<br />
21 de junho de 2020<br />
- momento em que o<br />
vírus da Covid-19<br />
começou a ser disseminado<br />
mais intensamente<br />
na maior<br />
parte do Brasil - a<br />
montadora japonesa<br />
agiu de forma imediata,<br />
suspendendo<br />
a produção em todas<br />
as suas quatro<br />
plantas industriais.<br />
A ação teve como<br />
objetivo tentar atenuar<br />
os riscos à saúde<br />
de seus colaboradores<br />
e familiares,<br />
evitando ao máximo<br />
aglomerações e circulação<br />
de pessoas.<br />
Também foram justificativas<br />
para a<br />
suspensão o quadro<br />
de incerteza do mercado<br />
brasileiro naquele<br />
momento, bem<br />
como as dificuldades<br />
na cadeia logística e<br />
de suprimentos.<br />
Ao final de 2020, a<br />
Toyota havia tido<br />
cerca de 135 mil<br />
unidades comercializadas,<br />
o que representou<br />
uma queda<br />
de 37% em comparação<br />
com 2019. A<br />
redução nas vendas,<br />
no entanto, foi menos<br />
acentuada do<br />
que se esperava no<br />
início da pandemia.<br />
Como referência, o<br />
mercado automotivo,<br />
de forma geral,<br />
recuou 26%.<br />
final de 2020, parecia<br />
iminente, como<br />
explica Flávio Portela,<br />
diretor de vendas<br />
e comunicação da SK<br />
Automotive.<br />
Os números do mês<br />
de março deste ano,<br />
por exemplo, indicam<br />
como o setor automotivo<br />
foi atingido<br />
pela segunda onda da<br />
pandemia. Mais de 14<br />
montadoras foram<br />
paralisadas, o que envolveu<br />
30 fábricas<br />
e 65 mil profissionais.<br />
Flavio Portela também<br />
aponta como o<br />
setor de autopeças<br />
vem se comportando<br />
diante desse cenário:<br />
“O mercado está muito<br />
mais preocupado<br />
e trabalhando essencialmente<br />
com os<br />
veículos que chegam<br />
às oficinas e às autopeças.<br />
As trocas das<br />
peças estão sendo<br />
feitas sem elevados<br />
estoques. Estão tra<br />
50<br />
51
alhando apenas com<br />
tem contribuído para, ao<br />
o essencial nesse mo-<br />
menos, atenuar o pano-<br />
mento, e esperando<br />
rama de dificuldades.<br />
uma nova adaptação<br />
“A situação ficou bem<br />
do mercado para a<br />
ruim, estamos de mãos<br />
continuidade e a ela-<br />
atadas. O atendimento<br />
boração de um plano<br />
caiu em 50%. Também<br />
a curto e médio pra-<br />
tem muita falta de pe-<br />
zo”.<br />
ças; muitos fornecedo-<br />
Como se não bastasse<br />
res estão fechando. E,<br />
o cenário atual – mar-<br />
quando encontramos as<br />
cado por persistente<br />
peças, o preço vai lá em<br />
resistência à retoma-<br />
cima. Subiu entre 30%<br />
da e recuperação da<br />
e 60%. Mas, apesar de<br />
indústria -, o anúncio<br />
tudo, não podemos per-<br />
do aumento conside-<br />
der a esperança. Aqui,<br />
rável no preço do aço,<br />
entre os trabalhadores,<br />
feito pela Compa-<br />
a gente precisa se unir<br />
nhia Siderúrgica Na-<br />
para sair dessa. Não es-<br />
cional,<br />
representou<br />
perava que a pandemia<br />
mais um motivo para<br />
duraria tanto tempo.<br />
o agravamento da si-<br />
Mas, como aprendizado,<br />
tuação econômica do<br />
a lição é que devemos<br />
tendo apresentado uma<br />
algumas coisas, peças<br />
setor automotivo.<br />
nos preocupar mais uns<br />
queda de 15 a 20% de<br />
simples, e tinha muita<br />
Com a produção de<br />
com os outros, nos ape-<br />
seu movimento. A re-<br />
coisa em falta. Várias lo-<br />
autopeças impactada,<br />
garmos mais às peque-<br />
dução na fabricação de<br />
jas ainda não estão com<br />
as lojas que compram<br />
nas coisas do dia a dia,<br />
peças afetou diretamen-<br />
o atendimento presen-<br />
das grandes fabrican-<br />
à família, aos amigos,<br />
te esses estabelecimen-<br />
cial, só por WhatsApp.<br />
tes também sentem<br />
nos unirmos cada vez<br />
tos. O atendimento, por<br />
Isso atrapalha bastante,<br />
efeitos negativos. Em<br />
mais e nunca perder a<br />
ter deixado de ser pre-<br />
porque existem lojas em<br />
Santos (SP), na Sebbá<br />
fé. Eu acordo todos os<br />
sencial em diversas lo-<br />
que você entra, olha na<br />
Autopeças, loja onde<br />
trabalha o balconista<br />
Luiz Fernando de Almeida,<br />
os atendimentos<br />
passaram a ser<br />
por “delivery”, sem<br />
previsão de retorno<br />
para a modalidade<br />
presencial nesse momento.<br />
O profissional<br />
conta que sua atividade<br />
vem sendo muito<br />
prejudicada pela<br />
pandemia, mas que o<br />
sentimento de união<br />
no estabelecimento<br />
dias agradecendo, sempre<br />
otimista”.<br />
Parte integrante de<br />
toda essa cadeia de processos,<br />
produtos e pessoas,<br />
as oficinas mecânicas<br />
foram outro ramo<br />
impactado pelos efeitos<br />
do novo coronavírus,<br />
jas, também complicou a<br />
compra de mercadorias<br />
específicas no setor automotivo,<br />
como afirma<br />
Marcelo Pazos, mecânico<br />
com formação em Engenharia<br />
Mecatrônica.<br />
“Senti dificuldade. Teve<br />
vez que saí para comprar<br />
prateleira, pega, põe no<br />
carrinho e vai embora.<br />
Mas, quando é por WhatsApp,<br />
o funcionário que<br />
te responde, e você<br />
fica refém disso. Então,<br />
olha, está bem complicado,<br />
bem chato de<br />
comprar atualmente.”<br />
52<br />
53
PUBLIEDITORIAL<br />
NOVAS LÂMPADAS PARA FARÓIS PHILIPS ULTINON PRO5000<br />
COMBINAÇÃO ENTRE DESEMPENHO E DURABILIDADE<br />
Dirigir no escuro exige mais do<br />
condutor; por isso, os motoristas<br />
devem confiar nos faróis. As lâmpadas<br />
Philips Ultinon Pro5000 aumentam a<br />
visibilidade de longo alcance para a<br />
condução noturna com até 160% de<br />
luz mais brilhante em comparação<br />
com o padrão mínimo legal para<br />
lâmpadas halógenas (lâmpadas<br />
convencionais). Seu padrão de<br />
feixe, uniforme e preciso, permite<br />
que os motoristas vejam e sejam<br />
vistos com mais clareza. Graças ao<br />
posicionamento perfeito dos chips<br />
de LED e o recurso SafeBeam, os<br />
condutores têm luz exatamente onde<br />
precisam na estrada, sem ofuscar os<br />
veículos que se aproximam.<br />
A temperatura de cor ideal<br />
evita cansaço ou esforço visual,<br />
proporcionando uma direção noturna<br />
mais confortável e segura.<br />
Tecnologia LED confiável em<br />
um design compacto tudo-em-um:<br />
As luzes LED geram calor que deve<br />
ser gerenciado. A tecnologia AirBoost<br />
é um sistema de resfriamento<br />
inteligente que desvia o calor dos<br />
componentes críticos da lâmpada. A<br />
maior resistência ao calor permite<br />
maior durabilidade em relação aos<br />
produtos concorrentes atualmente no<br />
mercado. Portanto, a Philips Ultinon<br />
Pro5000 dura até 3.000 horas de<br />
operação.<br />
Espaço mínimo dentro do<br />
farol: Seu design de peça única e<br />
eletrônica integrada também tornam<br />
o encaixe mais fácil. As lâmpadas são<br />
compatíveis com uma ampla gama<br />
de modelos de automóveis, e podem<br />
ser facilmente instaladas pelos<br />
próprios motoristas ou mecânicos<br />
especializados.<br />
Compatível com veículos de 12 e<br />
24 V: A linha Philips Ultinon Pro5000<br />
é adequada para a maioria dos tipos<br />
de veículos. Os produtos Automotive<br />
Grade Quality são projetados e<br />
desenvolvidos seguindo rigorosos<br />
processos de controle de qualidade,<br />
que garante o reconhecimento da<br />
Philips na indústria automotiva há<br />
mais de 100 anos. As lâmpadas<br />
LED Philips Ultinon Pro5000 estão<br />
disponíveis para faróis H1, H3, H4,<br />
H7, H11,HB3 / HB4, HIR2 e FOG<br />
(neblina) [ ≈H8 / H11 / H16].<br />
‘‘Lembrando que, no Brasil, após a<br />
entrada em vigor da Resolução do<br />
Contran nº 667, em janeiro de 2021,<br />
o uso do LED é permitido somente<br />
para o uso fora de vias públicas,<br />
como locais Off-road ou em circuitos<br />
fechados.’’<br />
Vista de uma<br />
fábrica da<br />
Toyota<br />
O profissional conta ainda como<br />
mas estatísticas podem fazer<br />
Foto:<br />
divulgação<br />
a falta de peças o atrapalha a<br />
com que se vislumbre um cená-<br />
realizar projetos em seu dia a<br />
rio diferente em breve. As ven-<br />
dia no trabalho: “Teve uma vez<br />
das de automóveis cresceram,<br />
que eu fui à loja porque estava<br />
em média, 5,5% no 1º trimes-<br />
reconstruindo um carro e preci-<br />
tre de 2021. Já a produção de<br />
sei de um material super comum<br />
carros teve um aumento de 2%,<br />
em loja de fibra de vidro, mas<br />
o que possibilita certa retoma-<br />
tinha muita coisa em falta. Por<br />
da da confiança dos donos de<br />
causa disso, eu tive que mudar<br />
veículos em relação à troca de<br />
o serviço do meu funcionário,<br />
automóveis, à compra do carro<br />
porque não consegui comprar<br />
zero e à venda do carro usado.<br />
um material para ele fazer o<br />
Esta última continua em grande<br />
trabalho que estava previsto”.<br />
movimentação, tendo crescido<br />
Em meio aos números que indi-<br />
13% no 1º trimestre deste ano,<br />
cam, muitas vezes, não haver<br />
em comparação ao mesmo pe-<br />
Para obter mais detalhes, acesse: www.philips.com/auto.<br />
motivos para otimismo, algu-<br />
ríodo de 2020.<br />
54<br />
55
OU<br />
Quando pensam em deixar o veículo mais atrativo visualmente,<br />
muitas pessoas recorrem a técnicas de tratamento de pintura.<br />
Afinal, quem não gosta de andar em um carro bonito?<br />
Porém, uma das dúvidas mais comuns dos que aderem a esses<br />
procedimentos é, especificamente, sobre qual dos dois a<br />
seguir deve ser utilizado: polimento ou cristalização. Você<br />
Adiciona uma camada<br />
extra de proteção<br />
Menor eficácia na<br />
remoção de falhas<br />
sabe quais são as diferenças entre eles?<br />
Menos danosa<br />
à pintura<br />
P<br />
O<br />
L<br />
I<br />
M<br />
E<br />
N<br />
T<br />
O<br />
Indicado para<br />
manchas<br />
superficiais<br />
na lataria<br />
Recupera o brilho<br />
da pintura<br />
Deve ser feito,<br />
no máximo,<br />
3 vezes<br />
C<br />
R<br />
I<br />
S<br />
T<br />
A<br />
L<br />
I<br />
Z<br />
A<br />
C<br />
O S<br />
57<br />
A técnica de polimento automotivo é recomendada a veículos que apresentam<br />
queimaduras de sol, alguns riscos não profundos, restos de excrementos<br />
de pássaros, manchas na pintura e mudanças nítidas em seu brilho.<br />
Massa abrasiva, lixas de água fina e politrizes são os materiais<br />
utilizados nesse tipo de tratamento, que deve ser realizado, no<br />
máximo, três vezes no carro, pelo fato de forçar demais a sua pintura. O<br />
preço do serviço, em geral, fica na casa dos R$400,00.<br />
A cristalização se caracteriza pela aplicação de uma substância parecida<br />
com a resina, cujo principal objetivo é proteger a pintura do carro,<br />
prolongando sua duração e realçando o brilho. Os itens usados nessa<br />
técnica não provocam reações com o verniz da lataria do veículo.<br />
Embora menos sujeita a desgastar a pintura, a cristalização é não é<br />
tão efetiva na remoção de falhas de continuidade e arranhões. Com<br />
valor médio de R$500,00, a técnica pode ser feita mais vezes que a de<br />
polimento, por ser menos danosa à pintura.<br />
57
PRETA<br />
PLACA<br />
FUSCA AZUL<br />
Carro: Fusca Azul Pavão 1500<br />
Ano: 1971<br />
Instagram: @fuscaazulsp 12.6k seguidores<br />
Proprietário: Miguel Savalho<br />
O Fusca é, de longe, um dos carros mais<br />
conhecidos do mundo. A maioria dos<br />
brasileiros consegue se lembrar de uma<br />
história com o modelo, ou de, pelo menos,<br />
tê-lo observado na rua em vários<br />
momentos.<br />
Esse foi o primeiro carro da Volkswagen<br />
e, considerando seu início em 1938, foi<br />
produzido por mais de seis décadas. Ao<br />
todo, foram fabricadas mais de 21 milhões<br />
de unidades, o que rendeu o título<br />
de “mais vendido” do planeta ao tão<br />
querido Fusquinha.<br />
No Brasil, a produção começou em 1959<br />
e impactou gerações, tendo sido a primeira<br />
aquisição automotiva de muitas<br />
famílias. Em uma de suas cores mais famosas,<br />
temos o Fusca Azul, que acumula<br />
admiradores e é o centro de uma famosa<br />
brincadeira que persiste até hoje.<br />
Ao olhar um fusca azul passando pela<br />
rua, a pessoa dá um tapa no amigo.<br />
Mas, se houver engano, sendo o veículo<br />
de outra cor, leva-se dois tapas como<br />
revide. Quem nunca?<br />
58<br />
59
Nesta matéria, contamos a história<br />
de amor e dedicação de Miguel Savalho<br />
para com o seu lindo exemplar<br />
de cor azul pavão, mantido em<br />
sua casa, na cidade de Alfredo Marcondes,<br />
interior de São Paulo.<br />
Usado apenas para passeios ocasionais,<br />
o carro vive protegido da<br />
rotina cotidiana, de modo a preservá-lo<br />
pelo maior tempo possível.<br />
Essa trajetória pessoal com o modelo<br />
teve início desde muito cedo<br />
para o nosso entrevistado.<br />
“Minha família toda aprendeu a dirigir<br />
no Fusca, sempre teve uma<br />
história muito bonita nesse carro.<br />
Eu tive o prazer de comprar o último<br />
Fusca do meu pai (que teve<br />
três), hoje ele é do meu cunhado.<br />
Só que o meu sonho sempre foi ter<br />
um do ano que eu tenho”, recorda<br />
Miguel.<br />
O proprietário do fusca<br />
azul pavão explica que<br />
apenas em 1971 e 1972<br />
foram fabricadas unidades<br />
com o painel de jacarandá,<br />
que sempre chamou<br />
sua atenção; e, por<br />
isso, foi atrás especificamente<br />
dessa versão.<br />
“Tinha um senhor aqui em<br />
Marcondes, cidade que<br />
eu moro, ao lado de Presidente<br />
Prudente, e ele<br />
tinha esse Fusca, aí com<br />
muito custo eu consegui<br />
comprar dele. Só que o<br />
Fusca era usado no sítio,<br />
então tive que restaurar<br />
ele inteiro, não teve um<br />
parafuso que não tive<br />
que trocar.”<br />
Se você é daqueles que,<br />
ao adquirir um veículo,<br />
passa a acompanhar bem<br />
de perto o processo de<br />
restauração do modelo,<br />
certamente irá entender<br />
Miguel no seguinte: caso<br />
ele tivesse comprado seu<br />
fusca já pronto, não seria<br />
a mesma coisa.<br />
“Demorei dois anos para<br />
restaurar o Fusca. Nesses<br />
dois anos, 10 dias ao mês<br />
eram dedicados 100%,<br />
ao carro. A gente (Miguel<br />
e seu amigo mecânico)<br />
trabalhou bastante, e foi<br />
bem gratificante ver ele<br />
todo só no chassi e, depois,<br />
a evolução.”<br />
60<br />
61
MOMENTOS MARCANTES<br />
Sobre alguns dias inesquecíveis<br />
que viveu com seu Volkswagen,<br />
o proprietário relembra<br />
quando o carro estava em<br />
chamas.<br />
“Duas semanas depois de ficar<br />
pronto, o Fusca pegou<br />
fogo, acredita? Ninguém sabe<br />
como, eu fiz tudo que poderia<br />
AXIAL<br />
PIVÔ<br />
TERMINAL<br />
ter feito para evitar isso.”<br />
Era época de Páscoa, e Miguel<br />
precisou sair com o Fusca,<br />
pois seu outro carro havia<br />
tido pane elétrica.<br />
“No meio do caminho, olhei<br />
para trás e… um monte de fumaça.<br />
Tá pegando fogo! Encostei,<br />
peguei o extintor e<br />
não saiu nada! No desespero,<br />
depois de dois anos dedicados<br />
ao carro, entrei na rodovia<br />
para pedir ajuda. Três veículos<br />
pararam para me ajudar,<br />
dois antigos, e nenhum dos<br />
extintores funcionou. Então,<br />
comecei a pegar terra do chão<br />
para abafar, eles também, e<br />
só danificou mesmo o motor.<br />
Tive que refazer tudo. Isso<br />
porque eu tive o cuidado de<br />
colocar uma mangueira lonada<br />
(normalmente eles colocam<br />
aquela transparente)<br />
preta, bem reforçada, que<br />
queimou e impediu o fogo de<br />
se alastrar mais”, relembra.<br />
Além disso, ele não deixa de<br />
QUALIDADE APROVADA E<br />
CERTIFICADA PARA<br />
ATENDER MONTADORAS.<br />
INMETRO<br />
ISO9001<br />
IATF16949<br />
incluir a diversão proporcionada<br />
pela famosa brincadeira<br />
do Fusca Azul.<br />
ACESSE NOSSO<br />
CATÁLOGO ONLINE<br />
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62<br />
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“ A minha casa é bem próxima a<br />
uma escola, que inclui desde<br />
criancinhas até o Ensino Médio.<br />
Às vezes, no intervalo, que eu sei<br />
exatamente quando é, passo lá<br />
na frente só para ver os meninos<br />
se debatendo.<br />
“<br />
64<br />
65
PUBLIEDITORIAL<br />
CURIOSIDADE: VOCÊ SABE<br />
NAS REDES SOCIAIS<br />
Essa imersão nas redes so-<br />
COFAP LANÇA AMORTECEDORES<br />
SUPER RALLY PARA USO OFF-ROAD<br />
COMO SURGIU A BRINCA-<br />
DEIRA DO FUSCA AZUL?<br />
O mais comum relato, em<br />
especial sobre a cor, alega<br />
que ela teve início na Ford.<br />
Isso porque, na década de<br />
1910, a montadora produzia<br />
apenas veículos pretos e,<br />
por um erro, uma das levas<br />
saiu com um tom azulado,<br />
desagradando o fundador da<br />
empresa, que deu um tapa<br />
na pessoa responsável pelo<br />
equívoco.<br />
Os modelos azuis tornaram-<br />
-se posse dos empregados,<br />
que transformaram o tapa<br />
em brincadeira, adaptando-a<br />
às situações em que se via<br />
um nas ruas.<br />
Já o Fusca entra nesse esquema<br />
quando, nos Estados<br />
Miguel Savalho marca presença<br />
ativa no Instagram.<br />
Após incentivo dos amigos,<br />
ele criou o perfil @fuscaazulsp,<br />
que tem se destacado<br />
significativamente na<br />
plataforma.<br />
“O meu perfil tem dez meses.<br />
Não usei nenhuma estratégia<br />
de crescimento,<br />
foi extremamente orgânico.<br />
Postando bastante, interagindo,<br />
e, com seis ou sete<br />
meses, já tinha 10 mil seguidores.<br />
Aí foi crescendo”,<br />
conta.<br />
A partir desse mundo digital,<br />
algumas coisas - em plano<br />
real - marcaram o dono<br />
do veículo:<br />
“Já aconteceram diversas<br />
coisas, desde o celular vi-<br />
ciais permitiu a Miguel colocar<br />
o seu Fusca Azul Pavão<br />
ainda mais em evidência. O<br />
conteúdo postado é amplo e<br />
variado: compartilhamento<br />
de informações; experiências<br />
pessoais; fotos no estilo<br />
“antes e depois”; memes;<br />
curiosidades, e fatos importantes<br />
sobre o carro.<br />
“Procuro dar muita atenção<br />
para quem entra em contato,<br />
responder por áudio, fazer<br />
chamada de vídeo, acho que<br />
faz a pessoa se sentir valorizada.<br />
Todo dia recebo uns 20<br />
ou 30 directs e é muito bom,<br />
você vê que querem interagir”,<br />
ressalta.<br />
Líder no mercado brasileiro de<br />
amortecedores e comprometida em<br />
disponibilizar ao motorista brasileiro<br />
um vasto catálogo de autopeças, a<br />
Marelli Cofap Aftermarket apresenta<br />
uma nova família de amortecedores:<br />
Super Rally Cofap. Destinada para<br />
uso fora de estrada, a linha conta,<br />
inicialmente, com 10 códigos para<br />
picapes Chevrolet, Ford e para o Jipe<br />
Troller.<br />
Os amortecedores Super Rally Cofap<br />
possuem como principais diferenciais<br />
cargas mais elevadas em relação às<br />
peças convencionais e guarda-pó<br />
expansível produzido com borracha<br />
termoplástica.<br />
Com maiores cargas na tração e<br />
na compressão, os amortecedores<br />
Super Rally Cofap proporcionam<br />
melhor dirigibilidade em situações<br />
off-road. As coifas em termoplástico,<br />
um material de elevada resistência<br />
química e também a altas<br />
temperaturas, promovem uma<br />
melhor vedação contra detritos,<br />
protegendo haste e retentores dos<br />
amortecedores contra pedras, lama<br />
e produtos químicos, conferindo<br />
maior durabilidade a um amortecedor<br />
destinado ao uso mais severo, em<br />
linha com o conceito off-road. Além<br />
disso, na cor laranja, o guarda-pó<br />
confere uma aparência moderna e<br />
mais esportiva aos amortecedores da<br />
linha Super Rally Cofap.<br />
Os novos códigos são destinados<br />
às seguintes aplicações: GL13778<br />
(Chevrolet S10 & BLAZER 1995/2011,<br />
4x2 Diesel 2.5L / 4.3L / 4x2 Gas. 2.2L<br />
– dianteiro); GL13779 (Chevrolet Blazer<br />
1995/2011, 4X2 / 4x4 - todos - traseiro);<br />
GL13780 (Chevrolet S10<br />
1995/2011, 4x4, cabine simples e<br />
dupla / Blazer 1995 em diante, 4x4<br />
Diesel / Gasolina - dianteiro); GL13781<br />
(Chevrolet S10 1995/2011, 4x2 / 4x4,<br />
cabine simples e dupla -<br />
traseiro); GL13782 (Ford Ranger<br />
1996/1997, XL / XLT - dianteiro);<br />
GL13783 (Ford Ranger 1996/1997, XL<br />
/ XLT - traseiro); GL13784 (Troller T4<br />
1998/2000 - traseiro) / Troller T4 2001<br />
em diante - dianteiro/traseiro); GL13785<br />
(F-1000 1997/1998, XL / XLT - 4.9i /<br />
Turbo Diesel - dianteiro); GL13786 (Ford<br />
F-1000 1992/1998, XL / XLT - 4.9i /<br />
Turbo Diesel - traseiro); GL13787 (Ford<br />
F-1000 4x4 até 1998 - XL / XLT Turbo<br />
Diesel – traseiro).<br />
Unidos - onde é chamado de<br />
brando porque alguém mar-<br />
Beetle (besouro, em inglês) -<br />
cou a página, quando vou<br />
as pessoas batiam no braço<br />
ver a pessoa tirou a foto no<br />
de quem estivesse por per-<br />
carro de trás - porque tem o<br />
to, para “matar o inseto”.<br />
endereço da página do Fus-<br />
No Brasil, houve uma junção<br />
ca na parte de trás do carro<br />
desses aspectos. O primeiro<br />
e na lateral. Tem também<br />
a avistar um Fusca Azul deve<br />
algo que aconteceu esses<br />
apontar para ele e dar um<br />
dias, muito engraçado. Uma<br />
leve tapa (ou soco) no amigo<br />
seguidora tem um filho que<br />
próximo que não tenha nota-<br />
gosta muito de Fusca, aí ela<br />
do o veículo. Por esse moti-<br />
falou que fez no quarto do<br />
vo, para muitos, o exemplar<br />
filho quadros do meu carro,<br />
dessa cor é tão procurado<br />
como se fossem pôsteres.<br />
nas ruas.<br />
Muito legal.”<br />
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