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*Abril/2021 Referência Florestal 228

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NOTAS<br />

Controle e prevenção<br />

A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais)<br />

está disponibilizando, aos produtores de pinus, doses de nematoides<br />

para combate à Vespa-da-Madeira. A Sirex noctilio<br />

(nome científico da vespa) é uma praga exótica que chegou<br />

ao Brasil acidentalmente durante a década de 1980. Ela ataca<br />

exclusivamente plantios de pinus, depositando ovos nos<br />

troncos que, ao se transformarem em larvas, comprometem<br />

o desenvolvimento das árvores. Em Santa Catarina, mais de<br />

540 mil ha (hectares) abrigam plantações deste tipo de árvore.<br />

O Estado é o segundo maior produtor de pinus do Brasil,<br />

atrás apenas do Paraná. Para evitar a proliferação da praga,<br />

a ACR está intensificando as ações de combate. Fazem parte<br />

da estratégia: reuniões técnicas, campanhas informativas e<br />

alertas em rádios dos principais municípios produtores de<br />

pinus no Estado. A Vespa-da-Madeira ataca principalmente<br />

plantios sem manejo, causando o apodrecimento da árvore.<br />

Copa amarelada e respingos de resina no tronco são indícios<br />

de infestação. Ao verificar qualquer sinal que indique a presença da vespa, o produtor deve comunicar à CIDASC ou à EPAGRI<br />

mais próxima. Na área de publicações do site da ACR, está um vídeo produzido pela Embrapa Florestas que explica detalhadamente<br />

como acontece a infestação e o que deve ser feito para evitar e combater a Vespa-da-Madeira.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Inventário<br />

paranaense<br />

Uma tarefa solitária, escondida na mata, mas fundamental<br />

para as florestas paranaenses e brasileiras.<br />

Assim é o trabalho de campo dos cerca de 12 técnicos<br />

da empresa vencedora da licitação para execução dos<br />

levantamentos do Inventário <strong>Florestal</strong> do Paraná. Os<br />

engenheiros florestais da empresa contratada pela Secretaria<br />

Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos<br />

visitaram, há alguns anos, propriedades públicas<br />

e particulares para fazer um levantamento detalhado<br />

das florestas em todo o Paraná. O trabalho aconteceu<br />

em uma área de Vegetação Ombrófila Mista da Mata Atlântica, em uma propriedade particular do município de Palmeira (PR), a 70<br />

km (quilômetros) de Curitiba (PR), e foi acompanhado por técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e da FAO (Organização das Nações<br />

Unidas para Alimentação e Agricultura), que faz o levantamento das florestas em vários países do mundo. Eles vieram verificar<br />

se o trabalho no Estado está dentro dos padrões e da metodologia internacional para esse tipo de pesquisa. Os técnicos coletam<br />

os dados das árvores de acordo com padrões internacionais. Diferente dos inventários feitos anteriormente no Paraná, que usaram<br />

imagens de satélite, este adota escala em tamanho real. A medição acontece em árvores a partir de 10 cm (centímetros) de diâmetro<br />

e a cada 100m (metros) é feita a contagem e o recolhimento de dados das condições de cada árvore, com um equipamento<br />

conhecido como balisa e uma bússola de alta precisão. Não é uma fiscalização. É um trabalho de pesquisa e a escolha do local não<br />

tem relação com a propriedade. São analisadas a altura do tronco, a posição sociológica, a saúde, o diâmetro e o espaço em que se<br />

encontram. A análise precisa ser feita exatamente no ponto estabelecido a cada 20 km. Nesta última etapa, o inventário florestal<br />

será feito em municípios da região sudoeste, metropolitana de Curitiba, Litoral e, ainda, dos Campos Gerais.<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br

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