Sapeca n°34
Misto de sapo e perereca Nº 34– Dezembro/2021– Editor: Tonico Soares e-mail: ajaimesoares@hotmail.com
Misto de sapo e perereca
Nº 34– Dezembro/2021– Editor: Tonico Soares
e-mail: ajaimesoares@hotmail.com
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O Brasil tem muitos castelos, dos
ricaços até gente mais humilde, como
o da foto aí, no bairro da Penha-
RJ. Imaginem o calor, lá dentro. Fato
é que, quando os portugueses cá a-
portaram, os castelos já não eram seguros,
desde que inventaram a bala de
canhão. Persiste, contudo, certa nostalgia,
e tome gótico (não tivemos I-
dade Média), chalés normandos com
telhado pontudo (aqui não cai neve)
e o neocolonial, este até os dias de
hoje. Tudo feio, chato e burro, para
citar de novo o intrépido Ivan Lessa.
De pernas pro ar
Pode parecer conto de Carlos Sérgio Bittencourt, mas é verdade. Conheci
uma loura que exercia a profissão de scort ou que outro nome tenha a mulher
que fica de pernas pro ar, na alcova de milionários. E de alto coturno, daqueles
que ocupam suítes presidenciais em hotéis 5 estrelas, mundo afora e lá recebem
mulheres “para quatrocentos talheres”, como dizia Stanislaw Ponte Preta. Certa
vez, em casa, recebeu telefonema de um árabe do ramo do petróleo dizendo que
estava com saudade, em Tóquio, e mandaria entregar em seu endereço uma passagem
para ela ir ao encontro dele. E assim se deu, até ele voltar ao seu país e
ela ao dela, com escala em Nova Iorque. No avião, conheceu um americano e
Cupido flechou os dois. Voltou ao Rio para pegar suas coisas, resolver outras e,
de novo em NY, nos braços do novo amor, com quem se casou e teve filhos. Um
dia, aconteceu quase o pior. Quase, porque o carro que o marido dirigia bateu e
ela perdeu só uma das pernas. Pernas rombudas, no passado e tanto a incomodavam
(parecem as das minhas avós alemãs) que mandara remodelar em clínica de
lipoaspiração, cujo resultado saiu melhor que a encomenda. Enquanto durou.
Filosofia sapeca
Quem dá é o homem, fique claro,
a mulher recebe. E é também ela
quem come, em sentido figurado.
Aviso no Bar Elite, lá por 1960: TEMOS YOGOURTH (coalhada búlgara)
Uma novidade, como misto quente e Banana Split. Os iniciantes no copo iam de
St. Raphael, L’apéritif de France, versão brasileira, lógico, sendo o original mais
caro que uísque. E no ano sequinte vi a primeira antena de TV, no Hotel Villas.
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