03.02.2022 Views

Sapeca n°34

Misto de sapo e perereca Nº 34– Dezembro/2021– Editor: Tonico Soares e-mail: ajaimesoares@hotmail.com

Misto de sapo e perereca
Nº 34– Dezembro/2021– Editor: Tonico Soares
e-mail: ajaimesoares@hotmail.com

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O Brasil tem muitos castelos, dos

ricaços até gente mais humilde, como

o da foto aí, no bairro da Penha-

RJ. Imaginem o calor, lá dentro. Fato

é que, quando os portugueses cá a-

portaram, os castelos já não eram seguros,

desde que inventaram a bala de

canhão. Persiste, contudo, certa nostalgia,

e tome gótico (não tivemos I-

dade Média), chalés normandos com

telhado pontudo (aqui não cai neve)

e o neocolonial, este até os dias de

hoje. Tudo feio, chato e burro, para

citar de novo o intrépido Ivan Lessa.

De pernas pro ar

Pode parecer conto de Carlos Sérgio Bittencourt, mas é verdade. Conheci

uma loura que exercia a profissão de scort ou que outro nome tenha a mulher

que fica de pernas pro ar, na alcova de milionários. E de alto coturno, daqueles

que ocupam suítes presidenciais em hotéis 5 estrelas, mundo afora e lá recebem

mulheres “para quatrocentos talheres”, como dizia Stanislaw Ponte Preta. Certa

vez, em casa, recebeu telefonema de um árabe do ramo do petróleo dizendo que

estava com saudade, em Tóquio, e mandaria entregar em seu endereço uma passagem

para ela ir ao encontro dele. E assim se deu, até ele voltar ao seu país e

ela ao dela, com escala em Nova Iorque. No avião, conheceu um americano e

Cupido flechou os dois. Voltou ao Rio para pegar suas coisas, resolver outras e,

de novo em NY, nos braços do novo amor, com quem se casou e teve filhos. Um

dia, aconteceu quase o pior. Quase, porque o carro que o marido dirigia bateu e

ela perdeu só uma das pernas. Pernas rombudas, no passado e tanto a incomodavam

(parecem as das minhas avós alemãs) que mandara remodelar em clínica de

lipoaspiração, cujo resultado saiu melhor que a encomenda. Enquanto durou.

Filosofia sapeca

Quem dá é o homem, fique claro,

a mulher recebe. E é também ela

quem come, em sentido figurado.

Aviso no Bar Elite, lá por 1960: TEMOS YOGOURTH (coalhada búlgara)

Uma novidade, como misto quente e Banana Split. Os iniciantes no copo iam de

St. Raphael, L’apéritif de France, versão brasileira, lógico, sendo o original mais

caro que uísque. E no ano sequinte vi a primeira antena de TV, no Hotel Villas.

8

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!