Florestal_238Web
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TRANSPORTE<br />
N<br />
a Bahia, o setor de florestas plantadas é<br />
um dos que mais tem contribuído para a<br />
desconcentração do desenvolvimento econômico<br />
do estado, levando ao interior mais<br />
empregos qualificados, renda, impostos e<br />
contribuições ambientais de elevada significância. Nossa<br />
visão é de que o emprego no interior, nas mais distantes e<br />
carentes regiões do Estado, vale o dobro, pois gera oportunidades<br />
antes não existentes em municípios que mais<br />
precisam.<br />
Com esta visão é que o setor vem acompanhando com<br />
especial interesse os processos em torno da FIOL (Ferrovia<br />
de Integração Oeste-Leste). A mais recente conquista para<br />
o setor madeireiro do estado é a concessão de parte da<br />
FIOL entre o porto de Ilhéus e Caetité, na Bahia. Chamado<br />
de FIOL 1, o trecho de 537 Km (quilômetros) de extensão<br />
foi arrematado pela BAMIN (Bahia Mineração), do Grupo<br />
ERG(Eurasian Resources Group).<br />
A FIOL foi arrematada em leilão do MINFRA (Ministério<br />
da Infraestrutura). Para concluir a construção da ferrovia,<br />
o investimento da BAMIN será de R$ 3,3 bilhões, sendo<br />
R$ 1,6 bilhão em obras civis e R$ 1,7 bilhão em material<br />
rodante, como vagões e locomotivas. A subconcessão tem<br />
a duração de 35 anos, sendo cinco para construção e 30<br />
anos para exploração. Quando concluída, a FIOL terá capacidade<br />
para movimentar 60 milhões de toneladas por ano,<br />
com o BAMIN utilizando apenas um terço desse potencial.<br />
Dois terços dessa capacidade estarão disponíveis para<br />
todos os demais setores, como o florestal, que precisarem<br />
escoar seus produtos e receber insumos, máquinas e implementos.<br />
Eduardo Ledsham, CEO da BAMIN, valoriza o trabalho<br />
realizado e acredita que a FIOL será peça essencial no desenvolvimento<br />
da economia baiana. “O estado da Bahia<br />
ocupará uma nova e importante dimensão na economia<br />
nacional, gerando riquezas, distribuição de renda e elevando<br />
a qualidade de vida de sua população”, afirma Eduardo.<br />
Esta notícia foi recebida com grande ânimo por todo setor<br />
econômico empresarial baiano, pois a ferrovia irá estabelecer<br />
alternativas mais econômicas para os fluxos de carga<br />
de longa distância; favorecer a multimodalidade; interligar<br />
a malha ferroviária brasileira, com sua futura conexão com<br />
outras ferrovias, como a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica),<br />
a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste), e a ferrovia<br />
norte-sul; incentivar e viabilizar investimentos que irão<br />
incrementar a produção e induzir a processos produtivos<br />
modernos ao longo dessa infraestrutura implantada.<br />
A FIOL, em suas três etapas, cortará a Bahia de Oeste à<br />
Leste, conectando-se à ferrovia norte/sul (Goiás) ao novo<br />
porto de Ilhéus. Na sua primeira fase, o trajeto passa perto<br />
de Jequié/Maracás, região de Vitória da Conquista, e o<br />
polo de grãos e fibras do estado, em Barreiras/Luís Eduardo<br />
Magalhães.<br />
Para aproveitar esta oportunidade os setores econômicos<br />
já presentes nas regiões próximas a ferrovia já<br />
estão planejando como estimular e desenvolver todos os<br />
possíveis polos integrados de desenvolvimento agroindustriais,<br />
minerais, entre outros, ao longo da ferrovia. Esse<br />
planejamento é o que viabilizará a utilização de áreas com<br />
diferentes climas, altitudes, índices de pluviometria e tipos<br />
de solo. São muitos hectares disponíveis, hoje com pouca<br />
utilização, a preços competitivos.<br />
Além disso, a FIOL, e as outras ferrovias citadas, servirão<br />
para levar ainda mais investimentos para o interior do<br />
estado, que contribui diretamente com o desenvolvimento<br />
do interior. Por ela serão transportadas muitas das riquezas<br />
produzidas no estado nas áreas minerais, florestais<br />
(madeireiros e não madeireiros) e agrícolas. Além disso,<br />
se fará melhor o escoamento da produção do agronegócio<br />
baiano diminuindo seus custos.<br />
A FIOL é chave para trazer novos investimentos para<br />
o setor empresarial e também tributos para o governo<br />
da Bahia e municípios adjacentes, além de possibilitar a<br />
geração de novos empregos diretos e indiretos. Quando<br />
concluída, a FIOL vai cruzar cerca de 40 municípios,<br />
criando um novo ciclo no desenvolvimento e crescimento<br />
econômico da Bahia com o surgimento de novos polos<br />
agroindustriais autônomos que passarão a contar com a<br />
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