edição de 15 de agosto de 2022

especial influencers
Marketing de influência cresce nos
planos de mídia dos anunciantes
ROI para cada US$ 1 investido é de US$ 5,20; engajamento é maior com
influencers; no Brasil, Mynd prevê receita de R$ 550 milhões em 2022
Fotos: Divulgação
Pior time do mundo, o pernambucano Ibis, está no centro da ação desenvolvida pela Bold para promover o fantasy game Betsson junto com o elenco que popularizou o produto
Paulo Macedo
Tribos, núcleos, comunidades, grupos,
nichos, segmentos. Ao longo da história
outras identificações resumem bem o que
o marketing define como cluster, ou shoppers
com interesses comuns. Podem ser
usuários do mesmo produto, mas os apelos
mercadológicos serão diferentes. Mesmo
em uma aldeia global, a configuração coloca
no mesmo barco pessoas com motivações
similares. A Agência Dita, por exemplo,
das gestoras Lucia Fleury e Bia Moreira
Ferreira, tem expertise nos influencers silver
heads.
Os influencers interagem bem com cada
uma dessas praias e são porta-vozes ideais
para a difusão de mensagens publicitárias.
Segundo Paulo Leal, head da operação brasileira
da FluenceMedia, 2022 é o ano dos
influencers. Especialmente pela retomada
dos eventos presenciais como a Copa do
Mundo, por exemplo.
A FluenceMedia está com o projeto Copa
Academy, com 10 influencers que vão discutir
e interagir com a Copa do Catar e as
finais dos campeonatos, entre outubro e
dezembro. Esse pool de conteúdo colaborativo
funciona como “cabeça de TV e corpo
de rede social”, com volume de 50 milhões
de seguidores. O elenco está em definição.
No Brasil, de acordo com projeção do
Instituto Nielsen, são 13 milhões de infuencers
ativos, dos nanos, com média de mil
a 10 mil seguidores; mais gigantes, como
Gil do Vigor, com mais de 15 milhões de
seguidores nas redes sociais; passando por
celebridades como Neymar (177 milhões),
Anitta (63 milhões), Tatá Werneck (53 milhões)
e Larissa Manoela (46 milhões). Eles
são os fenômenos das redes sociais como
Instagram, Facebook, TikTok e YouTube. A
penetração é resultado de fama construída
nos canais tradicionais, como Juliette, mas
a grande maioria é resultado das postagens
e adesão das audiências diante dos conteúdos
propostos nos seus canais.
A pesquisa 2022 Nielsen Annual Marketing
Report atesta que 53% dos executivos
de marketing estão ampliando investimentos
em publicidade com influenciadores.
“As plataformas de mídia social desempenham
um papel crítico na formação do
marketing de influenciadores. E, à medida
que a indústria cresce para satisfazer a
demanda do consumidor por conteúdo, os
profissionais de marketing precisam ficar
de olho e diferenciar as redes sociais. Plataformas
estão surgindo e acabam gerando
mais engajamento. Porque, quando se trata
de marketing de influenciadores, o engajamento
é fundamental”, esclarece o Nielsen
“As empresAs estão
gAnhAndo Us$ 5,20
pArA cAdA Us$ 1 gAsto
em mArketing de
inflUenciAdores”
InfluenceScope, que contabiliza o Brasil
como segundo país do mundo com maior
volume de influencers, atrás apenas dos
Estados Unidos. O Instagram é a plataforma
preferida pelos anunciantes, seguida do
TikTok e do YouTube.
Por outro lado, quando a segmentação é
por faixa etária, há mudança. Entre 18 e 24
anos (79,3%), a preferência é pelo TikTok,
(44,3%) pelo YouTube e (31,9%) pelo Instagram.
A penetração, ainda com dados do
Nielsen, entre 25 e 34 anos, tem liderança
do Instagram, com share de 56,8%; seguida
do YouTube, com 38,3%; e TikTok, com
17%. Acima dos 44 anos, o YouTube leva
vantagem.
A grande questão, nas palavras de Leal,
é o engajamento. Com quase 100 milhões
de seguidores, Instagram, Facebook e You-
16 15 de agosto de 2022 - jornal propmark