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Jornal das Oficinas 204

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Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>204</strong><br />

C<br />

Janeiro 2023 Y<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XVI | 3 EUROS<br />

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FALTA DE MÃO DE OBRA NAS OFICINAS<br />

PROFISSIONAIS PRECISAM-SE<br />

Patxi Gorrotxateji<br />

Pág. 28 \\ A Talosa, fabricante espanhol<br />

de componentes de suspensão e direção<br />

está em curva ascendente. O JO esteve<br />

em Pamplona, na sede da empresa, para<br />

conversar com o diretor executivo, Patxi<br />

Gorrotxateji<br />

Marketing para oficinas<br />

Pág. 62 \\ Não importa se a oficina é<br />

grande ou pequena, ou que produtos ou<br />

serviços disponibiliza, a verdade é que o<br />

marketing não pode ser ignorado e tem<br />

de fazer parte da cultura de qualquer<br />

organização de sucesso<br />

Pág. 06<br />

Pág. 06<br />

Grup Eina<br />

Pág. 36 \\ A AD Parts apresentou a nova<br />

sede do Grup Eina em Figueras, Girona.<br />

Foi a primeira vez que o grupo abriu as<br />

portas deste centro técnico aos meios de<br />

comunicação, para mostrar todos os serviços<br />

de apoio que disponibiliza às oficinas<br />

<strong>Oficinas</strong> Verdes<br />

Pág. 58 \\ A implementação <strong>das</strong> boas<br />

práticas, desenvolvi<strong>das</strong> com critérios de<br />

sustentabilidade, diminui o efeito da<br />

atividade da oficina de reparação no meio<br />

ambiente. Uma parte destas práticas implica<br />

uma melhoria da rentabilidade do negócio<br />

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Editorial<br />

<strong>204</strong><br />

Janeiro 2023<br />

Folha de serviço...........................................................04<br />

DESTAQUE<br />

Falta de Mão de Obra qualificada........................06<br />

CAMPANHA<br />

E-Mobility.........................................................................18<br />

ATUalidadE<br />

Forum DPAI/ACAP...................................................... 22<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas......................................................................... 24<br />

Produto............................................................................. 52<br />

ENTREVISTAS<br />

Patxi Gorrotxateji.........................................................28<br />

Enrique Junquera........................................................ 32<br />

EMPRESA<br />

Grup Eina.........................................................................36<br />

PDAuto..............................................................................40<br />

OFICINA DO MÊS<br />

Revisauto Center........................................................44<br />

REPINTURA<br />

Concurso Melhor Pintor...........................................46<br />

TÉCNICA & SERVIÇO<br />

Oficina Verde..................................................................58<br />

GESTÃO<br />

A importância do marketing..................................62<br />

TECNOLOGIA<br />

E LEGISLAÇÃO<br />

Com o início de um novo ano, poderá ser útil fazer o ponto de situação de onde o mercado<br />

de pós-venda está, e para onde vai. Julgamos que nunca se viram tantas mudanças no<br />

setor automóvel. Estas mudanças não se limitam ao que assistimos nos últimos anos,<br />

mas inclui também a próxima década. Algumas delas ainda não tiveram impacto no<br />

mercado de pós-venda, mas irão ter, e quando isso acontecer, esse impacto será significativo.<br />

As mudanças recaem sobre duas categorias distintas, ainda que relaciona<strong>das</strong>: a<br />

tecnologia dos veículos e a legislação. Estas estão a obrigar a grandes decisões tanto no setor automóvel<br />

como no panorama político.<br />

Tais decisões irão afetar significativamente todo o setor automóvel, e, dentro deste, as oficinas multimarca<br />

independentes, quer grandes quer pequenas. Os principais elementos do mercado de pós-venda<br />

atual são impulsionados pelas mudanças na conceção de veículos. Isto não inclui apenas a crescente<br />

sofisticação dos sistemas de bordo centrados em software, mas também as novas formas de comunicar<br />

com o próprio veículo.<br />

À medida que os fabricantes de veículos progridem no sentido dos sistemas automatizados, e, em última<br />

análise, dos veículos autónomos, estes desenvolvimentos exigem uma capacidade de atualização do software<br />

para terem sucesso. Isto já começou com o «automóvel conectado». O acesso remoto aos dados de bordo<br />

está a ser utilizado para implementar «serviços preditivos», para sugerir serviços e reparações diretamente<br />

ao condutor por parte do fabricante do veículo. Atualmente, o processo de reparação começa na oficina,<br />

mas se este começar a ter início no veículo, e não nos conseguirmos ligar a esse veículo remotamente, como<br />

poderemos disponibilizar ao cliente um orçamento competitivo ou uma marcação na oficina?<br />

A “Internet <strong>das</strong> coisas” (IOT) irá mudar a abordagem ao diagnóstico, serviço e reparação de veículos,<br />

mas também a forma como o equipamento da oficina será ligado, a forma como lida com os dados dos<br />

seus clientes e a forma como troca dados fora da oficina, tanto como consumidor de dados, mas também<br />

como fornecedor de dados. Tudo isto pode parecer ficção científica, mas já está a acontecer hoje em dia<br />

com muitos fabricantes de veículos nas oficinas dos seus concessionários. Se o aftermarket não começar a<br />

desenvolver a mesma abordagem e ofertas de serviços, então não será capaz de competir.<br />

Isto leva à questão sobre qual a nova legislação que precisa de ser acordada e implementada para apoio<br />

ao pós-venda e a outros novos prestadores de serviços. O mercado aguarda pela entrada em vigor do<br />

novo MVBER (Motor Vehicle Block Exemption Regulation), o documento que regulamenta a atividade<br />

de todo o setor automóvel, incluindo as empresas de distribuição de peças e oficinas. Entretanto, as dificuldades<br />

no acesso à informação para a reparação são contínuas, têm elevados custos e consideráveis<br />

atrasos, porque ainda que o fabricante seja obrigado a conceder a informação, não é explícita a janela<br />

temporal de que dispõe para a fornecer, o que muitas vezes torna a intervenção impossível de realizar em<br />

tempo útil. Por outro lado, os conteúdos fornecidos na Informação à Manutenção e Reparação, não são<br />

uniformes, o que gera confusão e dificuldade na sua interpretação. Isto tem de ser devidamente legislado<br />

a fim de defender o próprio consumidor final, porque o que está em causa é ter direito de escolher entre<br />

ir a um concessionário de marca ou a um operador independente.<br />

JOÃO VIEIRA | Diretor<br />

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com<br />

// PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com // SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288 052 // GPS 38º45’51.12”N<br />

- 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

// IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM 10.000 exemplares<br />

www.apcomunicacao.com<br />

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EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL GERAL@APCOMUNICACAO.COM<br />

CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 3


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

ROBERTO GASPAR<br />

SECRETÁRIO-GERAL DA ANECRA<br />

A SENSIBILIZAÇÃO PARA A<br />

IMPORTÂNCIA DO TEMA DA<br />

ENERGIA, ENQUANTO RECURSO<br />

ESCASSO, E A SUA FORMA DE<br />

UTILIZAÇÃO, É UM TEMA CENTRAL<br />

NO SETOR DAS EMPRESAS DO<br />

COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO<br />

AUTOMÓVEL. POR ESSA RAZÃO, É<br />

URGENTE OFERECER-LHES<br />

FERRAMENTAS CRÍTICAS PARA<br />

PROMOÇÃO DE NOVOS<br />

COMPORTAMENTOS EM RELAÇÃO À<br />

TEMÁTICA DA ENERGIA<br />

JO PRESENTE NA EXPOMECÂNICA 2023<br />

O<br />

JO irá estar presente em força no próximo<br />

Salão expoMECÂNICA como organizador<br />

da quinta edição da Competição Melhor<br />

Mecatrónio. Durante os três dias do Salão (14, 15<br />

e 16 de abril 2023), irão decorrer, num espaço de<br />

200 m2 localizado no pavilhão 3 da Exponor, as<br />

provas da grande final. Oito mecatrónicos irão estar<br />

a concorrer para a conquista do ambicionado<br />

Troféu de Melhor Mecatrónico do Ano. Convidamos<br />

por isso todos os interessados a visitar o Salão<br />

e assistir ao vivo ao desenrolar <strong>das</strong> várias provas.<br />

Com quatro pavilhões totalmente ocupados por<br />

expositores nacionais e estrangeiros, a 8ª edição<br />

da expoMECÂNICA promete ser a maior e mais<br />

completa de sempre. A Organização está confiante<br />

de que o evento ultrapassará a dimensão<br />

<strong>das</strong> edições anteriores. Para tal, muito está a contribuir<br />

a presença de empresas estrangeiras. A<br />

praticamente três meses da inauguração, a Organização<br />

prepara com os principais intervenientes<br />

do mercado uma certame mais qualificado, com<br />

uma forte aposta na formação, no debate e na<br />

componente digital. Nas áreas da formação e do<br />

debate, a feira vai continuar a oferecer aos visitantes<br />

as suas mais emblemáticas iniciativas, mas<br />

há novidades.<br />

ENRIQUE JUNQUERA<br />

DIRETOR GERAL DA ANDEL<br />

NÃO TEMOS PRESSA, VAMOS<br />

RESPEITAR A DISTRIBUIÇÃO, ATÉ<br />

PORQUE QUEREMOS CRIAR UMA<br />

REDE DE LOJAS DE FORMA<br />

SELETIVA, QUE CONVIVAM, QUE<br />

OPEREM NO MERCADO COM<br />

SENTIDO DE GRUPO E COM AS<br />

QUAIS POSSAMOS CUMPRIR AS<br />

NECESSIDADES DE TODAS, AS<br />

ANTIGAS E AS NOVAS<br />

SEMÁFORO<br />

PATXI GORROTXATEJI<br />

DIRETOR EXECUTIVO TALOSA<br />

DENTRO DO SETOR DE<br />

AFTERMARKET INDEPENDENTE,<br />

SOMOS O GRUPO NÚMERO UM NO<br />

MUNDO PARA DIREÇÃO E<br />

SUSPENSÃO. À PARTE DISTO,<br />

INVESTIMOS NA PARTE DE<br />

BORRACHA-METAL, NA QUAL JÁ<br />

TEMOS A NOSSA PRÓPRIA FÁBRICA,<br />

ONDE DESENVOLVEMOS TODOS OS<br />

SINOBLOCOS DOS NOSSOS BRAÇOS<br />

DE SUSPENSÃO, OS CUBOS DE<br />

RODA, E ESTAMOS A COMEÇAR A<br />

PRODUZIR SUPORTES DE MOTOR E<br />

OUTROS COMPONENTES<br />

Transição verde obriga forte<br />

investimento<br />

Que a transição energética <strong>das</strong> empresas<br />

é uma inevitabilidade, além de uma<br />

necessidade em termos ambientais, e<br />

trará frutos em termos de competitividade<br />

para as empresas, ninguém tem dúvi<strong>das</strong>.<br />

Mas vai obrigar a um investimento forte<br />

por parte dos empresários e ao recurso<br />

a financiamento, pelo que o facto de<br />

os critérios de concessão de crédito às<br />

empresas estarem mais restritivos pela<br />

banca não contribui para a evolução da<br />

situação. “Por outro lado, não está ainda<br />

em funcionamento o Portugal 2030, que<br />

constituirá uma importante fonte para<br />

a realização deste investimento”, como<br />

lembra o presidente da AEP.<br />

Chumbo à semana de 4 dias<br />

O tecido empresarial atribui nota<br />

negativa à experiência-piloto da semana<br />

de 4 dias de trabalho que o Governo<br />

vai implementar, de forma voluntária<br />

e apenas ao setor privado, a partir de<br />

junho de 2023. Entre as mais de mil<br />

respostas ao inquérito promovido pela<br />

AEP, os empresários foram claros na sua<br />

posição e argumentam que a medida<br />

terá um impacto muito negativo sobre<br />

a competitividade, a produtividade e<br />

os lucros <strong>das</strong> empresas. Entre outras<br />

conclusões verifica-se que um terço<br />

<strong>das</strong> empresas considera que a ideia só<br />

beneficia os trabalhadores e outro terço<br />

defende mesmo que não será benéfica<br />

para nenhuma <strong>das</strong> partes.<br />

AleCarPeças mais fortalecida<br />

A aquisição da AleCarPeças pelo fundo<br />

de investimento Crest II vem fortalecer a<br />

empresa fundada por Jochen Staedtler e<br />

atualmente liderada por Pedro Rodrigues.<br />

O fundo de capital de risco “Crest II” dedicase<br />

à realização e gestão de investimentos<br />

em empresas e dispõe, atualmente, em<br />

Portugal, de investimentos nos setores<br />

da produção de mobiliário de casa de<br />

banho; distribuição grossista de peças e<br />

assessórios para automóveis ligeiros, e<br />

produção e comércio de acessórios para a<br />

prática de todo-o-terreno, caravanismo e<br />

autocaravanismo. A operação encontra-se<br />

em curso e deverá ficar concluída dentro de<br />

pouco tempo.<br />

4 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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Destaque


FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA<br />

PROFISSIONAIS<br />

PRECISAM-SE!<br />

A ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PARA AS OFICINAS É UM PROBLEMA PREMENTE DO<br />

SETOR PÓS-VENDA AUTOMÓVEL. ATRAIR E RETER TALENTOS AFIGURA-SE UMA TAREFA CADA VEZ MAIS<br />

COMPLICADA, HAVENDO MUITO TRABALHO A FAZER POR PARTE DE TODOS OS ENVOLVIDOS. O JORNAL<br />

DAS OFICINAS FOI OUVIR VÁRIOS ESPECIALISTAS, PARA PERCEBER COMO SE PODE, AINDA, REVERTER A<br />

SITUAÇÃO<br />

Nos últimos anos, o interesse pela área do pós-<br />

-venda automóvel tem vindo a diminuir.<br />

Um setor em franco desenvolvimento, com<br />

muitas novidades tecnológicas e uma evolução fulgurante,<br />

que se vê a braços com inúmeras dificuldades<br />

para contratar novos profissionais. O advento<br />

dos carros modernos e repletos de componentes digitais,<br />

ou até dos veículos híbridos e elétricos, traz<br />

tanto de inovação como de desafio para aqueles que<br />

se dedicam a esta área. No entanto, se há uns anos,<br />

até os mais curiosos e desembaraçados se poderiam<br />

lançar na reparação automóvel, hoje dificilmente<br />

alguém sem as devi<strong>das</strong> qualificações consegue diagnosticar<br />

e reparar os automóveis atuais.<br />

Mas se a magia da mecânica não desapareceu e,<br />

aparentemente, este é um setor que até se tornou<br />

mais interessante e moderno, o que pode justificar<br />

esta aflitiva falta de recursos humanos nas oficinas<br />

de Norte a Sul do país (e também pela Europa<br />

fora)? Neste artigo tentaremos perceber o que motiva<br />

– e sobretudo o que desmotiva – as cama<strong>das</strong><br />

mais jovens da atualidade no momento de escolher<br />

uma carreira profissional, assim como o que está a<br />

levar os trabalhadores da reparação automóvel a<br />

desistir e enveredar por outras áreas, e vamos ver o<br />

que está a ser feito tanto nos centros de formação<br />

em Portugal, como em entidades internacionais<br />

para dar a volta ao caso, que se afigura cada vez<br />

mais grave.<br />

Em novembro e dezembro, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

dedicou alguns episódios do Podcast «Dar Voz ao<br />

Aftermarket» ao tema «Falta de recursos humanos<br />

qualificados», onde pudemos ouvir oradores de<br />

diferentes áreas, que nos traçaram o cenário real<br />

sobre o que está a afugentar os trabalhadores<br />

<strong>das</strong> oficinas auto. O consultor Manuel Vala<strong>das</strong>,<br />

o diretor do Centro de Formação Profissional<br />

de Reparação Automóvel (CEPRA), António<br />

Caldeira, o diretor da T Academy, Jorge Zózimo, e<br />

ainda o diretor de formação da Academia de Formação<br />

ATEC, Pedro Oliveira, foram bastante incisivos<br />

nas suas respostas, e opinaram sobre os grandes<br />

desafios do setor no momento, assim como<br />

partilharam várias ideias que podem e devem ser<br />

ti<strong>das</strong> em conta pelos empresários nacionais.<br />

Diagnóstico fácil<br />

Ao contrário do que faz falta para mexer num<br />

automóvel atual, para diagnosticar o que se passa<br />

no setor de reparação automóvel, não é preciso<br />

ter grandes qualificações. A realidade é crua e está<br />

bem à frente dos nossos narizes. O fluxo de entrada<br />

dos trabalhadores nas profissões do setor vai-se<br />

reduzindo, ano após ano, e com a saída natural dos<br />

mais velhos para a reforma há cada vez mais lugares<br />

por preencher. Assistimos a uma indústria em<br />

mudança permanente, com impacto forte no negócio<br />

de pós-venda, que não se coaduna com profissionais<br />

que não evoluem. Esta revolução industrial<br />

está já a provocar alterações nos quadros de competências<br />

dos recursos humanos, com a formação<br />

– e o reskilling – dos ativos humanos a assumir<br />

um papel fundamental e diferenciador, face aos<br />

desafios impostos pelos novos paradigmas. Assim,<br />

é compreensível que, ao nível <strong>das</strong> qualificações, a<br />

fasquia esteja bastante mais elevada do que estava<br />

há algumas déca<strong>das</strong>, afunilando em grande parte o<br />

número de possíveis candidatos às vagas no setor.<br />

Depois, importa também falar sobre remuneração.<br />

Os profissionais olham para o trabalho que têm<br />

em mãos e depressa percebem que é uma função<br />

que exige não só muitos conhecimentos, bem como<br />

muita responsabilidade, sem que os ordenados<br />

acompanhem devidamente estes requisitos. Em<br />

Portugal, a experiência e conhecimento não são valorizados<br />

e a maior parte da mão de obra vem dos<br />

centros de formação, uma vez que é mais barata.<br />

Passado um ou dois anos, os trabalhadores acabam<br />

inevitavelmente por se mudar para outras oficinas<br />

onde possam ganhar um pouco mais, muito por<br />

força do que constatamos ser a moderna forma<br />

de vida dos jovens profissionais dos nossos dias:<br />

a preocupação não se prende com a construção de<br />

uma carreira ou a ascensão no posto de trabalho,<br />

como era antigamente. Pelo contrário, são jovens<br />

mais imediatistas e pragmáticos, disponíveis para<br />

novas experiências e desafios, tendendo, por força<br />

disso, a aproveitar propostas de salários mais interessantes,<br />

mesmo que isso signifique entrar numa<br />

experiência de curto prazo, sabendo, desde logo,<br />

que facilmente regressam ao mercado de trabalho,<br />

caso as expetativas que tinham não sejam correspondi<strong>das</strong>.<br />

Os jovens querem, essencialmente, qualidade de<br />

vida. Condições laborais que respeitem horários<br />

e permitam conciliação familiar são as maiores<br />

exigências. A comparação mais simples é com a<br />

indústria onde, por exemplo, os jovens mecânicos<br />

encontram alternativas a ganhar o mesmo ou<br />

mais, com menos problemas e responsabilidades,<br />

em trabalhos que, por vezes, são menos comprometedores<br />

para a sua saúde.<br />

Um setor pouco atrativo<br />

Face a este panorama, torna-se complicado atrair os<br />

mais novos para carreiras no pós-venda automóvel,<br />

ainda que nos deparemos com algumas ambiguidades.<br />

As vagas disponíveis nos cursos relacionados<br />

são poucas para tantos candidatos, da mesma forma<br />

que também são poucos os que ficam efetivamente<br />

empregados depois de tirarem os cursos.<br />

As empresas (muitas vezes de pequena dimensão),<br />

têm receio de investir na formação dos jovens que<br />

podem não conseguir segurar enquanto funciowww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Janeiro I 2023 7


DESTAQUE<br />

AS ÁREAS DE CHAPA E PINTURA SÃO AS QUE ACUSAM MAIORES<br />

DIFICULDADES EM RECRUTAR PROFISSIONAIS E HÁ POUCA LUZ ao FUNDO<br />

DO TÚNEL NAQUELA QUE JÁ É CONSIDERADA UMA QUESTÃO ENDÉMICA UM<br />

POUCO POR Toda A EUROPA<br />

nários. Dentro da oficina, perdeu-se<br />

a figura de «aprendiz», e acaba por<br />

sair muito caro a uma empresa pagar<br />

a um funcionário que, no fundo, ainda<br />

está só a aprender. Aqui, os concessionários,<br />

com maior capacidade<br />

financeira, acabam por se destacar,<br />

por terem mais possibilidades de<br />

contratação do que os pequenos empresários.<br />

Das fileiras da massa crítica,<br />

brotam críticas à falta de coragem<br />

destes empresários em cobrar mais<br />

pela mão de obra, o que, consequentemente,<br />

viabilizaria maior disponibilidade<br />

financeira para os salários<br />

dos funcionários. Já os empresários,<br />

queixam-se da falta de gente qualificada,<br />

com vontade de aprender e<br />

responsabilidade para encarar estas<br />

profissões. Até ao momento, a solução<br />

começa a afigurar-se na contratação<br />

de mão de obra estrangeira, tal<br />

como já acontece em Espanha (que<br />

está a recrutar na América Latina e<br />

nos países de Leste). Perante isto, a<br />

verdade é que nunca foi tão difícil<br />

atrair e fidelizar o talento capaz de<br />

impulsionar o crescimento <strong>das</strong> organizações<br />

e, naturalmente, da economia.<br />

A questão que fica para reflexão<br />

é: e se fôssemos nós, os jovens à<br />

procura de trabalho, iríamos bater à<br />

porta do pós-venda automóvel?<br />

Tempo de agir<br />

O podcast do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

reuniu vários oradores, que são unânimes<br />

na necessidade de fazer algo<br />

para mudar a situação do setor. Da<br />

formação, à valorização salarial, passando<br />

por melhores condições de<br />

carreira, são várias as ideias apresenta<strong>das</strong><br />

pelos nossos convidados e que<br />

agora recordamos.<br />

Enquanto diretor do CEPRA, António<br />

Caldeira explica que a escassez de<br />

mão de obra acontece a nível nacional<br />

e internacional, pelo que cabe a<br />

entidades como aquela que gere conseguir<br />

“encontrar e motivar os jovens<br />

para terem uma qualificação inicial e<br />

o reskilling para quem já está no setor”.<br />

A seu ver, esta falta de interesse<br />

pelas profissões da reparação auto<br />

deve-se à “dificuldade a nível social<br />

de as valorizar”, havendo mesmo<br />

uma “inércia enorme para fazer com<br />

que a população em geral mude a<br />

opinião que tem formada e que muitas<br />

vezes nem tem fundamento ne-<br />

nhum”, lamenta. O dirigente entende<br />

que “os jovens são atraídos por algo<br />

que os desafie, que seja interessante<br />

e diferenciador junto dos amigos e<br />

da família”, de maneira que é preciso<br />

“divulgar o setor e tornar as profissões<br />

apelativas para que os jovens<br />

lhes deem a devida atenção”.<br />

Entre o que se pode fazer, nota a importância<br />

de atualizar as designações<br />

<strong>das</strong> profissões: “Eu já não uso «bate-chapas»<br />

nem «picheleiro», uso<br />

reparador de carroçarias, porque os<br />

outros termos remetem para uma<br />

altura em que havia um martelo e<br />

pouco mais. Hoje, um reparador de<br />

carroçarias é um técnico de elevado<br />

gabarito, que tem que ter conhecimentos<br />

acima da média, é uma<br />

profissão exigente. E o imaginário<br />

<strong>das</strong> pessoas é diferente da realidade<br />

atual. É preciso mostrar com ênfase<br />

as condições em que, atualmente,<br />

um pintor ou um reparador de carroçarias<br />

trabalha numa oficina, para<br />

verem que afinal até é uma profissão<br />

melhor do que outras”, declara. Uma<br />

opinião que é partilhada pelo consultor<br />

Manuel Vala<strong>das</strong>, que defende<br />

a evolução <strong>das</strong> profissões, questionando<br />

“porque é que não se chama<br />

Técnico de Pintura Auto? Porque é<br />

mesmo isso que ele é! Está diariamente<br />

em contacto com tintas que<br />

podem custar mais de 200 euros/<br />

litro, com ferramentas eletrónicas e<br />

com tudo o que hoje rodeia qualquer<br />

profissão nesta área, que são as novas<br />

tecnologias. Isso per si, já é atrativo<br />

para os jovens”, considera. Também<br />

a divulgação é, a seu ver, basilar<br />

para chegar à opinião pública e dá<br />

como exemplos a necessidade de as<br />

empresas “mostrarem o interior <strong>das</strong><br />

suas instalações, a área de reparação,<br />

ao mesmo tempo que promovem os<br />

serviços nos seus websites e redes sociais”.<br />

Tudo o que não é comunicado,<br />

afirma, “torna-se pouco atrativo para<br />

a opinião pública. Se não é divulgado,<br />

não existe e ninguém o vai recomendar<br />

aos filhos!”, assegura.<br />

“Criar o bicho do automóvel”<br />

Pedro Oliveira, diretor de formação<br />

da ATEC – Academia de formação,<br />

observa uma questão cultural na<br />

desvalorização da área automóvel,<br />

justificando que “há alguns anos, as<br />

pessoas menos qualifica<strong>das</strong> iam para<br />

8 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


DESTAQUE<br />

EM PORTUGAL, A EXPERIÊNCIA E O CONHECIMENTO NÃO SÃO vaLORIZADOS<br />

E MUITas CHEFIAS TÊM MEDO DE COLOCAR PESSOAS VÁLIDas. COM ESTA<br />

MENTALIDADE A EVOLUÇÃO SERÁ MAIS LENTA<br />

a construção civil ou para a mecânica<br />

automóvel e hoje em dia as coisas<br />

não são assim”. No entanto, refere,<br />

“se abrirmos um curso de chapa e<br />

pintura – na ATEC não temos esta<br />

área – não temos inscrições, talvez<br />

ainda pela ideia mal percecionada de<br />

que as pessoas que iam para esta área<br />

tinham poucos estudos. Uma ideia<br />

errada!”. Pedro Oliveira acredita que<br />

“cabe a nós, setor, estar envolvido,<br />

mostrar as boas práticas e o trabalho<br />

dos bons profissionais que temos”.<br />

Também para Jorge Zózimo, diretor<br />

da T. Academy, “criar o bicho do<br />

automóvel nos jovens” é parte da<br />

solução para o problema da falta de<br />

mão-de-obra. O responsável da empresa<br />

de formação assevera que “os<br />

jovens têm de sentir que é interessante<br />

e que não vão andar constantemente<br />

sujos de óleo e a chapinhar<br />

em lama. As oficinas não são assim,<br />

são muitíssimo boas, na maior parte<br />

dos casos”. Além disso, aponta que<br />

é preciso desmistificar que a colisão<br />

não é um trabalho agreste e que hoje<br />

em dia exige conhecimentos a nível<br />

da engenharia automóvel.<br />

Paralelamente à valorização da profissão,<br />

é, segundo os nossos entrevistados,<br />

absolutamente necessário<br />

proceder a uma revisão <strong>das</strong> remunerações,<br />

motivo que também está a arredar<br />

cada vez mais profissionais <strong>das</strong><br />

oficinas. António Caldeira, do CE-<br />

PRA, advoga “a valorização da mão-<br />

-de-obra”. Assim, os clientes pagam<br />

mais pelos serviços realizados, permitindo<br />

aos empresários pagar mais<br />

aos seus profissionais. Já Jorge Zózimo,<br />

indica como solução a melhoria<br />

da gestão oficinal, pois “acontece<br />

muitas vezes esta ser deficiente, com<br />

muitas horas mortas para os mecânicos.<br />

Andam alguns a limpar oficina,<br />

outros a passear no balcão <strong>das</strong> peças,<br />

outros não têm o trabalho devidamente<br />

organizado e o número de horas<br />

que se perdem em algumas oficinas,<br />

é enorme”. No fundo, repara, “o<br />

número de técnicos de que necessito<br />

poderia ser menor e poderia remunerá-los<br />

melhor. Há margem para aumentar<br />

as condições que temos para<br />

oferecer aos profissionais”. Relevante<br />

também, seria, pelo menos, divulgar<br />

no anúncio de emprego o intervalo<br />

de valores disponíveis para o salário<br />

do funcionário a contratar, um facto<br />

que, para o consultor Manuel Vala<strong>das</strong>,<br />

logo à partida, “não gera motivação<br />

para quem o está a ler”.<br />

Chegar e entrar na verdadeira realidade<br />

do setor nem sequer é o problema,<br />

na opinião de Pedro Oliveira,<br />

da ATEC, que conta que o que desincentiva<br />

os jovens de se manterem<br />

na profissão é aperceberem-se que<br />

têm colegas com “40/50 anos, com<br />

ordenados muito baixos e não querem<br />

isso para o futuro deles, pelo que<br />

procuram ir para outras áreas onde<br />

são mais reconhecidos”.<br />

Novas gerações<br />

Os jovens atuais têm mentalidades<br />

e objetivos diferentes dos profissionais<br />

que entraram no ativo nos anos<br />

70/80/90. Se estes últimos queriam<br />

“estabilidade, um vencimento fixo e<br />

uma ligação à empresa”, como descreve<br />

António Caldeira, do CEPRA,<br />

hoje “um jovem compara qualquer<br />

remuneração e regalia, porque não<br />

há dificuldades de empregabilidade”.<br />

Na verdade, o cenário mais comum<br />

é mesmo a «dança <strong>das</strong> cadeiras», de<br />

empresa em empresa, a ver «quem<br />

dá mais». O desespero dos empresários<br />

para encontrar mão de obra qualificada<br />

é tal, que o que mais acontece<br />

é o «roubo» de profissionais, que é “a<br />

saída mais fácil, ir ao vizinho, oferecer<br />

mais dinheiro e trazer o funcionário”,<br />

como diz Pedro Oliveira, da<br />

ATEC. O responsável não concorda<br />

que exista “escassez de mão de obra<br />

qualificada”, até porque “notamos<br />

que existem muitos interessados em<br />

tirar os cursos de mecatrónica automóvel<br />

que nós tempos. O que reparamos<br />

depois é que o mercado não dá<br />

continuidade a todos esses formandos<br />

que nós colocamos nas oficinas<br />

a estagiar e importa pensar porquê”.<br />

Nestes tempos em que a tecnologia<br />

evolui sem parar, o setor de pós-venda<br />

automóvel precisa cada vez mais<br />

de profissionais preparados para<br />

lidar com os veículos mais recentes<br />

que chegam diariamente às estra<strong>das</strong>.<br />

Os recursos humanos de há 40/50<br />

anos tinham de ter “brio profissional,<br />

orgulho na profissão e deveriam<br />

trabalhar para fazer o correto à primeira<br />

e com verdadeiro entusiasmo”,<br />

diz Jorge Zózimo, que acrescenta que<br />

hoje em dia, a estas caraterísticas se<br />

soma a obrigatoriedade de ter outras<br />

competências técnicas, “formação<br />

continuada, estar up to date com<br />

os produtos que vão reparar… mas<br />

também temos de lhes dar condições<br />

na área onde trabalham: elevadores<br />

como deve de ser, ferramentas de<br />

todo o tipo, ter um ambiente limpo,<br />

observando to<strong>das</strong> as regras de<br />

10 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


segurança no trabalho”. Para o engenheiro<br />

mecânico, e antigo professor<br />

do ISEL, “o papel <strong>das</strong> escolas é falar<br />

mais com a indústria”.<br />

Já Manuel Vala<strong>das</strong> considera urgente<br />

a tomada de decisões, nomeadamente<br />

“uma espécie de instituto<br />

que consiga preparar jovens para<br />

abraçarem novas profissões existentes<br />

na reparação automóvel, para<br />

dar resposta às solicitações <strong>das</strong> empresas”.<br />

Para tal, entende que é preciso<br />

“aproveitar a experiência da<br />

ANECRA e do CEPRA”, defendendo<br />

mesmo que esta última deveria estar<br />

presente em quase to<strong>das</strong> as capitais<br />

de distrito. O consultor vê ainda a<br />

necessidade de haver um trabalho de<br />

maior proximidade entre empregado<br />

e empregador: “quando o advogado<br />

entra na empresa, o diretor-geral<br />

recebe-o no seu gabinete e trata as<br />

coisas com ele de forma eticamente<br />

correta. Explica-lhe o que é a empresa,<br />

o que precisa dele. Se entra um<br />

Técnico de Pintura Auto na empresa,<br />

quem é que o recebe? Porque não há<br />

de ser o diretor-geral a fazê-lo? Para<br />

que ele sinta que faz parte daquela<br />

família. A pessoa sente-se útil, faz<br />

parte da empresa”. Depois, o especialista<br />

considera que é preciso que<br />

o supervisor acompanhe o crescimento<br />

dos funcionários, dando-lhes<br />

objetivos e comprometendo-se, em<br />

conjunto, com o cumprimento dos<br />

mesmos, pois “assim o profissional<br />

sente-se respeitado, sente que está<br />

a contribuir para a produtividade e<br />

qualidade da empresa e o supervisor<br />

conhece melhor o seu colaborador”.<br />

O diretor de formação da ATEC, Pedro<br />

Oliveira, revela que tem havido<br />

muita estabilidade na procura dos<br />

cursos do centro de formação ao longo<br />

dos últimos anos, tanto no polo<br />

de Palmela, como em Matosinhos.<br />

Sente, sobretudo, que a grande diferença,<br />

como referiu anteriormente,<br />

está no local onde os formandos são<br />

colocados para estágio: “temos excelentes<br />

profissionais que propiciam<br />

muitos bons estágios e que ensinam<br />

de tudo, não só a vertente mais técnica,<br />

mas também os capacitam para<br />

o que lhes faz falta para serem bons<br />

profissionais, tanto ao nível <strong>das</strong> soft<br />

skills, ou como podem ter autonomia<br />

no seu trabalho, algum pensamento<br />

crítico e repensarem tudo o que estão<br />

a fazer, incutindo-lhes o espírito de<br />

que não sabem tudo e que é preciso<br />

uma procura constante para evoluir”.<br />

O responsável sabe que é possível<br />

“fazer mais na área da formação, temos<br />

de repensar os nossos cursos, de<br />

forma a integrar no curso de mecatrónica<br />

esta valência da chapa e da<br />

pintura, para que os nossos formandos<br />

possam experienciar algumas<br />

aulas teóricas e práticas à volta deste<br />

tema. Temos de aproveitar os jovens<br />

que querem aprender uma profissão<br />

deste setor para que aprendam outras<br />

ou, pelo menos, outra valência,<br />

dentro do aftermarket”. Além disso,<br />

considera que o papel da ATEC<br />

para desenvolver a profissão passa,<br />

também, por realizar parcerias com<br />

“muitas redes que nos procuram<br />

para ter formação, pois vendemos<br />

um produto que traz qualidade e<br />

mais valia àquele profissional”.<br />

Por outro lado, Jorge Zózimo relembra<br />

o papel associativo, destacando<br />

que “as três associações que temos<br />

em Portugal liga<strong>das</strong> ao setor poderiam<br />

fazer campanhas de angariação<br />

de vocações para esta área”.<br />

No CEPRA, António Caldeira, assume<br />

que a parte fácil “é diagnosticar<br />

o problema”, adiantando que o difícil<br />

é ter o apoio dos empresários, que<br />

devem estar implicados na situação.<br />

Neste sentido estão já a promover<br />

formações exclusivas para determina<strong>das</strong><br />

empresas: “Tentamos encontrar<br />

interessados junto dos centros<br />

de emprego e formamos um grupo<br />

à medida para essas empresas. Têm<br />

a componente teórica no CEPRA e<br />

depois vão ter a prática nas empresas,<br />

que é essencial”, conta. Sobre as<br />

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DESTAQUE<br />

INQUÉRITO JO falta DE MÃO DE OBRA<br />

QUALIFICADA PARA as OFICINAS<br />

PREOCUPAÇÃO<br />

E DESÂNIMO!<br />

A grande escassez de mão de obra qualificada para<br />

as oficinas AUTOmóvel é o desafio que, provavelmente,<br />

mais preocupa as empresas de reparação em Portugal.<br />

Por outro lado, existe um desânimo generalizado<br />

dos empresários que não vislumbram soluções para<br />

resolver o problema<br />

qualificado deve possuir, o diretor do<br />

CEPRA não hesita: “O empresário<br />

quer pessoas que tenham know-how<br />

e que, sobretudo, sejam fiáveis, responsáveis<br />

e com capacidade de adaptação.<br />

Não é um setor compatível<br />

com «ficar parado no tempo», tem<br />

que evoluir. Devem ter boa formação<br />

– constante e contínua – e estarem<br />

sempre atualizados para serem<br />

atores capazes de levar as empresas<br />

a enfrentar os desafios que se colocam”,<br />

define.<br />

O desafio dos veículos<br />

elétricos<br />

Com o aumento do parque circulante<br />

de veículos elétricos é inevitável que<br />

estes carros comecem a visitar as oficinas,<br />

para serviços de manutenção<br />

e reparação. A questão que se coloca<br />

é se os mecânicos estão preparados<br />

para dar assistência a estes veículos.<br />

Dentro de poucos anos, quando o<br />

parque de VE for substancialmente<br />

maior, poderão não haver especialistas<br />

suficientes prontos para a manutenção<br />

dos carros elétricos. Por<br />

outro lado, a transição para uma mobilidade<br />

elétrica não implica apenas<br />

a adoção de carros com bateria, em<br />

substituição daqueles que se movem<br />

a combustíveis fósseis.<br />

É também necessário a construção<br />

de infraestrutura para pontos de carga<br />

e a garantia de capacidade para os<br />

carregamentos. Além disso, a mudança,<br />

que exige novas peças e novas<br />

formas de venda, entre outros, requer<br />

serviços diferentes de manutenção.<br />

Perante este cenário, existe uma<br />

falta de mecânicos qualificados para<br />

a manutenção e reparação de carros<br />

elétricos. Ora, esta escassez terá<br />

consequências relaciona<strong>das</strong> com os<br />

custos de manutenção e, consequentemente,<br />

com os objetivos da redução<br />

de emissões da UE. Estima-se<br />

que até 2027 não haverá mecânicos<br />

qualificados suficientes para prestar<br />

assistência a todos os veículos elétricos<br />

do nosso país.<br />

São necessárias vias de formação profissional<br />

e acreditada para preparar<br />

técnicos para a reparação e manutenção<br />

de veículos elétricos. Além disso,<br />

muitos mecânicos estão, atualmente,<br />

a ser treinados para fazer trabalhos<br />

que desconhecem. Tendo em conta<br />

que a manutenção dos veículos elétricos<br />

implica o trabalho com eletricidade<br />

de alta tensão, esta abordagem<br />

pode ser inadequada e, em muitos<br />

casos, perigosa. l<br />

Para fazer uma avaliação do impacto que esta situação está a ter no mercado, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

lançou durante os meses de novembro e dezembro de 2022 o inquérito “Falta de Mão de Obra Qualificada<br />

nas <strong>Oficinas</strong>”. Para este Inquérito colocámos algumas questões relaciona<strong>das</strong> com as principais<br />

dificuldades que os proprietários de oficinas se debatem na contratação de mão de obra especializada<br />

e também pedimos a sua opinião sobre o que deve ser feito para cativar as novas gerações a<br />

trabalhar nas oficinas de reparação automóvel.<br />

O inquérito foi realizado via online e contou com 165 respostas váli<strong>das</strong>. As oficinas que responderam<br />

foram na sua maioria de mecânica (68%) e as restantes de colisão e pneus (32%). As respostas evidenciaram<br />

os obstáculos e as dificuldades que as oficinas vivem na contratação de recursos humanos<br />

qualificados para as suas organizações. Existe um défice de oferta em to<strong>das</strong> as áreas do pós-venda<br />

automóvel, com mais relevância nas profissões e mecânicos e pintores. A maioria dos proprietários<br />

classificou o recrutamento de novos empregados como a sua principal preocupação. Para além<br />

da ansiedade que vivem derivado de poderem ficar privados de um bom empregado que sai para<br />

trabalhar noutra oficina.<br />

Confrontados com a escassez de novos talentos, os proprietários <strong>das</strong> oficinas utilizam todos os<br />

argumentos para manter as suas equipas através de aumentos salariais, bónus de todos os tipos,<br />

melhoria <strong>das</strong> condições de trabalho, entre outros. O reforço <strong>das</strong> equipas é sem dúvida a principal<br />

dificuldade para os gerentes de oficinas. Mais de 50% dos inquiridos diz que procura colaboradores<br />

há mais de um ano, sem sucesso. Não é por isso surpreendente, que 100% dos inquiridos digam que<br />

estão a ter dificuldades em recrutar. A escassez de novos talentos é fortemente sentida na mecânica<br />

e na pintura.<br />

Existe naturalmente uma inflação, que leva os gerentes a apoiarem o poder de compra dos seus<br />

empregados, mas sobretudo a manterem as suas equipas. Quase metade dos inquiridos aumentou<br />

os salários entre 5 e 10%, de acordo com o aumento do custo de vida. Por outro lado, há uma percentagem<br />

razoável de inquiridos que não fez aumentos de ordenados, argumentando a necessidade de<br />

manter margens e receio pela instabilidade económica que se vive no país.<br />

A formação continua a ser muito valorizada pelo setor da reparação e manutenção automóvel,<br />

e pelas respostas recebi<strong>das</strong> podemos ver que assim é. O objetivo é reforçar os conhecimentos da<br />

equipa. É de notar que quase 75% dos inquiridos considera que os apoios do Estado à contratação de<br />

jovens trabalhadores continua o mesmo de antes, sem incentivos e com muita burocracia. No que diz<br />

respeito aos incentivos de contratação, o mais escolhido pelo inquiridos foi o bónus sobre o aumento<br />

de produtividade, sendo que os horários de trabalho flexíveis também está a ser utilizado.<br />

A DIFICULDADE CRESCENTE DE ENCONTRAR PROFISSIONAIS<br />

QUALIFICADOS, COMO POR EXEMPLO MECATRÓNICOS, INFORMÁTICOS<br />

E PINTORES, É O DESAFIO QUE, PROvavelMENTE, MAIS PREOCUPA<br />

as EMPRESAS<br />

12 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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DESTAQUE<br />

INQUÉRITO JO FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PARA AS OFICINAS (CONT.)<br />

Está atualmente a recrutar mão de obra qualificada<br />

para a sua oficina? Para que áreas específicas?<br />

Chefe de Oficina 5%<br />

Mecânicos 48%<br />

Bate Chapas 13%<br />

Pintores 21%<br />

Administrativos 3%<br />

Outros 10%<br />

Implementou incentivos de contratação?<br />

Bónus sobre o volume de<br />

negócio da oficina<br />

Bónus sobre o aumento de<br />

produtividade<br />

Oferta de seguro de saúde<br />

6%<br />

28%<br />

3%<br />

Horários de trabalho flexíveis 15%<br />

Outros 48%<br />

Há quanto tempo anda à procura de colaboradores?<br />

Utilizou a formação profissional?<br />

Seis meses 33%<br />

1 ano 51%<br />

2 anos 16%<br />

Para que postos de trabalho tem mais dificuldade<br />

em recrutar?<br />

Para reforçar os<br />

conhecimentos da equipa<br />

Pela vontade de transmitir<br />

conhecimentos<br />

Para testar novos<br />

colaboradores com vista ao<br />

recrutamento<br />

87%<br />

5%<br />

8%<br />

Chefe de Oficina 6%<br />

Mecânicos 42%<br />

Bate Chapas 10%<br />

Pintores 29%<br />

Administrativos 3%<br />

Outros 10%<br />

Aumentou os salários dos colaboradores? Em que<br />

proporção?<br />

0 a 3% 17%<br />

3 a 5% 34%<br />

5 a 7% 13%<br />

7 a 10% 36%<br />

Qual a finalidade destes aumentos?<br />

Para atrair candidatos 10%<br />

Para ter em conta a inflação 13%<br />

Para reter o pessoal existente 77%<br />

Em que postos de trabalho estão estes aumentos<br />

salariais?<br />

Chefe de Oficina<br />

Mecânicos<br />

Bate Chapas<br />

Pintores<br />

Administrativos<br />

Outros<br />

2%<br />

52%<br />

16%<br />

18%<br />

2%<br />

10%<br />

Opiniões de proprietários de oficinas sobre<br />

a falta de mão de Obra Qualificada<br />

O que deve ser feito para cativar as novas gerações a trabalhar<br />

nas oficinas de reparação automóvel?<br />

l Mais opções de cursos e incentivo aos jovens para frequentarem cursos profissionais. Incentivar a<br />

escolha para cursos técnicos especializados a partir do 10º ano de escolaridade.<br />

l Empresas mais organiza<strong>das</strong>, formação e motivação. Criar melhores condições de trabalho, com<br />

contratos interessantes.<br />

l Dar ênfase ao dinamismo da área automóvel, dando apoios para as entidades de formação poderem<br />

aprofundar e desenvolver mais as suas formações.<br />

l Divulgar a profissão de mecânico e pintor junto <strong>das</strong> escolas e esclarecer sobre as atividades para potenciar<br />

possíveis candidatos. Levar as crianças em visitas de estudo às oficinas para despertar o seu interesse.<br />

l A área não é atrativa para todos, têm que efetivamente gostar de automóveis, em to<strong>das</strong> as suas<br />

vertentes. Porém, ter um trabalhador novo sem muitos conhecimentos, embora com muita vontade de<br />

aprender, nem todos os empregadores querem e sem esse tempo de adaptação, não conseguiremos<br />

transformar um aprendiz num empregado competente.<br />

l Criar centros de formação regionais com programas de promoção <strong>das</strong> profissões para atrair jovens.<br />

l É preciso apostar na formação e valorizar a mão obra especializada, pagando melhores ordenados.<br />

l Ensinar as novas gerações que para ganharem muito dinheiro têm de investir muito em conhecimento<br />

e fazer mais do que por aquilo que é pago como investimento no seu futuro.<br />

l Redirecionar alunos para cursos na área de mecânica automóvel, atribuindo a estes cursos as bolsas<br />

que vêm sendo gastas com formações que não acrescentam qualquer valor à capacidade produtiva<br />

nacional.<br />

l Mais planeamento na formação académica e uma cultura forte no investimento e divulgação dos<br />

cursos técnicos que antigamente permitiam que os jovens tivessem um conhecimento prático mais<br />

aprofundado.<br />

l O problema está na sociedade, pois as profissões de produção estão a ser abandona<strong>das</strong> pelos jovens em<br />

prol de serviços administrativos e digitais. A única forma de incentivo é a mudança de mentalidades.<br />

l A nova geração tem de deixar de pensar que vão só trabalhar com a máquina de diagnóstico. Têm de<br />

saber resolver avarias e problemas que a máquina não resolve e sujar as mãos quando necessário.<br />

l Potenciar a atratividade <strong>das</strong> profissões liga<strong>das</strong> ao pós-venda automóvel junto <strong>das</strong> escolas e reformular<br />

a oferta formativa. Atualizar os conteúdos dos cursos e estabelecer um plano de comunicação disruptiva<br />

por forma a gerar uma maior visibilidade dos cursos para as novas gerações<br />

14 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NÚRIA ALVAREZ, DIRETORA DE COMUNICAÇÃO DA CONEPA<br />

(FEDERAÇÃO ESPANHOLA DE OFICINAS)<br />

COM UMA BOA ATITUDE,<br />

UM PROFISSIONAL É CAPAZ<br />

DE QUASE TUDO<br />

À conversa com Núria Alvarez percebemos que a falta<br />

de recursos humanos nas oficinas é transversal,<br />

na Península Ibérica. Para esta responsável, cada<br />

INSTITUIÇÃO tem, AO seu nível, o desafio de conseguir uma<br />

SOCIEDADE melhor, preparando téCNICA e humanamente<br />

AS pessoas para servir a comunidade. No caso do pósvenda,<br />

prestando ASSISTência AOS milhões de veículos que<br />

circulam pelas nossas estra<strong>das</strong> e garantindo<br />

a segurança rodoviária<br />

Há quanto tempo notam a falta de<br />

profissionais para trabalhar nas<br />

oficinas em Espanha?<br />

Os momentos em que se procuram<br />

mais profissionais e, portanto, nos<br />

quais mais se nota a sua escassez,<br />

coincidem sempre com épocas de<br />

grande procura de serviços de oficina<br />

e isso está muito relacionado<br />

com a situação económica do país.<br />

Aconteceu, por exemplo, nos anos<br />

que antecederam a grande crise de<br />

2007/2008, e os posteriores, especialmente<br />

a partir de 2015. Desde<br />

então, a situação tornou-se endémica.<br />

O que motiva esta escassez de<br />

profissionais?<br />

É preciso destrinçar muito bem dois<br />

aspetos ao analisar esta questão. Por<br />

um lado, a falta de profissionais com<br />

experiência, que é o maior problema<br />

para as empresas, quando precisam<br />

de crescer ou querem substituir funcionários<br />

qualificados que deixam<br />

a oficina. Evidentemente, é muito<br />

complicado cobrir esses perfis, pois<br />

não existe desemprego a esse nível, o<br />

que é algo positivo como fator económico<br />

para um país.<br />

Por outro lado, está o acesso ao setor,<br />

por parte de jovens que entram<br />

na vida ativa. Neste caso, é evidente<br />

que, nos últimos anos, a oficina perdeu<br />

interesse como destino profissional<br />

para os estudantes de Formação<br />

Profissional regulamentada. Mesmo<br />

que optem por entrar em cursos relacionados<br />

com o automóvel, preferem<br />

outras saí<strong>das</strong>, como os fabricantes de<br />

automóveis ou de componentes.<br />

Em que áreas há mais falta de<br />

profissionais?<br />

Se no início deste século, a falta de<br />

trabalhadores estava mais associada<br />

a postos relacionados com a carroçaria<br />

(chapa e pintura), agora não há<br />

grande diferença entre esta especialidade<br />

e a eletromecânica.<br />

Os centros de formação têm<br />

dificuldades em formar mais<br />

profissionais para as oficinas?<br />

Porquê?<br />

Toda a Formação Profissional em<br />

Espanha está num momento de mudança,<br />

mas o processo ainda é mais<br />

notório no nosso setor, dada a rápida<br />

evolução tecnológica dos veículos.<br />

Os próprios docentes precisam de<br />

se atualizar diariamente para estar<br />

a par <strong>das</strong> alterações técnicas incorpora<strong>das</strong><br />

nos novos veículos e saber<br />

como dar resposta à manutenção e<br />

reparação de automóveis modernos.<br />

Isso inclui também o ensino de novas<br />

ferramentas físicas e eletrónicas,<br />

custosas a nível económico para os<br />

centros, mas cujo maneio é imprescindível<br />

para que os novos profissionais<br />

tenham um espaço no mercado<br />

ao finalizar a sua formação académica.<br />

O que é que se está a fazer em<br />

Espanha para solucionar o problema<br />

da falta de profissionais?<br />

A nosso ver, as empresas deveriam<br />

ser realistas e tomar consciência de<br />

que têm de investir mais na formação,<br />

tanto <strong>das</strong> suas equipas, como<br />

dos novos profissionais. Desde logo,<br />

pensar que vai haver sempre pessoal<br />

com boa formação disponível<br />

no mercado quando a empresa precisar,<br />

é bastante ingénuo. Os bons<br />

trabalhadores têm sempre trabalho.<br />

Portanto, não há muitas mais opções<br />

do que atraí-los de outra oficina,<br />

normalmente oferecendo melhores<br />

condições económicas. Mas isso leva<br />

à dinâmica já vivida no início deste<br />

século com os especialistas em carroçaria:<br />

os ordenados eram tão altos<br />

que dificilmente se poderia ter rentabilidade<br />

na empresa. Algo que a crise<br />

agravou, quando chegou.<br />

Nós acreditamos que as empresas<br />

deveriam trabalhar mais na sua formação,<br />

preparando e dando oportunidades<br />

aos seus próprios funcionários,<br />

traçando “planos de carreira”<br />

para eles, o que, sem dúvida, pode<br />

ser também um fator de fidelização<br />

e uma garantia de relações sóli<strong>das</strong> a<br />

longo prazo.<br />

Como atrair mais jovens para as<br />

profissões do setor oficinal?<br />

Não nos ajudou nada, enquanto setor,<br />

a imagem que uma parte da sociedade<br />

e dos políticos se encarregou<br />

de difundir em relação ao automóvel:<br />

deixou de ser um símbolo da liberdade<br />

de movimentos da humanidade<br />

no século XX, para passar a ser<br />

um objeto irritante, poluente e com<br />

um futuro incerto. Perceções que,<br />

ainda para mais, não são reais, como<br />

é evidente.<br />

O automóvel continua a ser imprescindível<br />

para a sociedade atual e nada<br />

nos faz pensar que nas próximas<br />

déca<strong>das</strong> passe a ser de outro modo.<br />

Além disso, a tecnologia incorporada<br />

nos veículos é cada vez mais complexa<br />

e a manutenção e reparação<br />

estão relaciona<strong>das</strong> com processos de<br />

trabalho com eletrónica avançada, o<br />

que, a priori, deveria ser mais atrativo<br />

para os jovens. Aqui, faço uma<br />

ponte com a resposta anterior, para<br />

reivindicar também a importância<br />

de implicar as empresas na formação<br />

inicial dos jovens na Formação Profissional<br />

dual para que os estudantes<br />

que passem por uma oficina durante<br />

a sua formação prática se entusiasmem<br />

com o nosso setor e decidam<br />

encontrar nele o seu futuro laboral.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 15


DESTAQUE<br />

Quais são os maiores desafios ao<br />

contratar profissionais para as<br />

empresas de reparação automóvel?<br />

Para ser breve, diria que o objetivo<br />

é acertar à primeira no perfil mais<br />

adequado, técnico e relacional, que<br />

se adeque ao que a empresa espera<br />

do trabalhador. Não só diz respeito ao<br />

trabalho técnico da pessoa, mas também<br />

a sua relação com o ambiente em<br />

que vai desenvolver as suas funções.<br />

E, claro, uma vez que se comprove<br />

que a pessoa responde às expetativas,<br />

o desafio seguinte e permanente<br />

é a sua fidelização. As empresas mais<br />

sóli<strong>das</strong> mostram uma grande capacidade<br />

de reter o talento.<br />

Que impacto está a ter a falta de<br />

profissionais para as empresas de<br />

reparação de automóvel?<br />

Em muitos casos, resulta na renúncia<br />

ao crescimento, o que pode colocar<br />

em perigo a própria sobrevivência da<br />

empresa e, desde logo, trava as ambições<br />

de melhoria de uma empresa.<br />

Quais são as principais<br />

competências que deve possuir<br />

um profissional qualificado para<br />

trabalhar numa oficina?<br />

Num trabalho realizado recentemente<br />

para o Ministério da Educação, no<br />

qual a CONEPA participou ativamente,<br />

definiram-se até 313 competências<br />

profissionais diferentes numa série<br />

de categorias e especialidades. Como<br />

analisá-las nos tomaria muito tempo,<br />

preferimos resumir a resposta à<br />

pergunta numa só palavra: “atitude”.<br />

Com uma boa atitude, um profissional<br />

é capaz de quase tudo.<br />

Os novos profissionais são<br />

diferentes dos da geração anterior?<br />

Como definiria o perfil desta nova<br />

geração?<br />

Esta é uma sociedade em pleno processo<br />

de mudança. A pandemia acelerou-o.<br />

Com o que sofremos, todos<br />

damos mais importância às relações<br />

pessoais, à conciliação da vida profissional<br />

e privada, à racionalização<br />

dos horários laborais… As empresas<br />

devem tê-lo em conta e atuar. Já o estão<br />

a fazer. Têm de ser atrativas para<br />

reter o talento.<br />

Considera que os baixos<br />

salários que se oferecem<br />

podem desincentivar os jovens<br />

no momento de escolher esta<br />

profissão?<br />

Para qualquer pessoa, é importante a<br />

valorização do bem-estar económico<br />

futuro na hora de escolher uma profissão.<br />

Felizmente, o setor oficinal em<br />

Espanha mantém um nível salarial<br />

aceitável e competitivo. Não acreditamos<br />

que possa ser um fator determinante<br />

para que alguém com vocação<br />

a abandone em troca de outro setor.<br />

O que é preciso fazer para aumentar<br />

os salários dos profissionais que<br />

trabalham nas oficinas?<br />

O grande problema que temos neste<br />

momento é a falta de rentabilidade.<br />

A inflação atual agravou, ainda para<br />

mais, a situação. As oficinas espanholas<br />

têm um bom nível de trabalho,<br />

mas cada vez ganham menos.<br />

Sem margens, é impossível prepararem-se<br />

para um futuro em constante<br />

mudança e isso também contempla o<br />

investimento nas equipas, tanto a nível<br />

técnico, com formação contínua,<br />

como a nível pessoal, procurando a<br />

maior relação dos nossos colaboradores<br />

com a empresa.<br />

Que papel devem desempenhar<br />

os centros de formação, as<br />

escolas e as universidades no<br />

desenvolvimento <strong>das</strong> profissões da<br />

pós-venda?<br />

Cada instituição tem, ao seu nível, o<br />

desafio de conseguir uma sociedade<br />

melhor, preparando técnica e humanamente<br />

as pessoas para servir a comunidade:<br />

no nosso caso, prestando<br />

assistência aos milhões de veículos<br />

que circulam pelas nossas estra<strong>das</strong> e<br />

garantindo a segurança rodoviária l<br />

MARIA ELO, PROFESSORA UNIVERSITÁRIA<br />

NA SDU, DINAMARCA<br />

NUM SETOR TÃO<br />

COMPETITIVO, É<br />

NECESSÁRIO TER<br />

MUITO CUIDADO<br />

PARA ENCONTRAR OS<br />

MELHORES RESULTADOS<br />

A escassez de mecânicos afeta vários países e<br />

o envelhecimento da força de trabalho é uma<br />

preocupação crescente. Maria Elo, professora de<br />

Negócios e Gestão é membro fundador da tAlents4AA,<br />

uma associação sem fins lucrativos focada<br />

precisamente na atração e retenção de talentos no<br />

setor do aftermarket<br />

A<br />

associação foi constituída<br />

em março de 2022 e tem<br />

feito um um trabalho meritório<br />

em prol do desenvolvimento<br />

do aftermarket, com ações concretas<br />

para sensibilizar as pessoas<br />

para a gravidade da falta de recursos<br />

humanos qualificados nas<br />

oficinas. A docente alerta para a<br />

necessidade de as empresas ofere-<br />

O SETOR DEPARA-SE COM A ENORME DIFICULDADE DE<br />

CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS, MUITO POR FORÇA<br />

DO QUE CONSTATAMOS SER A MODERNA FORMA DE VIDA DOS JOVENS<br />

PROFISSIONAIS DOS NOSSOS DIAS<br />

16 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


www.liqui-moly.com<br />

@liquimoly<br />

@liquimolyiberia<br />

cerem formação atrativa e investirem<br />

na retenção de talentos, garantindo<br />

um “futuro de carreira”<br />

para os seus empregados.<br />

A carência de profissionais, no<br />

entanto, é transversal a todos os<br />

operadores do setor – desde fabricantes<br />

de peças, distribuidores,<br />

retalhistas e oficinas – mas<br />

esta não é uma questão setorial,<br />

defende. A seu ver, as alterações<br />

demográficas são também responsáveis<br />

por este fenómeno, havendo<br />

“menos talento a entrar no<br />

mercado de educação e de trabalho<br />

nos países ocidentais”.<br />

O que fazer?<br />

Sobre o que se pode fazer para<br />

impedir que a força de trabalho<br />

saia do seu país de origem, Maria<br />

Elo considera que, dentro do<br />

mercado de trabalho, existem<br />

muitos funcionários com necessidades<br />

díspares, desde os que<br />

almejam uma carreira internacional,<br />

aos que “não têm planos<br />

de ir a lado nenhum”. E nisto,<br />

não são apenas as empresas que<br />

criam um emprego atrativo, mas<br />

sim, “as instituições, a sociedade<br />

civil e o setor privado, como um<br />

todo”, assim como, refere, “o clima<br />

e a educação desempenham<br />

um papel importante”. É claro<br />

que a “empresa pode fazer avançar<br />

a sua própria organização na<br />

direção certa, por exemplo, no<br />

que diz respeito à regulamentação<br />

do local de trabalho, tributação,<br />

educação, […] na segurança,<br />

no tempo de trabalho flexível,<br />

no trabalho à distância, apoio à<br />

guarda de crianças e outras que<br />

parecem pequenas questões,<br />

mas que podem na realidade ser<br />

grandes questões”, acredita, concluindo<br />

que “a concorrência não<br />

dorme, as pessoas qualifica<strong>das</strong><br />

são arrasta<strong>das</strong> para outras empresas<br />

e mesmo para o estrangeiro<br />

se as suas necessidades não<br />

forem satisfeitas”.<br />

Flexibilidade e autonomia são<br />

dois aspetos que a professora<br />

entende como fulcrais, com as<br />

alterações ocorri<strong>das</strong> no estilo de<br />

vida nos países ocidentais. Sendo<br />

certo que o grau de flexibilidade<br />

e trabalho online depende<br />

da tarefa desempenhada, é sempre<br />

benéfica a atenuação da rigidez<br />

horária, por exemplo, para<br />

trabalhadores com filhos pequenos,<br />

que muitas vezes enfrentam<br />

horários pouco flexíveis de acolhimento<br />

dos filhos nas escolas.<br />

Esta gestão da vida profissional<br />

e familiar, sem comprometer<br />

nenhuma <strong>das</strong> vertentes, é uma<br />

preocupação recorrente dos pais<br />

modernos e pode, efetivamente,<br />

ser tida em conta pelos empregadores<br />

no momento de realizar<br />

um contrato de trabalho. “Num<br />

setor tão competitivo, é necessário<br />

ter muito cuidado para encontrar<br />

os melhores resultados.<br />

O desenvolvimento de soluções<br />

que promovam bons resultados<br />

e autonomia é também uma forma<br />

de reduzir a burocracia desnecessária”,<br />

declara.<br />

Onde está o setor a errar?<br />

Atrair e reter talentos é um desafio<br />

não só para o pós-venda<br />

automóvel, como também para<br />

outras áreas de mercado. Assim<br />

sendo, é preciso questionar, onde<br />

está o setor a errar para não conseguir<br />

alcançar e manter a tão<br />

necessária mão de obra? Maria<br />

Elo vai mais longe: “a imagem<br />

do empregador é atrativa? Uma<br />

empresa patronal deve gerir ativamente<br />

a sua reputação e tomar<br />

conta <strong>das</strong> pessoas que já estão<br />

contrata<strong>das</strong>. As suas experiências<br />

são altamente valiosas para atrair<br />

novos empregados”, avisa. Além<br />

disso, “será que os processos de<br />

contratação visam realmente<br />

aqueles talentos orientados para<br />

o crescimento que existem por aí<br />

ou será que se cingem ao objetivo<br />

«mais do mesmo»?”, deixa para<br />

reflexão. l<br />

PUB<br />

Gosta de beber<br />

um bom vinho<br />

num copo sujo?<br />

O óleo novo<br />

também prefere<br />

um motor limpo.<br />

A limpeza interna LIQUI MOLY é fundamental<br />

para qualquer motor. Limpa o seu interior<br />

e remove depósitos, sujidade e borras de<br />

óleo. Só assim o óleo de motor novo pode<br />

desenvolver todo o seu potencial.<br />

Vantagens: o motor limpo funciona com<br />

mais eficácia após a mudança de óleo,<br />

de forma mais silenciosa e com menor<br />

consumo e emissões poluentes.<br />

LAVE SEMPRE O MOTOR ANTES<br />

DE CADA MUDANÇA DE ÓLEO!<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 17


PATROCINADORES >


E-MOBILITY<br />

FUTURO PERTENCE À<br />

ELETROMOBILIDADE!<br />

E-MOBILITY É A CHAVE PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO SUSTENTÁVEL, CIDADES MAIS<br />

HABITÁVEIS E O COMBATE BEM SUCEDIDO ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. GRAÇAS AOS AVANÇOS NA<br />

ELETROMOBILIDADE, O TRANSPORTE TOTALMENTE SUSTENTÁVEL É AGORA UM OBJETIVO REALISTA,<br />

SEM TER DE COMPROMETER A FORMA COMO VIVEMOS, NOS DESLOCAMOS E TRABALHAMOS<br />

A<br />

E-Mobility permite a transição dos<br />

combustíveis fósseis emissores de CO2<br />

para a energia fornecida a partir de<br />

fontes de energia elétrica que, por sua<br />

vez, são carrega<strong>das</strong> através da rede elétrica.<br />

Ao substituir o transporte baseado em combustíveis<br />

fósseis por veículos movidos a eletricidade, podemos<br />

melhorar drasticamente a qualidade do nosso<br />

ar ao mesmo tempo que reduzimos as emissões de<br />

gases com efeito de estufa.<br />

Dado que as emissões dos transportes foram responsáveis<br />

por mais de 24% <strong>das</strong> emissões globais de CO2<br />

em 2021, um movimento em direção à E-Mobility<br />

faz todo o sentido. De facto, com as emissões de CO2<br />

dos transportes a crescerem a um ritmo mais rápido<br />

do que o de qualquer outro setor, a E-Mobility é uma<br />

necessidade se quisermos alcançar as ambições do<br />

Acordo de Paris: manter o aumento da temperatura<br />

global abaixo dos 2ºC, face aos níveis pré-industriais.<br />

A ligação entre a E-Mobility e a sustentabilidade<br />

é clara: quanto mais soluções de eletromobilidade<br />

utilizarmos, maior será a redução de CO2 e outros<br />

gases com efeito de estufa. E isto é particularmente<br />

importante no sector dos transportes, onde as<br />

dos transportes ajuda a travar as alterações climáticas<br />

através da redução <strong>das</strong> emissões de gases com<br />

efeito de estufa. Como os transportes representam<br />

atualmente cerca de 30% da procura global final de<br />

energia, o potencial de descarbonização é enorme. De<br />

um modo geral, os veículos elétricos custam menos a<br />

circular durante a sua vida útil do que os carros tradicionais<br />

com motores de combustão. Este custo reduzido<br />

resulta em grande parte de regimes fiscais mais<br />

favoráveis, menos peças móveis, e custos de energia<br />

mais baixos. Os benefícios adicionais de uma solução<br />

de E-Mobility para o automóvel incluem um melhor<br />

desempenho de condução, redução da poluição sonora,<br />

e a capacidade de fornecer serviços ao sistema<br />

de energia e aos edifícios utilizando as suas baterias.<br />

A redução <strong>das</strong> emissões dos motores de combustão<br />

movidos a combustíveis fósseis através da E-Mobility<br />

conduzirá a cidades mais sustentáveis e habitáveis,<br />

protegendo ao mesmo tempo o nosso clima. Os efeitos<br />

da poluição causada pelos transportes são especialmente<br />

importantes nas cidades onde um grande<br />

número de pessoas e veículos se desloca dentro de<br />

um espaço geográfico pequeno. As cidades já são responsáveis<br />

por até 70% do consumo energético e <strong>das</strong><br />

A ELETROMOBILIDADE SÓ ESTARÁ À ALTURA DAS ESPERANÇAS<br />

NELA DEPOSITADAS SE O PREÇO DOS CARROS E BATERIAS DESCER,<br />

AS REDES DE CARREGAMENTO CRESCEREM E OS VE ATINGIREM<br />

UM ELEVADO NÍVEL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA<br />

emissões mais do que duplicaram desde 1970 e têm<br />

aumentado todos os anos. Ao substituir o transporte<br />

baseado em combustíveis fósseis por veículos<br />

movidos a eletricidade, podemos melhorar drasticamente<br />

a qualidade do nosso ar ao mesmo tempo<br />

que criamos reduções significativas de CO2.<br />

Quais os benefícios da E-Mobility?<br />

A E-Mobility tem benefícios a muitos níveis, desde<br />

o global, até ao pessoal. A nível global, a eletrificação<br />

emissões de CO2 em todo o globo. E com uma população<br />

mundial que deverá atingir 8,6 mil milhões<br />

de pessoas em 2030 e 70% <strong>das</strong> pessoas que deverão<br />

viver nas cidades até 2050, precisamos de encontrar<br />

uma forma de criar cidades mais sustentáveis e habitáveis.<br />

Tendências de eletrificação<br />

nas energias renováveis<br />

A eletrificação é central para as estratégias de des-<br />

carbonização de muitos setores. Isto significa que a<br />

procura de eletricidade deverá aumentar substancialmente<br />

ao longo dos próximos anos. É por isso<br />

que a redução <strong>das</strong> emissões da produção de eletricidade<br />

é uma componente central <strong>das</strong> estratégias<br />

globais de redução de emissões da maioria dos<br />

países. Felizmente, os custos <strong>das</strong> energias renováveis<br />

estão a baixar, e a capacidade <strong>das</strong> energias<br />

renováveis está a crescer rapidamente. O aumento<br />

da utilização de energias renováveis nas redes e o<br />

aumento da eletrificação criam, contudo, novas<br />

necessidades de capacidade de armazenamento<br />

para lidar com picos de carga.<br />

Embora muitas tecnologias limpas estejam disponíveis,<br />

como o hidrogénio ou motores movidos<br />

a combustíveis alternativos, a eletrificação dos<br />

transportes é a estratégia mais viável para combater<br />

a poluição do ar. Isto significa que os motores<br />

de combustão interna são substituídos por motores<br />

movidos a eletricidade, incluindo Veículos<br />

100% elétricos, Veículos Elétricos Híbridos Plug-<br />

-in e Veículos Elétricos Híbridos - todos eles referidos<br />

como VE.<br />

Os números de VE a nível mundial estão a aumentar<br />

rapidamente. Em 2020, o número total de<br />

veículos elétricos na estrada a nível mundial estabeleceu<br />

um novo recorde de cerca de 10 milhões,<br />

cerca de 1% do parque global de automóveis. Podemos<br />

ver esta tendência também nos transportes<br />

públicos, com mais de 460.000 autocarros<br />

elétricos registados em todo o mundo em 2020.<br />

Impulsionado por novas políticas e expansão do<br />

fabrico, espera-se que o mercado de VE continue a<br />

crescer rapidamente na próxima década, atingindo<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 19


56 milhões de VE a nível mundial até<br />

2030. A eficiência energética de um<br />

VE é cerca de 30% melhor do que<br />

um automóvel a gasolina comparável<br />

e a eletricidade necessária será cada<br />

vez mais produzida a partir de fontes<br />

renováveis.<br />

setor dos Transportes<br />

entre os mais poluentes<br />

Na Europa, o setor dos transportes<br />

foi o único, de entre os principais<br />

setores de atividade, a aumentar as<br />

emissões de CO2, desde 1990. Os<br />

transportes em geral representam<br />

hoje 25% <strong>das</strong> emissões totais destes<br />

gases na Europa, sendo os rodoviários<br />

os mais poluentes, com 19% do<br />

total de emissões. Para estes valores<br />

muito contribui o aumento <strong>das</strong> deslocações<br />

de carro para dentro e fora<br />

dos centros urbanos. De facto, os<br />

transportes públicos ainda não são<br />

considerados suficientemente cómodos<br />

nem fiáveis para abandonarmos<br />

totalmente o uso do automóvel, mesmo<br />

nas cidades mais desenvolvi<strong>das</strong><br />

do mundo. Em Lisboa, o tempo médio<br />

de deslocações em períodos de<br />

pico de trânsito aumenta 61% face<br />

a períodos de trânsito normal — um<br />

valor acima da média Europeia e só<br />

ultrapassado nas cidades de Londres,<br />

Paris e Roma.<br />

De forma a atingir as metas do Acordo<br />

de Paris, tem de haver um trabalho<br />

conjunto dos cidadãos, governos<br />

e empresas, rumo a uma descarbonização.<br />

E tem vindo a ficar claro que<br />

esse caminho se faz lado a lado com o<br />

da eletrificação. Em todos os setores<br />

(incluindo o dos transportes), quanto<br />

maior for o recurso à energia elétrica,<br />

maior será o potencial para recorrer<br />

às energias renováveis e deixar<br />

os combustíveis fósseis de lado. Por<br />

todo o mundo, os países estão a mobilizar-se<br />

no sentido da descarbonização.<br />

Espera-se que, até 2050, haja<br />

uma redução de 80% <strong>das</strong> emissões<br />

de gases com efeito estufa, fomentada<br />

pelo alargamento da produção de<br />

energia a partir de fontes renováveis.<br />

E os veículos a diesel parecem estar<br />

entre os primeiros alvos a abater<br />

nesta luta pelo planeta. Cidades<br />

como Madrid ou Paris já anunciaram<br />

que, até 2025, vão impedir a sua entrada<br />

em centros urbanos e a venda<br />

Quadro I - Vantagens e desvantagens dos Veículos Elétricos<br />

o uso de veículos elétricos começa a ser cada vez mais frequente, no entanto existem vantagens<br />

e desvantagens nestes veículos<br />

Não depende de combustíveis<br />

fósseis para a sua deslocação<br />

Os veículos elétricos são<br />

conhecidos pelo fornecimento de<br />

energia permanente<br />

Os veículos elétricos são<br />

silenciosos, confortáveis e fáceis<br />

de conduzir<br />

Conduzir um VE significa acabar<br />

com os gases de escape e<br />

melhorar a qualidade do ar<br />

Quadro II – A crescente expansão dos veículos elétricos no mundo<br />

Até 2023/2024, os veículos elétricos custarão o mesmo que os veículos de combustão<br />

interna. Esse é o ponto de viragem para o aumento <strong>das</strong> ven<strong>das</strong><br />

Ven<strong>das</strong> anuais projeta<strong>das</strong><br />

500 milhões de veículos<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

2015<br />

Vantagens<br />

Ven<strong>das</strong> acumula<strong>das</strong><br />

Desvantagens<br />

Preço 30-40% mais elevado do que<br />

os seus homólogos a combustão<br />

Pode demorar algum tempo a<br />

recarregar as baterias<br />

Pode ser difícil localizar uma<br />

estação de carregamento<br />

As baterias que equipam os VE são<br />

suscetíveis ao desgaste e caras<br />

Os VE serão responsáveis<br />

por 35% de to<strong>das</strong> as ven<strong>das</strong><br />

de veículos novos<br />

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40<br />

Fonte: Bloomberg<br />

20 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PATROCINADORES ><br />

de novos veículos com motores de<br />

combustão ficará mesmo proibida<br />

em <strong>204</strong>0. Londres, por outro lado,<br />

já prevê uma taxa de 10 libras diárias<br />

para quem queira levar veículos que<br />

não sejam (pelo menos) híbridos até<br />

ao centro da cidade.<br />

Um aproveitamento ótimo<br />

<strong>das</strong> renováveis<br />

Uma <strong>das</strong> vantagens menos conheci<strong>das</strong><br />

da aposta em mobilidade elétrica<br />

é o facto de a mesma poder contribuir<br />

para um melhor aproveitamento <strong>das</strong><br />

energias renováveis. Por vezes, a energia<br />

produzida a partir destas fontes,<br />

nomeadamente a proveniente do sol e<br />

do vento, não consegue ser totalmente<br />

aproveitada por não haver consumo<br />

suficiente. Como tal, a rede fica<br />

“saturada” de energia, o que obriga a<br />

limitar a produção — precisamente o<br />

que queremos evitar, pois pretende-se<br />

um aproveitamento ótimo e máximo<br />

de fontes de energia limpa.<br />

A generalização do uso de veículos<br />

elétricos pode ajudar a resolver esta<br />

limitação: seja ao nível local, usando<br />

soluções inteligentes para acelerar o<br />

consumo dos carregadores de veículos<br />

elétricos, em alturas com muito<br />

sol, seja ao nível global do sistema,<br />

uma vez que, muitas vezes, os veículos<br />

elétricos carregam durante a<br />

noite, ou seja, quando há menos consumo<br />

e mais energia eólica, evitando<br />

assim o desperdício de recursos renováveis.<br />

Os hábitos de carregamento<br />

automóvel terão, naturalmente,<br />

impactos e trazem novos desafios na<br />

forma como a rede elétrica está organizada,<br />

já que irão produzir picos de<br />

procura maiores dos que observamos<br />

até aos dias de hoje, nomeadamente<br />

ao final do dia.<br />

Vantagens da<br />

electromobilidade<br />

Os VE estão a mudar a forma como<br />

nos movemos - não só porque são<br />

mais amigos do ambiente. Um VE<br />

custa mais do que um veículo comparável<br />

a gasolina ou diesel - principalmente<br />

devido aos grandes custos<br />

de produção da bateria, embora os<br />

seus preços tenham caído nos últimos<br />

anos. No entanto, a eletricidade<br />

é mais barata do que os combustíveis<br />

fósseis. Além disso, os veículos elétricos<br />

requerem menos manutenção<br />

e menos reparações. Não há necessidade<br />

de mudar o óleo e os filtros, e<br />

não há sistemas de escape, correias<br />

de distribuição ou correias em V.<br />

Um motor de combustão tem cerca<br />

de 2.500 componentes que têm<br />

de ser fabricados e montados - em<br />

comparação com apenas 250 num<br />

motor elétrico. As baterias de iões<br />

de lítio utiliza<strong>das</strong> nos VE têm uma<br />

longa vida útil, apresentam uma alta<br />

densidade de energia e podem ser<br />

recarrega<strong>das</strong> muitas vezes. Perdem<br />

alguma da sua capacidade de recarga<br />

após oito a dez anos, mas não são defeituosas:<br />

Simplesmente armazenam<br />

menos energia. Os VE proporcionam<br />

um desempenho elevado e têm uma<br />

eficiência muito maior do que os<br />

veículos com motor de combustão:<br />

A relação entre a energia que é alimentada<br />

e que pode ser utilizada é<br />

de cerca de 90 por cento para os VE.<br />

Esse valor é de apenas 35% para motores<br />

a gasolina e 45% para motores<br />

a diesel. O resto é perdido como calor.<br />

Outras vantagens: Devido ao facto<br />

de estar imediatamente disponível<br />

um elevado binário, os VE podem<br />

acelerar mais rapidamente a partir<br />

do 0. Também podem obter energia<br />

com a ajuda do inversor, como quando<br />

travam, e alimentá-la de volta à<br />

bateria.<br />

Desafios enfrentados<br />

pela eletromobilidade<br />

Apesar <strong>das</strong> suas muitas vantagens,<br />

existem outros desafios relacionados<br />

com a eletromobilidade para além do<br />

facto de o preço de um VE ainda ser<br />

atualmente elevado. Os VE são muito<br />

silenciosos. Isto significa muito<br />

menos ruído, especialmente nas cidades<br />

e ao longo <strong>das</strong> estra<strong>das</strong> principais.<br />

Os peões e ciclistas terão de se<br />

habituar a isso primeiro. No entanto,<br />

se os carros elétricos estiverem a<br />

circular a baixa velocidade, são tão<br />

silenciosos que podem nem sequer<br />

ser ouvidos. É por isso que os novos<br />

modelos desenvolvidos na UE têm<br />

de ser equipados com um Sistema de<br />

Alerta Acústico de Veículos (AVAS).<br />

Até uma velocidade de 20 km/h, têm<br />

de gerar ruídos semelhantes aos dos<br />

automóveis a gasolina ou diesel. Se<br />

o VE estiver a viajar mais depressa,<br />

o ruído produzido pelos seus pneus<br />

pode ser ouvido de qualquer forma.<br />

Para assegurar que os VE são de<br />

emissão zero no sentido pleno da<br />

palavra, a sua eletricidade deve ser<br />

proveniente de fontes renováveis e<br />

não, por exemplo, de centrais elétricas<br />

alimenta<strong>das</strong> a carvão, enquanto<br />

a produção da bateria deve ser também<br />

neutra em termos de CO2.<br />

Quadro III - venda de veículos elétricos<br />

com crescimento em Portugal<br />

Em Portugal, nos onze meses de 2022, verificou-se um aumento<br />

de 38% nas ven<strong>das</strong> de veículos ligeiros de passageiros novos<br />

elétricos em comparação com o mesmo período do ano anterior,<br />

tendo sido matriculados 15.712 unidades<br />

Novembro<br />

Janeiro - Novembro<br />

2022 2021 %Var 2022 2021 %Var<br />

Lig Passageiros* 5 478 4 898 11,8% 52 321 43 425 20,5%<br />

Eléctrico (BEV) 2 120 1 970 7,6% 15 712 11 386 38,0%<br />

Híbrido Plug-In<br />

(PHEV)<br />

1 437 1 453 -1,1% 14 174 14 361 -1,3%<br />

PHEV/Gasolina 1 361 1 295 5,1% 12 955 12 380 4,6%<br />

PHEV/Gasóleo 76 158 -51,9% 1 219 1 981 -38,5%<br />

Híbrido Eléctrico (HEV) 1 921 1 475 30,2% 22 435 17 678 26,9%<br />

HEV/Gasolina 1 658 1 078 53,8% 18 591 13 912 33,6%<br />

HEV/Gasóleo 263 397 -33,8% 3 844 3 766 2,1%<br />

Lig Mercadorias* 107 76 40,8% 760 272 179,4%<br />

Eléctrico (BEV) 106 76 39,5% 743 256 190,2%<br />

Híbrido Plug-In (PHEV) 0 0 --- 2 7 -71,4%<br />

PHEV/Gasolina 0 0 --- 2 7 -71,4%<br />

Híbrido Eléctrico (HEV) 1 0 --- 15 9 66,7%<br />

HEV/Gasóleo 1 0 --- 15 9 66,7%<br />

Pesados* 3 0 --- 4 4 0,0%<br />

Eléctrico (BEV) 3 0 --- 4 4 0,0%<br />

Total 5 588 4 974 12,3% 53 085 43 701 21,5%<br />

* - BEV+PHEV+HEV<br />

Origem: AT / Fonte: ACAP<br />

O que o futuro nos reserva<br />

Muitos consideram o motor de combustão<br />

como estando a sair de cena,<br />

dado o atual estado de desenvolvimento<br />

dos VE. No entanto, para<br />

conseguir isso, o preço dos carros e<br />

baterias deve baixar, as redes de carregamento<br />

devem crescer e também<br />

tornar-se mais inteligentes, e os VE<br />

devem atingir um nível de eficiência<br />

energética que os prepare para o<br />

mercado. Empresas e investigadores<br />

estão continuamente a trabalhar para<br />

melhorar as baterias. Isto irá aumentar<br />

o alcance e reduzir o tempo de carregamento<br />

- dois incentivos cruciais<br />

para os utilizadores. Além disso, a<br />

rede de estações de carregamento está<br />

a ser constantemente expandida.<br />

MATRÍCULAS DE LIGEIROS E PESADOS BEV, PHEV e HEV<br />

ROM - Representantes Oficiais de Marca<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 21


Atualidade<br />

FÓRUM DPAI/ACAP<br />

PRINCIPAIS DESAFIOS<br />

E TENDÊNCIAS DO IAM<br />

DECORREU NO FINAL DO PASSADO MÊS DE NOVEMBRO O FÓRUM DPAI/ACAP ONDE FORAM APRESENTADOS<br />

OS PRINCIPAIS DESAFIOS E TENDÊNCIAS DO IAM. O EVENTO FOI MARCADO PELO LANÇAMENTO<br />

DA APLICAÇÃO MOTORDATA PÓS-VENDA INDEPENDENTE E PELA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS<br />

PRELIMINARES DE UM ESTUDO ELABORADO PELO ISEG EXECUTIVE EDUCATION<br />

A<br />

abertura do evento ficou a cargo de Joaquim<br />

Candeias, Presidente da DPAI, que<br />

expôs os principais temas em discussão na<br />

União Europeia, com impacto direto na actividade<br />

empresarial. O acesso a dados/funções do veículo,<br />

o Motor Vehicle Block Exemption Regulation<br />

– MVBER, a Cibersegurança e a Sustentabilidade.<br />

O mercado automóvel foi o tema introduzido<br />

por Hélder Pedro, Secretário-Geral da ACAP. Com<br />

cerca de 6.712 milhões de veículos em circulação, o<br />

parque automóvel caracteriza-se por ser constituído<br />

maioritariamente por Ligeiros de Passageiros e<br />

Ligeiros de Mercadorias. A idade média dos veículos<br />

Ligeiros de passageiros era 13,5 anos e dos<br />

de mercadorias, 15,3 anos, em 2021. A média de<br />

idade dos veículos entregues para abate é de 23,5<br />

anos em 2021, contra 16 anos em 2006. Outro dos<br />

pontos abordados pelo Secretário-Geral da ACAP<br />

foi o Fit for 55, tendo destacado que, para se cumprir<br />

o objetivo de redução em 55% nas emissões<br />

até 2030, 60% <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> terão de ser de veículos<br />

eletrificados.<br />

Estudo “O Aftermarket em Portugal:<br />

Presente e Futuro”<br />

O Fórum DPAI/ACAP contou com a apresentação<br />

preliminar de um estudo sobre o pós-venda independente.<br />

Fruto de uma parceria com o ISEG Executive<br />

Education, o estudo intitulado “O Aftermarket<br />

em Portugal: o Presente e o Futuro”, pretende fazer<br />

22 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


uma caracterização do perfil do consumidor do aftermarket,<br />

assim como <strong>das</strong> empresas do sector.<br />

O estudo tem como objetivos a caracterização do canal<br />

independente do aftermarket automóvel em Portugal<br />

e a procura a ele dirigida; perspetivar a evolução<br />

futura da procura dirigida ao canal independente<br />

do aftermarket automóvel, em função <strong>das</strong> inovações<br />

tecnológicas no sector automóvel e <strong>das</strong> alterações nas<br />

preferências dos clientes e avaliar as consequências<br />

do referido anteriormente, nas estratégias futuras do<br />

canal independente do aftermarket automóvel, através<br />

da realização de inquéritos aos consumidores e<br />

às empresas desta atividade. Os dados preliminares<br />

permitem já retirar algumas conclusões, que foram<br />

apresentados a título de exemplo.<br />

O Aftermarket da próxima geração<br />

A sessão contou ainda com o contributo de Pedro<br />

Díaz, que abordou a temática “O Aftermarket da<br />

próxima geração”, e apresentou aquela que será a<br />

mobilidade da próxima geração, designadamente:<br />

Caracterizada pela eliminação gradual de veículos<br />

ligeiros com motor de combustão interna em<br />

mercados-chave até 2035, com a chegada rápida<br />

da mobilidade elétrica; O “Car OS” será já uma<br />

realidade em 2024, e caracterizado por uma arquitetura<br />

de software “DevOps”, com computadores<br />

de alto desempenho; Outra tendência serão os<br />

Sistemas de condução autónoma em 2030, onde a<br />

mobilidade como serviço ganha quota de mercado.<br />

A tendência é que o mercado do Pós-venda seja<br />

cada vez mais conectado, autónomo, partilhado,<br />

elétrico e sustentável, sendo que, toda esta contextualização<br />

afetará este mercado. Vão surgir novos<br />

players, com forte peso no mercado, as oficinas<br />

vão enfrentar novos desafios, com a complexidade<br />

crescente dos veículos. Haverá um maior peso <strong>das</strong><br />

frotas. Para o sucesso da rede pós-venda, existem<br />

alguns campos de ação essenciais, como o foco no<br />

utilizador final e na sociedade, a exploração de novas<br />

parcerias, o investimento no digital, entender<br />

os omnicanais; sustentabilidade; novas tecnologias<br />

e mobilidade autónoma.<br />

Comissões da DPAI/ACAP<br />

apresentaram balanço<br />

As Comissões da DPAI/ACAP apresentaram as<br />

suas ações e atividades desenvolvi<strong>das</strong> ao longo<br />

de 2022. A Comissão Especializada de Serviços<br />

e Mobilidade, representada por António Costa,<br />

apresentou os excelentes resultados da Oficina<br />

Confiança, um Programa criado pela ACAP,<br />

para distinguir as oficinas que melhor respeitam<br />

as boas práticas para o setor, ao implementar<br />

de forma correta a legislação, com destaque<br />

para a do consumidor, fiscal e ambiental.<br />

A Comissão investiu igualmente os seus esforços<br />

na Dinamização Associativa, através do aumento<br />

dos Associados para uma maior representatividade<br />

no sector oficinal, assim como na criação<br />

de uma Ordem de reparação, (minuta em fase de<br />

construção) que sirva como documento de apoio à<br />

atividade <strong>das</strong> oficinas.<br />

A Comissão Especializada de Distribuidores de<br />

Peças, representada por Isabel Basto, apresentou<br />

as atividades de 2022, que se prenderam com a<br />

criação de uma estratégia para o mercado de distribuição<br />

de peças em Portugal, essencial para responder<br />

à alta competitividade do mercado, à sua<br />

fragmentação e à sua rápida mudança. Comissão<br />

Especializada de Distribuidores de Pneus, representada<br />

por José Moura Neto, abordou o contributo<br />

da Comissão para a melhoria do Observatório<br />

do Mercado de Pneus, através da inclusão de novos<br />

indicadores e métricas, da Análise estatística<br />

de dados dos distribuidores de pneus, assim como<br />

o contributo para a concretização do MotorData.<br />

Por fim, Ribeiro da Silva, em representação da<br />

Comissão Especializada de Produtores de Pneus<br />

da ACAP, apresentou as atividades realiza<strong>das</strong> no<br />

MOTORDATA DISPONÍVEL<br />

PARA O PÓS-VENDA<br />

António Cavado, responsável pelo departamento de estatísticas<br />

da ACAP anunciou o lançamento da plataforma Motordata para<br />

o pós-venda. A partir de agora as empresas aftermarket podem<br />

ter acesso a dados estatísticos da atividade do setor, comparar<br />

os resultados com a média do mercado, analisar o desenvolvimento<br />

<strong>das</strong> ven<strong>das</strong>, entre muitas outras funcionalidades. Zorro<br />

Mendes, professor do ISEG, apresentou os objetivos e estrutura<br />

de um trabalho que está a realizar sobre a caracterização<br />

do aftermarket em Portugal. Com este trabalho, o professor<br />

pretende perspetivar a evolução futura da procura dirigida ao<br />

canal independente do pós-venda automóvel, em função <strong>das</strong><br />

inovações tecnológicas no setor automóvel e <strong>das</strong> alterações nas<br />

preferências dos clientes. A informação recolhida para o estudo<br />

é resultado de dois inquéritos realizados às empresas do canal<br />

independente do aftermarket e aos consumidores.<br />

Aplicação pioneira em Portugal, a Motordata pretende ajudar<br />

as empresas a conhecer a sua performance face à média do<br />

sector e a extrair dados estatísticos de indicadores económico-financeiros<br />

do sector do pós-venda, nomeadamente, <strong>das</strong><br />

empresas de peças independentes, distribuidores de pneus,<br />

retalhistas de pneus e reparação independente. A aplicação<br />

tem também disponíveis dados do parque de veículos<br />

automóveis, de motociclos e de tratores agrícolas, detalhado<br />

pelas características técnicas dos veículos e por código postal;<br />

matrículas diárias e mensais de veículos automóveis e de<br />

motociclos, novos e importados usados em Portugal; e ainda<br />

Registos de Propriedade de veículos automóveis, de motociclos<br />

e de tratores agrícolas, detalhados pelas características<br />

técnicas dos veículos e por código postal.<br />

ano de 2022, que incluíram a elaboração de campanhas<br />

informativas para os consumidores e o desenvolvimento<br />

de guias (Guia do Pneu Usado) e do<br />

Manual Técnico dos Pneus. l<br />

A PRODUÇÃO DE INDICADORES ESTATÍSTICOS PARA O PÓS-VENDA TEM SIDO<br />

UMA PRIORIDADE PARA A DPAI E SÃO FUNDAMENTAIS PARA DETERMINAR<br />

OBJETIVOS, PREPARAR DECISÕES E ENQUADRAR A GESTÃO


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

NORAUTO CHEGA A ALVALADE COM UM NOVO CONCEITO<br />

SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS DE MOBILIDADE<br />

Aberta desde o passado dia 6 de dezembro, a<br />

Norauto Soluções Urbanas revela-se um passo<br />

importante para a afirmação da Norauto<br />

como marca potenciadora de soluções sustentáveis<br />

para o automobilista, que visam contribuir positivamente<br />

para o presente e futuro do nosso planeta.<br />

Com uma oferta alargada em produtos e serviços<br />

(manutenção e reparação) de veículos de 2 ro<strong>das</strong>,<br />

torna-se assim a 1ª loja deste género no país e a 2ª do<br />

grupo Mobivia, do qual a Norauto faz parte.<br />

Este novo conceito, que pretende ser uma referência<br />

nas soluções urbanas, coloca à disposição dos clientes<br />

os mais variados serviços Norauto: Click and collect<br />

(compra em loja ou norauto.pt e recolha em loja);<br />

Venda e serviço de instalação ao domicílio de carregadores<br />

elétricos; Seguro de bicicleta e de trotinete<br />

elétricas; Serviço de aluguer de suportes de bicicleta,<br />

malas de tejadilho e reboques. Paralelamente, como<br />

ponto de contacto aos centros auto Norauto, disponibilizará<br />

igualmente os habituais serviços Norauto<br />

(Serviço Financiamento Oney; Oficina Móvel Norauto;<br />

SOS Baterias; Drive IPO e Serviço DriveR - mais<br />

informações em norauto.pt). A Norauto pretende assim<br />

estar ao lado dos automobilistas nesta transição<br />

automobilística, oferecendo-lhes soluções inovadoras<br />

com base nas suas necessidades e do planeta.<br />

A inauguração da 1ª loja Norauto Soluções Urbanas,<br />

contou com a presença de diversos convidados, desde<br />

parceiros, a fornecedores e figuras públicas, que<br />

vieram conhecer este novo conceito Norauto. O Chef<br />

Chakall, embaixador da mobilidade Norauto, DJ<br />

Kamala, Carlos Manuel (ex-jogador do Sport Lisboa<br />

e Benfica), Francisco Garcia, ator e apresentador de<br />

TV, a modelo e apresentadora Vanessa Oliveira, e a<br />

apresentadora e nutricionista Rita Andrade, foram<br />

algumas <strong>das</strong> caras conheci<strong>das</strong> que vieram conhecer<br />

este novo espaço. Também parceiros como a Repsol,<br />

Oney, CEOs de outras empresas e amigo” da marca<br />

Norauto marcaram presença neste evento.<br />

O momento alto da noite foi o discurso do CEO da<br />

Norauto, José Luís Barbajosa, que destacou o facto<br />

de ser a 1ª loja Norauto dentro da cidade em Portugal,<br />

com um modelo inovador que pretende dar<br />

resposta à constante evolução do mundo e consequentemente<br />

<strong>das</strong> necessidades dos clientes. Referiu<br />

ainda que “a nossa missão é tornar acessível soluções<br />

duráveis de mobilidade a cada automobilista”, algo<br />

para o qual acredita que esta loja é um passo muito<br />

importante.<br />

De seguida, o Market Manager Ibérico Javier Viñals<br />

referiu que esta é “mais que uma loja de mobilidade,<br />

é uma loja de soluções!” e que disponibilizará as últimas<br />

novidades no que toca às soluções urbanas. Para<br />

concluir foi a vez do embaixador da mobilidade Norauto<br />

- o Chef Chakall - fazer uma intervenção, optando<br />

por um discurso emocional afirmando “Tenho<br />

4 filhos e o futuro é hoje, o futuro não é amanhã!”,<br />

uma mensagem alinhada com os valores e missão da<br />

Norauto que demonstra a consciência da importância<br />

<strong>das</strong> soluções sustentáveis de mobilidade.<br />

24 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


LANÇA FORMAÇÃO DE BATERIAS ONLINE<br />

GS YuASA Academy | A GS Yuasa Academy, é a primeira plataforma abrangente de<br />

formação em baterias online existente. Com mais de 20 cursos de formação detalhados, cobre<br />

cada passo da “viagem” de uma bateria, desde a saída da prateleira, através de manutenção<br />

contínua, até ao fim da sua vida útil. Foi concebido para ajudar as empresas a revolucionar a<br />

sua oferta de baterias, melhorando o serviço ao cliente, reduzindo as devoluções de garantia<br />

e maximizando o potencial de receitas do negócio de baterias. A GS Yuasa Academy oferece<br />

formação profissional em bateria através da sua combinação de conteúdo de vídeo envolvente<br />

e material de apoio descarregável. Cada utilizador recebe um percurso de aprendizagem<br />

adaptado ao seu papel específico. Cada módulo leva apenas alguns minutos a completar,<br />

pode ser completado ao seu próprio ritmo e resulta num certificado descarregável após a conclusão<br />

com sucesso. Daniel Martinez, Diretor de Formação da GS Yuasa Battery Iberia, afirmou:<br />

“Trabalhámos arduamente para criar a primeira plataforma de treino de baterias abrangente<br />

do mundo, da qual estamos compreensivelmente orgulhosos”.<br />

SOLIDÁRIA COM A ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DE ITACA<br />

Metalcaucho | A Metalcaucho, voltou a colaborar, pelo terceiro ano consecutivo, com a Associação<br />

Educacional de Itaca na campanha solidária de angariação de alimentos, brinquedos e livros. A empresa de<br />

Barcelona, ​que faz parte do grupo americano BBB Industries, está muito orgulhosa da sua equipa humana,<br />

que nos últimos anos, tem dado o seu contributo solidário, à Associação Educacional Itaca, através de<br />

doações, sejam financeiras, alimentares, brinquedos ou livros. A Associação Educacional Itaca é uma organização<br />

sem fins lucrativos do L’Hospitalet de Llobregat (Barcelona), que desde 1976 se dedica à educação<br />

lúdica de crianças e jovens do bairro, em situação de pobreza infantil ou exclusão social. Em Espanha, a<br />

taxa afeta 28,3% <strong>das</strong> crianças e meninas, ou seja, 2,2 milhões. Assim, mais de um quarto <strong>das</strong> crianças em<br />

Espanha crescem na pobreza; aumentando os elevados riscos de saúde, nutrição e educação. A equipa da<br />

Metalcaucho sempre se demonstrou disponível em colaborar neste tipo de campanhas e atos solidários,<br />

fazendo doações de sangue, participando em campanhas de angariação alimentares, brinquedos e livros,<br />

ou até na campanha dos Médicos sem fronteiras.<br />

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UMA REFERÊNCIA IBÉRICA<br />

NA DISTRIBUIÇÃO<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 25<br />

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NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

MIDAS<br />

ABRIU EM BRAGA NOVA OFICINA<br />

A<br />

MIDAS<br />

deu mais um passo na direção do plano estratégico de expansão da marca,<br />

e assina o seu segundo contrato de franquia. A rede Mi<strong>das</strong> conta com uma<br />

nova oficina em regime de franquia, na cidade de Braga. A estratégia nacional da<br />

marca alinha-se assim com a estratégia internacional, colocando toda a sua notoriedade,<br />

experiência e avançada metodologia ao acesso de empreendedores, operadores independentes,<br />

gestores e profissionais da área que pretendam associar-se a uma franquia de<br />

sucesso comprovado. Foi no passado dia 24 de novembro de 2022, nas instalações da<br />

sua sede, em Vila Nova de Gaia, que a Mi<strong>das</strong> celebrou a assinatura do segundo contrato<br />

de franquia para a abertura de uma nova oficina da marca em Braga. Jorge Dias, CEO<br />

do Grupo Maintarget S.A., e Carlos Silva, Gerente da Categoria Credível, expressaram<br />

o seu contentamento com a formalização desta parceria, afirmando: “iniciamos a nossa<br />

história no setor automóvel, que posteriormente evoluiu para o mercado <strong>das</strong> telecomunicações<br />

e energia, posicionando-nos hoje como um dos principais players em Portugal.<br />

Abraçar a parceria com a Mi<strong>das</strong> no ano em que celebramos 40 anos, e no distrito que nos<br />

viu nascer, é um grande motivo de orgulho. A partilha dos mesmos valores, know-how da<br />

Mi<strong>das</strong>, prestígio e credibilidade, foram fatores decisivos para efetivar esta parceria”.<br />

APOIA OFICINAS COM NOVA CAMPANHA<br />

Delphi Technologies | A Delphi Technologies, lançou uma campanha para fornecer suporte<br />

direto às oficinas e aos mecânicos. Sob o nome de Masters of Motion, a campanha, é destinada a ajudar<br />

quem está na linha da frente do serviço: os profissionais oficinais. O trabalho em equipa e o apoio mútuo<br />

são valores fundamentais e que devem ser incorporados desde o início, para além de serem a razão pela<br />

qual a equipa da Delphi Technologies, a pensar diretamente nos workshops, tem realizado um intenso<br />

trabalho de investigação. Assim, foram realiza<strong>das</strong> pesquisas em 4.000 oficinas, além de consultas exaustivas<br />

a quatro grupos, para conhecer a experiência real dos mecânicos. Fruto de pesquisas, realiza<strong>das</strong> em<br />

10 países europeus, a Masters of Motion nasce com o compromisso de adotar uma abordagem intercultural<br />

em todos os seus conteúdos e atividades. Os recursos do Masters of Motion são a resposta direta aos<br />

resultados da consulta. Todo o seu conteúdo está disponível online e serve como ‘ponto de encontro’ para<br />

os utilizadores, onde serão adicionados mais vídeos, gráficos e guias.<br />

MAIS DIGITAL DO QUE NUNCA<br />

AUTOPEçAS Cab | A Autopeças Cab quis terminar o ano com a apresentação do novo<br />

website da empresa. É de realçar, que a Autopeças lançou, há pouco tempo, a nova Webshop. O<br />

novo site, disponível aqui, para além de mais moderno, e de possuir uma imagem mais simples,<br />

tem muitas novidades em relação ao anterior, entre elas um chat de comunicação direta com<br />

o call center, para orçamentos e disponibilidades. Com a nova webshop já em pleno funcionamento,<br />

este novo site, permite um acesso mais visível logo no topo e em destaque. “Para o<br />

próximo ano, vamos ter mais novidades a nível de melhorias da Webshop para os nossos clientes,<br />

permitindo aos mesmos terem com a Autopeças Cab mais funcionalidades e outros serviços para<br />

as suas oficinas”, revelou André Cruz, da Autopeças Cab.<br />

rodape_Nelson_Tripa.pdf 1 21/12/2021 17:41<br />

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WEBSHOP MAIS INTUITIVA E COM NOVA IMAGEM<br />

NRF | Para facilitar a vida dos seus utilizadores, a NRF fez alterações à sua loja online, a NRF<br />

Webshop. Esta nova página web, disponibiliza agora uma nova imagem, novos filtros de pesquisa<br />

e uma nova forma de verificar a disponibilidade dos produtos.<br />

A NRF está sempre atenta às necessidades dos seus clientes, como tal, atendendo aos tempos<br />

inseguros que se vivem na internet, atualizou a tecnologia por trás da sua loja online. Apresentase<br />

agora mais rápida e mais segura do que nunca. Ainda assim, a empresa, manteve o sistema de<br />

fotografias 360º para que os utilizadores possam ter uma visão completa e global dos produtos e<br />

melhorou a versão móvel do site.<br />

A diversidade da gama e os novos serviços disponíveis para o cliente têm sido a estratégia<br />

seguida pela NTN-SNR para o pós-venda, o que lhe garante a posição de líder no mercado<br />

automóvel, com base na capacidade de inovação e na experiência em equipamento original<br />

de que dispõem para desenvolver continuamente as suas gamas de produtos: chassis, cadeia<br />

cinemática e transmissão.<br />

A NTN foi distinguida pela TecAlliance como um «Fornecedor de Dados Certificados TecDoc», uma<br />

certificação que garante qualidade e confiança adicional aos clientes<br />

TORNA-SE ACIONISTA DE EMPRESA<br />

DE TRANSMISSÃO<br />

bilstein group | O bilstein group fez mais um investimento após a aquisição da<br />

empresa de turbocompressores Motair em 2021. O especialista em peças automóvel tornou-se<br />

recentemente acionista da Revolute, uma jovem empresa de Kassel, na Alemanha, que<br />

desenvolve caixas de velocidades especiais para a mobilidade elétrica. A Revolute é uma<br />

empresa promissora, que oferece grande potencial de crescimento, motivo pelo qual o bilstein<br />

group decidiu investir. Ao mesmo tempo é fornecedor de componentes relevantes, incluindo a<br />

unidade completa da caixa de velocidades. A caixa de velocidades Revolute, para bicicletas, está<br />

atualmente disponível para ser instalada (em pré-encomenda) e está planeado ser fabricada em<br />

grandes quantidades, a médio prazo, em cooperação com os principais fabricantes internacionais<br />

de bicicletas. As bicicletas elétricas, no entanto, são apenas o primeiro passo para a Revolute<br />

e para os seus 14 colaboradores. No futuro, a empresa quer desenvolver transmissões para<br />

veículos elétricos menores de até 50 KW, como veículos municipais ou de entrega.<br />

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entrevista<br />

PATXI GORROTXATEJI, DIRETOR EXECUTIVO TALOSA<br />

O DESENVOLVIMENTO<br />

E FABRICO PRÓPRIO DÃO-NOS<br />

UMA ROBUSTEZ ENORME<br />

A TALOSA, FABRICANTE ESPANHOL DE COMPONENTES DE SUSPENSÃO E DIREÇÃO COM<br />

MAIS DE 65 ANOS NO SETOR DO AFTERMARKET, ESTÁ EM CURVA ASCENDENTE, GRAÇAS AOS<br />

INVESTIMENTOS REALIZADOS NOS ÚLTIMOS ANOS E A UM MODELO DE NEGÓCIO QUE A COLOCA<br />

COMO LÍDER MUNDIAL NA SUA ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO<br />

Visitámos o centro logístico da Talosa, em<br />

Pamplona, para falar com Patxi Gorrotxateji,<br />

diretor executivo, que nos descortinou<br />

alguns dos segredos do sucesso da marca. Os mais<br />

de 40 anos que tem de experiência na automoção,<br />

dos quais 36 de aftermarket independente na área<br />

da direção e suspensão, fazem de Gorrotxateji um<br />

verdadeiro conhecedor do setor, com ideias bem<br />

defini<strong>das</strong> sobre o que pretende para o futuro da<br />

Talosa. Até agora, as apostas que tem feito têm-se<br />

mostrado vencedoras e colocam a Talosa em franca<br />

ascensão no mercado, mesmo num panorama global<br />

de maior dificuldade.<br />

“Dentro do setor de aftermarket independente, somos<br />

o maior fabricante mundial de peças de direção<br />

e suspensão de reposição. À parte disto, investiu-se<br />

no setor da borracha-metal, na qual já temos<br />

a nossa própria fábrica, onde desenvolvemos todos<br />

os sinoblocos dos nossos braços de suspensão, os<br />

cubos de roda, e estamos a produzir suportes de<br />

motor, amortecimento e suspensão”, explica. Com<br />

o objetivo de aumentar o seu portfólio, a Talosa<br />

decidiu alargar horizontes para novas áreas de<br />

produto, mais comerciais, como os rolamentos, as<br />

juntas de articulação, as transmissões e as juntas<br />

homocinéticas..<br />

Independência garantida<br />

Um dos maiores e mais importantes investimentos<br />

da empresa navarra foi na sua própria maturidade<br />

e independência no processo produtivo. A posição<br />

que conquistou está hoje plenamente consolidada,<br />

dispondo dos meios tecnológicos mais avançados<br />

da indústria, podendo iniciar e finalizar toda<br />

a produção sem depender de ninguém. “Um dos<br />

investimentos mais importantes que fizemos foi<br />

na fábrica de forja de alumínio, graças à qual já<br />

não dependemos de ninguém. Tanto a forja de ferro,<br />

como a de alumínio ou a de chapas, que são a<br />

maioria dos produtos que vendemos, já são, desde<br />

o início, de fabrico próprio, com todos os processos<br />

integrados na nossa casa: desenho, moldes,<br />

etc.”, enfatiza. Quer isto dizer que “desde que compramos<br />

a peça original, até que metemos a nossa<br />

própria peça numa caixa, é tudo feito nas nossas<br />

fábricas”, conta.<br />

Por ano, são desenvolvi<strong>das</strong> 1.200 referências novas,<br />

<strong>das</strong> quais 800 de direção e suspensão e cerca<br />

de 400 de borracha-metal, o que para Patxi Gorrotxateji<br />

é “um dos nossos pontos mais fortes. O<br />

desenvolvimento e fabrico próprios dão-nos uma<br />

robustez enorme, além de termos a gama mais ampla<br />

do mercado europeu, referindo-me não só aos<br />

carros europeus, mas também aos asiáticos, com<br />

uma cobertura superior a 95% do parque total<br />

existente na Europa”. A gama asiátia tem vindo a<br />

crescer em importância no catálogo da Talosa, com<br />

o fabricante a assumir que “assim que um veículo<br />

asiático entra na Europa, desenvolvemos o componente.<br />

Hoje, em 15 mil referências que temos em<br />

stock, cerca de 6 mil são de veículos asiáticos, é<br />

uma percentagem altíssima”, assinala.<br />

Além disso, a empresa consegue dar resposta a veículos<br />

a partir de 1980, mantendo algumas peças<br />

em catálogo por ser exportador e estar em mercados<br />

“onde ainda há veículos com mais de 30 anos,<br />

pelo que mantemos a produção”. Por mês, o grupo<br />

fabrica mais de 3 milhões de peças, totalizando<br />

entre 36 e 37 milhões de peças produzi<strong>das</strong> anualmente.<br />

DO aftermarket<br />

para o primeiro equipamento<br />

Na Talosa, as exigências de qualidade equiparam-se<br />

às <strong>das</strong> peças de equipamento original e o<br />

controlo é apertado. Tal como as restantes empresas<br />

do grupo Teknorot, a Talosa conta com to<strong>das</strong><br />

as certificações (ISO 9001, ISO/TS 16949 e ISO<br />

14001 ambiental). Na fábrica da Índia, já forne-<br />

28 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Veja o vídeo<br />

UM DOS MAIORES E MAIS<br />

IMPORTANTES INVESTIMENTOS<br />

DA EMPRESA NAVARRA FOI NA<br />

SUA PRÓPRIA MATURIDADE<br />

E INDEPENDÊNCIA NO<br />

PROCESSO PRODUTIVO


PATXI<br />

GORROTXATEJI<br />

O CENTRO LOGÍSTICO DA TaloSA EM PAMPLONA REÚNE UM GRANDE STOCK<br />

DE PEÇAS, PERMITINDO UM SERVIÇO COM UMA TAXA DE ForneciMENTO<br />

MUITO PRÓXIMA DOS 93/94%<br />

cem braços de suspensão para primeiro<br />

equipamento e Gorrotxateji<br />

explica que “isso aconteceu graças à<br />

evolução que tivemos na empresa, a<br />

sustentabilidade, o processo, a qualidade...<br />

tudo integrado. Sem isso, é<br />

impossível alcançar as certificações<br />

necessárias”.<br />

Numa altura em que a sustentabilidade<br />

e o caminho rumo à transição<br />

energética estão na ordem do dia,<br />

o diretor executivo da Talosa reconhece<br />

que “estamos todos no mesmo<br />

barco” e constata que “não há<br />

nenhuma fábrica de topo que não<br />

esteja a seguir um caminho verde, na<br />

atualidade”. Face à incerteza do que o<br />

futuro trará, nomeadamente no que<br />

aos veículos elétricos diz respeito, o<br />

nosso entrevistado adianta que já estão<br />

a ser fabrica<strong>das</strong> mais de 100 referências<br />

para estes modelos, estando<br />

prevista a apresentação de um novo<br />

catálogo, para que dentro dos próximos<br />

meses estejam mais de 300<br />

referências disponíveis neste âmbito.<br />

Gorrotxateji chama a atenção para o<br />

facto de os motores mudarem, e “o<br />

chassis vai ter de evoluir para suportar<br />

o aumento de peso <strong>das</strong> baterias<br />

que poderão influenciar a direção e a<br />

suspensão”, confirma.<br />

Esta é uma área, assegura, em que<br />

estão a “entrar fortemente, porque<br />

só temos, para já, para carros ligeiros,<br />

mas teremos também os 4x4<br />

elétricos e asiáticos. Já temos peças<br />

para o Tesla no armazém. É uma <strong>das</strong><br />

nossas grandes forças, sermos líderes<br />

no desenvolvimento do produto e da<br />

gama”, reforça.<br />

Serviço de excelência<br />

Outro dos pontos fortes da Talosa<br />

é o serviço que presta, que mereceu<br />

especial destaque na nossa conversa<br />

com Patxi Gorrotxateji. A sede da<br />

Talosa, em Pamplona, no norte de<br />

Espanha, funciona atualmente como<br />

o centro logístico e de distribuição<br />

para toda a Europa e é onde reúnem<br />

o grande stock de peças, permitindo<br />

um serviço com uma taxa de fornecimento<br />

muito próxima dos 93/94%<br />

na primeira entrega, o que muito orgulha<br />

o diretor, que nem durante o<br />

período mais crítico da pandemia viu<br />

os números descerem: “Em 2020,<br />

2021 e 2022, cumprimos 97% de<br />

taxa de fornecimento. E agora continuamos<br />

igual, pois dispomos sempre<br />

de material, fornecemos bem e como<br />

somos fabricantes, o material está<br />

sempre à nossa disposição” afirma.<br />

PORTUGAL: UMA DISTRIBUIÇÃO QUE “NÃO É EXCLUSIVA, MAS É SELETIVA”<br />

Presente em Portugal há vários anos, a Talosa<br />

tem registado, sobretudo nos últimos dois<br />

anos, graças ao trabalho dos seus parceiros, um<br />

“crescimento que apesar de não ser exatamente<br />

o que pretendemos, consideramos importante”,<br />

diz Patxi Gorrotxateji. Não tendo muitos<br />

distribuidores no nosso país, o responsável é<br />

perentório ao afirmar que “os que temos estão<br />

muito bem posicionados” e destaca o bom<br />

trabalho realizado.<br />

Ao longo dos 35 anos em que já trabalha com o<br />

mercado português, Patxi viu mudar muita coisa<br />

em Portugal, como o parque automóvel, que<br />

anteriormente “tinha mais tendências inglesas”,<br />

ou o modelo de distribuição, “que no passado<br />

tinha muitos grossistas e retalhistas”. Sem abrir o<br />

jogo sobre qual será o futuro do mercado, porque<br />

“só o tempo o dirá”, o diretor da Talosa garante<br />

apenas que “vamos tentar adaptar-nos a esta<br />

mudança, sempre com o modelo que temos de<br />

distribuição”. Uma distribuição que, esclarece,<br />

“não é exclusiva, mas é seletiva”, querendo<br />

isto significar que é possível que no futuro<br />

venham a ter mais distribuidores. As condições,<br />

refere, são transparentes: “logicamente, tem<br />

de cumprir os requisitos da Talosa, procuramos<br />

empresas maiores. Um bom distribuidor nosso<br />

tem de ter mais de 1.200 referências de direção<br />

e suspensão nos seus armazéns, pois só assim<br />

consegue oferecer um bom serviço. Também não<br />

somos exclusivos, mas para quem quer ser nosso<br />

distribuidor, temos expetativas em termos de<br />

números”, aponta.<br />

Para já, a ideia é “crescer com os clientes que<br />

temos”, sublinhando que estão sempre disponíveis,<br />

“para apoiar a 100% tudo o que os nossos<br />

distribuidores precisem. Creio que nos próximos<br />

2/3 anos devemos ter um crescimento já com<br />

algum peso em Portugal”, conclui.<br />

30 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Contrariamente à retração de muitas<br />

empresas durante os confinamentos,<br />

a direção da Talosa optou<br />

por arriscar, aumentando o stock e a<br />

disponibilidade de peças, garantindo<br />

sempre os níveis de serviço. Uma<br />

aposta que se revelou crucial, pois na<br />

opinião do responsável, “quem tinha<br />

a peça tinha o negócio. E isso fez-nos<br />

crescer, foi muito importante!”. Esta<br />

transformação operada em Pamplona<br />

– um espaço de 12 mil metros<br />

quadrados – reflete também a realidade<br />

da Talosa, que passou a dispor<br />

do maior stock de componentes de<br />

direção, suspensão e borracha metal<br />

para o aftermarket independente e<br />

Gorrotxateji assume que “estamos a<br />

crescer bem no portefólio, nas novas<br />

linhas, na borracha-metal, nos rolamentos<br />

e nas transmissões... estão a<br />

ajudar-nos muito. No fundo, é uma<br />

percentagem da nossa faturação que<br />

há cinco anos não tínhamos!”.<br />

Um projeto bonito para 2023<br />

Depois de três anos felizes em termos<br />

financeiros para a Talosa, e apesar<br />

do contexto nacional e internacional<br />

de inflação, espera-se que 2023<br />

seja mais um período frutífero. “Em<br />

2022 consolidámos a nossa posição<br />

de liderança, cumprimos o orçamento,<br />

superámos os números de 2021, e<br />

temos um projeto muito bonito para<br />

2023, onde esperamos voltar a crescer<br />

e a inovar em termos de produtos<br />

e oferta de serviços”, diz.<br />

Face aos aumentos verificados e que<br />

se perspetivam continuar este ano,<br />

Patxi Gorrotxateji refere que só há<br />

uma forma de resolver esse problema:<br />

“com crescimento e volume.<br />

Tem de ser com mais ven<strong>das</strong>, mas<br />

com margens mais pequenas, porque<br />

este ano 2023 vai haver mais subi<strong>das</strong><br />

de preços.<br />

A fatura da energia <strong>das</strong> fábricas vai-<br />

-se refletir nos preços e nos salários<br />

dos trabalhadores”, afirma. Questionado<br />

sobre quais as mais-valias para<br />

distribuidores e oficinas de contarem<br />

com produtos Talosa, o diretor executivo<br />

responde “a gama, a qualidade,<br />

o serviço e a garantia do produto,<br />

que é de três anos, equiparada ao<br />

nível <strong>das</strong> peças originais. Em termos<br />

de preços, também, estamos na primeira<br />

linha competitiva. Não somos<br />

nem o mais barato, nem o mais caro.<br />

Estamos numa linha de gama e serviço<br />

com preço competitivo. Muito<br />

de acordo com o que estamos a fazer”,<br />

remata. l<br />

A GAMA DE DIREÇÃO E SUSPENSÃO PARA O AFTERMARKET<br />

É A MAIS COMPLETA E A taLOSA ESTÁ A CRESCER NAS NOVAS<br />

LINHAS BORRACHA-metaL, ROLAMENTOS E TRANSMISSÕES<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 31


entrevista<br />

ENRIQUE JUNQUERA, DIRETOR GERAL DA ANDEL<br />

O MODELO DE NEGÓCIO<br />

DA ANDEL ENCAIXA NO<br />

MERCADO PORTUGUÊS<br />

UM DOS MAIORES GRUPOS ESPANHÓIS DA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL ESTÁ A CHEGAR A<br />

PORTUGAL. A IDEIA DA ANDEL AUTOMOCIÓN É ARRANCAR EM FORÇA NO INÍCIO DE 2023, TENDO JÁ EM<br />

ATIVIDADE UM ARMAZÉM NO PORTO, E QUE É PRECISAMENTE O PONTO DE PARTIDA PARA ESTA IMPORTANTE<br />

EXPANSÃO ALÉM-FRONTEIRAS<br />

A<br />

Andel é um grupo espanhol de distribuição<br />

de peças auto criado em 2007 em Sevilha,<br />

na Andaluzia. Com instalações também em<br />

Madrid, Málaga e Barcelona, demonstrou, desde<br />

a fundação, um crescimento sólido. Uma evolução<br />

desde sempre reconhecida nos congressos anuais,<br />

e no facto de ter apresentado ao mercado um conceito<br />

inovador, convertendo-se num exemplo de<br />

sucesso na distribuição de peças em Espanha.A<br />

sociedade foi criada com a participação <strong>das</strong> lojas<br />

associa<strong>das</strong>, cerca de 125, com 149 pontos de venda,<br />

acabando por cobrir as zonas da Andaluzia,<br />

Madrid, Castilla La Mancha, Castilla Leon, Extremadura,<br />

Múrcia, Catalunha, Baleares e Canárias,<br />

sempre com o esforço de todos e com o objetivo de<br />

garantir a viabilidade <strong>das</strong> próprias lojas, o desenvolvimento<br />

e o crescimento de todos os envolvidos.<br />

Como missão, a empresa declara abertamente o<br />

forte compromisso com os clientes, com o objetivo<br />

de cumprir os objetivos com a qualidade e o prazo<br />

acordado. Outro dos pilares que define a Andel,<br />

para além do seu modelo de negócio, é a inovação,<br />

com o êxito a refletir-se em cada congresso que organiza,<br />

evento que já conquistou, por mérito próprio,<br />

um lugar importante na agenda do pós-venda,<br />

com oradores de alto nível.<br />

Ampla cobertura<br />

Como um dos objetivos da Andel para 2023 é desbravar<br />

o mercado português, dando, pela primeira<br />

vez, um salto para fora do país de origem, o <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> esteve à conversa com Enrique Junquera,<br />

diretor-geral da empresa, que nos explicou<br />

a forma como vão tentar ganhar espaço num setor<br />

com vários players e muitos deles bem integrados.<br />

Com um modelo de negócio que define como<br />

“transparente, assegurando o rastreio dos diferentes<br />

canais da distribuição, as nossas lojas associa<strong>das</strong><br />

conhecem e participam no desenvolvimento da<br />

empresa”, esclarece, adiantando que a atual oferta<br />

da Andel para o mercado, “é variada, trabalhamos<br />

diversas marcas premium em diferentes linhas de<br />

produto e ainda a marca Andel, que atualmente<br />

em Espanha é reconhecida e valorizada porque se<br />

sabe quem são os fornecedores que embalam estas<br />

peças, as quais permitem às lojas focarem-se nelas<br />

pela ampla cobertura que oferecem. Também<br />

comercializamos equipamentos de oficina, dispomos<br />

de técnicos que fazem assessoria, reforçam e<br />

acompanham as lojas associa<strong>das</strong> que vendem estes<br />

equipamentos”, conta.<br />

AS NOVAS INSTALAÇÕES DA ANDEL NO PORTO VÃO PERMITIR<br />

A EMPRESA EXPANDIR OS SEUS NEGÓCIOS, NÃO SÓ NO CAMPO<br />

DA DISTRIBUIÇÃO, MAS TAMBÉM NO DAS OFICINAS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 33


ENRIQUE<br />

JUNQUERA<br />

UM DOS PILARES QUE DEFINE A ANDEL, PARA ALÉM<br />

DO SEU MODELO DE NEGÓCIO, É A INOVAção, COM O ÊXITO<br />

A REFLETIR-SE EM CADA CONGRESSO QUE ORGANIZA<br />

Atualmente, têm uma taxa de fornecimento<br />

de 94% e a grande preocupação<br />

passa por trabalhar para alcançar<br />

um ratio cada vez mais próximo dos<br />

100%: “Contamos com mais de 79 mil<br />

referências em stock na soma dos quatro<br />

armazéns em Espanha, mas envidaremos<br />

todos os esforços para cobrir<br />

qualquer necessidade <strong>das</strong> nossas oficinas<br />

e para que os nossos associados<br />

possam oferecer sempre o melhor dos<br />

serviços”, refere Enrique Junquera.<br />

Em 2020, que ficará para sempre<br />

marcado com o ano em que «rebentou»<br />

a pandemia, foi tempo de introspeção.<br />

A Andel fez uma autoanálise,<br />

bem como a tudo o que a rodeava,<br />

podendo “ver as nossas próprias debilidades,<br />

assim como comprovar onde<br />

nos pode levar a fragilidade num determinado<br />

momento”, lembra o diretor-geral.<br />

Por isso, o grande objetivo<br />

do grupo é potenciar aquilo que são<br />

as suas forças, até porque “as guerras<br />

de preços não levam a lado nenhum e<br />

crescer à custa de qualquer coisa também<br />

não, pelo que a rentabilidade da<br />

empresa deve ser vigiada”, alerta, salientando<br />

a importância de “apostar<br />

em fornecedores fortes, que permitam<br />

à oficina enfrentar o futuro com<br />

as melhores garantias”.<br />

A chegada a Portugal<br />

O interesse no nosso país já vem de<br />

longe. Em 2012, a Andel chegou<br />

a constituir uma sociedade com a<br />

Create Business para desenvolver novos<br />

negócios nos dois países, no entanto,<br />

a aventura terminou de forma<br />

abrupta. Mas, afinal quais são os motivos<br />

dos investimentos e da entrada<br />

em Portugal? Junquera tem a resposta<br />

na ponta da língua: “são dois<br />

os motivos que tornaram possível o<br />

arranque no Porto. Agora temos a<br />

pessoa certa para desenvolver o projeto,<br />

o Carlos Rosado, e existem lojas<br />

dispostas a participar neste projeto.<br />

São estas as principais razões. Não<br />

temos pressa, vamos respeitar a distribuição,<br />

até porque queremos criar<br />

uma rede de lojas de forma seletiva,<br />

que convivam, que operem no mercado<br />

com sentido de grupo e com as<br />

quais possamos cumprir as necessidades<br />

de to<strong>das</strong>, as antigas e as novas”,<br />

esclarece. Culmina assim um processo<br />

que teve início em 2021. Durante<br />

este período, a Andel realizou as<br />

pertinentes negociações com fornecedores<br />

de componentes e serviços<br />

logísticos, mas também procurou o<br />

pessoal adequado para que a Andel<br />

Portugal seja gerida por profissionais<br />

portugueses.<br />

Questionado sobre a estratégia da<br />

Andel para Portugal e sobre as diferenças<br />

do mercado da distribuição de<br />

peças nos dois países, o responsável<br />

garante que o modelo de negócio da<br />

Andel “encaixa melhor no mercado<br />

português, pois a estrutura da distribuição<br />

em Portugal é mais clara,<br />

até porque a Andel não vende nem a<br />

oficinas nem a particulares, apenas a<br />

lojas associa<strong>das</strong> e de forma ordenada”,<br />

afirma.<br />

E como vão começar pelo Porto, o negócio<br />

em Portugal vai funcionar um<br />

pouco como em Espanha, sendo o<br />

armazém uma cópia <strong>das</strong> estruturas de<br />

armazenamento que possuem no país<br />

vizinho. “Focamo-nos no Serviço e na<br />

Disponibilidade, investimos bastante<br />

em processos informáticos que nos<br />

permitem otimizar os nossos armazéns<br />

através de uma intranet conectada<br />

às lojas associa<strong>das</strong>. Quanto ao armazém<br />

do Porto, tem 2.400 m2 com<br />

8 metros de altura, pelo que possui, a<br />

médio prazo, uma ampla capacidade<br />

de armazenamento”, estando previsto<br />

que a infraestrutura cubra, para já, a<br />

zona norte de Portugal.<br />

Revelador da importância e da aposta<br />

no mercado português, está o facto<br />

de o próximo Congresso de Lojas Andel,<br />

um dos eventos mais importantes<br />

da empresa, acontecer exatamente<br />

no Porto a 2 e 3 de março de 2023.<br />

“O congresso da Andel é celebrado a<br />

cada dois anos e, sendo o Porto uma<br />

cidade maravilhosa, acabamos por<br />

fazer coincidir com a abertura recente<br />

do armazém, por isso o Porto revelou-se<br />

a melhor opção. No último<br />

congresso, em 2019, celebrado em<br />

Madrid, tivemos a assistência de 260<br />

profissionais, entre lojas associa<strong>das</strong>,<br />

fornecedores e imprensa”, recorda.<br />

Implementação da rede<br />

A entrada em Portugal – para além<br />

do armazém e do congresso – será<br />

complementada com o desenvolvimento<br />

de uma rede de oficinas que<br />

começará a ser implementada no início<br />

de 2023. “Atualmente contamos<br />

com uma rede de 256 oficinas em<br />

Espanha e todo o nosso esforço centra-se<br />

na informação e na formação,<br />

as oficinas têm de dispor da informação<br />

necessária para reparar qualquer<br />

veículo com segurança e no tempo<br />

adequado. A rede em Portugal será<br />

gerida por Juan José Salazar, que<br />

entrou na nossa empresa em meados<br />

de 2022 como responsável da rede<br />

de oficinas da Península Ibérica. É a<br />

pessoa certa para liderar este projeto<br />

tão ambicioso, até porque já trabalhou<br />

anteriormente na Infopro Digital<br />

como responsável nacional pelas<br />

grandes contas dentro da divisão de<br />

automoção do grupo ETAI Ibérica e<br />

também já havia desempenhado diferentes<br />

posições, sempre no âmbito<br />

comercial e em empresas de outros<br />

setores”, refere Junquera.<br />

Uma rede maior, implica também<br />

um crescimento interno, pelo que<br />

está previsto, em paralelo, um alargamento<br />

da estrutura de recursos<br />

humanos. Se até agora eram os próprios<br />

responsáveis de ven<strong>das</strong> que se<br />

encarregavam de dar cobertura às<br />

oficinas da sua zona, pois como Enrique<br />

Junquera explica, “a nossa rede<br />

34 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


de oficinas sempre teve uma gestão<br />

partilhada. Existia um responsável<br />

na Andaluzia e outro em Madrid que<br />

tomava conta tanto <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> como<br />

da rede”, agora chegou o momento<br />

de “crescer na estrutura externa, logo<br />

também precisamos de aumentar a<br />

estrutura interna para conseguir tomar<br />

conta de todos os projetos”.<br />

A «umbrella» internacional<br />

A Andel é, atualmente, membro da<br />

Nexus através do IDAP, que Junquera<br />

acredita ser fundamental para o de-<br />

isso todos acabamos por repercutir o<br />

aumento dos preços e, afinal, quem<br />

mais sofre será o consumidor final,<br />

mas isto não acontece apenas no<br />

nosso setor. Preocupa-me que a sociedade<br />

empobreça e que os salários<br />

não aumentem em consonância, por<br />

isso em cada casa, em cada família,<br />

é preciso tomar decisões e uma delas<br />

será realizar ou não a manutenção do<br />

carro ou até mesmo repará-lo. Quanto<br />

à falta de peças e de fornecimento,<br />

reforçamos os stocks de todos os<br />

armazéns em meados de 2020 e em<br />

veículo vão fazer com que nos reposicionemos,<br />

mas não tenho dúvi<strong>das</strong> de<br />

que o setor se vai adaptar, já o fazemos<br />

há tantos anos”.<br />

Todos os mercados têm potencial<br />

de crescimento, mas “Portugal está<br />

igual a Espanha, imerso numa desaceleração<br />

na renovação do parque<br />

automóvel, que a longo prazo não é<br />

boa para ninguém, a incerteza tomou<br />

conta de quem conduz, por isso<br />

esperamos que esta indecisão se torne<br />

clara o mais rápido possível. O setor<br />

sempre respondeu bem, por isso<br />

continua a ser um importante motor<br />

da economia. Em Portugal, a Andel<br />

vai respeitar a distribuição, “por isso<br />

convido as lojas a conhecerem-nos e<br />

a saber quem somos e o que podemos<br />

fazer por elas, mas queremos atuar<br />

com transparência no mercado e ir<br />

ao encontro de to<strong>das</strong> as suas expetativas.<br />

Aproveito a oportunidade para<br />

anunciar que vamos marcar presença,<br />

já em abril de 2023, na Expomecânica,<br />

onde estaremos com muita fé<br />

e acredito que conseguiremos vingar<br />

em Portugal”, remata. l<br />

REVELADOR DA IMPORTÂNCIA E DA APOSTA NO MERCADO PORTUGUÊS,<br />

está O FActo DE O PRÓXIMO CONGRESSO DA ANDEL Acontecer NO HOTEL<br />

HILTON PORTO A 2 E 3 DE MARÇO DE 2023<br />

senvolvimento do grupo. “Nos tempos<br />

que correm, é importante estar sob a<br />

alçada de uma estrutura internacional,<br />

a informação que nos transmitem<br />

é vital, e a Nexus cresceu muito nos<br />

últimos anos, por isso traz-nos a tranquilidade<br />

e a consciência de estarmos<br />

com o parceiro certo para assegurar o<br />

futuro”. Sobre se a inflação desmesurada<br />

que assistimos atualmente e se a<br />

falta de material de alguns fabricantes<br />

está a ter impacto na atividade do<br />

grupo, o diretor-geral da Andel menciona<br />

que “demorámos algum tempo<br />

a sofrer uma inflação como esta, por<br />

novembro voltámos a reforçá-los em<br />

32%, de forma a poder minimizar os<br />

problemas de fornecimento dos fabricantes<br />

em Sevilha, Málaga, Madrid e<br />

Barcelona”, garante.<br />

Várias frentes em aberto<br />

Em relação ao futuro, e tendo em<br />

conta o que nos contou, o diretor-<br />

-geral da Andel considera que a distribuição<br />

de peças para automóveis<br />

vai sofrer alterações, “mas existem<br />

diferentes frentes em aberto,” garante:<br />

“as novas tecnologias nos motores<br />

modernos ou o acesso aos dados do<br />

FOCO NA ÉTICA<br />

É a base da visão da empresa e tem<br />

potenciado o crescimento do negócio de<br />

logística e distribuição da Andel. A estratégia<br />

corporativa prima pelo “respeito pela legislação,<br />

integridade ética e transparência nas nossas<br />

relações com o mercado”, com a empresa a<br />

ambicionar posicionar-se “como uma empresa<br />

de referência na nossa área geográfica de<br />

ação; baseada numa cultura corporativa em<br />

que prevaleça uma gestão dinâmica, orientada<br />

para o atendimento e as necessidades dos<br />

clientes, e assente na vantagem competitiva<br />

proporcionada pela formação, experiência e<br />

dedicação da sua equipa, na excelência técnica<br />

nos processos e cumprimento dos prazos, tudo<br />

num ambiente e condições de desenvolvimento<br />

sustentável em termos económicos, social e<br />

ambiental”, afirma Enrique Junquera.


empresas


GRUP EINA APRESENTA NOVA SEDE<br />

ALIADO TECNOLÓGICO<br />

DAS OFICINAS<br />

A AD PARTS APRESENTOU A NOVA SEDE DO GRUP EINA EM FIGUERAS, GIRONA. FOI A PRIMEIRA VEZ<br />

QUE O GRUPO ABRIU AS PORTAS DESTE CENTRO TÉCNICO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO,<br />

PARA MOSTRAR TODOS OS SERVIÇOS DE APOIO QUE DISPONIBILIZA ÀS OFICINAS<br />

O<br />

Grup Eina foi criado em 2004 e atualmente<br />

é uma empresa de formação de referência,<br />

propriedade da AD Parts. O novo centro<br />

emprega 105 pessoas nos seus 2.200 metros quadrados<br />

de área. No total o grupo conta com cerca<br />

de 150 trabalhadores, divididos por 4 instalações<br />

em Lisboa, Drogenbos (Bélgica), Barcelona e Figueres<br />

(Espanha).<br />

“O aliado tecnológico da oficina”: é assim que AD<br />

Parts define o Grup Eina para os diferentes serviços<br />

que presta, entre eles, o aconselhamento técnico<br />

por telefone ou através da sua plataforma online,<br />

de técnico a técnico, a que chama AD SERVICE.<br />

To<strong>das</strong> as questões resolvi<strong>das</strong> são a fonte da base de<br />

dados que o Grup Eina compila. Sempre que uma<br />

consulta com a mesma solução é apresentada por<br />

três vezes, é produzido um boletim técnico, a que a<br />

oficina pode aceder sempre que necessitar através<br />

de AD AVERÍAS. Este sistema, permite ter neste<br />

momento, cerca de 1,5 milhões de boletins técnicos<br />

atualizados.<br />

Estão também disponíveis para as oficinas serviços<br />

de formação em sala de eletromecânica, carroçaria,<br />

gestão e ven<strong>das</strong> através da AD TRAINING,<br />

que consiste na reparação de avarias simula<strong>das</strong><br />

num carro ou camião de formação. Além disso,<br />

o Grup Eina oferece também formação online<br />

através de uma plataforma moodle de e-learning,<br />

tendo neste momento cerca de 45 formações online<br />

com conteúdos gerais e específicos, designada<br />

CAMPUS EINA. São formações de alta qualidade<br />

com diverso conteúdo e desenvolvi<strong>das</strong> por e para<br />

o reparador oficinal. Para aumentar a visibilidade<br />

digital <strong>das</strong> oficinas, existem várias ferramentas,<br />

designadamente a AD DIGITAL, que permite às<br />

oficinas criarem o seu website, e a AD TV, que funciona<br />

como um canal de televisão que transmite<br />

pequenas palestras de 20 a 30 minutos em que são<br />

abordados em profundidade diversos temas.<br />

Finalmente, o Grup Eina apresentou também o<br />

EINA TECH, a sua equipa especializada em reparação,<br />

clonagem e aluguer de unidades de comando<br />

(centralinas). Com a criação deste departamento,<br />

é agora possível fazer diagnósticos completos<br />

em mecânica, eletricidade e eletrónica e oferecer<br />

aos clientes, serviços de reparação, clonagem ou<br />

aluguer <strong>das</strong> mais diversas unidades de comando,<br />

bem como a reparação hidráulica de um ABS, reconstrução<br />

de um SBC Mercedes ou clonagem de<br />

uma unidade de motor.<br />

Todos estes serviços têm como objetivo dar suporte<br />

ao setor da reparação, tendo como base a formação<br />

técnica, que pode ser presencial e/ou online.<br />

Formações cerTIFICADAS<br />

To<strong>das</strong> as formações são certifica<strong>das</strong>, sendo desenvolvi<strong>das</strong><br />

e leciona<strong>das</strong> por técnicos altamente<br />

qualificados e com elevada experiência em oficina,<br />

transmitindo conhecimento técnico e prático aos<br />

alunos. O Grup Eina dispõe de instalações por<br />

todo o território nacional, contudo, também efetua<br />

formações nas instalações dos seus parceiros,<br />

tendo sempre como prioridade que o formando se<br />

desloque o mínimo possível. Uma equipa de I+D<br />

está em constante desenvolvimento de novas formações<br />

para os sistemas mais recentes, em que se<br />

englobam as últimas novidades do parque automóvel.<br />

As formações têm como público alvo, todos<br />

os profissionais de oficinas, desde o nível iniciante,<br />

intermédio ou avançado nas mais diversas áreas<br />

técnicas como eletricidade, mecânica ou até mes-<br />

O GRUP EINA DISTINGUE-SE PELA FORMA COM TEM ESTRUTURADO<br />

O SEU PROJETO, TORNANDO-O CADA VEZ MAIS APETECÍVEL PARA QUE<br />

A OFICINA POSSA OBTER FORMAÇÃO CERTIFICADA DE ALTA QUALIDADE<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 37


GRUP EINA<br />

AS ÁREAS DE FORMAÇÃO SÃO ESSENCIALMENTE EM MECÂNICA,<br />

ELETRICIDADE AUTO, ELETRÓNICA E CARROÇARIA. TODAS ESTAS ÁREAS<br />

FAZEM PARTE DO PORTFÓLIO DO GRUP EINA<br />

mo reparação de carroçarias. Também<br />

dispõe de soluções formativas<br />

em gestão oficinal, receção e marketing.<br />

Entrando em detalhes sobre o que<br />

os técnicos mais consultam, os dados<br />

do Grup Eina mostram que os<br />

três sistemas que os clientes mais<br />

consultam são, em primeiro lugar,<br />

as dúvi<strong>das</strong> relaciona<strong>das</strong> com o motor<br />

diesel (38,6% <strong>das</strong> consultas), o conforto<br />

(13,37%) e o motor a gasolina<br />

(13,23%), que em conjunto representam<br />

65,19% <strong>das</strong> consultas. Por<br />

outro lado, as consultas relativas ao<br />

motor 100% elétrico representam<br />

apenas 0,31% do total, o que pode<br />

indicar que ainda há poucos veículos<br />

elétricos a chegar às oficinas e<br />

que, portanto, as oficinas ainda têm<br />

tempo para se prepararem para a<br />

mudança que terá lugar a partir de<br />

2035.<br />

O aconselhamento técnico às oficinas<br />

é feito através de telefone ou através<br />

da internet, sendo a sua gestão efetuada<br />

através de uma plataforma online.<br />

São recebidos anualmente mais<br />

de 200.000 novos pedidos de assessoria<br />

técnica, tendo cerca de 98% de<br />

assertividade na resolução dos problemas<br />

apresentados. l<br />

VAMOS TRABALHAR PARA QUE NO FUTURO A FALTA DE CONHECIMENTO NÃO SEJA<br />

UM ENTRAVE À REPARAÇÃO DE QUALIDADE<br />

NUNO CARVALHO, RESPONSÁVEL DO GRUP EINA EM PORTUGAL<br />

O Grup Eina conta neste momento com uma equipa de 6 pessoas<br />

totalmente dedicada à atividade formativa no nosso país, tendo à<br />

disposição todos os recursos técnicos já desenvolvidos para outros<br />

mercados. Em entrevista ao JO, Nuno Carvalho fala dos objetivos<br />

para o novo ano<br />

Como é constituída a equipa do Grup Eina em Portugal?<br />

A nossa equipa é composta por quatro assessores/formadores<br />

técnicos, dois gestores de conteúdo e um técnico eletrónico dedicado<br />

à reparação de unidades de comando, estando todos eles a trabalhar<br />

em exclusivo para o mercado português, num espaço totalmente<br />

equipado na região da Grande Lisboa. Todos as nossas formações<br />

são ministra<strong>das</strong> em português por formadores nacionais com larga<br />

experiência em oficina. Todo o material de apoio, desde manuais a<br />

outros conteúdos, encontram-se também traduzidos em português.<br />

Qual tem sido a média de consultas recebi<strong>das</strong> por mês?<br />

Desde o início de 2022 que notamos um aumento progressivo do<br />

número de consultas mensais, contando neste momento com uma<br />

média que ronda as 1.000 novas consultas por mês. A tendência<br />

é continuar a aumentar, pelo que já reforçámos a nossa equipa<br />

técnica.<br />

Também disponibilizam cursos de gestão empresarial? Qual<br />

tem sido a sua aceitação e procura?<br />

Neste momento dispomos de formação em gestão empresarial<br />

na nossa plataforma online. Face à grande adesão registada, no<br />

próximo ano teremos formação de gestão empresarial também em<br />

formato presencial, não só para as oficinas como para as equipas dos<br />

nossos parceiros AD.<br />

Que projetos o grupo Eina está a desenvolver para o futuro?<br />

Existe um grande problema de recursos humanos no nosso setor,<br />

sendo cada vez mais difícil para um reparador encontrar um técnico<br />

qualificado. Entre outras ações, o nosso foco para os próximos anos será<br />

o desenvolvimento de parcerias com entidades e escolas de formação<br />

profissional para mitigar a falta de recursos humanos no setor.<br />

Quais são as previsões da atividade do Grup Eina em Portugal<br />

para 2023?<br />

Estamos neste momento a terminar o nosso catálogo de formações<br />

para 2023. Vamos manter a linha seguida até agora, utilizando<br />

viaturas prepara<strong>das</strong> com o nosso simulador de avarias, formação<br />

em sistemas mecânicos em maquete e também formação de gestão<br />

empresarial.<br />

Que objetivos tem o Grup Eina para o mercado português?<br />

O nosso objetivo é, juntamente com a AD e os nossos parceiros,<br />

disponibilizar uma solução global para as oficinas de reparação<br />

automóvel, estudando em pormenor as necessidades de cada oficina<br />

multimarca e desenvolvendo soluções à sua medida.<br />

Que desafios se colocam ao futuro do Grup Eina em Portugal?<br />

O nosso principal desafio é formar e tentar, de certa forma, colmatar<br />

a falta de técnicos qualificados no nosso setor. Vamos continuar a<br />

trabalhar para que no futuro a falta de conhecimento não seja um<br />

entrave à reparação de qualidade.<br />

38 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ASSOCIAÇÃO<br />

NACIONAL<br />

DO RAMO<br />

AUTOMÓVEL<br />

ASSOCIAÇÃO<br />

NACIONAL<br />

DO RAMO<br />

AUTOMÓVEL<br />

.com<br />

Ibérica<br />

Radio<br />

Vigo


empresa<br />

PDAUTO CRIA PDACADEMIA<br />

VISÃO de<br />

FUTURO<br />

COM A CRIAÇÃO DA PDACADEMIA, EM<br />

CONJUNTO COM A AEB (ASSOCIAÇÃO<br />

EMPRESARIAL DE BRAGA), A<br />

PDAUTO, GERIDA POR PAULO SILVA,<br />

DÁ UM PASSO IMPORTANTE PARA O<br />

FUTURO, GARANTINDO A FORMAÇÃO<br />

ESPECIALIZADA DE JOVENS QUE<br />

SERÃO OS SEUS FUTUROS CLIENTES<br />

O<br />

projeto tem como objetivo a formação profissionalizante<br />

na área da mecânica funcionando<br />

como plataforma entre formandos, oficinas e<br />

marcas\fornecedores de especialidade. São cursos para<br />

jovens com idade inferior a 25 anos, que pretendem<br />

concluir o 12º ano de escolaridade. Esta plataforma<br />

de cooperação permite aproximar alunos do mercado<br />

de trabalho e vice versa para além de complementar a<br />

oferta curricular com formações técnicas <strong>das</strong> marcas<br />

envolvi<strong>das</strong>. Por outro lado permite à PDAuto disponibilizar<br />

um espaço devidamente equipado para a formação<br />

de profissionais da área que assim e no mesmo<br />

espaço podem receber formações teóricas e práticas.<br />

Este projeto torna-se numa realidade com a colaboração<br />

<strong>das</strong> entidades parceiras e a envolvência de marcas<br />

que acreditam no projeto que tem como objetivo unir<br />

futuros profissionais de mecânica ao mercado de trabalho<br />

mantendo-os a par de to<strong>das</strong> as evoluções técnicas.<br />

Trata-se de um espaço com 180 m2 dotado com sala<br />

de formação e oficina equipada com dois elevadores,<br />

máquinas de diagnósticos, máquinas de substituição<br />

de ATF, carregamento de A/C, carrinhos de ferramentas,<br />

banca<strong>das</strong> de trabalho e diversas ferramentas<br />

e equipamentos de apoio à atividade. A PDAcademia<br />

já arrancou com cursos de Mecatrónica Automóvel<br />

em 3 turmas num total de 60 alunos, ministrados por<br />

formadores da AEB sob a chancela do IEFP e permitirá<br />

igualmente formações de profissionais <strong>das</strong> oficinas<br />

clientes da PDAuto.<br />

40 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 41


PDACADEMIA<br />

A PDACADEMIA TEM COMO PARCEIROS A KROFTOOLS, FEBI, GULF, BENDIX,<br />

SCHAEFFLER E MEAT & DORIA, NUMA CLARA aposta PARA APROXIMAR<br />

FUTUROS PROFISSIONAIS DAS OFICINAS ao MERCADO DE TRABALHO<br />

Futuro assegurado para<br />

os jovens formados<br />

Os jovens que terminam os cursos na<br />

PDAcademia estão habilitados para<br />

entrar diretamente no mercado de<br />

trabalho e serão acompanhados nos<br />

estágios por tutores que irão integrá-<br />

-los nas atividades diárias <strong>das</strong> oficinas.<br />

“Queremos que os jovens se sintam<br />

apoiados e se quiserem seguir a<br />

profissão certamente vão ter muitas<br />

propostas de trabalho”, refere Paulo<br />

Silva, gerente da PDAuto. Para este<br />

responsável “Trata-se de um projeto<br />

que ambicionava pôr em prática já<br />

há algum tempo e que agora foi finalmente<br />

concretizado. A PDAcademia<br />

representa o modo como atuamos no<br />

mercado. Não queremos apenas vender<br />

peças, pois pretendemos cada vez<br />

mais vender serviços e soluções para<br />

as nossas oficinas. Os jovens formandos<br />

que vão frequentar os cursos da<br />

PDAcademia são o nosso futuro e<br />

temos que investir neles, pois serão<br />

os nossos novos clientes. O objetivo<br />

é que saiam daqui formados e façam<br />

os estágios nas oficinas nossas clientes.<br />

O espaço tem ótimas condições,<br />

pois dispõe de uma sala para a parte<br />

teórica e outra para a prática, totalmente<br />

equipada”.<br />

Parceiros fortalecem projeto<br />

To<strong>das</strong> as formações têm certificação<br />

DGERT e incluem Eletricidade<br />

e Mecatrónica Automóvel; Sistemas<br />

de Transmissão Automática; Veículos<br />

Híbridos e Sistemas Start Stop; Técnica<br />

Avançada em Veículos Elétricos<br />

e Híbridos; Filtro de Partículas e Sistemas<br />

Adblue; Intervenção em Sistemas<br />

de Ar condicionado; Lubrificantes<br />

e Equipamentos de lubrificantes e<br />

Equipamentos de diagnostico automóvel.<br />

O contributo da AEB – Associação<br />

Empresarial de Braga para o<br />

desenvolvimento deste projeto é muito<br />

importante, pois é através desta<br />

Associação que conseguem os fundos<br />

para financiar os cursos. Mas a PDAcademia<br />

conta também com vários<br />

parceiros privados, designadamente<br />

a Schaeffler, KROFTools, febi, Gulf,<br />

Bendix, Redeinnov e Meat Doria.<br />

“Com estes parceiros vamos permitir<br />

que os formandos tenham acesso às<br />

novidades técnicas que vão sendo lança<strong>das</strong><br />

no mercado e também vamos<br />

promover visitas dos formandos às<br />

suas fábricas, para que fiquem a conhecer<br />

com são desenvolvi<strong>das</strong> e fabrica<strong>das</strong><br />

as peças auto. Acreditamos que<br />

estas parcerias vão fortalecer ainda<br />

mais as relações da PDAuto com to<strong>das</strong><br />

as marcas envolvi<strong>das</strong> no projeto”,<br />

refere Paulo Silva.<br />

Por outro lado, a PDAuto irá disponibilizar<br />

as instalações da Academia<br />

para a formação de profissionais <strong>das</strong><br />

oficinas suas clientes, que assim e no<br />

mesmo espaço podem receber formações<br />

teóricas e práticas. Neste sentido,<br />

estão já programados para 2023<br />

a realização de uma ação de formação<br />

por mês para os seus clientes oficinas,<br />

em diferentes áreas, desde A/C, caixas<br />

automáticas ou híbridos avançados.<br />

“Temos uma pessoa com formação<br />

na área da mecânica e eletrónica que<br />

é o rosto da PDAuto na Academia e<br />

vamos envolver as marcas parceiras<br />

nos cursos de formação. As próprias<br />

garantias também poderão passar por<br />

aqui. É o início de um projeto que vai<br />

crescer em várias áreas que vão trazer<br />

novas valências para a PDAuto e seus<br />

clientes”, conclui Paulo Silva.. l<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONALIZANTE<br />

No final da formação os formandos estão habilitados a:<br />

l Proceder à manutenção, ao diagnóstico de anomalias e a reparações em motores a gasolina<br />

e a gasóleo de automóveis ligeiros, utilizando as técnicas e procedimentos adequados.<br />

l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de direção, de suspensão<br />

de automóveis ligeiros utilizando as técnicas e procedimentos adequados de acordo com<br />

a tecnologia dos mesmos e os parâmetros e especificações técnicas defini<strong>das</strong> pelos fabricantes.<br />

l Verificar o estado de conservação de jantes e pneus de automóveis ligeiros, diagnosticar<br />

eventuais anomalias e proceder à substituição daquelas.<br />

l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de transmissão manual<br />

e automática de automóveis ligeiros, sistemas de ignição convencional e eletrónica,<br />

de alimentação, de sobre-alimentação e de anti-poluição.<br />

l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de arrefecimento<br />

e de lubrificação do motor de automóveis ligeiros.<br />

42 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Oficina<br />

do Mês<br />

A REVISAUTO CENTER CONQUISTOU O TROFÉU 1º CLASSIFICADO NA<br />

CATEGORIA “OFICINAS DE REDE” DA REVISTA TOP 100, CONFIRMANDO<br />

ASSIM A EXCELÊNCIA DA SUA GESTÃO. DIVERSIFICAR O NEGÓCIO É UM DOS<br />

OBJETIVOS PARA OS PRÓXIMOS ANOS


REVISAUTO CENTER<br />

NA VANGUARDA<br />

DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL!<br />

FUNDADA EM 2018, A REVISAUTO CENTER TEM FEITO UM PERCURSO EXEMPLAR, OTIMIZANDO<br />

AS OPERAÇÕES E MANTENDO-SE NA VANGUARDA DOS DESENVOLVIMENTOS DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL.<br />

O TROFÉU 1º CLASSIFICADO NA CATEGORIA “OFICINAS DE REDE” DA REVISTA TOP 100, VEIO CONFIRMAR<br />

A EXCELÊNCIA DA SUA GESTÃO<br />

Nos primeiros anos de vida, a Revisauto Center<br />

teve como principal objetivo constituir uma equipa<br />

com um nível de competências forte que permitisse<br />

oferecer um serviço de excelência e confiança<br />

aos seus clientes. Desde o início da atividade que<br />

integra a rede de oficinas Bosch Car Service “Estar<br />

integrado numa rede como a Bosch Car Service é<br />

um privilégio e uma honra, conseguimos com este<br />

nosso parceiro atingir patamares que não teríamos<br />

conseguido se estivéssemos a fazer este caminho<br />

sozinhos, a BCS tem sido muito importante principalmente<br />

nos domínios da gestão, formação e dinamização”,<br />

refere a gerente Carla Cruz. Sendo um<br />

Bosch Car Service, a Revisauto Center tem acesso<br />

a to<strong>das</strong> as formações técnicas que a marca realiza,<br />

e os técnicos mantêm-se atualizados relativamente<br />

às novas tecnologias e motorizações que equipam<br />

os veículos mais recentes.<br />

“Uma <strong>das</strong> vantagens de fazermos parte da rede<br />

BCS é podermos ter acesso a informação e formação<br />

técnica disponibilizada pela marca. A nossa<br />

missão é fazermos sempre melhor, ter os clientes<br />

satisfeitos e estarmos preparados para os desafios<br />

futuros. Para isso temos de ter a equipa bem formada<br />

e atualizada relativamente às novas motorizações<br />

e tecnologias”, afirma Carla Cuz.<br />

A oficina é constituída por mecânica geral com<br />

especialistas em mecatrónica, e área de colisão<br />

composta pela secção de chapa e pintura. Dispõe<br />

dos mais modernos equipamentos e <strong>das</strong> mais adequa<strong>das</strong><br />

ferramentas que equipam os 12 elementos<br />

que compõem a equipa.<br />

Serviços completos<br />

A nível de serviços consegue abranger to<strong>das</strong> as necessidades<br />

na reparação automóvel em particular<br />

na área da mecânica e carroçaria, sendo certificados<br />

para poder operar sem quaisquer constran-<br />

gimentos em qualquer marca automóvel. A qualidade<br />

dos serviços prestados e a confiança que<br />

consegue transmitir aos clientes têm sido fatores<br />

determinantes para o sucesso da Revisauto Center.<br />

A oficina recebe clientes particulares e empresariais,<br />

sendo que estes últimos têm tido uma representatividade<br />

cada vez maior.<br />

“Temos facilidade em diagnosticar qualquer tipo<br />

de automóvel, pois houve um grande investimento<br />

em equipamento. Atualmente possuímos várias<br />

máquinas de diagnóstico e temos códigos de acesso<br />

a todos os modelos, mesmo os mais recentes,<br />

pois estamos sempre a atualizar o software dos<br />

equipamentos”, referiu Carla Cruz. Para manter os<br />

clientes fidelizados, esta responsável aposta a cem<br />

por cento na prestação de um bom serviço e no<br />

passa palavra dos clientes satisfeitos “Reconhecemos<br />

que o fator comunicação é muito importante<br />

e nesse sentido estamos a trabalhar para oferecer<br />

ao mercado e em particular aos nossos clientes to<strong>das</strong><br />

as ferramentas de comunicação adequa<strong>das</strong> aos<br />

tempos de hoje”, sublinha.<br />

REVISAUTO CENTER<br />

Gerente Carla Cruz<br />

Morada Av. João de Freitas Branco, 46<br />

- 2690-295 Santa Iria de Azóia<br />

Telefone 210 003 900<br />

Email geral@revisautocenter.pt<br />

Com o objetivo de manter as taxas de ocupação em<br />

valores interessantes, Carla Cruz revela que está a<br />

tentar diversificar as áreas de intervenção e mudar<br />

o “modus operandi” da oficina para fazer face às<br />

constantes dificuldades que têm surgido “Diversificar<br />

o nosso negócio é um dos objetivos para os<br />

próximos anos, e queremos também melhorar ainda<br />

mais as nossas instalações e dar um input qualitativo<br />

no nosso setor de carroçaria, em particular<br />

na pintura”, ressalvou.<br />

ArreGAçar AS maNgas e trabalhar<br />

Para 2023 a Revisauto Center pretende apostar<br />

mais na digitalização oficinal e na formação técnica,<br />

pois Carla Cruz tem plena consciência da rápida<br />

evolução tecnológica dos veículos e da necessidade<br />

de manter a equipa atualizada. Mas acredita<br />

que ainda tem um longo caminho a percorrer “Vamos<br />

continuar a investir na formação, para este<br />

ano numa componente maior nos elétricos e nos<br />

híbridos, pois acredito que no futuro estes veículos<br />

vão ser a maioria do parque e temos de estar preparados<br />

para lhes dar assistência.”<br />

Para este ano que agora começou, Carla Cruz gostava<br />

que não fosse pior que 2022 e afirma que o<br />

sucesso da Revisauto Center depende da capacidade<br />

de se reinventar, de fazer diferente e oferecer<br />

ao cliente o melhor serviço possível “Queremos<br />

que o cliente saia daqui feliz e satisfeito com os<br />

serviços, e que reconheça a competência dos nossos<br />

técnicos, para que eles se sintam motivados<br />

no seu trabalho. Vamos querer estar sempre na<br />

vanguarda dos desenvolvimentos da reparação<br />

automóvel e desejamos que o ano 2023 seja tão<br />

bom como foi 2022. Sabemos que a conjuntura<br />

nacional e internacional não é favorável, mas nós<br />

estamos cá para arregaçar as mangas e trabalhar”,<br />

conclui Carla Cruz. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 45


Repintura<br />

CONCURSO MELHOR PINTOR CMG<br />

PROFISSÃO NOBRE<br />

E DE FUTURO!<br />

COM O OBJETIVO DE VALORIZAR E DAR MAIS VISIBILIDADE À PROFISSÃO DE PINTOR AUTOMÓVEL,<br />

A AXALTA EM CONJUNTO COM A CAETANO AUTO E A INDASA, REALIZARAM O 1º CONCURSO<br />

MELHOR PINTOR CMG (CUSTO MÍNIMO GARANTIDO)


A<br />

organização do concurso contou com a participação<br />

da Axalta, Caetano Auto e In<strong>das</strong>a.<br />

Numa primeira fase do concurso todos<br />

os pintores da Caetano Auto responderam a um<br />

questionário online. Das respostas recebi<strong>das</strong> foram<br />

selecionados os quatro melhores que prestaram<br />

as provas práticas nas instalações da Axalta,<br />

em Mem Martins. As provas práticas incluiram o<br />

isolamento da peça a pintar, eliminação de mossas,<br />

mascaramento, aplicação de primário e por fim do<br />

verniz de secagem rápida da gama de produtos<br />

Low Energy, da Spies Hecker.<br />

Para saber como o concurso foi vivido por dentro,<br />

falámos com João Calha, Key Account Manager da<br />

Axalta, que adiantou que “O objetivo do concurso,<br />

mais do que selecionar os melhores pintores, é<br />

conseguir dar mais notoriedade à profissão de pintor<br />

automóvel. Graças à excelente parceria que temos<br />

com a Caetano Auto, todos os anos realizamos<br />

com as suas equipas de pintores diversas ações relaciona<strong>das</strong><br />

com a repintura automóvel e este ano<br />

decidimos realizar um concurso que pudesse promover<br />

a profissão, dar-lhe visibilidade, valorizar os<br />

profissionais e com isto contribuir para a motivação<br />

<strong>das</strong> equipas e para que os jovens vejam esta<br />

área como uma profissão de futuro e uma profissão<br />

nobre que é. Ao mesmo tempo, promovemos a cor<br />

do ano, o Royal Magenta, assim como a linha de<br />

produtos Low Energy, focados na eficiência e na<br />

sustentabilidade”.<br />

Durante o concurso, as provas foram o mais próximo<br />

possível da realidade quotidiana dos pintores e<br />

encara<strong>das</strong> com entusiasmo e profissionalismo pelos<br />

finalistas. Desde os testes bem planeados, desenvolvidos<br />

pelos técnicos da Axalta, um júri focado e justo<br />

com todos os concorrentes e uma equipa sempre<br />

atenta, tudo contribuiu para o sucesso da iniciativa.<br />

“A nossa profissão é uma arte e como tal deve ser<br />

reconhecida, no entanto, passamos despercebidos<br />

e em alguns casos somos subvalorizados”, refere<br />

João Calha. No entanto, diz que este concurso “traz<br />

visibilidade à profissão e ensina os profissionais a<br />

apreciarem mais o seu trabalho, dá-lhes reconhecimento<br />

e o desejo de trabalharem com mais ímpeto.<br />

Também os ajuda a trocarem experiências, incentiva<br />

o companheirismo e um espírito de competição<br />

saudável entre colegas do mesmo ofício”.<br />

Para mostrar quem dos quatro finalistas era o melhor,<br />

cada um deles teve de reparar uma peça e<br />

pintá-la, utilizando produtos Low Energy da Spies<br />

Hecker com a cor do ano Royal Magenta. Com esta<br />

prova prática, que combinava reparação, aplicação,<br />

colorimetria, e correção de defeito, o júri tinha<br />

“a combinação perfeita” para descobrir quem<br />

seria o melhor pintor desta 1º edição do concurso<br />

melhor pintor Caetano Auto.<br />

O jovem pintor Rodrigo Lima foi o vencedor.<br />

Todos os pintores selecionados para a final mostraram<br />

um elevado nível de conhecimentos, que<br />

acaba por ser fruto da formação constante que recebem<br />

da parte da Axalta. “Ao longo do ano realizamos<br />

diversas ações de formação específicas para<br />

as equipas de pintores da Caetano Auto. Temos<br />

processos padronizados no grupo e acabamos por<br />

ter um padrão de produtos que são utilizados em<br />

to<strong>das</strong> as oficinas. Para além <strong>das</strong> formações fazemos<br />

um acompanhamento regular do trabalho desenvolvidos<br />

nas várias unidades e introduzimos novos<br />

produtos, cada vez mais eficientes e com ganhos<br />

significativos a nível da poupança energética e redução<br />

da pegada ecológica”.<br />

Para mostrar quem dos quatro finalistas era o melhor,<br />

cada um deles teve de reparar uma peça e pintá-<br />

-la, utilizando produtos Low Energy da Spies Hecker<br />

com a cor do ano Royal Magenta. Com esta prova<br />

prática, que combinava reparação, aplicação, colorimetria,<br />

e correção de defeitos, o júri tinha “a combinação<br />

perfeita” para descobrir quem seria o melhor<br />

pintor desta 1º edição do concurso melhor pintor<br />

Caetano Auto. O jovem pintor Rodrigo Lima foi o<br />

vencedor, seguindo-se no pódio em segundo lugar<br />

Rui Gonçalves e em terceiro lugar Tiago Anselmo.<br />

Para João Calha “O balanço deste primeiro concurso<br />

de pintores auto é muito positivo. Criou-se um<br />

ambiente muito saudável de companheirismo e<br />

troca de experiências. De realçar que tivemos a presença<br />

de um finalista com 25 anos de idade e apenas<br />

3 de experiência. Frequentou o nosso curso de<br />

aprendizes e atualmente já está ao nível de pintores<br />

mais experientes. É para nós um orgulho ver um<br />

jovem realizado com a sua profissão e com muita<br />

vontade de evoluir e saber cada vez mais. Acredito<br />

por isso que estamos no caminho certo”. No final,<br />

todos receberam um troféu com o formato de uma<br />

pistola de pintura, assim como diversos prémios <strong>das</strong><br />

marcas patrocinadoras. O concurso não foi apenas<br />

competição, mas acabou por se tornar um bom momento<br />

de aprendizagem e confraternização<br />

Paralelamente ao concurso, a Axalta promoveu<br />

uma iniciativa designada “Melhor Pintor Virtual”.<br />

Para o efeito, foram disponibilizados uns óculos<br />

de realidade virtual, com software da Axalta, que<br />

simula a pintura de uma peça. Os convidados presentes<br />

puderam assim pôr à prova a sua habilidade<br />

para a pintar peças de um modo virtual. Uma forma<br />

diferente de valorizar a profissão com a utilização<br />

<strong>das</strong> novas tecnologias. l<br />

CAETANO AUTO VALORIZA<br />

A PROFISSÃO DE PINTOR<br />

A Caetano Auto promove há mais de nove anos um programa<br />

de formação para manter os colaboradores sempre atualizados<br />

com as novas tecnologias e os produtos mais recentes. Este<br />

ano decidiu ter um evento mais dinâmico e criou o concurso<br />

do Melhor Pintor. “Com esta iniciativa queremos acima de tudo<br />

dar mais visibilidade à profissão de pintor automóvel. É uma<br />

profissão que se tem tornado muito mais especializada e com<br />

necessidade de mais conhecimento, mas que é pouco visível.<br />

É necessário incentivar os jovens a investir nesta carreira, que<br />

tem um futuro assegurado”, refere Ana Fazenda, coordenadora<br />

Pós-venda da Caetano Auto. O concurso foi aberto a todos os<br />

concessionários da Caetano Auto e teve uma grande adesão<br />

dos pintores <strong>das</strong> diversas oficinas do grupo. “A recetividade foi<br />

excelente e os participantes entusiasmaram-se com a iniciativa.<br />

No futuro vão sentir-se mais reconhecidos e com competências<br />

valoriza<strong>das</strong>”, diz a responsável.<br />

Relativamente à dificuldade de arranjar mão de obra qualificada<br />

para as oficinas, designadamente na área da colisão,<br />

Ana Fazenda afirma que “Nos últimos anos, a Caetano Auto<br />

tem investido muito na formação, com a criação de escolas<br />

internas onde dá formação a jovens estudantes que depois<br />

de concluírem os cursos integram os quadros do grupo. É um<br />

enorme investimento em instalações, materiais, equipamentos<br />

e recursos humanos, mas depois ficamos com os melhores e<br />

eles crescem connosco. Até porque a marca Toyota tem um<br />

programa de certificação próprio que permite aos colaboradores<br />

evoluírem em diferentes níveis. Sobre o concurso, esta responsável<br />

garante que é uma iniciativa a repetir e que o próximo<br />

irá incluir também a área da chapa. “O objetivo é desenvolver<br />

mais iniciativas na área da colisão e dar mais visibilidade às<br />

profissões de chapeiro e pintor automóvel”, conclui.<br />

A AXALTA E A CAETANO AUTO TÊM UMA LONGA PARCERIA,<br />

SOB A QUAL DINAMIZAM VÁRIAS INICIATIVAS QUE VISAM PROMOVER<br />

A PROFISSÃO DE PINTOR AUTOMÓVEL, ASSIM COMO DAR FORMAÇÃO<br />

SOBRE AS tecnOLOGIAS DE REPINTURA MAIS RECENTES<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 47


Empresas<br />

NOTÍCIAS<br />

A SUSTENTABILIDADE COMEÇA NOS<br />

PANOS MEWA<br />

Com a introdução do sistema de panos de limpeza da Mewa, os mecânicos recebem<br />

panos de limpeza de algodão de alta qualidade com capacidade de absorção<br />

turbo para a limpeza suave e profunda de componentes, ferramentas e instalações.<br />

Estes panos, praticamente não largam cotão, absorvem um múltiplo do seu<br />

volume e podem ser reutilizados várias vezes antes de ser armazenados em segurança<br />

no contentor SaCon. Com os panos de limpeza e o SaCon, no âmbito de um sistema<br />

de serviço contemporâneo, uma oficina automóvel comunica interna e externamente:<br />

A proteção ambiental é importante para nós. O que os clientes não conseguem ver<br />

é toda a sustentabilidade do sistema da Mewa. Graças às tecnologias inovadoras de<br />

lavagem e de tratamento de águas residuais, a Mewa atinge um grau de limpeza de<br />

99,8 por cento nos panos e consome até 50% menos água. Além disso, 80 por cento da<br />

energia necessária para o funcionamento <strong>das</strong> linhas de lavagem e secagem é coberta<br />

pelos óleos usados filtrados dos panos de limpeza usados. Cada pano pode ser lavado<br />

até 50 vezes pela Mewa. Após cada lavagem, passa por um controlo de qualidade em<br />

várias fases para que apenas os panos impecáveis regressem aos clientes.<br />

JÁ FORMOU MAIS DE 15.000 MECÂNICOS<br />

MANN-FILTER | Passaram mais sete anos e a MANN-FILTER continua a dedicar-se<br />

à formação nos seus mais de 100 centros de treino em toda a Espanha. Até aos dias de<br />

hoje, passaram pelas ‘mãos’ da empresa mais de 15.000 futuros mecânicos. “Embora<br />

os sistemas de filtragem não sejam vistos como ‘o componente mais importante’ de<br />

um veículo, a sua função é essencial, tanto para o bom funcionamento do motor,<br />

protegendo os componentes mecânicos do desgaste causado pela entrada de<br />

partículas nocivas, tanto para os ocupantes, protegendo-os da entrada no organismo<br />

<strong>das</strong> referi<strong>das</strong> partículas que provocam alergias ou outro tipo de complicações<br />

respiratórias”, explicou Antonio Martínez, responsável técnico da MANN-FILTER em<br />

Espanha e Portugal e responsável pela realização destas formações. Para Martínez, “<br />

um mecânico que conheça estas implicações, e saiba transferi-las para os clientes da<br />

sua oficina, é essencial tanto para aumentar a vida útil dos veículos, como para cuidar<br />

da saúde dos passageiros, bem como garantir a condução em segurança.”<br />

FAZ BALANÇO POSITIVO DE 2022<br />

DIESEL TECHNIC | Para a Diesel Technic, o ano de 2022 teve um significado<br />

muito especial, pois além de muitos destaques, a empresa pôde comemorar seus 50<br />

anos. Fundada em 1972, a Diesel Technic fez uma jornada emocionante para se tornar<br />

uma fornecedora líder de soluções no setor automotivo. Um destaque do aniversário<br />

foram as comemorações na sede em Kirchdorf, Alemanha, com um animado programa<br />

de apoio, onde os funcionários puderam apresentar pessoalmente o local de trabalho<br />

para suas famílias. A Diesel Technic deve seu 50º aniversário não apenas aos seus 650<br />

funcionários, mas também a seus muitos clientes fiéis. Além da qualidade garantida,<br />

os clientes apreciam especificamente a linha completa de produtos para todos os tipos<br />

comuns de camiões. Um acontecimento importante para alguns clientes foram os<br />

fins de semana de corrida de camiões junto com a Parts Specialists. A DT Spare Parts<br />

continuou suas atividades esportivas com o jogo de apostas para a Copa do Mundo<br />

de Futebol, no qual a popular marca de produtos da Diesel Technic escolheu o melhor<br />

apostador entre os parceiros de distribuição como o “Campeão DT Spare Parts 2022”. A<br />

Diesel Technic pode relembrar 2022 como um ano movimentado e muito proveitoso.<br />

FIDELIDADE CAR CHEGA A ALMADA<br />

FIDELIDADE CAR | Dedicada à reparação automóvel na vertente de colisão, a nova unidade da Fidelidade<br />

Car Service pretende servir os Clientes da Fidelidade dos Concelhos de Almada, Barreiro, Seixal, Sesimbra, Setúbal<br />

e Moita, tendo capacidade para reparar 10 viaturas por dia. Com 1.500 m2 , esta unidade pretende posicionar-se<br />

como um hub tecnológico e de sustentabilidade. Futuramente estará dedicada à reparação de veículos elétricos<br />

híbrido plug-in (PHEV) e viaturas de alumínio, instalando painéis fotovoltaicos e postos de carregamento para<br />

PHEV. A Fidelidade Car Service, atenta às novas tendências do mercado, nomeadamente, no que diz respeito à soft<br />

mobility, disponibiliza aos seus Clientes um serviço de mobilidade inovador, sustentável e cómodo, mediante o<br />

qual os Clientes podem usufruir de um plafond diário para as suas deslocações através da App da Bolt.<br />

48 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ANUNCIA NOVA IMAGEM CORPORATIVA<br />

Infopro Digital AUTOMOTIVE | A Infopro Digital Automotive, mudou a sua imagem corporativa,<br />

para apoiar o seu crescimento internacional, como fornecedor global de software digital B2B, bases<br />

de dados e serviços para o mercado pós-venda automóvel. Infopro Digital Automotive, fornecedor líder de<br />

dados técnicos B2B, software e serviços digitais para o aftermarket automóvel profissional e de consumo,<br />

mudou oficialmente a sua aparência, alinhando-se com o novo universo gráfico do Grupo e projetando-se<br />

no futuro com uma nova identidade visual. Esta mudança destina-se a representar uma marca e uma visão<br />

que estão ambas alinha<strong>das</strong> com os desafios enfrentados pelo mercado de pós-venda automóvel atual. Esta<br />

mudança apoia o crescimento significativo que a Infopro Digital Automotive tem experimentado nos últimos<br />

anos. Isto levou à sua afirmação global e reconhecimento do mercado, juntamente com o seu desejo<br />

inerente de ser visto como uma equipa unida com um objetivo comum.<br />

REALIZA FORMAÇÃO EM CONJUNTO COM DAYCO<br />

AUTO Mafergil | A Auto Mafergil, membro da RedeInnov, voltou a realizar uma<br />

formação, desta vez organizada em conjunto com a DAYCO. A ação de formação foi realizada<br />

em Águeda, no dia 22 de Novembro de 2022. A componente teórica contou com a participação<br />

de 28 oficinas teve duração de 3 horas: <strong>das</strong> 19 horas às 22 horas. A ação de formação<br />

centrou-se no tema de “Distribuição” e permitiu aos participantes obter um conhecimento<br />

sobre este tema. O curso revelou-se uma oportunidade bastante enriquecedora para todos os<br />

participantes pois permitiu aumentar o conhecimento sobre a temática da distribuição. Após a<br />

parte teórica, os participantes e formadores juntaram-se para um momento de descontração<br />

e lazer no restaurante onde se realizou o jantar.<br />

SENSIBILIZA 50 EMPRESAS<br />

PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA<br />

ANECRA | A ANECRA vai permitir a cinquenta empresas do Comércio e da Reparação<br />

Automóvel, de todo o país, a obtenção da certificação EFFICIENTIA: Informação / Sensibilização<br />

para a Eficiência Energética, que visa fomentar a eficiência energética, a aquisição de<br />

comportamentos mais racionais, quanto ao consumo de energia e a adoção de novos hábitos<br />

de consumo. To<strong>das</strong> as empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, associa<strong>das</strong> ou não da<br />

ANECRA, podem candidatar-se, gratuitamente, à obtenção da certificação através do preenchimento<br />

do formulário no website da Associação. Após admissão no Plano de Promoção da<br />

Eficiência no Consumo de Energia, as cinquenta empresas seleciona<strong>das</strong> serão sujeitas a um<br />

conjunto de ações como a realização de auditorias energéticas, a elaboração de indicadores<br />

de gestão de energia e de benchmarking ou a realização de campanhas de sensibilização de<br />

eficiência energética junto dos seus colaboradores. A certificação EFFICIENTIA: Informação /<br />

Sensibilização para a Eficiência Energética terá ainda, como suporte à sua comunicação, além<br />

da página de Internet, a dinamização em redes sociais: Facebook, Instagram e LinkedIn, a<br />

impressão de cartazes informativos, a realização de três workshops de âmbito nacional e de<br />

um manual de eficiência energética para adoção por parte <strong>das</strong> empresas.<br />

AUTO DELTA DISTINGUIDA PELA CITE<br />

AUTO DELTA | Sendo um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável <strong>das</strong> Nações Uni<strong>das</strong>, a Igualdade<br />

de género é um tema bastante presente na sociedade de hoje em dia. Tal como as pessoas individualmente,<br />

as empresas e os setores de actividade têm de se adaptar e a verdade é que o Aftermarket está<br />

a conseguir responder. Neste âmbito, a Auto Delta foi distinguida pela CITE - Comissão para a Igualdade<br />

no Trabalho e no Emprego pelas boas práticas na promoção da Igualdade Remuneratória entre Mulheres<br />

e Homens por trabalho igual ou de igual valor. Segundo o Despacho n.º 13972/2022, de 5 de Dezembro<br />

publicado em Diário da República, esta distinção foi criada de forma a “estimular e incentivar a promoção<br />

da igualdade salarial entre mulheres e homens por trabalho igual ou de igual valor, recorrendo para tanto<br />

a critérios de discriminação positiva”. Este é um trabalho diário de promoção de oportunidades, resposta a<br />

desafios e valorização do trabalho que engrandece o nome da Auto Delta que, assim, dá um grande passo<br />

em direcção à Igualdade de Género..<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 49


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

BOSCH ESTREIA<br />

SISTEMA DE ESTACIONAMENTO<br />

SEM CONDUTOR<br />

A<br />

Bosch<br />

e a Mercedes-Benz alcançaram um marco importante no caminho para a<br />

condução autónoma: a Autoridade Federal de Transporte Motorizado da Alemanha<br />

(KBA) aprovou o sistema de estacionamento altamente automatizado para<br />

uso na garagem P6 administrada pela APCOA no Aeroporto de Estugarda. Esta é assim<br />

a primeira função de estacionamento sem condutor altamente automatizada do mundo<br />

para SAE Nível 4 a ser oficialmente aprovada para uso comercial. O avanço tecnológico<br />

da condução autónoma desempenha um papel fundamental na mobilidade do futuro.<br />

Com o veículo e a infraestrutura assumindo a condução e as manobras, os condutores<br />

podem voltar a sua atenção para outras coisas, em vez de despenderem tempo a procurar<br />

um lugar e a realizar manobras em garagens aperta<strong>das</strong>. Desde o início, a Bosch adotou a<br />

abordagem de tornar inteligente a infraestrutura em garagens de estacionamento. Dirigir-se<br />

ao estacionamento, sair e enviar o veículo para um lugar de estacionamento apenas<br />

tocando numa aplicação no smartphone - o serviço de estacionamento com condução<br />

autónoma não precisa de condutor. Depois do condutor sair do estacionamento – para<br />

gastar o tempo que acabou de economizar a fazer outra coisa – o veículo dirige-se sozinho<br />

para o lugar designado e estaciona.<br />

CONQUISTA CLASSIFICAÇÃO “A” PELA CDP<br />

Schaeffler | A Schaeffler foi reconhecido pela CDP pela sua liderança na transparência e atuação em relação às<br />

alterações climáticas e à segurança hídrica. A empresa, melhorou a sua<br />

classificação de “A-” para “A” tanto no que diz respeito às alterações climáticas<br />

como à segurança hídrica. No total, foram analisados e divulgados<br />

dados de mais de 18.700 empresas. O CDP gere a maior base de dados de<br />

transparência ambiental do mundo. Todos os anos recolhe dados sobre as<br />

emissões de CO2, os perfis de risco climático e as estratégias e objetivos<br />

de redução de empresas de todo o mundo. “Este excelente resultado<br />

da Schaeffler envia uma mensagem importante a to<strong>das</strong> as partes<br />

interessa<strong>das</strong> na empresa, que prestam muita atenção às classificações do<br />

CDP”, disse o CEO da Schaeffler, Klaus Rosenfeld. Atingir a categoria A é a<br />

transição mais difícil de conseguir no sistema de classificações do CDP, um<br />

salto que muito poucas empresas conseguem dar.<br />

PREMIADA COM O PRÉMIO IEEE<br />

CORPORATE INNOVATION<br />

DENSO | A DENSO Corporation conquistou o prémio IEEE Corporate Innovation<br />

do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), a maior associação<br />

internacional de engenharia elétrica e eletrónica do mundo, por desenvolver um<br />

QR Code e divulgar o seu uso globalmente. O IEEE Corporate Innovation Award,<br />

um dos prémios técnicos de maior prestígio no mundo, é concedido a organizações<br />

que tiveram um impacto global significativo com tecnologias e produtos<br />

inovadores e contribuíram para o desenvolvimento da engenharia elétrica e<br />

eletrónica. Estabelecido pelo IEEE em 1985, o prémio já foi concedido a empresas<br />

e organizações líderes em todo o mundo. A DENSO tornou-se a sexta empresa<br />

japonesa a receber este reconhecimento. O inovador código bidimensional pode<br />

armazenar cerca de 200 vezes mais informações do que os códigos de barras e<br />

pode ser lido em alta velocidade. A DENSO passou a utilizar o código principalmente<br />

para gestão de stock nas suas fábricas, e posteriormente disponibilizou a<br />

patente gratuitamente, possibilitando a sua disseminação global.<br />

CHEGA A LEIRIA COM OFICINA N LÍDER<br />

Grupo Driver | O Grupo Driver organizou uma grande festa de inauguração<br />

da primeira oficina do grupo Nac Amaro, a N Líder, situada na cidade de Leiria,<br />

perto de Lisboa. Cerca de 300 pessoas, entre clientes e personalidades políticas,<br />

participaram nas mereci<strong>das</strong> celebrações daquele que é o primeiro ponto de venda<br />

da rede Driver em território português. Quando a N Lider decidiu incorporar-se<br />

no Grupo, no verão de 2019, esta oficina fez de Portugal o oitavo país com<br />

instalações Driver. Um marco merecedor de uma celebração em grande estilo,<br />

constantemente adiada com a chegada e evolução da pandemia. Nuno Amaro,<br />

gerente do grupo Nac Amaro, organizou uma festa à altura com os seus familiares<br />

e colaboradores. As suas generosas instalações, complementa<strong>das</strong> para a ocasião<br />

com um armazém anexo, pararam as atividades durante um dia e encheram-se<br />

de supercarros, carros clássicos e de competição, além dos expositores estáticos<br />

que luziam produtos de alguns dos fornecedores do Grupo Driver, como a Pirelli<br />

e a Prometeon. No total, foram 300 as pessoas que marcaram presença numa<br />

festa informal e familiar, que contou com comida, música ao vivo e atividades e<br />

animação para os mais pequenos.<br />

50 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


REALIZA FORMAÇÃO DE OSCILOSCÓPIO NÍVEL I<br />

Mondegopeças | A Mondegopeças, em parceria com a Car Academy e o Instituto<br />

Superior de Engenharia de Coimbra, realizou no passado dia 5 de novembro, uma formação de<br />

Osciloscópio Nível I. Esta formação, destinada aos seus clientes, que teve uma grande adesão<br />

por parte dos seus clientes, revelou a necessidade que as oficinas têm de fazer um diagnóstico<br />

correto com ferramentas adequa<strong>das</strong>. Ao longo de toda a formação, foram utilizados alguns<br />

equipamentos oficinais na formação, entre os quais o osciloscópio Autel, sendo considerado<br />

pela Car Academy um dos equipamentos mais completos do mercado. No próximo ano de<br />

2023, o plano de formação da Mondegopeças, integrará o Nivel II desta temática e outros<br />

temas requisitados pelas oficinas.<br />

GLASSDRIVE RENOVA PARCERIA COM<br />

EQUIPA PROFISSIONAL<br />

DE CICLISMO<br />

A<br />

Glassdrive,<br />

principal patrocinador da Equipa Profissional de<br />

Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, vencedora da 83.ª Volta a<br />

Portugal, renovou este apoio para a época de 2023, mantendo-<br />

-se como naming sponsor do projeto de ciclismo do Clube Desportivo<br />

Fullracing. A Glassdrive fez o anúncio formal da renovação do patrocínio<br />

durante um almoço de reconhecimento à Equipa Profissional de<br />

Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, na sexta-feira, dia 18, em Matosinhos.<br />

Marta Araújo, administradora da Saint-Gobain Sekurit Service<br />

Portugal, disse que este foi um almoço de homenagem “por tudo o que<br />

fizeram ao longo da temporada, tendo sido extraordinária. Se por um<br />

lado é um reconhecimento, é também um momento de celebração. No<br />

fundo, celebrar este acordo de parceria com a Glassdrive, que é uma<br />

vez mais principal patrocinador da equipa profissional, mas também<br />

dar continuidade ao apoio da equipa feminina, porque é importante a<br />

igualdade de géneros”.<br />

RECONHECIDA COM DUPLO “A” EM CLIMA E SEGURANÇA<br />

Brembo | A Brembo foi reconhecida pela sua liderança em transparência empresarial e desempenho<br />

em matéria de alterações climáticas, pela CDP, uma instituição ambiental sem fins lucrativos. Brembo faz<br />

parte de um pequeno número de empresas que alcançou um duplo “A”, <strong>das</strong> mais de 10.000 empresas pontua<strong>das</strong>.<br />

O processo anual de divulgação e pontuação ambiental do CDP é amplamente reconhecido como o<br />

padrão de transparência ambiental empresarial. Uma metodologia detalhada e independente é utilizada<br />

pelo CDP para avaliar as empresas, atribuindo uma pontuação de “A” a “D-“, com base na abrangência da<br />

divulgação, consciencialização e gestão de riscos ambientais, bem como na demonstração <strong>das</strong> melhores<br />

práticas associa<strong>das</strong> à liderança ambiental, como definição de metas ambiciosas e alvos significativos.<br />

“Tópicos ambientais, sociais e de governança sempre foram parte integrante da nossa estratégia global de<br />

negócios. Acreditamos que são fatores potenciadores do crescimento, não só do nosso grupo, mas de toda<br />

a economia. Este ano, é a quinta vez consecutiva que a Brembo recebe o reconhecimento de duplo ‘A’ do<br />

CDP e, para nós, é sempre uma fonte de grande satisfação”, afirmou Cristina Bombassei, chief CSR officer e<br />

membro do conselho da Brembo.<br />

PRETENDE ATINGIR NEUTRALIDADE<br />

CLIMÁTICA ATÉ 2035<br />

Rheinmetall | Até 2035, a Rheinmetall quer trabalhar para contribuir para reduzir as emissões de<br />

CO2 prejudiciais ao clima com energia fotovoltaica. Deste modo, instalou cerca de 1635 módulos solares<br />

para produzir energia. A empresa de tecnologia Rheinmetall AG deu mais um passo no caminho para alcançar<br />

a neutralidade climática até 2035, o seu objetivo declarado. Graças ao forte compromisso do Grupo e ao<br />

apoio <strong>das</strong> autoridades locais, no verão passado, foram instalados vários módulos de energia nos telhados<br />

dos pavilhões da fábrica da subsidiária da Rheinmetall, Pierburg SA, em Abadanio, Espanha. Espera-se que<br />

a produção anual esteja em torno de 730.000 kWh. De acordo com os cálculos da empresa, essa energia<br />

gerada de forma sustentável reduzirá as emissões de CO2 prejudiciais ao clima da usina em 175 tonela<strong>das</strong><br />

por ano. Há doze anos que a empresa segue de forma sistemática um plano de ação de longo prazo em<br />

Espanha, para reduzir a sua pegada climática, tendo realizado a sua primeira auditoria energética em 2009.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 51


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

PAINÉIS ENDOTÉRMICOS PARA CABINES PINTURA<br />

CETRUS REDUZ CUSTOS ENERGÉTICOS EM MAIS DE 80%<br />

Os Painéis endotérmicos da Cetrus transmitem<br />

diretamente calor à superfície do veículo, sem<br />

dispersão, reduzindo em mais de 80% o custo<br />

energético e também a pegada carbónica. Os kits de<br />

painéis usam de 26 a 40kW (conforme modelo), cerca<br />

de 8 vezes menos que a capacidade térmica dos permutadores<br />

de calor <strong>das</strong> cabines tradicionais. Estes kits<br />

podem ser fornecidos em conjuntos de 8, 10, 14 ou 16.<br />

A estrutura externa dos painéis é constituída por um<br />

perfil de alumínio de alta rigidez, e o elemento calorifico<br />

é comporto por uma chapa de alumínio pintada<br />

com tinta de alta temperatura branca. Por trás do painel<br />

está um isolante térmico. O peso de cada painel é<br />

de cerca de 16kg. Estes kits podem ser montados em<br />

todo o tipo de cabines de pintura, novas ou existentes e<br />

de to<strong>das</strong> as marcas. Os painéis são controlados através<br />

de um quadro Touch Screen onde inclusive pode ser<br />

visto o custo real da operação de pintura.<br />

Um investimento de rápido retorno<br />

Instalar um sistema de painéis endotérmicos é um<br />

excelente investimento para as oficinas de reparação<br />

e pintura. Ao contrário dos queimadores tradicionais<br />

este sistema requer uma manutenção mínima. Começa<br />

a poupar logo desde o primeiro dia da instalação.<br />

Cada ciclo de pintura custa cerca de 5.5€, poupando<br />

cerca de 29.5€ face ao queimador tradicional de gasóleo.<br />

A Cetrus, através de parceria com uma instituição<br />

de crédito, oferece a possibilidade aos seus clientes de<br />

fazer um aluguer operacional deste equipamento. Assim,<br />

pelo valor que vai economizar com a mudança de<br />

sistema, poderá pagar um aluguer operacional e ainda<br />

poupar algum dinheiro. No final do contrato, por um<br />

valor residual, a oficina pode ficar com o equipamento.<br />

para TODO o tipo de cabines pintura<br />

As várias configurações disponíveis asseguram várias<br />

soluções à medida <strong>das</strong> necessidades de cada<br />

cliente ou de cada estufa de pintura. Ao optar por<br />

um sistema de painéis endotérmicos e inutilizando<br />

a caldeira a gás ou gasóleo a oficina está a contribuir<br />

positivamente para o ambiente. Um ciclo de<br />

pintura consome cerca de 17l de gasóleo, e corresponde<br />

a cerca de 47.35kg de CO2 enviados para a<br />

atmosfera. Por dia x 3 ciclos de pintura (por ex.)<br />

serão: 142.05kg; Por mês: 3.125 kg;; Por ano: 37.5<br />

Tonela<strong>das</strong> de CO2 emitidos vs Emissões ZERO com<br />

painéis endotérmicos. Se a oficina tiver ou vier a ter<br />

produção própria de energia através de painéis fotovoltaicos,<br />

então praticamente, o custo energético<br />

de cada pintura (após amortização dos equipamentos)<br />

será praticamente ZERO. Além disso, o recurso<br />

às Energias Renováveis constitui uma solução para<br />

muitos problemas sociais associados ao consumo de<br />

combustíveis fósseis. O seu uso permite uma melhoria<br />

do nível de vida, em especial nos países sem reservas<br />

petrolíferas como Portugal, diminuindo a sua<br />

dependência económica e reduzindo os impactos<br />

negativos resultantes da queima dos combustíveis<br />

na sua utilização e transformação de energia.<br />

52 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO EM RENTING<br />

Hella Gutmann | A FM Equipamentos está a promover a venda de equipamentos de<br />

diagnóstico Hella Gutmann em renting. Ao não necessitar de uma quantidade avultada de<br />

capital para a aquisição do equipamento de diagnóstico que necessita, a oficina tem agora a<br />

possibilidade de o alugar. Como exemplo, o Macs One pode ser alugado através de renting na<br />

modalidade de 36 meses, por um valor mensal de 59,60 Euros + IVA. A inexistência de custos<br />

de entrada ou de investimento inicial e a despreocupação relativamente à depreciação do<br />

equipamento, são fatores que, sem dúvida, aliviam imenso o esforço contabilístico da oficina.<br />

A empresa usufrui de uma renovação do equipamento, sem afetar a tesouraria, tendo o<br />

controlo rigoroso dos seus custos. Além disso, a renda mensal de um renting é completamente<br />

dedutível em sede de IVA e de IRC. E como a empresa não chega a adquirir o equipamento<br />

(apenas o aluga), nenhum financiamento fica contabilizado no seu balanço contabilístico.<br />

Para mais informações contactar FM Equipamentos através de telemóvel 917 213 877 ou<br />

email: info@fm-equipamentos.com<br />

BANCO DE TESTE PARA INJETORES COMMON RAIL<br />

Bosch | A Bosch desenvolveu o DCI 200, um banco de teste de injetores Common Rail unitário. Tal como<br />

o DCI 700, o DCI 200 pode testar com precisão e fiabilidade os injetores de carros e camiões. Na prática<br />

diária da oficina, os novos padrões de emissões significam que a precisão ao testar injetores Common Rail<br />

instalados em motores diesel modernos está a tornar-se cada vez mais importante. Quanto mais precisa for<br />

a medição do volume do injetor, maior será a precisão com que os injetores podem ser ajustados. A Bosch<br />

desenvolveu o DCI 200, um banco de teste de injetores Common Rail unitário. Tal como o DCI 700, o DCI<br />

200 pode testar com precisão e fiabilidade os injetores de carros e camiões. Graças ao seu novo sistema de<br />

medição, o DCI 200 pode também ser usado para testar injetores equipados com os mais recentes sistemas<br />

de controlo de injeção, como Controlo de Fecho de Válvula (VCC) e Controlo de Fecho de Agulha (NCC). Um<br />

controlo eletrónico de circuito fechado garante a medição precisa dos injetores VCC e NCC ao longo da sua<br />

vida útil e está em conformidade com os atuais padrões de emissão.<br />

SKF LANÇA<br />

NOVA GAMA<br />

DE MOLAS DE<br />

SUSPENSÃO<br />

A<br />

SKF desenhou uma nova gama de Molas de Suspensão,<br />

focando-se numa experiência divertida e<br />

que, ao mesmo tempo, garante a segurança. As<br />

molas de suspensão foram submeti<strong>das</strong> a vários testes<br />

exaustivos, incluindo testes de pulverização de sal para<br />

verificar a resistência à corrosão, e um teste de resistência<br />

de 500.000 compressões, validando a utilização da<br />

mola de suspensão em qualquer condição rodoviária.<br />

Além disso, as molas têm um revestimento de fosfato<br />

de zinco e de epoxy preto para proteção contra a corrosão”,<br />

diz o Responsável de produto SKF. As molas de<br />

suspensão da SKF foram concebi<strong>das</strong> a pensar no conforto<br />

dos passageiros da viatura. Estão também comprova<strong>das</strong><br />

para a durabilidade em quaisquer condições<br />

de estrada, garantindo simultaneamente uma experiência<br />

divertida de condução. Tudo isto foi possível graças<br />

ao facto de os produtos serem fabricados de acordo com<br />

as especificações e qualidade do Equipamento Original<br />

e, consequentemente, terem as mesmas características,<br />

cobrindo todos os tipos de molas de suspensão (como<br />

por exemplo, molas de carga lateral e mini-blocos).<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 53


Notícias<br />

Produto<br />

LIQUI MOLY<br />

ADICIONA ao PORTFÓLIO MARINE DETAILER<br />

O<br />

novo Marine Detailer da LIQUI MOLY é o<br />

melhor amigo para o revestimento exterior de<br />

embarcações proporcionando brilho e proteção.<br />

É adequado para pinturas, plásticos reforçados<br />

com fibra de vidro e revestimentos em gel. O Marine<br />

Detailer não só dá brilho, como também atua contra<br />

a sujidade. O spray remove sem esforço as poeiras,<br />

os vestígios de patas de animais e, até, excrementos<br />

de aves. A novidade na gama de produtos Marine<br />

do especialista alemão em produtos químicos para<br />

automóveis é um spray extremamente eficaz, que<br />

sela as pinturas lisas durante várias semanas e lhes<br />

dá brilho. Também pode ser pulverizado sobre<br />

revestimentos de gel e plásticos reforçados com<br />

fibra de vidro. Em áreas trata<strong>das</strong>, a água escorrega<br />

e a sujidade nova não consegue espalhar-se. Uma<br />

vez que os Detailer contêm uma maior proporção<br />

de tensioativos de limpeza, podem também ser aplicados<br />

em superfícies ligeiramente sujas. São ideais<br />

para uma limpeza intermédia rápida. O Marine<br />

Detailer funciona em superfícies secas e molha<strong>das</strong>.<br />

Quando o barco ainda está húmido com orvalho,<br />

basta pulverizar a pintura e limpar com um pano.<br />

O tipo de pano utilizado tem uma grande influência<br />

no resultado. O melhor resultado consegue-se com<br />

um pano de microfibras de pelo comprido com corte<br />

a laser.<br />

LUBRIFICANTE QUE PROMOVE<br />

POUPANÇA COMBUSTÍVEL<br />

cepsa | O novo XTAR 0W30 ECO W da Cepsa é um lubrificante 100% sintético formulado com<br />

óleos de base polialfaolefina (PAO), de baixo teor em cinzas (SAPS). Indicado para veículos equipados<br />

com filtros de partículas (DPF/GPF), em especial para os motores do Grupo VAG. Este lubrificante é<br />

especialmente recomendado para os sistemas Start&Stop, devido ao seu excelente grau de fluidez<br />

no momento do arranque, inclusive a temperaturas muito baixas. Do mesmo modo, o seu elevado<br />

desempenho contra a oxidação e a capacidade de retenção do nível de detergência garantem um<br />

bom desempenho em veículos híbridos, que são equipados com motor a gasolina e elétrico, assim<br />

como em motores a gás (GPL / GNV) ou quando são utilizados biocombustíveis. O XTAR 0W30 ECO W<br />

pode ser utilizado em veículos de qualquer marca que requeiram um lubrificante de viscosidade SAE<br />

0W-30 com especificação ACEA C3.<br />

APRESENTA KITS CORRENTES DE DISTRIBUIÇÃO<br />

MS Motorservice | A MS Motorservice está a expandir o seu portfólio de produtos com<br />

Kits de correntes de distribuição. Os nove artigos atualmente disponíveis abrangem cerca de 2200<br />

tipos de veículos. Isto corresponde a um potencial de mercado de mais de 46 milhões de veículos em<br />

todo o mundo. Os Kits de correntes de distribuição caraterizam-se por uma qualidade de produto<br />

extremamente elevada com uma longa vida útil e uma elevada funcionalidade. Afinal, têm de<br />

cumprir os requisitos de elevada qualidade do concessionário internacional de peças sobresselentes.<br />

Para este efeito, todos os componentes dos conjuntos de correntes de distribuição são submetidos a<br />

testes funcionais pela garantia de qualidade. Enquanto organização comercial para as atividades de<br />

mercado de pós-venda da Rheinmetall, a Motorservice obtém uma grande parte da sua gama diretamente<br />

a partir do seu próprio grupo, que inclui, entre outras, a filial Kolbenschmid. Isto significa<br />

que o especialista global em peças sobresselentes tem os conhecimentos e os elevados padrões de<br />

qualidade de um grande fornecedor internacional de automóveis.<br />

54 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


3A AFTERMARKET ADQUIRE<br />

ATM – AUTO TORRE DA MARINHA<br />

ATM | Tendo como objetivo principal a aquisição de participações em empresas de comércio de peças e<br />

pneus, a 3A Aftermarket (nome que resume Automotive Aftermarket Alliance) faz o seu segundo investimento<br />

em Portugal com a compra da empresa ATM – Auto Torre da Marinha, membro do grupo do Aser<br />

em Portugal, um dos players de mercado de referência na sua zona de atividade. A 3A identificou na ATM –<br />

Auto Torre da Marinha, uma empresa líder de mercado na sua zona de atuação, capacidade de adaptar-se<br />

às constantes mudanças do mercado e com um potencial de crescimento muito interessante. Os anos de<br />

experiência no mercado deram à ATM – Auto Torre da Marinha um profundo conhecimento <strong>das</strong> necessidades<br />

dos clientes e de como melhor os servir. A ATM – Auto Torre da Marinha dispõe de um abrangente<br />

portfólio de produtos capaz de dar resposta às solicitações dos seus clientes. A 3A irá manter a estrutura<br />

de gestão atual. Esse é aliás um fator distintivo da 3A. As empresas que passam a fazer parte do grupo 3A<br />

mantêm a sua autonomia de gestão a todos os níveis. A 3A Aftermarket é uma empresa criada para investir<br />

no desenvolvimento do negócio do aftermarket na península ibérica. Desta forma a 3A espera obter o<br />

máximo, da performance de cada empresa, aproveitando as sinergias gera<strong>das</strong> pelo efeito de grupo.<br />

NORAUTO FORTALECE CULTURA “PEOPLE CENTRIC”<br />

NORAUTO | A Norauto decidiu atribuir um prémio extraordinário, de até 400 euros, aos seus colaboradores<br />

como forma de mitigar os impactos da inflação nos rendimentos no mês de Dezembro, através de um<br />

cartão pré-pago para ser utilizado numa rede retalhista e vem complementar os tradicionais jantares de<br />

natal <strong>das</strong> equipas e os cabazes de Natal. Paralelamente a este apoio imediato e para fazer face ao período<br />

de inflação atual, a empresa preparou o PAC Norauto, um Plano de Apoio ao Colaborador, que prevê apoios<br />

específicos e especializados em situações de dificuldade, sendo estes apoios sempre analisados de forma<br />

individualizada. Atualmente a empresa já disponibiliza seguro de vida, seguro de saúde, consultas de<br />

psicologia a todos os colaboradores e fruta gratuita nas áreas sociais. Além destas medi<strong>das</strong>, o pacote de<br />

benefícios extra-salariais para 2023 será reforçado com “day-off” no dia de aniversário, ou seja mais dia de<br />

folga que contribuirá para uma maior conciliação com a vida familiar. As condições de trabalho, o bem-estar<br />

e a satisfação <strong>das</strong> equipas são compromissos que estão na base de diversas decisões da empresa e que<br />

procuram contribuir para a estabilidade profissional dos quase 620 colaboradores, 93% dos quais com<br />

contratos sem termo. A Norauto assume-se assim como uma empresa People Centric e isto significa colocar<br />

as pessoas e as famílias em primeiro lugar.<br />

VALORCAR COLABORA COM A ZERO<br />

NA CAMPANHA RESIAUTO<br />

VALORCAR | A VALORCAR colaborou com a ZERO no lançamento duma campanha de<br />

informação e sensibilização dos condutores e <strong>das</strong> empresas, visando a prevenção e reciclagem dos<br />

resíduos dos automóveis, ao longo de todo o seu ciclo de vida. Esta campanha, que conta também<br />

com o apoio da VALORPNEU e da SOGILUB, pretende divulgar um conjunto de práticas de condução<br />

e manutenção dos automóveis que permita prolongar o tempo de vida <strong>das</strong> diversas componentes<br />

<strong>das</strong> viaturas, reduzindo a produção de resíduos e aportando poupanças económicas para os seus<br />

utilizadores. Nesta iniciativa será também divulgada informação específica sobre boas práticas<br />

para a gestão dos resíduos dos automóveis, de forma a potenciar a sua reutilização e reciclagem.<br />

As informações a divulgar sobre a gestão de resíduos abrangem diversas temáticas, tais como:<br />

O veículo em fim de vida (onde entregá-lo e abater a matrícula legalmente); Os pneus (recolha,<br />

recauchutagem e reciclagem); Os óleos lubrificantes (recolha do óleo e o processo de regeneração<br />

industrial dos óleos usados); As baterias (entrega em operador legal e processo de reciclagem); As<br />

peças automóveis usa<strong>das</strong> (aquisição de peças em operadores licenciados); A reciclagem de outras<br />

componentes dos automóveis (metais, vidros, plásticos, etc).<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 55


Notícias<br />

Produto<br />

LÂMPADA IRT UV SPOtcURE 2<br />

ZAPHIRO | A ZAPHIRO não para de inovar e desta vez,<br />

trouxe para o mercado Português e Espanhol, a nova lâmpada<br />

Spotcure 2 de cura UV por IRT. A Spotcure2 junta-se à gama de<br />

máquinas IRT, líder de mercado LEDs UV portáteis, alimentada<br />

por uma bateria para reparações pontuais. Com 132 LEDs de<br />

alta potência, a nova lâmpada IRT UV Spotcure 2 pode curar<br />

superfícies de 30 cm em 20 segundos, superfícies de 70 cm<br />

em 1 minuto e superfícies de 100 cm em apenas 2 minutos. A<br />

cura ultravioleta, é cada vez mais usada em chapas metálicas<br />

e oficinas de pintura, à medida que aumenta a produtividade<br />

da loja enquanto se economiza tempo de inatividade. Esta<br />

nova ferramenta, mantém o mesmo nome da sua predecessora<br />

lâmpada de cura UV, mas maiores áreas de reparação e tempos<br />

de cura menores. Além disso, esta lâmpada incorpora um guia<br />

visual com tela e temporizador multifuncional para melhorar o<br />

controlo do processo, tudo graças a um novo software avançado<br />

com tecnologia de proteção contra superaquecimento.<br />

ADICIONA 24 NOVAS<br />

REFERÊNCIAS AO PORTFÓLIO<br />

BGA | A BGA (BG Automotive) expandiu a sua oferta de produtos<br />

com 24 novas referências em várias categorias, tais como:<br />

correntes de distribuição, refrigeração, direção e suspensão. Os<br />

destaques incluem uma cadeia de distribuição ‘TC9113FK’ que<br />

cobre modelos Toyota como HIACE de 2019 em diante, HILUX<br />

2015 em diante e LAND CRUISER 2020 em diante. “A corrente<br />

de distribuição vem pré-lubrificada com o nosso lubrificante de<br />

corrente especialmente formulado. A fórmula exclusiva Chain<br />

Shield da BGA garante a pré-lubrificação para sincronizar com a<br />

escolha de lubrificação do motor, sem efeitos adversos no sistema<br />

de lubrificação do motor”, revelou a BGA. A BG Automotive<br />

(BGA) lança novos produtos todos os meses para garantir, a<br />

todos os seus clientes, as mais recentes aplicações de produtos<br />

no mercado de reposição automotivo. A gama de direção e<br />

suspensão da BGA tem agora 21 novas referências adiciona<strong>das</strong><br />

para BMW, Audi, VW, Citroen, Peugeot, Toyota, Vauxhall, Ford,<br />

Honda, Mazda, Mercedes, Renault, Mini e Skoda.<br />

APRESENTA NOVO CATÁLOGO<br />

COMPONENTES ELÉTRICOS<br />

MAI | A MAI empresa especializada na venda e distribuição<br />

de peças elétricas para Automóveis, Náutica, Caravanismo<br />

e Solar, acaba de lançar um novo catálogo. A experiência de<br />

mais de 60 anos no setor permitiu à MAI desenvolver uma<br />

marca de referência no mercado de peças sobressalentes<br />

elétricas para veículos automóveis e comerciais. A filosofia empresarial<br />

baseia-se no serviço aos clientes, na qualidade dos<br />

produtos e na constante inovação e adaptação ao mercado.<br />

Como resultado, os seus horizontes estão constantemente a<br />

expandir-se e as fronteiras a desaparecer. O mercado é principalmente<br />

espanhol, mas está constantemente em expansão<br />

para outros países, designadamente Portugal.<br />

OLIPES DESENVOLVE<br />

AVEROIL 5W30 UHP<br />

PARA PESADOS<br />

A<br />

Olipes<br />

desenvolveu o lubrificante Averoil<br />

5W30 UHP, destinado aos modernos motores<br />

dos veículos pesados que operam em<br />

regimes de serviço muito exigentes. Com este óleo<br />

de baixa viscosidade a frio facilitam-se os arranques<br />

a baixa temperatura e minimiza-se o consumo de<br />

combustível, graças à sua qualificação de “Energy<br />

Conserving”. “Para as empresas de transportes é essencial<br />

que os veículos pesados mantenham um funcionamento<br />

eficiente durante todo o ano e os meses<br />

de frio são os mais exigentes, especialmente em termos<br />

de consumo de combustível e de proteção do<br />

turbo. Os gestores <strong>das</strong> frotas sabem que é vital que<br />

se garanta continuamente um alto rendimento do<br />

motor, para desta forma otimizarem a eficiência, a<br />

rentabilidade e a competitividade do seu negócio. E<br />

para tal, o lubrificante é um componente fundamental.<br />

E ainda mais quando se trabalha sob as duras<br />

condições ambientais no inverno”, explicou Fernando<br />

Díaz, codiretor geral executivo da Olipes.<br />

56 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


F<br />

| A Wolf Lubricants continua a expandir e<br />

atualizar a sua gama híbrida para equipar o<br />

mercado pós-venda com as inovações mais<br />

recentes de lubrificantes e fluidos. A extensa gama<br />

oferece 100 % de cobertura de modelos de veículos<br />

híbridos, com 45 produtos inovadores, incluindo<br />

8 óleos de motor formulados para utilização em<br />

aplicações de veículos híbridos. Esta atualização<br />

WOLF LUBRICANTS<br />

ATUALIZA GAMA HÍBRIDA<br />

demonstra o compromisso da Wolf para com a mobilidade<br />

elétrica e o apoio de manutenção para os<br />

veículos híbridos, consolidando a sua posição como<br />

um principais participantes da mobilidade elétrica.<br />

Em 2021, o mercado dos elétricos híbridos global<br />

alcançou 5,5 milhões de veículos e espera-se que<br />

alcance 31,2 milhões de unidades até 2027: uma<br />

impressionante CAGR (taxa de crescimento anual<br />

composta) de 31,9 %. O forte crescimento é impulsionado<br />

pelos esforços globais contínuos para reduzir<br />

as emissões e pela legislação que incentivou de<br />

forma agressiva os OEM a produzir veículos elétricos<br />

híbridos com menor consumo de combustível e<br />

emissões de CO2 em comparação com os veículos<br />

alimentados apenas por motores de combustão interna<br />

(ICE).<br />

LANÇA 255 NOVAS REFERÊNCIAS<br />

Metalcaucho | A Metalcaucho faz o último lançamento do ano com 255 novas peças<br />

sobressalentes, para atingir o número total de 30.000 referências no seu catálogo, a mais<br />

extensa do setor na sua categoria. Para concluir 2022, apresenta um lançamento muito variado,<br />

incluindo peças sobressalentes para 34 famílias de produtos diferentes, entre os quais se destacam<br />

34 cubos de ro<strong>das</strong>, 31 apoios de motor e caixa de velocidades, 17 cremalheiras de direção<br />

e 15 permutadores de calor. Deve ser feita uma menção especial ao crescimento constante da<br />

família de produtos de direcção, uma linha com um grande valor estratégico para a Metalcaucho,<br />

que está em constante crescimento graças às sinergias com a empresa-mãe BBB Industries, líder<br />

americano na família dos componentes de direção. Deve-se recordar que to<strong>das</strong> as cremalheiras<br />

de direção, com 146 referências já em stock, são 100% novas, e são verifica<strong>das</strong> no próprio<br />

laboratório de qualidade da Metalcaucho com testes dinâmicos.<br />

SOLUÇÃO PARA CRISTALIZAÇÃO DO ADBLUE<br />

AMIVATIO | A empresa Amivatio anuncia um produto inovador e único no mundo. Após ouvir os seus<br />

clientes e as dificuldades que encontravam, decidiu investir tempo em investigação e testes com vista a<br />

solucionar uma lacuna do mercado, que é a “cristalização” do Adblue. Desenvolveu um aditivo 2 em 1 que<br />

para além de conseguir limpar a cristalização do Adblue também consegue prevenir que este cristalize e<br />

que para além de provocar avarias dispendiosas nos componentes responsáveis pelo bom funcionamento<br />

deste sistema, pode também afetar o dia-a-dia de qualquer condutor, pois o veículo pode não conseguir<br />

arrancar e ficar paralisado derivado as falhas no Adblue. Para quem tem uma frota de pesados que faça<br />

viagens de longo curso pode ser uma grande dor de cabeça, para além de dispendioso afeta toda a logística<br />

inerente. O Urea Anti Crystal Additive elimina e previne a formação de cristais de ácido cianídrico e<br />

incrustações no sistema de Adblue, evitando assim o risco de paralisação do carro.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 57


Técnica<br />

&Serviço


Colaboração CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com<br />

BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS EM OFICINAS<br />

OFICINAS<br />

VERDES<br />

A IMPLEMENTação DAS BOAS PRÁTICAS,<br />

DESENVOLVIDAS COM CRITÉRIOS<br />

DE SUSTENTABILIDADE, DIMINUI O EFEITO<br />

DA ATIVIDADE DA OFICINA DE REParação<br />

DO MEIO AMBIENTE. UMA PARTE DESTAS PRÁTICAS<br />

TEM UM INCENTIVO ADICIONAL: UMA REDUÇÃO DOS<br />

CUSTOS DE PRODUÇÃO E UMA MELHORIA<br />

DA RENTABILIDADE DO NEGÓCIO<br />

Incêndios, poluição dos mares e rios,<br />

inundações ou secas, são algumas<br />

<strong>das</strong> consequências da pegada da atividade<br />

humana no meio ambiente. São<br />

cada vez mais extensas as suas sequelas<br />

económicas e pessoais. A sustentabilidade<br />

do nosso planeta afeta a todos nós<br />

e é o trabalho de todos reduzir ao mínimo<br />

o nosso impacto.<br />

Embora a atividade <strong>das</strong> oficinas de reparação<br />

de automóveis não seja a mais<br />

nociva para o meio ambiente como os<br />

outros processos industriais similares,<br />

gerir inadequadamente os recursos<br />

com os que trabalham, levará a efeitos<br />

indesejáveis. Na atualidade já são<br />

defini<strong>das</strong> uma vasta coleção de boas<br />

práticas para minimizar este impacto<br />

em relação ao consumo de energia, de<br />

produtos ou os resíduos que geram,<br />

aplicáveis a qualquer atividade ou negócio.<br />

Detalhamos, especificamente, as<br />

oficinas de automóveis ou que tenham<br />

um valor adicionado nesta atividade.<br />

Consumos energéticos<br />

A principal medida para controlar o<br />

consumo energético é centrada na manutenção<br />

<strong>das</strong> instalações e do equipamento<br />

produtivo da oficina. Um plano<br />

rigoroso de manutenção preventiva,<br />

com o seu adequado controlo e seguimento,<br />

vai permitir o pleno rendimento<br />

de todos os componentes no seu<br />

A PRINCIPAL MEDIDA PARA<br />

CONTROLAR O CONSUMO ENERGÉTICO<br />

É CENTRADA NA MANUTENÇÃO DAS<br />

INSTALAÇÕES E DO EQUIPAMENTO<br />

PRODUTIVO DA OFICINA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 23 59


TÉCNICA<br />

&SERVIÇO<br />

UMA INSTALAÇÃO DE autoCONSUMO FotoVOLtaiCO<br />

PODERÁ PROPORCIONAR À OFICINA UMA CapaCIDADE<br />

DE autossuFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE MAIS DE 50%<br />

funcionamento. Todavia, se o nosso<br />

objetivo é de reduzir o consumo de<br />

forma significativa, o único caminho<br />

que existe é substituir o equipamento<br />

por outro com uma maior eficiência<br />

energética. O desenvolvimento<br />

tecnológico e a sua aplicação ao equipamento<br />

da oficina torna possível<br />

que haja atualmente opções verdadeiramente<br />

eficientes. Por exemplo,<br />

as cabines de pintura com o sistema<br />

“inverter” conseguem uma importante<br />

poupança elétrica no arranque<br />

dos motores de impulsão e extração<br />

de ar. Se, para além disso, tivermos<br />

um controlador que adapte a sua velocidade<br />

às necessidades de fluxo de<br />

ar de cada operação podemos reduzir<br />

em 50% ou mais o consumo elétrico<br />

-interessante hoje em dia. Esta poupança<br />

é conseguida num ciclo completo<br />

de pintura de um veículo em<br />

relação a uma cabina convencional.<br />

Se complementarmos esta medida<br />

com uma linha de tinta de secagem<br />

rápida, podemos reduzir o consumo<br />

elétrico 35% mais, uma vez que diminui<br />

o tempo de funcionamento<br />

dos motores da cabine. Logicamente,<br />

ambas as medi<strong>das</strong> envolvem uma<br />

inversão inicial e um aumento dos<br />

custos de produção, mas pouparíamos<br />

em cada ciclo de pintura aproximadamente<br />

10 € (Este cálculo foi<br />

efetuado com um preço da eletricidade<br />

de 320 €/MWh).<br />

Os outros exemplos de equipamentos<br />

com uma grande eficiência energética<br />

são as cabines com queimadores<br />

de gás de chama direta ou as que utilizam<br />

a energia elétrica ao criar calor<br />

mediante os painéis endotérmicos.<br />

Em ambos os casos a transmissão do<br />

calor é praticamente imediata. Esta<br />

é a sua principal vantagem, pela redução<br />

do consumo energético em<br />

relação às cabines com permutador<br />

de calor convencional. Usar gás natural<br />

ou eletricidade para criar calor<br />

tem uma outra vantagem adicional:<br />

ao obter a mesma potência calorífica<br />

com o gás natural implica que emita<br />

30% menos gases com efeito de estufa<br />

do que se fizéssemos com gasóleo.<br />

Esta redução pode ser ainda maior se<br />

utilizarmos a eletricidade a partir de<br />

fontes renováveis para criar calor.<br />

Na maioria <strong>das</strong> oficinas de reparação<br />

de automóveis, pelas caraterísticas<br />

<strong>das</strong> suas edificações, é possível fixar<br />

na cobertura painéis fotovoltaicos<br />

para a criação de eletricidade. Uma<br />

instalação de autoconsumo fotovoltaico<br />

poderá proporcionar à oficina<br />

uma capacidade de autossuficiência<br />

energética de mais de 50%. Atualmente<br />

é um bom momento para a<br />

transição energética perante a energia<br />

solar, facilitado pela nova norma<br />

a este respeito e as subvenções existentes.<br />

Consumo de materiais e<br />

produtos<br />

As oficinas de reparação também<br />

podem reduzir o seu consumo de<br />

materiais e produtos. É necessário<br />

aproveitar os recursos materiais dos<br />

veículos, ao prolongar o seu ciclo<br />

de vida ao máximo. Seguindo este<br />

princípio de economia circular, os<br />

esforços da oficina devem ser centrados<br />

na priorização da reparação <strong>das</strong><br />

peças frontais em vez da sua substi-<br />

60 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


tuição por novas peças sobresselentes.<br />

Isto só se consegue ao programar<br />

processos de reparação eficientes e o<br />

equipamento necessário para o efeito.<br />

Posteriormente, há que estar com<br />

atenção para poderem ser constantemente<br />

adaptados à evolução dos materiais<br />

com que serão fabricados os<br />

veículos e aos avanços da tecnologia<br />

de reparação. É essencial a formação<br />

para adquirir ou atualizar os conhecimentos<br />

e competências dos técnicos<br />

da oficina em intervenções sobre os<br />

plásticos, aços, alumínio, materiais<br />

compostos ou vidros.<br />

Não obstante, mesmo que a reparação<br />

não seja viável por um ou outro<br />

motivo, é possível seguir ao ser aplicado<br />

o princípio da economia circular<br />

mediante as peças sobresselentes<br />

usa<strong>das</strong> ou reutiliza<strong>das</strong> provenientes<br />

de veículos que já tenham chegado ao<br />

fim da sua vida útil. Cada vez que é<br />

reutilizada uma <strong>das</strong> peças não é necessário<br />

extrair as matérias-primas<br />

da natureza, nem de utilizar os recursos<br />

no seu fabrico. Para tal, pode<br />

recorrer a um Centro Autorizado de<br />

Tratamento para veículos em fim de<br />

vida, que dispõe de uma ampla oferta<br />

de peças usa<strong>das</strong> com garantia. Um<br />

outro aspeto importante é o consumo<br />

dos produtos de tinta. É uma boa<br />

prática implantar um controlo do<br />

seu uso, ao registar as quantidades de<br />

cada reparação. Com o registo, iremos<br />

determinar se existem desvios no<br />

consumo ou se podemos otimizá-lo.<br />

Um exemplo: ajustar mais as quantidades<br />

dos produtos preparados,<br />

utilizar frequentemente técnicas de<br />

pintura parcial ou pistolas pulverizadoras<br />

com tecnologia que desenvolva<br />

a transferência da tinta à superfície.<br />

Sobre o resto dos materiais de pintura,<br />

como os produtos para o lixamento<br />

e o polimento, o mascaramento<br />

ou a preparação de misturas,<br />

é recomendável utilizar elementos<br />

de alta eficácia. São mais caros, mas<br />

também mais duradouros, uma vez<br />

que ajudam a reduzir os resíduos que<br />

são produzidos na oficina. Por este<br />

mesmo motivo, devemos excluir, na<br />

medida do possível, os consumíveis<br />

de uso único.<br />

Gestão de resíduos<br />

Na atividade <strong>das</strong> oficinas de automóveis<br />

é inevitável gerar resíduos<br />

perigosos e não perigosos, por muito<br />

esforço que façamos para otimizar<br />

o consumo dos materiais e dos produtos.<br />

No entanto, uma segregação<br />

detalhada, ao armazenar cada tipo de<br />

resíduos separadamente, bem identificados<br />

e em lugares protegidos,<br />

facilitará a sua posterior reciclagem.<br />

Isto minimizará o seu impacto sobre<br />

o meio ambiente. Por exemplo, existe<br />

uma grande diferença entre as emissões<br />

de gases com efeito de estufa ao<br />

extrair o alumínio diretamente da<br />

natureza do que produzir peças de<br />

sucata com este material. Porquê? É<br />

fácil, poupa-se uma grande quantidade<br />

de energia elétrica com o segundo<br />

exemplo. Assim, ao segregar um só<br />

capot de alumínio para reciclagem e<br />

recuperação da sua matéria-prima,<br />

permite evitar até 65 kg de CO2. É<br />

aproximadamente o mesmo que conduzir<br />

400 quilómetros num automóvel<br />

a gasolina. Felizmente, são cada<br />

vez mais as oficinas sensibiliza<strong>das</strong><br />

com a proteção do meio ambiente e<br />

a seguir estas práticas. É a tarefa de<br />

todos de reconhecer os seus esforços<br />

para que a sua atividade não afete negativamente<br />

na sustentabilidade.<br />

A ANECRA vai permitir a cinquenta<br />

empresas do Comércio e da Reparação<br />

Automóvel, de todo o país, a obtenção<br />

da certificação “EFFICIEN-<br />

TIA”, que visa fomentar a eficiência<br />

energética, a aquisição de comportamentos<br />

mais racionais, quanto ao<br />

consumo de energia e a adoção de<br />

novos hábitos de consumo. To<strong>das</strong> as<br />

empresas do Comércio e da Reparação<br />

Automóvel, associa<strong>das</strong> ou não<br />

da ANECRA, podem candidatar-se,<br />

gratuitamente, à obtenção da certificação<br />

através do preenchimento do<br />

formulário no website da Associação.<br />

Segundo Roberto Gaspar, Secretário-Geral<br />

da ANECRA, “a sensibilização<br />

para a importância do tema da<br />

energia, enquanto recurso escasso, e<br />

a sua forma de utilização, é um tema<br />

central no subsector <strong>das</strong> empresas do<br />

Comércio e da Reparação Automóvel.<br />

Por essa razão, é urgente oferecer-<br />

-lhes ferramentas críticas para promoção<br />

de novos comportamentos em<br />

relação à temática da Energia, potenciando<br />

uma participação mais sustentável<br />

e racional na sociedade em<br />

geral”. A certificação “EFFICIENTIA”<br />

terá ainda, como suporte à sua comunicação,<br />

além da página de Internet,<br />

a dinamização em redes sociais:<br />

Facebook, Instagram e LinkedIn, a<br />

impressão de cartazes informativos,<br />

a realização de três workshops de<br />

âmbito nacional e de um manual de<br />

eficiência energética para adoção por<br />

parte <strong>das</strong> empresas. l<br />

MESMO QUE A REPARAÇão DA PEÇA NÃO SEJA VIÁVEL É POSSÍVEL<br />

SEGUIR O PRINCÍPIO DA ECONOMIA CIRCULAR COM A UTILIZAÇão<br />

DE PEÇAS SOBRESSELENTES USADAS OU REUTILIZADAS


Gestão<br />

plesmente pedir a um membro da equipa que faça<br />

telefonemas aleatórios, trate esta tarefa como se<br />

fosse uma campanha. Faça a chamada tanto para<br />

ouvir como para informar, dando-lhes a conhecer<br />

os seus serviços, as suas ofertas de boas-vin<strong>das</strong> e<br />

as novidades que está a lançar. Utilize a chamada<br />

para atualizar dados e fazer correções.<br />

MARKETING PARA OFICINAS<br />

SURPREENDA<br />

O SEU CLIENTE!<br />

MUITAS OFICINAS NÃO COMPREENDEM O MARKETING,<br />

mas DEVIAM, POIS É absolutamente VITAL PARA O SEU POTENCIAL<br />

DE SUCESSO. NÃO IMPORTA SE A OFICINA É GRANDE OU PEQUENA,<br />

OU QUE PRODUTOS OU SERVIÇOS DISPONIBILIZA, A verdade<br />

É QUE O MARKETING NÃO PODE SER IGNORADO E TEM DE FAZER<br />

parte DA CULTURA DE QUALQUER ORGANIZAÇÃO DE SUCESSO<br />

O<br />

marketing é uma <strong>das</strong> funções mais incompreendi<strong>das</strong><br />

do setor. Este facto pode estar<br />

relacionado com a imagem vistosa frequentemente<br />

associada à profissão de marketing. Talvez<br />

também seja visto como algo que só é feito por<br />

pessoas de marketing e não diz respeito ao resto<br />

do setor. Quaisquer que sejam as razões para qualquer<br />

imagem negativa que o marketing possa ter,<br />

é essencial compreender que o marketing é vital<br />

para assegurar a sobrevivência e o crescimento<br />

de qualquer empresa. Deixamos a seguir algumas<br />

dicas sobre o que pode fazer para surpreender os<br />

seus clientes neste início de ano:<br />

1 . Informe novos serviços<br />

que vai disponibilizar<br />

Faça uma lista dos seus novos serviços/revisões<br />

adicionais de veículos com quaisquer ofertas correspondentes.<br />

Quando tiver a sua lista de serviços<br />

e ofertas especiais, planeie as datas de lançamento<br />

dos mesmos, para que tenha um fluxo constante de<br />

campanhas atrativas.<br />

2. Utilize o telefone<br />

Deve contactar telefonicamente os seus clientes<br />

para os informar dos novos serviços que está<br />

a oferecer. Mas seja organizado. Em vez de sim-<br />

3. Aposte nos folhetos<br />

Crie um ou vários folhetos A5, combinando os<br />

detalhes sobre novos serviços e quaisquer ofertas<br />

especiais correspondentes. Coloque os folhetos nas<br />

caixas de correio <strong>das</strong> casas que se encontram nos<br />

códigos postais de onde provém a maior parte dos<br />

seus clientes. Faça o mesmo com os seus clientes<br />

empresariais, com um texto diferente que reflita as<br />

necessidades destes clientes e os serviços que lançou<br />

especificamente para eles.<br />

4. Faça-se ouvir nas redes sociais<br />

Promova as suas atividades e ofertas nas redes sociais.<br />

Tire algumas fotografias da sua oficina e da<br />

equipa. Adicione algum interesse humano às suas<br />

publicações para incentivar a partilha e o apoio.<br />

Envie a fotografia para os meios de comunicação<br />

locais, com um texto sobre os novos serviços que<br />

está a disponibilizar e as campanhas em vigor.<br />

5. Utilize o seu calendário<br />

Certifique-se que as campanhas estão agenda<strong>das</strong><br />

no seu calendário de modo a que, num relance,<br />

consiga ver: quem é o público (clientes particulares<br />

ou empresariais), o que está a oferecer, qual é<br />

a sua mensagem, como irá promover a campanha<br />

em questão (chamada telefónica e 2 e-mails: um<br />

e-mail para o lançamento da campanha e outro de<br />

seguimento), quando tem início e termina (por ex.<br />

1 a 31 de março) e, finalmente, quem é o responsável<br />

por assegurar a concretização. Se conseguir fazer<br />

o planeamento com este método simples, mas<br />

eficaz, as marcações na oficina vão aumentar. Não<br />

só não deixa nada ao acaso, como também garante<br />

que esse marketing de custo reduzido impulsiona<br />

consistentemente os contactos e as marcações, semana<br />

após semana.<br />

Boa sorte! l<br />

62 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


P A R T I C I P E<br />

E P O D E R Á<br />

C H E G A R À F I N A L<br />

N A e x p o M E C Â N I C A<br />

w w w . m e l h o r m e c a t r o n i c o . p t<br />

By jornal <strong>das</strong> oficinas<br />

O r g a n i z a ç ã o | P a r c e r i a | A p o i o<br />

P a t r o c i n a d o r e s 2 0 2 2 | 2 0 2 3


JULHO<br />

1<br />

S<br />

2<br />

D<br />

3<br />

2ª<br />

4<br />

3ª<br />

5<br />

4ª<br />

6<br />

5ª<br />

7<br />

6ª<br />

8<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

24<br />

30<br />

31<br />

AGO<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

Assunção d<br />

MARÇO<br />

1<br />

4ª<br />

2<br />

5ª<br />

3<br />

6ª<br />

4<br />

S<br />

5<br />

D<br />

6<br />

2ª<br />

7<br />

3ª<br />

8<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

6ª<br />

5ª<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

30<br />

24<br />

31<br />

FEVEREIRO<br />

1<br />

4ª<br />

2<br />

5ª<br />

3<br />

6ª<br />

4<br />

S<br />

5<br />

D<br />

6<br />

2ª<br />

7<br />

3ª<br />

8<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

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16<br />

17<br />

18<br />

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20<br />

21<br />

2ª<br />

28<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

24<br />

JANEIRO<br />

1<br />

D<br />

2<br />

2ª<br />

3<br />

3ª<br />

4<br />

4ª<br />

5<br />

5ª<br />

6<br />

6ª<br />

7<br />

S<br />

8<br />

D<br />

9<br />

2ª<br />

10<br />

3ª<br />

11<br />

4ª<br />

12<br />

5ª<br />

13<br />

6ª<br />

14<br />

S<br />

15<br />

D<br />

16<br />

2ª<br />

17<br />

3ª<br />

18<br />

4ª<br />

19<br />

5ª<br />

20<br />

6ª<br />

21<br />

S<br />

22<br />

D<br />

23<br />

3ª<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

30<br />

2ª<br />

24<br />

2ª<br />

31<br />

Ano-Novo<br />

JUNHO<br />

1<br />

5ª<br />

2<br />

6ª<br />

3<br />

S<br />

4<br />

D<br />

5<br />

2ª<br />

6<br />

3ª<br />

7<br />

4ª<br />

8<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

6ª<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

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14<br />

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17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

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25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

30<br />

24<br />

Dia de Portugal<br />

Corpo de Deus<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.c<br />

ABRIL<br />

1<br />

S<br />

2<br />

D<br />

3<br />

2ª<br />

4<br />

3ª<br />

5<br />

4ª<br />

6<br />

5ª<br />

7<br />

6ª<br />

8<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

30<br />

24<br />

Sexta-Feira Santa<br />

Páscoa<br />

Dia da Liberdade<br />

Final Melhor Mecatrónico<br />

Final Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

ExpoMECÂNICA<br />

Final Melhor Mecatrónico<br />

ExpoMECÂNICA<br />

Final Melhor Mecatrónico<br />

ExpoMECÂNICA<br />

MAIO<br />

1<br />

2ª<br />

2<br />

3ª<br />

3<br />

4ª<br />

4<br />

5ª<br />

5<br />

6ª<br />

6<br />

S<br />

7<br />

D<br />

8<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

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25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

24<br />

30<br />

2ª<br />

31<br />

3ª<br />

Dia do trabalhador<br />

CALENDÁRIO PLANNING JORNAL<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

3ª<br />

3ª<br />

2ª<br />

3ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

5ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

6ª<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

2ª<br />

4ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

3ª<br />

S<br />

D<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

2ª<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

5ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

4ª<br />

D<br />

Siga-nos nas redes sociais<br />

PORQUE<br />

NÃO SÃO<br />

TODOS IGUAIS<br />

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anos nos sustentam na qualidade de nossos serviços<br />

como fornecedores de pneus.<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Planning_2023_vrs2_ok.pdf 1 28/12/2022 10:43<br />

24<br />

JULHO<br />

1<br />

S<br />

2<br />

D<br />

3<br />

2ª<br />

4<br />

3ª<br />

5<br />

4ª<br />

6<br />

5ª<br />

7<br />

6ª<br />

8<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

24<br />

30<br />

31<br />

DEZEMBRO<br />

Restauração da independência<br />

Dia da Imaculada Conceição<br />

Natal<br />

1<br />

6ª<br />

2<br />

S<br />

3<br />

D<br />

4<br />

2ª<br />

5<br />

3ª<br />

6<br />

4ª<br />

7<br />

5ª<br />

8<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

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18<br />

19<br />

20<br />

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22<br />

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29<br />

24<br />

S<br />

31<br />

4ª<br />

5ª<br />

30<br />

6ª<br />

AGOSTO<br />

1<br />

3ª<br />

2<br />

4ª<br />

3<br />

5ª<br />

4<br />

6ª<br />

5<br />

S<br />

6<br />

D<br />

7<br />

2ª<br />

8<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

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15<br />

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17<br />

18<br />

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20<br />

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25<br />

26<br />

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28<br />

29<br />

24<br />

2ª<br />

30<br />

3ª<br />

31<br />

4ª<br />

Assunção de Nossa Senhora<br />

JUNHO<br />

1<br />

5ª<br />

2<br />

6ª<br />

3<br />

S<br />

4<br />

D<br />

5<br />

2ª<br />

6<br />

3ª<br />

7<br />

4ª<br />

8<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

6ª<br />

9<br />

10<br />

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27<br />

28<br />

29<br />

30<br />

24<br />

Dia de Portugal<br />

Corpo de Deus<br />

SETEMBRO<br />

1<br />

6ª<br />

2<br />

S<br />

3<br />

D<br />

4<br />

2ª<br />

5<br />

3ª<br />

6<br />

4ª<br />

7<br />

5ª<br />

8<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

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15<br />

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28<br />

29<br />

24<br />

4ª<br />

5ª<br />

30<br />

6ª<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

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18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

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28<br />

29<br />

30<br />

24<br />

o<br />

Final Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

o<br />

o<br />

MAIO<br />

1<br />

2ª<br />

2<br />

3ª<br />

3<br />

4ª<br />

4<br />

5ª<br />

5<br />

6ª<br />

6<br />

S<br />

7<br />

D<br />

8<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

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27<br />

28<br />

29<br />

24<br />

30<br />

2ª<br />

31<br />

3ª<br />

Dia do trabalhador<br />

NOVEMBRO<br />

1<br />

4ª<br />

2<br />

5ª<br />

3<br />

6ª<br />

4<br />

S<br />

5<br />

D<br />

6<br />

2ª<br />

7<br />

3ª<br />

8<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

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4ª<br />

30<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

24<br />

2ª<br />

3ª<br />

Dia de Todos os Santos<br />

Fórum DPAI/ACAP<br />

OUTUBRO<br />

1<br />

D<br />

2<br />

2ª<br />

3<br />

3ª<br />

4<br />

4ª<br />

5<br />

5ª<br />

6<br />

6ª<br />

7<br />

S<br />

8<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

4ª<br />

5ª<br />

2ª<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

2ª<br />

31<br />

6ª<br />

S<br />

30<br />

D<br />

Implantação da República<br />

NING JORNAL DAS OFICINAS 2023<br />

2ª<br />

4ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

3ª<br />

S<br />

D<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

2ª<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

5ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

4ª<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

D<br />

S<br />

S<br />

3ª<br />

3ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

6ª<br />

5ª<br />

5ª<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

D<br />

D<br />

S<br />

Siga-nos nas redes sociais<br />

Convenção ANECRA<br />

IX Gala TOP 100


C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Planning_2023_vrs2_ok.pdf 1 28/12/2022 10:43<br />

CALENDÁRIO PLANNING JOR<br />

jornal<strong>das</strong>ofi<br />

Siga-nos nas red<br />

JANEIRO<br />

FEVEREIRO<br />

MARÇO<br />

ABRIL<br />

MAIO<br />

JUNHO<br />

D<br />

Ano-Novo<br />

1<br />

4ª<br />

1<br />

4ª<br />

1<br />

S<br />

1<br />

2ª<br />

Dia do trabalhador<br />

1<br />

5ª<br />

1<br />

S<br />

2ª<br />

2<br />

5ª<br />

2<br />

5ª<br />

2<br />

D<br />

2<br />

3ª<br />

2<br />

6ª<br />

2<br />

D<br />

3ª<br />

3<br />

6ª<br />

3<br />

6ª<br />

3<br />

2ª<br />

3<br />

4ª<br />

3<br />

S<br />

3<br />

2<br />

4ª<br />

4<br />

S<br />

4<br />

S<br />

4<br />

3ª<br />

4<br />

5ª<br />

4<br />

D<br />

4<br />

3<br />

5ª<br />

5<br />

D<br />

5<br />

D<br />

5<br />

4ª<br />

5<br />

6ª<br />

5<br />

2ª<br />

5<br />

4<br />

6ª<br />

6<br />

2ª<br />

6<br />

2ª<br />

6<br />

5ª<br />

6<br />

S<br />

6<br />

3ª<br />

6<br />

5<br />

S<br />

7<br />

3ª<br />

7<br />

3ª<br />

7<br />

6ª<br />

Sexta-Feira Santa<br />

7<br />

D<br />

7<br />

4ª<br />

7<br />

6<br />

D<br />

8<br />

4ª<br />

8<br />

4ª<br />

8<br />

S<br />

8<br />

2ª<br />

8<br />

5ª<br />

Corpo de Deus<br />

8<br />

S<br />

2ª<br />

9<br />

5ª<br />

9<br />

5ª<br />

9<br />

D<br />

Páscoa<br />

9<br />

3ª<br />

9<br />

6ª<br />

9<br />

D<br />

3ª<br />

10<br />

6ª<br />

10<br />

6ª<br />

10<br />

2ª<br />

10<br />

4ª<br />

10<br />

S<br />

Dia de Portugal<br />

10<br />

2<br />

4ª<br />

11<br />

S<br />

11<br />

S<br />

11<br />

3ª<br />

11<br />

5ª<br />

11<br />

D<br />

11<br />

3<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

ExpoMECÂNICA<br />

Final Melhor Mecatrónico<br />

ExpoMECÂNICA<br />

Final Melhor Mecatrónico<br />

ExpoMECÂNICA<br />

Final Melhor Mecatrónico<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

Final Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

4<br />

5<br />

6<br />

S<br />

D<br />

2<br />

4ª<br />

18<br />

S<br />

18<br />

S<br />

18<br />

3ª<br />

18<br />

5ª<br />

18<br />

D<br />

18<br />

3<br />

5ª<br />

19<br />

D<br />

19<br />

D<br />

19<br />

4ª<br />

19<br />

6ª<br />

19<br />

2ª<br />

19<br />

4<br />

6ª<br />

20<br />

2ª<br />

20<br />

2ª<br />

20<br />

5ª<br />

20<br />

S<br />

20<br />

3ª<br />

20<br />

5<br />

S<br />

21<br />

3ª<br />

21<br />

3ª<br />

21<br />

6ª<br />

21<br />

D<br />

21<br />

4ª<br />

21<br />

6<br />

D<br />

22<br />

4ª<br />

22<br />

4ª<br />

22<br />

S<br />

22<br />

2ª<br />

22<br />

5ª<br />

22<br />

S<br />

2ª<br />

23<br />

5ª<br />

23<br />

5ª<br />

23<br />

D<br />

23<br />

3ª<br />

23<br />

6ª<br />

23<br />

D<br />

3ª<br />

24<br />

6ª<br />

24<br />

6ª<br />

24<br />

2ª<br />

24<br />

4ª<br />

24<br />

S<br />

24<br />

2<br />

4ª<br />

25<br />

S<br />

25<br />

S<br />

25<br />

3ª<br />

Dia da Liberdade<br />

25<br />

5ª<br />

25<br />

D<br />

25<br />

3<br />

5ª<br />

26<br />

D<br />

26<br />

D<br />

26<br />

4ª<br />

26<br />

6ª<br />

26<br />

2ª<br />

26<br />

4<br />

6ª<br />

27<br />

2ª<br />

27<br />

2ª<br />

27<br />

5ª<br />

27<br />

S<br />

27<br />

3ª<br />

27<br />

5<br />

PORQUE<br />

NÃO SÃO<br />

TODOS IGUAIS<br />

S<br />

D<br />

28<br />

29<br />

3ª<br />

28<br />

3ª<br />

4ª<br />

28<br />

29<br />

6ª<br />

S<br />

28<br />

29<br />

D<br />

2ª<br />

28<br />

29<br />

4ª<br />

5ª<br />

28<br />

29<br />

6<br />

S<br />

Distribuidores de pneus para profissionais desde 1989<br />

em Espanha, França, Alemanha e Portugal. Mais de 30<br />

anos nos sustentam na qualidade de nossos serviços<br />

como fornecedores de pneus.<br />

JUNTE-SE<br />

2ª<br />

3ª<br />

30<br />

31<br />

5ª<br />

6ª<br />

30<br />

31<br />

D<br />

30<br />

3ª<br />

4ª<br />

30<br />

31<br />

6ª<br />

30<br />

D<br />

2<br />

O MAIOR DISTRIBUIDOR DE PNEUS EM PORTUGAL 229 699 480


24<br />

JULHO<br />

1<br />

S<br />

2<br />

D<br />

3<br />

2ª<br />

4<br />

3ª<br />

5<br />

4ª<br />

6<br />

5ª<br />

7<br />

6ª<br />

8<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

24<br />

30<br />

31<br />

DEZEMBRO<br />

Restauração da independência<br />

Dia da Imaculada Conceição<br />

Natal<br />

1<br />

6ª<br />

2<br />

S<br />

3<br />

D<br />

4<br />

2ª<br />

5<br />

3ª<br />

6<br />

4ª<br />

7<br />

5ª<br />

8<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

24<br />

S<br />

31<br />

4ª<br />

5ª<br />

30<br />

6ª<br />

AGOSTO<br />

1<br />

3ª<br />

2<br />

4ª<br />

3<br />

5ª<br />

4<br />

6ª<br />

5<br />

S<br />

6<br />

D<br />

7<br />

2ª<br />

8<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

24<br />

2ª<br />

30<br />

3ª<br />

31<br />

4ª<br />

Assunção de Nossa Senhora<br />

SETEMBRO<br />

1<br />

6ª<br />

2<br />

S<br />

3<br />

D<br />

4<br />

2ª<br />

5<br />

3ª<br />

6<br />

4ª<br />

7<br />

5ª<br />

8<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

24<br />

4ª<br />

5ª<br />

30<br />

6ª<br />

cinas.com<br />

NOVEMBRO<br />

1<br />

4ª<br />

2<br />

5ª<br />

3<br />

6ª<br />

4<br />

S<br />

5<br />

D<br />

6<br />

2ª<br />

7<br />

3ª<br />

8<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

4ª<br />

30<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

24<br />

2ª<br />

3ª<br />

Dia de Todos os Santos<br />

Fórum DPAI/ACAP<br />

OUTUBRO<br />

1<br />

D<br />

2<br />

2ª<br />

3<br />

3ª<br />

4<br />

4ª<br />

5<br />

5ª<br />

6<br />

6ª<br />

7<br />

S<br />

8<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

4ª<br />

5ª<br />

2ª<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

2ª<br />

31<br />

6ª<br />

S<br />

30<br />

D<br />

Implantação da República<br />

RNAL DAS OFICINAS 2023<br />

2ª<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

5ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

S<br />

4ª<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

D<br />

S<br />

S<br />

3ª<br />

3ª<br />

S<br />

D<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

6ª<br />

5ª<br />

5ª<br />

2ª<br />

3ª<br />

4ª<br />

5ª<br />

6ª<br />

D<br />

D<br />

S<br />

des sociais<br />

Convenção ANECRA<br />

IX Gala TOP 100

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