Jornal das Oficinas 204
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Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />
jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />
<strong>204</strong><br />
C<br />
Janeiro 2023 Y<br />
PERIODICIDADE | MENSAL<br />
ANO XVI | 3 EUROS<br />
PUB<br />
FALTA DE MÃO DE OBRA NAS OFICINAS<br />
PROFISSIONAIS PRECISAM-SE<br />
Patxi Gorrotxateji<br />
Pág. 28 \\ A Talosa, fabricante espanhol<br />
de componentes de suspensão e direção<br />
está em curva ascendente. O JO esteve<br />
em Pamplona, na sede da empresa, para<br />
conversar com o diretor executivo, Patxi<br />
Gorrotxateji<br />
Marketing para oficinas<br />
Pág. 62 \\ Não importa se a oficina é<br />
grande ou pequena, ou que produtos ou<br />
serviços disponibiliza, a verdade é que o<br />
marketing não pode ser ignorado e tem<br />
de fazer parte da cultura de qualquer<br />
organização de sucesso<br />
Pág. 06<br />
Pág. 06<br />
Grup Eina<br />
Pág. 36 \\ A AD Parts apresentou a nova<br />
sede do Grup Eina em Figueras, Girona.<br />
Foi a primeira vez que o grupo abriu as<br />
portas deste centro técnico aos meios de<br />
comunicação, para mostrar todos os serviços<br />
de apoio que disponibiliza às oficinas<br />
<strong>Oficinas</strong> Verdes<br />
Pág. 58 \\ A implementação <strong>das</strong> boas<br />
práticas, desenvolvi<strong>das</strong> com critérios de<br />
sustentabilidade, diminui o efeito da<br />
atividade da oficina de reparação no meio<br />
ambiente. Uma parte destas práticas implica<br />
uma melhoria da rentabilidade do negócio<br />
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Aftermarket em Portugal
Editorial<br />
<strong>204</strong><br />
Janeiro 2023<br />
Folha de serviço...........................................................04<br />
DESTAQUE<br />
Falta de Mão de Obra qualificada........................06<br />
CAMPANHA<br />
E-Mobility.........................................................................18<br />
ATUalidadE<br />
Forum DPAI/ACAP...................................................... 22<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas......................................................................... 24<br />
Produto............................................................................. 52<br />
ENTREVISTAS<br />
Patxi Gorrotxateji.........................................................28<br />
Enrique Junquera........................................................ 32<br />
EMPRESA<br />
Grup Eina.........................................................................36<br />
PDAuto..............................................................................40<br />
OFICINA DO MÊS<br />
Revisauto Center........................................................44<br />
REPINTURA<br />
Concurso Melhor Pintor...........................................46<br />
TÉCNICA & SERVIÇO<br />
Oficina Verde..................................................................58<br />
GESTÃO<br />
A importância do marketing..................................62<br />
TECNOLOGIA<br />
E LEGISLAÇÃO<br />
Com o início de um novo ano, poderá ser útil fazer o ponto de situação de onde o mercado<br />
de pós-venda está, e para onde vai. Julgamos que nunca se viram tantas mudanças no<br />
setor automóvel. Estas mudanças não se limitam ao que assistimos nos últimos anos,<br />
mas inclui também a próxima década. Algumas delas ainda não tiveram impacto no<br />
mercado de pós-venda, mas irão ter, e quando isso acontecer, esse impacto será significativo.<br />
As mudanças recaem sobre duas categorias distintas, ainda que relaciona<strong>das</strong>: a<br />
tecnologia dos veículos e a legislação. Estas estão a obrigar a grandes decisões tanto no setor automóvel<br />
como no panorama político.<br />
Tais decisões irão afetar significativamente todo o setor automóvel, e, dentro deste, as oficinas multimarca<br />
independentes, quer grandes quer pequenas. Os principais elementos do mercado de pós-venda<br />
atual são impulsionados pelas mudanças na conceção de veículos. Isto não inclui apenas a crescente<br />
sofisticação dos sistemas de bordo centrados em software, mas também as novas formas de comunicar<br />
com o próprio veículo.<br />
À medida que os fabricantes de veículos progridem no sentido dos sistemas automatizados, e, em última<br />
análise, dos veículos autónomos, estes desenvolvimentos exigem uma capacidade de atualização do software<br />
para terem sucesso. Isto já começou com o «automóvel conectado». O acesso remoto aos dados de bordo<br />
está a ser utilizado para implementar «serviços preditivos», para sugerir serviços e reparações diretamente<br />
ao condutor por parte do fabricante do veículo. Atualmente, o processo de reparação começa na oficina,<br />
mas se este começar a ter início no veículo, e não nos conseguirmos ligar a esse veículo remotamente, como<br />
poderemos disponibilizar ao cliente um orçamento competitivo ou uma marcação na oficina?<br />
A “Internet <strong>das</strong> coisas” (IOT) irá mudar a abordagem ao diagnóstico, serviço e reparação de veículos,<br />
mas também a forma como o equipamento da oficina será ligado, a forma como lida com os dados dos<br />
seus clientes e a forma como troca dados fora da oficina, tanto como consumidor de dados, mas também<br />
como fornecedor de dados. Tudo isto pode parecer ficção científica, mas já está a acontecer hoje em dia<br />
com muitos fabricantes de veículos nas oficinas dos seus concessionários. Se o aftermarket não começar a<br />
desenvolver a mesma abordagem e ofertas de serviços, então não será capaz de competir.<br />
Isto leva à questão sobre qual a nova legislação que precisa de ser acordada e implementada para apoio<br />
ao pós-venda e a outros novos prestadores de serviços. O mercado aguarda pela entrada em vigor do<br />
novo MVBER (Motor Vehicle Block Exemption Regulation), o documento que regulamenta a atividade<br />
de todo o setor automóvel, incluindo as empresas de distribuição de peças e oficinas. Entretanto, as dificuldades<br />
no acesso à informação para a reparação são contínuas, têm elevados custos e consideráveis<br />
atrasos, porque ainda que o fabricante seja obrigado a conceder a informação, não é explícita a janela<br />
temporal de que dispõe para a fornecer, o que muitas vezes torna a intervenção impossível de realizar em<br />
tempo útil. Por outro lado, os conteúdos fornecidos na Informação à Manutenção e Reparação, não são<br />
uniformes, o que gera confusão e dificuldade na sua interpretação. Isto tem de ser devidamente legislado<br />
a fim de defender o próprio consumidor final, porque o que está em causa é ter direito de escolher entre<br />
ir a um concessionário de marca ou a um operador independente.<br />
JOÃO VIEIRA | Diretor<br />
DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 3
FOLHA<br />
DE SERVIÇO<br />
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VERBIS<br />
ROBERTO GASPAR<br />
SECRETÁRIO-GERAL DA ANECRA<br />
A SENSIBILIZAÇÃO PARA A<br />
IMPORTÂNCIA DO TEMA DA<br />
ENERGIA, ENQUANTO RECURSO<br />
ESCASSO, E A SUA FORMA DE<br />
UTILIZAÇÃO, É UM TEMA CENTRAL<br />
NO SETOR DAS EMPRESAS DO<br />
COMÉRCIO E DA REPARAÇÃO<br />
AUTOMÓVEL. POR ESSA RAZÃO, É<br />
URGENTE OFERECER-LHES<br />
FERRAMENTAS CRÍTICAS PARA<br />
PROMOÇÃO DE NOVOS<br />
COMPORTAMENTOS EM RELAÇÃO À<br />
TEMÁTICA DA ENERGIA<br />
JO PRESENTE NA EXPOMECÂNICA 2023<br />
O<br />
JO irá estar presente em força no próximo<br />
Salão expoMECÂNICA como organizador<br />
da quinta edição da Competição Melhor<br />
Mecatrónio. Durante os três dias do Salão (14, 15<br />
e 16 de abril 2023), irão decorrer, num espaço de<br />
200 m2 localizado no pavilhão 3 da Exponor, as<br />
provas da grande final. Oito mecatrónicos irão estar<br />
a concorrer para a conquista do ambicionado<br />
Troféu de Melhor Mecatrónico do Ano. Convidamos<br />
por isso todos os interessados a visitar o Salão<br />
e assistir ao vivo ao desenrolar <strong>das</strong> várias provas.<br />
Com quatro pavilhões totalmente ocupados por<br />
expositores nacionais e estrangeiros, a 8ª edição<br />
da expoMECÂNICA promete ser a maior e mais<br />
completa de sempre. A Organização está confiante<br />
de que o evento ultrapassará a dimensão<br />
<strong>das</strong> edições anteriores. Para tal, muito está a contribuir<br />
a presença de empresas estrangeiras. A<br />
praticamente três meses da inauguração, a Organização<br />
prepara com os principais intervenientes<br />
do mercado uma certame mais qualificado, com<br />
uma forte aposta na formação, no debate e na<br />
componente digital. Nas áreas da formação e do<br />
debate, a feira vai continuar a oferecer aos visitantes<br />
as suas mais emblemáticas iniciativas, mas<br />
há novidades.<br />
ENRIQUE JUNQUERA<br />
DIRETOR GERAL DA ANDEL<br />
NÃO TEMOS PRESSA, VAMOS<br />
RESPEITAR A DISTRIBUIÇÃO, ATÉ<br />
PORQUE QUEREMOS CRIAR UMA<br />
REDE DE LOJAS DE FORMA<br />
SELETIVA, QUE CONVIVAM, QUE<br />
OPEREM NO MERCADO COM<br />
SENTIDO DE GRUPO E COM AS<br />
QUAIS POSSAMOS CUMPRIR AS<br />
NECESSIDADES DE TODAS, AS<br />
ANTIGAS E AS NOVAS<br />
SEMÁFORO<br />
PATXI GORROTXATEJI<br />
DIRETOR EXECUTIVO TALOSA<br />
DENTRO DO SETOR DE<br />
AFTERMARKET INDEPENDENTE,<br />
SOMOS O GRUPO NÚMERO UM NO<br />
MUNDO PARA DIREÇÃO E<br />
SUSPENSÃO. À PARTE DISTO,<br />
INVESTIMOS NA PARTE DE<br />
BORRACHA-METAL, NA QUAL JÁ<br />
TEMOS A NOSSA PRÓPRIA FÁBRICA,<br />
ONDE DESENVOLVEMOS TODOS OS<br />
SINOBLOCOS DOS NOSSOS BRAÇOS<br />
DE SUSPENSÃO, OS CUBOS DE<br />
RODA, E ESTAMOS A COMEÇAR A<br />
PRODUZIR SUPORTES DE MOTOR E<br />
OUTROS COMPONENTES<br />
Transição verde obriga forte<br />
investimento<br />
Que a transição energética <strong>das</strong> empresas<br />
é uma inevitabilidade, além de uma<br />
necessidade em termos ambientais, e<br />
trará frutos em termos de competitividade<br />
para as empresas, ninguém tem dúvi<strong>das</strong>.<br />
Mas vai obrigar a um investimento forte<br />
por parte dos empresários e ao recurso<br />
a financiamento, pelo que o facto de<br />
os critérios de concessão de crédito às<br />
empresas estarem mais restritivos pela<br />
banca não contribui para a evolução da<br />
situação. “Por outro lado, não está ainda<br />
em funcionamento o Portugal 2030, que<br />
constituirá uma importante fonte para<br />
a realização deste investimento”, como<br />
lembra o presidente da AEP.<br />
Chumbo à semana de 4 dias<br />
O tecido empresarial atribui nota<br />
negativa à experiência-piloto da semana<br />
de 4 dias de trabalho que o Governo<br />
vai implementar, de forma voluntária<br />
e apenas ao setor privado, a partir de<br />
junho de 2023. Entre as mais de mil<br />
respostas ao inquérito promovido pela<br />
AEP, os empresários foram claros na sua<br />
posição e argumentam que a medida<br />
terá um impacto muito negativo sobre<br />
a competitividade, a produtividade e<br />
os lucros <strong>das</strong> empresas. Entre outras<br />
conclusões verifica-se que um terço<br />
<strong>das</strong> empresas considera que a ideia só<br />
beneficia os trabalhadores e outro terço<br />
defende mesmo que não será benéfica<br />
para nenhuma <strong>das</strong> partes.<br />
AleCarPeças mais fortalecida<br />
A aquisição da AleCarPeças pelo fundo<br />
de investimento Crest II vem fortalecer a<br />
empresa fundada por Jochen Staedtler e<br />
atualmente liderada por Pedro Rodrigues.<br />
O fundo de capital de risco “Crest II” dedicase<br />
à realização e gestão de investimentos<br />
em empresas e dispõe, atualmente, em<br />
Portugal, de investimentos nos setores<br />
da produção de mobiliário de casa de<br />
banho; distribuição grossista de peças e<br />
assessórios para automóveis ligeiros, e<br />
produção e comércio de acessórios para a<br />
prática de todo-o-terreno, caravanismo e<br />
autocaravanismo. A operação encontra-se<br />
em curso e deverá ficar concluída dentro de<br />
pouco tempo.<br />
4 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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Destaque
FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA<br />
PROFISSIONAIS<br />
PRECISAM-SE!<br />
A ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PARA AS OFICINAS É UM PROBLEMA PREMENTE DO<br />
SETOR PÓS-VENDA AUTOMÓVEL. ATRAIR E RETER TALENTOS AFIGURA-SE UMA TAREFA CADA VEZ MAIS<br />
COMPLICADA, HAVENDO MUITO TRABALHO A FAZER POR PARTE DE TODOS OS ENVOLVIDOS. O JORNAL<br />
DAS OFICINAS FOI OUVIR VÁRIOS ESPECIALISTAS, PARA PERCEBER COMO SE PODE, AINDA, REVERTER A<br />
SITUAÇÃO<br />
Nos últimos anos, o interesse pela área do pós-<br />
-venda automóvel tem vindo a diminuir.<br />
Um setor em franco desenvolvimento, com<br />
muitas novidades tecnológicas e uma evolução fulgurante,<br />
que se vê a braços com inúmeras dificuldades<br />
para contratar novos profissionais. O advento<br />
dos carros modernos e repletos de componentes digitais,<br />
ou até dos veículos híbridos e elétricos, traz<br />
tanto de inovação como de desafio para aqueles que<br />
se dedicam a esta área. No entanto, se há uns anos,<br />
até os mais curiosos e desembaraçados se poderiam<br />
lançar na reparação automóvel, hoje dificilmente<br />
alguém sem as devi<strong>das</strong> qualificações consegue diagnosticar<br />
e reparar os automóveis atuais.<br />
Mas se a magia da mecânica não desapareceu e,<br />
aparentemente, este é um setor que até se tornou<br />
mais interessante e moderno, o que pode justificar<br />
esta aflitiva falta de recursos humanos nas oficinas<br />
de Norte a Sul do país (e também pela Europa<br />
fora)? Neste artigo tentaremos perceber o que motiva<br />
– e sobretudo o que desmotiva – as cama<strong>das</strong><br />
mais jovens da atualidade no momento de escolher<br />
uma carreira profissional, assim como o que está a<br />
levar os trabalhadores da reparação automóvel a<br />
desistir e enveredar por outras áreas, e vamos ver o<br />
que está a ser feito tanto nos centros de formação<br />
em Portugal, como em entidades internacionais<br />
para dar a volta ao caso, que se afigura cada vez<br />
mais grave.<br />
Em novembro e dezembro, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
dedicou alguns episódios do Podcast «Dar Voz ao<br />
Aftermarket» ao tema «Falta de recursos humanos<br />
qualificados», onde pudemos ouvir oradores de<br />
diferentes áreas, que nos traçaram o cenário real<br />
sobre o que está a afugentar os trabalhadores<br />
<strong>das</strong> oficinas auto. O consultor Manuel Vala<strong>das</strong>,<br />
o diretor do Centro de Formação Profissional<br />
de Reparação Automóvel (CEPRA), António<br />
Caldeira, o diretor da T Academy, Jorge Zózimo, e<br />
ainda o diretor de formação da Academia de Formação<br />
ATEC, Pedro Oliveira, foram bastante incisivos<br />
nas suas respostas, e opinaram sobre os grandes<br />
desafios do setor no momento, assim como<br />
partilharam várias ideias que podem e devem ser<br />
ti<strong>das</strong> em conta pelos empresários nacionais.<br />
Diagnóstico fácil<br />
Ao contrário do que faz falta para mexer num<br />
automóvel atual, para diagnosticar o que se passa<br />
no setor de reparação automóvel, não é preciso<br />
ter grandes qualificações. A realidade é crua e está<br />
bem à frente dos nossos narizes. O fluxo de entrada<br />
dos trabalhadores nas profissões do setor vai-se<br />
reduzindo, ano após ano, e com a saída natural dos<br />
mais velhos para a reforma há cada vez mais lugares<br />
por preencher. Assistimos a uma indústria em<br />
mudança permanente, com impacto forte no negócio<br />
de pós-venda, que não se coaduna com profissionais<br />
que não evoluem. Esta revolução industrial<br />
está já a provocar alterações nos quadros de competências<br />
dos recursos humanos, com a formação<br />
– e o reskilling – dos ativos humanos a assumir<br />
um papel fundamental e diferenciador, face aos<br />
desafios impostos pelos novos paradigmas. Assim,<br />
é compreensível que, ao nível <strong>das</strong> qualificações, a<br />
fasquia esteja bastante mais elevada do que estava<br />
há algumas déca<strong>das</strong>, afunilando em grande parte o<br />
número de possíveis candidatos às vagas no setor.<br />
Depois, importa também falar sobre remuneração.<br />
Os profissionais olham para o trabalho que têm<br />
em mãos e depressa percebem que é uma função<br />
que exige não só muitos conhecimentos, bem como<br />
muita responsabilidade, sem que os ordenados<br />
acompanhem devidamente estes requisitos. Em<br />
Portugal, a experiência e conhecimento não são valorizados<br />
e a maior parte da mão de obra vem dos<br />
centros de formação, uma vez que é mais barata.<br />
Passado um ou dois anos, os trabalhadores acabam<br />
inevitavelmente por se mudar para outras oficinas<br />
onde possam ganhar um pouco mais, muito por<br />
força do que constatamos ser a moderna forma<br />
de vida dos jovens profissionais dos nossos dias:<br />
a preocupação não se prende com a construção de<br />
uma carreira ou a ascensão no posto de trabalho,<br />
como era antigamente. Pelo contrário, são jovens<br />
mais imediatistas e pragmáticos, disponíveis para<br />
novas experiências e desafios, tendendo, por força<br />
disso, a aproveitar propostas de salários mais interessantes,<br />
mesmo que isso signifique entrar numa<br />
experiência de curto prazo, sabendo, desde logo,<br />
que facilmente regressam ao mercado de trabalho,<br />
caso as expetativas que tinham não sejam correspondi<strong>das</strong>.<br />
Os jovens querem, essencialmente, qualidade de<br />
vida. Condições laborais que respeitem horários<br />
e permitam conciliação familiar são as maiores<br />
exigências. A comparação mais simples é com a<br />
indústria onde, por exemplo, os jovens mecânicos<br />
encontram alternativas a ganhar o mesmo ou<br />
mais, com menos problemas e responsabilidades,<br />
em trabalhos que, por vezes, são menos comprometedores<br />
para a sua saúde.<br />
Um setor pouco atrativo<br />
Face a este panorama, torna-se complicado atrair os<br />
mais novos para carreiras no pós-venda automóvel,<br />
ainda que nos deparemos com algumas ambiguidades.<br />
As vagas disponíveis nos cursos relacionados<br />
são poucas para tantos candidatos, da mesma forma<br />
que também são poucos os que ficam efetivamente<br />
empregados depois de tirarem os cursos.<br />
As empresas (muitas vezes de pequena dimensão),<br />
têm receio de investir na formação dos jovens que<br />
podem não conseguir segurar enquanto funciowww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
Janeiro I 2023 7
DESTAQUE<br />
AS ÁREAS DE CHAPA E PINTURA SÃO AS QUE ACUSAM MAIORES<br />
DIFICULDADES EM RECRUTAR PROFISSIONAIS E HÁ POUCA LUZ ao FUNDO<br />
DO TÚNEL NAQUELA QUE JÁ É CONSIDERADA UMA QUESTÃO ENDÉMICA UM<br />
POUCO POR Toda A EUROPA<br />
nários. Dentro da oficina, perdeu-se<br />
a figura de «aprendiz», e acaba por<br />
sair muito caro a uma empresa pagar<br />
a um funcionário que, no fundo, ainda<br />
está só a aprender. Aqui, os concessionários,<br />
com maior capacidade<br />
financeira, acabam por se destacar,<br />
por terem mais possibilidades de<br />
contratação do que os pequenos empresários.<br />
Das fileiras da massa crítica,<br />
brotam críticas à falta de coragem<br />
destes empresários em cobrar mais<br />
pela mão de obra, o que, consequentemente,<br />
viabilizaria maior disponibilidade<br />
financeira para os salários<br />
dos funcionários. Já os empresários,<br />
queixam-se da falta de gente qualificada,<br />
com vontade de aprender e<br />
responsabilidade para encarar estas<br />
profissões. Até ao momento, a solução<br />
começa a afigurar-se na contratação<br />
de mão de obra estrangeira, tal<br />
como já acontece em Espanha (que<br />
está a recrutar na América Latina e<br />
nos países de Leste). Perante isto, a<br />
verdade é que nunca foi tão difícil<br />
atrair e fidelizar o talento capaz de<br />
impulsionar o crescimento <strong>das</strong> organizações<br />
e, naturalmente, da economia.<br />
A questão que fica para reflexão<br />
é: e se fôssemos nós, os jovens à<br />
procura de trabalho, iríamos bater à<br />
porta do pós-venda automóvel?<br />
Tempo de agir<br />
O podcast do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
reuniu vários oradores, que são unânimes<br />
na necessidade de fazer algo<br />
para mudar a situação do setor. Da<br />
formação, à valorização salarial, passando<br />
por melhores condições de<br />
carreira, são várias as ideias apresenta<strong>das</strong><br />
pelos nossos convidados e que<br />
agora recordamos.<br />
Enquanto diretor do CEPRA, António<br />
Caldeira explica que a escassez de<br />
mão de obra acontece a nível nacional<br />
e internacional, pelo que cabe a<br />
entidades como aquela que gere conseguir<br />
“encontrar e motivar os jovens<br />
para terem uma qualificação inicial e<br />
o reskilling para quem já está no setor”.<br />
A seu ver, esta falta de interesse<br />
pelas profissões da reparação auto<br />
deve-se à “dificuldade a nível social<br />
de as valorizar”, havendo mesmo<br />
uma “inércia enorme para fazer com<br />
que a população em geral mude a<br />
opinião que tem formada e que muitas<br />
vezes nem tem fundamento ne-<br />
nhum”, lamenta. O dirigente entende<br />
que “os jovens são atraídos por algo<br />
que os desafie, que seja interessante<br />
e diferenciador junto dos amigos e<br />
da família”, de maneira que é preciso<br />
“divulgar o setor e tornar as profissões<br />
apelativas para que os jovens<br />
lhes deem a devida atenção”.<br />
Entre o que se pode fazer, nota a importância<br />
de atualizar as designações<br />
<strong>das</strong> profissões: “Eu já não uso «bate-chapas»<br />
nem «picheleiro», uso<br />
reparador de carroçarias, porque os<br />
outros termos remetem para uma<br />
altura em que havia um martelo e<br />
pouco mais. Hoje, um reparador de<br />
carroçarias é um técnico de elevado<br />
gabarito, que tem que ter conhecimentos<br />
acima da média, é uma<br />
profissão exigente. E o imaginário<br />
<strong>das</strong> pessoas é diferente da realidade<br />
atual. É preciso mostrar com ênfase<br />
as condições em que, atualmente,<br />
um pintor ou um reparador de carroçarias<br />
trabalha numa oficina, para<br />
verem que afinal até é uma profissão<br />
melhor do que outras”, declara. Uma<br />
opinião que é partilhada pelo consultor<br />
Manuel Vala<strong>das</strong>, que defende<br />
a evolução <strong>das</strong> profissões, questionando<br />
“porque é que não se chama<br />
Técnico de Pintura Auto? Porque é<br />
mesmo isso que ele é! Está diariamente<br />
em contacto com tintas que<br />
podem custar mais de 200 euros/<br />
litro, com ferramentas eletrónicas e<br />
com tudo o que hoje rodeia qualquer<br />
profissão nesta área, que são as novas<br />
tecnologias. Isso per si, já é atrativo<br />
para os jovens”, considera. Também<br />
a divulgação é, a seu ver, basilar<br />
para chegar à opinião pública e dá<br />
como exemplos a necessidade de as<br />
empresas “mostrarem o interior <strong>das</strong><br />
suas instalações, a área de reparação,<br />
ao mesmo tempo que promovem os<br />
serviços nos seus websites e redes sociais”.<br />
Tudo o que não é comunicado,<br />
afirma, “torna-se pouco atrativo para<br />
a opinião pública. Se não é divulgado,<br />
não existe e ninguém o vai recomendar<br />
aos filhos!”, assegura.<br />
“Criar o bicho do automóvel”<br />
Pedro Oliveira, diretor de formação<br />
da ATEC – Academia de formação,<br />
observa uma questão cultural na<br />
desvalorização da área automóvel,<br />
justificando que “há alguns anos, as<br />
pessoas menos qualifica<strong>das</strong> iam para<br />
8 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
DESTAQUE<br />
EM PORTUGAL, A EXPERIÊNCIA E O CONHECIMENTO NÃO SÃO vaLORIZADOS<br />
E MUITas CHEFIAS TÊM MEDO DE COLOCAR PESSOAS VÁLIDas. COM ESTA<br />
MENTALIDADE A EVOLUÇÃO SERÁ MAIS LENTA<br />
a construção civil ou para a mecânica<br />
automóvel e hoje em dia as coisas<br />
não são assim”. No entanto, refere,<br />
“se abrirmos um curso de chapa e<br />
pintura – na ATEC não temos esta<br />
área – não temos inscrições, talvez<br />
ainda pela ideia mal percecionada de<br />
que as pessoas que iam para esta área<br />
tinham poucos estudos. Uma ideia<br />
errada!”. Pedro Oliveira acredita que<br />
“cabe a nós, setor, estar envolvido,<br />
mostrar as boas práticas e o trabalho<br />
dos bons profissionais que temos”.<br />
Também para Jorge Zózimo, diretor<br />
da T. Academy, “criar o bicho do<br />
automóvel nos jovens” é parte da<br />
solução para o problema da falta de<br />
mão-de-obra. O responsável da empresa<br />
de formação assevera que “os<br />
jovens têm de sentir que é interessante<br />
e que não vão andar constantemente<br />
sujos de óleo e a chapinhar<br />
em lama. As oficinas não são assim,<br />
são muitíssimo boas, na maior parte<br />
dos casos”. Além disso, aponta que<br />
é preciso desmistificar que a colisão<br />
não é um trabalho agreste e que hoje<br />
em dia exige conhecimentos a nível<br />
da engenharia automóvel.<br />
Paralelamente à valorização da profissão,<br />
é, segundo os nossos entrevistados,<br />
absolutamente necessário<br />
proceder a uma revisão <strong>das</strong> remunerações,<br />
motivo que também está a arredar<br />
cada vez mais profissionais <strong>das</strong><br />
oficinas. António Caldeira, do CE-<br />
PRA, advoga “a valorização da mão-<br />
-de-obra”. Assim, os clientes pagam<br />
mais pelos serviços realizados, permitindo<br />
aos empresários pagar mais<br />
aos seus profissionais. Já Jorge Zózimo,<br />
indica como solução a melhoria<br />
da gestão oficinal, pois “acontece<br />
muitas vezes esta ser deficiente, com<br />
muitas horas mortas para os mecânicos.<br />
Andam alguns a limpar oficina,<br />
outros a passear no balcão <strong>das</strong> peças,<br />
outros não têm o trabalho devidamente<br />
organizado e o número de horas<br />
que se perdem em algumas oficinas,<br />
é enorme”. No fundo, repara, “o<br />
número de técnicos de que necessito<br />
poderia ser menor e poderia remunerá-los<br />
melhor. Há margem para aumentar<br />
as condições que temos para<br />
oferecer aos profissionais”. Relevante<br />
também, seria, pelo menos, divulgar<br />
no anúncio de emprego o intervalo<br />
de valores disponíveis para o salário<br />
do funcionário a contratar, um facto<br />
que, para o consultor Manuel Vala<strong>das</strong>,<br />
logo à partida, “não gera motivação<br />
para quem o está a ler”.<br />
Chegar e entrar na verdadeira realidade<br />
do setor nem sequer é o problema,<br />
na opinião de Pedro Oliveira,<br />
da ATEC, que conta que o que desincentiva<br />
os jovens de se manterem<br />
na profissão é aperceberem-se que<br />
têm colegas com “40/50 anos, com<br />
ordenados muito baixos e não querem<br />
isso para o futuro deles, pelo que<br />
procuram ir para outras áreas onde<br />
são mais reconhecidos”.<br />
Novas gerações<br />
Os jovens atuais têm mentalidades<br />
e objetivos diferentes dos profissionais<br />
que entraram no ativo nos anos<br />
70/80/90. Se estes últimos queriam<br />
“estabilidade, um vencimento fixo e<br />
uma ligação à empresa”, como descreve<br />
António Caldeira, do CEPRA,<br />
hoje “um jovem compara qualquer<br />
remuneração e regalia, porque não<br />
há dificuldades de empregabilidade”.<br />
Na verdade, o cenário mais comum<br />
é mesmo a «dança <strong>das</strong> cadeiras», de<br />
empresa em empresa, a ver «quem<br />
dá mais». O desespero dos empresários<br />
para encontrar mão de obra qualificada<br />
é tal, que o que mais acontece<br />
é o «roubo» de profissionais, que é “a<br />
saída mais fácil, ir ao vizinho, oferecer<br />
mais dinheiro e trazer o funcionário”,<br />
como diz Pedro Oliveira, da<br />
ATEC. O responsável não concorda<br />
que exista “escassez de mão de obra<br />
qualificada”, até porque “notamos<br />
que existem muitos interessados em<br />
tirar os cursos de mecatrónica automóvel<br />
que nós tempos. O que reparamos<br />
depois é que o mercado não dá<br />
continuidade a todos esses formandos<br />
que nós colocamos nas oficinas<br />
a estagiar e importa pensar porquê”.<br />
Nestes tempos em que a tecnologia<br />
evolui sem parar, o setor de pós-venda<br />
automóvel precisa cada vez mais<br />
de profissionais preparados para<br />
lidar com os veículos mais recentes<br />
que chegam diariamente às estra<strong>das</strong>.<br />
Os recursos humanos de há 40/50<br />
anos tinham de ter “brio profissional,<br />
orgulho na profissão e deveriam<br />
trabalhar para fazer o correto à primeira<br />
e com verdadeiro entusiasmo”,<br />
diz Jorge Zózimo, que acrescenta que<br />
hoje em dia, a estas caraterísticas se<br />
soma a obrigatoriedade de ter outras<br />
competências técnicas, “formação<br />
continuada, estar up to date com<br />
os produtos que vão reparar… mas<br />
também temos de lhes dar condições<br />
na área onde trabalham: elevadores<br />
como deve de ser, ferramentas de<br />
todo o tipo, ter um ambiente limpo,<br />
observando to<strong>das</strong> as regras de<br />
10 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
segurança no trabalho”. Para o engenheiro<br />
mecânico, e antigo professor<br />
do ISEL, “o papel <strong>das</strong> escolas é falar<br />
mais com a indústria”.<br />
Já Manuel Vala<strong>das</strong> considera urgente<br />
a tomada de decisões, nomeadamente<br />
“uma espécie de instituto<br />
que consiga preparar jovens para<br />
abraçarem novas profissões existentes<br />
na reparação automóvel, para<br />
dar resposta às solicitações <strong>das</strong> empresas”.<br />
Para tal, entende que é preciso<br />
“aproveitar a experiência da<br />
ANECRA e do CEPRA”, defendendo<br />
mesmo que esta última deveria estar<br />
presente em quase to<strong>das</strong> as capitais<br />
de distrito. O consultor vê ainda a<br />
necessidade de haver um trabalho de<br />
maior proximidade entre empregado<br />
e empregador: “quando o advogado<br />
entra na empresa, o diretor-geral<br />
recebe-o no seu gabinete e trata as<br />
coisas com ele de forma eticamente<br />
correta. Explica-lhe o que é a empresa,<br />
o que precisa dele. Se entra um<br />
Técnico de Pintura Auto na empresa,<br />
quem é que o recebe? Porque não há<br />
de ser o diretor-geral a fazê-lo? Para<br />
que ele sinta que faz parte daquela<br />
família. A pessoa sente-se útil, faz<br />
parte da empresa”. Depois, o especialista<br />
considera que é preciso que<br />
o supervisor acompanhe o crescimento<br />
dos funcionários, dando-lhes<br />
objetivos e comprometendo-se, em<br />
conjunto, com o cumprimento dos<br />
mesmos, pois “assim o profissional<br />
sente-se respeitado, sente que está<br />
a contribuir para a produtividade e<br />
qualidade da empresa e o supervisor<br />
conhece melhor o seu colaborador”.<br />
O diretor de formação da ATEC, Pedro<br />
Oliveira, revela que tem havido<br />
muita estabilidade na procura dos<br />
cursos do centro de formação ao longo<br />
dos últimos anos, tanto no polo<br />
de Palmela, como em Matosinhos.<br />
Sente, sobretudo, que a grande diferença,<br />
como referiu anteriormente,<br />
está no local onde os formandos são<br />
colocados para estágio: “temos excelentes<br />
profissionais que propiciam<br />
muitos bons estágios e que ensinam<br />
de tudo, não só a vertente mais técnica,<br />
mas também os capacitam para<br />
o que lhes faz falta para serem bons<br />
profissionais, tanto ao nível <strong>das</strong> soft<br />
skills, ou como podem ter autonomia<br />
no seu trabalho, algum pensamento<br />
crítico e repensarem tudo o que estão<br />
a fazer, incutindo-lhes o espírito de<br />
que não sabem tudo e que é preciso<br />
uma procura constante para evoluir”.<br />
O responsável sabe que é possível<br />
“fazer mais na área da formação, temos<br />
de repensar os nossos cursos, de<br />
forma a integrar no curso de mecatrónica<br />
esta valência da chapa e da<br />
pintura, para que os nossos formandos<br />
possam experienciar algumas<br />
aulas teóricas e práticas à volta deste<br />
tema. Temos de aproveitar os jovens<br />
que querem aprender uma profissão<br />
deste setor para que aprendam outras<br />
ou, pelo menos, outra valência,<br />
dentro do aftermarket”. Além disso,<br />
considera que o papel da ATEC<br />
para desenvolver a profissão passa,<br />
também, por realizar parcerias com<br />
“muitas redes que nos procuram<br />
para ter formação, pois vendemos<br />
um produto que traz qualidade e<br />
mais valia àquele profissional”.<br />
Por outro lado, Jorge Zózimo relembra<br />
o papel associativo, destacando<br />
que “as três associações que temos<br />
em Portugal liga<strong>das</strong> ao setor poderiam<br />
fazer campanhas de angariação<br />
de vocações para esta área”.<br />
No CEPRA, António Caldeira, assume<br />
que a parte fácil “é diagnosticar<br />
o problema”, adiantando que o difícil<br />
é ter o apoio dos empresários, que<br />
devem estar implicados na situação.<br />
Neste sentido estão já a promover<br />
formações exclusivas para determina<strong>das</strong><br />
empresas: “Tentamos encontrar<br />
interessados junto dos centros<br />
de emprego e formamos um grupo<br />
à medida para essas empresas. Têm<br />
a componente teórica no CEPRA e<br />
depois vão ter a prática nas empresas,<br />
que é essencial”, conta. Sobre as<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 11
DESTAQUE<br />
INQUÉRITO JO falta DE MÃO DE OBRA<br />
QUALIFICADA PARA as OFICINAS<br />
PREOCUPAÇÃO<br />
E DESÂNIMO!<br />
A grande escassez de mão de obra qualificada para<br />
as oficinas AUTOmóvel é o desafio que, provavelmente,<br />
mais preocupa as empresas de reparação em Portugal.<br />
Por outro lado, existe um desânimo generalizado<br />
dos empresários que não vislumbram soluções para<br />
resolver o problema<br />
qualificado deve possuir, o diretor do<br />
CEPRA não hesita: “O empresário<br />
quer pessoas que tenham know-how<br />
e que, sobretudo, sejam fiáveis, responsáveis<br />
e com capacidade de adaptação.<br />
Não é um setor compatível<br />
com «ficar parado no tempo», tem<br />
que evoluir. Devem ter boa formação<br />
– constante e contínua – e estarem<br />
sempre atualizados para serem<br />
atores capazes de levar as empresas<br />
a enfrentar os desafios que se colocam”,<br />
define.<br />
O desafio dos veículos<br />
elétricos<br />
Com o aumento do parque circulante<br />
de veículos elétricos é inevitável que<br />
estes carros comecem a visitar as oficinas,<br />
para serviços de manutenção<br />
e reparação. A questão que se coloca<br />
é se os mecânicos estão preparados<br />
para dar assistência a estes veículos.<br />
Dentro de poucos anos, quando o<br />
parque de VE for substancialmente<br />
maior, poderão não haver especialistas<br />
suficientes prontos para a manutenção<br />
dos carros elétricos. Por<br />
outro lado, a transição para uma mobilidade<br />
elétrica não implica apenas<br />
a adoção de carros com bateria, em<br />
substituição daqueles que se movem<br />
a combustíveis fósseis.<br />
É também necessário a construção<br />
de infraestrutura para pontos de carga<br />
e a garantia de capacidade para os<br />
carregamentos. Além disso, a mudança,<br />
que exige novas peças e novas<br />
formas de venda, entre outros, requer<br />
serviços diferentes de manutenção.<br />
Perante este cenário, existe uma<br />
falta de mecânicos qualificados para<br />
a manutenção e reparação de carros<br />
elétricos. Ora, esta escassez terá<br />
consequências relaciona<strong>das</strong> com os<br />
custos de manutenção e, consequentemente,<br />
com os objetivos da redução<br />
de emissões da UE. Estima-se<br />
que até 2027 não haverá mecânicos<br />
qualificados suficientes para prestar<br />
assistência a todos os veículos elétricos<br />
do nosso país.<br />
São necessárias vias de formação profissional<br />
e acreditada para preparar<br />
técnicos para a reparação e manutenção<br />
de veículos elétricos. Além disso,<br />
muitos mecânicos estão, atualmente,<br />
a ser treinados para fazer trabalhos<br />
que desconhecem. Tendo em conta<br />
que a manutenção dos veículos elétricos<br />
implica o trabalho com eletricidade<br />
de alta tensão, esta abordagem<br />
pode ser inadequada e, em muitos<br />
casos, perigosa. l<br />
Para fazer uma avaliação do impacto que esta situação está a ter no mercado, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
lançou durante os meses de novembro e dezembro de 2022 o inquérito “Falta de Mão de Obra Qualificada<br />
nas <strong>Oficinas</strong>”. Para este Inquérito colocámos algumas questões relaciona<strong>das</strong> com as principais<br />
dificuldades que os proprietários de oficinas se debatem na contratação de mão de obra especializada<br />
e também pedimos a sua opinião sobre o que deve ser feito para cativar as novas gerações a<br />
trabalhar nas oficinas de reparação automóvel.<br />
O inquérito foi realizado via online e contou com 165 respostas váli<strong>das</strong>. As oficinas que responderam<br />
foram na sua maioria de mecânica (68%) e as restantes de colisão e pneus (32%). As respostas evidenciaram<br />
os obstáculos e as dificuldades que as oficinas vivem na contratação de recursos humanos<br />
qualificados para as suas organizações. Existe um défice de oferta em to<strong>das</strong> as áreas do pós-venda<br />
automóvel, com mais relevância nas profissões e mecânicos e pintores. A maioria dos proprietários<br />
classificou o recrutamento de novos empregados como a sua principal preocupação. Para além<br />
da ansiedade que vivem derivado de poderem ficar privados de um bom empregado que sai para<br />
trabalhar noutra oficina.<br />
Confrontados com a escassez de novos talentos, os proprietários <strong>das</strong> oficinas utilizam todos os<br />
argumentos para manter as suas equipas através de aumentos salariais, bónus de todos os tipos,<br />
melhoria <strong>das</strong> condições de trabalho, entre outros. O reforço <strong>das</strong> equipas é sem dúvida a principal<br />
dificuldade para os gerentes de oficinas. Mais de 50% dos inquiridos diz que procura colaboradores<br />
há mais de um ano, sem sucesso. Não é por isso surpreendente, que 100% dos inquiridos digam que<br />
estão a ter dificuldades em recrutar. A escassez de novos talentos é fortemente sentida na mecânica<br />
e na pintura.<br />
Existe naturalmente uma inflação, que leva os gerentes a apoiarem o poder de compra dos seus<br />
empregados, mas sobretudo a manterem as suas equipas. Quase metade dos inquiridos aumentou<br />
os salários entre 5 e 10%, de acordo com o aumento do custo de vida. Por outro lado, há uma percentagem<br />
razoável de inquiridos que não fez aumentos de ordenados, argumentando a necessidade de<br />
manter margens e receio pela instabilidade económica que se vive no país.<br />
A formação continua a ser muito valorizada pelo setor da reparação e manutenção automóvel,<br />
e pelas respostas recebi<strong>das</strong> podemos ver que assim é. O objetivo é reforçar os conhecimentos da<br />
equipa. É de notar que quase 75% dos inquiridos considera que os apoios do Estado à contratação de<br />
jovens trabalhadores continua o mesmo de antes, sem incentivos e com muita burocracia. No que diz<br />
respeito aos incentivos de contratação, o mais escolhido pelo inquiridos foi o bónus sobre o aumento<br />
de produtividade, sendo que os horários de trabalho flexíveis também está a ser utilizado.<br />
A DIFICULDADE CRESCENTE DE ENCONTRAR PROFISSIONAIS<br />
QUALIFICADOS, COMO POR EXEMPLO MECATRÓNICOS, INFORMÁTICOS<br />
E PINTORES, É O DESAFIO QUE, PROvavelMENTE, MAIS PREOCUPA<br />
as EMPRESAS<br />
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DESTAQUE<br />
INQUÉRITO JO FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PARA AS OFICINAS (CONT.)<br />
Está atualmente a recrutar mão de obra qualificada<br />
para a sua oficina? Para que áreas específicas?<br />
Chefe de Oficina 5%<br />
Mecânicos 48%<br />
Bate Chapas 13%<br />
Pintores 21%<br />
Administrativos 3%<br />
Outros 10%<br />
Implementou incentivos de contratação?<br />
Bónus sobre o volume de<br />
negócio da oficina<br />
Bónus sobre o aumento de<br />
produtividade<br />
Oferta de seguro de saúde<br />
6%<br />
28%<br />
3%<br />
Horários de trabalho flexíveis 15%<br />
Outros 48%<br />
Há quanto tempo anda à procura de colaboradores?<br />
Utilizou a formação profissional?<br />
Seis meses 33%<br />
1 ano 51%<br />
2 anos 16%<br />
Para que postos de trabalho tem mais dificuldade<br />
em recrutar?<br />
Para reforçar os<br />
conhecimentos da equipa<br />
Pela vontade de transmitir<br />
conhecimentos<br />
Para testar novos<br />
colaboradores com vista ao<br />
recrutamento<br />
87%<br />
5%<br />
8%<br />
Chefe de Oficina 6%<br />
Mecânicos 42%<br />
Bate Chapas 10%<br />
Pintores 29%<br />
Administrativos 3%<br />
Outros 10%<br />
Aumentou os salários dos colaboradores? Em que<br />
proporção?<br />
0 a 3% 17%<br />
3 a 5% 34%<br />
5 a 7% 13%<br />
7 a 10% 36%<br />
Qual a finalidade destes aumentos?<br />
Para atrair candidatos 10%<br />
Para ter em conta a inflação 13%<br />
Para reter o pessoal existente 77%<br />
Em que postos de trabalho estão estes aumentos<br />
salariais?<br />
Chefe de Oficina<br />
Mecânicos<br />
Bate Chapas<br />
Pintores<br />
Administrativos<br />
Outros<br />
2%<br />
52%<br />
16%<br />
18%<br />
2%<br />
10%<br />
Opiniões de proprietários de oficinas sobre<br />
a falta de mão de Obra Qualificada<br />
O que deve ser feito para cativar as novas gerações a trabalhar<br />
nas oficinas de reparação automóvel?<br />
l Mais opções de cursos e incentivo aos jovens para frequentarem cursos profissionais. Incentivar a<br />
escolha para cursos técnicos especializados a partir do 10º ano de escolaridade.<br />
l Empresas mais organiza<strong>das</strong>, formação e motivação. Criar melhores condições de trabalho, com<br />
contratos interessantes.<br />
l Dar ênfase ao dinamismo da área automóvel, dando apoios para as entidades de formação poderem<br />
aprofundar e desenvolver mais as suas formações.<br />
l Divulgar a profissão de mecânico e pintor junto <strong>das</strong> escolas e esclarecer sobre as atividades para potenciar<br />
possíveis candidatos. Levar as crianças em visitas de estudo às oficinas para despertar o seu interesse.<br />
l A área não é atrativa para todos, têm que efetivamente gostar de automóveis, em to<strong>das</strong> as suas<br />
vertentes. Porém, ter um trabalhador novo sem muitos conhecimentos, embora com muita vontade de<br />
aprender, nem todos os empregadores querem e sem esse tempo de adaptação, não conseguiremos<br />
transformar um aprendiz num empregado competente.<br />
l Criar centros de formação regionais com programas de promoção <strong>das</strong> profissões para atrair jovens.<br />
l É preciso apostar na formação e valorizar a mão obra especializada, pagando melhores ordenados.<br />
l Ensinar as novas gerações que para ganharem muito dinheiro têm de investir muito em conhecimento<br />
e fazer mais do que por aquilo que é pago como investimento no seu futuro.<br />
l Redirecionar alunos para cursos na área de mecânica automóvel, atribuindo a estes cursos as bolsas<br />
que vêm sendo gastas com formações que não acrescentam qualquer valor à capacidade produtiva<br />
nacional.<br />
l Mais planeamento na formação académica e uma cultura forte no investimento e divulgação dos<br />
cursos técnicos que antigamente permitiam que os jovens tivessem um conhecimento prático mais<br />
aprofundado.<br />
l O problema está na sociedade, pois as profissões de produção estão a ser abandona<strong>das</strong> pelos jovens em<br />
prol de serviços administrativos e digitais. A única forma de incentivo é a mudança de mentalidades.<br />
l A nova geração tem de deixar de pensar que vão só trabalhar com a máquina de diagnóstico. Têm de<br />
saber resolver avarias e problemas que a máquina não resolve e sujar as mãos quando necessário.<br />
l Potenciar a atratividade <strong>das</strong> profissões liga<strong>das</strong> ao pós-venda automóvel junto <strong>das</strong> escolas e reformular<br />
a oferta formativa. Atualizar os conteúdos dos cursos e estabelecer um plano de comunicação disruptiva<br />
por forma a gerar uma maior visibilidade dos cursos para as novas gerações<br />
14 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NÚRIA ALVAREZ, DIRETORA DE COMUNICAÇÃO DA CONEPA<br />
(FEDERAÇÃO ESPANHOLA DE OFICINAS)<br />
COM UMA BOA ATITUDE,<br />
UM PROFISSIONAL É CAPAZ<br />
DE QUASE TUDO<br />
À conversa com Núria Alvarez percebemos que a falta<br />
de recursos humanos nas oficinas é transversal,<br />
na Península Ibérica. Para esta responsável, cada<br />
INSTITUIÇÃO tem, AO seu nível, o desafio de conseguir uma<br />
SOCIEDADE melhor, preparando téCNICA e humanamente<br />
AS pessoas para servir a comunidade. No caso do pósvenda,<br />
prestando ASSISTência AOS milhões de veículos que<br />
circulam pelas nossas estra<strong>das</strong> e garantindo<br />
a segurança rodoviária<br />
Há quanto tempo notam a falta de<br />
profissionais para trabalhar nas<br />
oficinas em Espanha?<br />
Os momentos em que se procuram<br />
mais profissionais e, portanto, nos<br />
quais mais se nota a sua escassez,<br />
coincidem sempre com épocas de<br />
grande procura de serviços de oficina<br />
e isso está muito relacionado<br />
com a situação económica do país.<br />
Aconteceu, por exemplo, nos anos<br />
que antecederam a grande crise de<br />
2007/2008, e os posteriores, especialmente<br />
a partir de 2015. Desde<br />
então, a situação tornou-se endémica.<br />
O que motiva esta escassez de<br />
profissionais?<br />
É preciso destrinçar muito bem dois<br />
aspetos ao analisar esta questão. Por<br />
um lado, a falta de profissionais com<br />
experiência, que é o maior problema<br />
para as empresas, quando precisam<br />
de crescer ou querem substituir funcionários<br />
qualificados que deixam<br />
a oficina. Evidentemente, é muito<br />
complicado cobrir esses perfis, pois<br />
não existe desemprego a esse nível, o<br />
que é algo positivo como fator económico<br />
para um país.<br />
Por outro lado, está o acesso ao setor,<br />
por parte de jovens que entram<br />
na vida ativa. Neste caso, é evidente<br />
que, nos últimos anos, a oficina perdeu<br />
interesse como destino profissional<br />
para os estudantes de Formação<br />
Profissional regulamentada. Mesmo<br />
que optem por entrar em cursos relacionados<br />
com o automóvel, preferem<br />
outras saí<strong>das</strong>, como os fabricantes de<br />
automóveis ou de componentes.<br />
Em que áreas há mais falta de<br />
profissionais?<br />
Se no início deste século, a falta de<br />
trabalhadores estava mais associada<br />
a postos relacionados com a carroçaria<br />
(chapa e pintura), agora não há<br />
grande diferença entre esta especialidade<br />
e a eletromecânica.<br />
Os centros de formação têm<br />
dificuldades em formar mais<br />
profissionais para as oficinas?<br />
Porquê?<br />
Toda a Formação Profissional em<br />
Espanha está num momento de mudança,<br />
mas o processo ainda é mais<br />
notório no nosso setor, dada a rápida<br />
evolução tecnológica dos veículos.<br />
Os próprios docentes precisam de<br />
se atualizar diariamente para estar<br />
a par <strong>das</strong> alterações técnicas incorpora<strong>das</strong><br />
nos novos veículos e saber<br />
como dar resposta à manutenção e<br />
reparação de automóveis modernos.<br />
Isso inclui também o ensino de novas<br />
ferramentas físicas e eletrónicas,<br />
custosas a nível económico para os<br />
centros, mas cujo maneio é imprescindível<br />
para que os novos profissionais<br />
tenham um espaço no mercado<br />
ao finalizar a sua formação académica.<br />
O que é que se está a fazer em<br />
Espanha para solucionar o problema<br />
da falta de profissionais?<br />
A nosso ver, as empresas deveriam<br />
ser realistas e tomar consciência de<br />
que têm de investir mais na formação,<br />
tanto <strong>das</strong> suas equipas, como<br />
dos novos profissionais. Desde logo,<br />
pensar que vai haver sempre pessoal<br />
com boa formação disponível<br />
no mercado quando a empresa precisar,<br />
é bastante ingénuo. Os bons<br />
trabalhadores têm sempre trabalho.<br />
Portanto, não há muitas mais opções<br />
do que atraí-los de outra oficina,<br />
normalmente oferecendo melhores<br />
condições económicas. Mas isso leva<br />
à dinâmica já vivida no início deste<br />
século com os especialistas em carroçaria:<br />
os ordenados eram tão altos<br />
que dificilmente se poderia ter rentabilidade<br />
na empresa. Algo que a crise<br />
agravou, quando chegou.<br />
Nós acreditamos que as empresas<br />
deveriam trabalhar mais na sua formação,<br />
preparando e dando oportunidades<br />
aos seus próprios funcionários,<br />
traçando “planos de carreira”<br />
para eles, o que, sem dúvida, pode<br />
ser também um fator de fidelização<br />
e uma garantia de relações sóli<strong>das</strong> a<br />
longo prazo.<br />
Como atrair mais jovens para as<br />
profissões do setor oficinal?<br />
Não nos ajudou nada, enquanto setor,<br />
a imagem que uma parte da sociedade<br />
e dos políticos se encarregou<br />
de difundir em relação ao automóvel:<br />
deixou de ser um símbolo da liberdade<br />
de movimentos da humanidade<br />
no século XX, para passar a ser<br />
um objeto irritante, poluente e com<br />
um futuro incerto. Perceções que,<br />
ainda para mais, não são reais, como<br />
é evidente.<br />
O automóvel continua a ser imprescindível<br />
para a sociedade atual e nada<br />
nos faz pensar que nas próximas<br />
déca<strong>das</strong> passe a ser de outro modo.<br />
Além disso, a tecnologia incorporada<br />
nos veículos é cada vez mais complexa<br />
e a manutenção e reparação<br />
estão relaciona<strong>das</strong> com processos de<br />
trabalho com eletrónica avançada, o<br />
que, a priori, deveria ser mais atrativo<br />
para os jovens. Aqui, faço uma<br />
ponte com a resposta anterior, para<br />
reivindicar também a importância<br />
de implicar as empresas na formação<br />
inicial dos jovens na Formação Profissional<br />
dual para que os estudantes<br />
que passem por uma oficina durante<br />
a sua formação prática se entusiasmem<br />
com o nosso setor e decidam<br />
encontrar nele o seu futuro laboral.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 15
DESTAQUE<br />
Quais são os maiores desafios ao<br />
contratar profissionais para as<br />
empresas de reparação automóvel?<br />
Para ser breve, diria que o objetivo<br />
é acertar à primeira no perfil mais<br />
adequado, técnico e relacional, que<br />
se adeque ao que a empresa espera<br />
do trabalhador. Não só diz respeito ao<br />
trabalho técnico da pessoa, mas também<br />
a sua relação com o ambiente em<br />
que vai desenvolver as suas funções.<br />
E, claro, uma vez que se comprove<br />
que a pessoa responde às expetativas,<br />
o desafio seguinte e permanente<br />
é a sua fidelização. As empresas mais<br />
sóli<strong>das</strong> mostram uma grande capacidade<br />
de reter o talento.<br />
Que impacto está a ter a falta de<br />
profissionais para as empresas de<br />
reparação de automóvel?<br />
Em muitos casos, resulta na renúncia<br />
ao crescimento, o que pode colocar<br />
em perigo a própria sobrevivência da<br />
empresa e, desde logo, trava as ambições<br />
de melhoria de uma empresa.<br />
Quais são as principais<br />
competências que deve possuir<br />
um profissional qualificado para<br />
trabalhar numa oficina?<br />
Num trabalho realizado recentemente<br />
para o Ministério da Educação, no<br />
qual a CONEPA participou ativamente,<br />
definiram-se até 313 competências<br />
profissionais diferentes numa série<br />
de categorias e especialidades. Como<br />
analisá-las nos tomaria muito tempo,<br />
preferimos resumir a resposta à<br />
pergunta numa só palavra: “atitude”.<br />
Com uma boa atitude, um profissional<br />
é capaz de quase tudo.<br />
Os novos profissionais são<br />
diferentes dos da geração anterior?<br />
Como definiria o perfil desta nova<br />
geração?<br />
Esta é uma sociedade em pleno processo<br />
de mudança. A pandemia acelerou-o.<br />
Com o que sofremos, todos<br />
damos mais importância às relações<br />
pessoais, à conciliação da vida profissional<br />
e privada, à racionalização<br />
dos horários laborais… As empresas<br />
devem tê-lo em conta e atuar. Já o estão<br />
a fazer. Têm de ser atrativas para<br />
reter o talento.<br />
Considera que os baixos<br />
salários que se oferecem<br />
podem desincentivar os jovens<br />
no momento de escolher esta<br />
profissão?<br />
Para qualquer pessoa, é importante a<br />
valorização do bem-estar económico<br />
futuro na hora de escolher uma profissão.<br />
Felizmente, o setor oficinal em<br />
Espanha mantém um nível salarial<br />
aceitável e competitivo. Não acreditamos<br />
que possa ser um fator determinante<br />
para que alguém com vocação<br />
a abandone em troca de outro setor.<br />
O que é preciso fazer para aumentar<br />
os salários dos profissionais que<br />
trabalham nas oficinas?<br />
O grande problema que temos neste<br />
momento é a falta de rentabilidade.<br />
A inflação atual agravou, ainda para<br />
mais, a situação. As oficinas espanholas<br />
têm um bom nível de trabalho,<br />
mas cada vez ganham menos.<br />
Sem margens, é impossível prepararem-se<br />
para um futuro em constante<br />
mudança e isso também contempla o<br />
investimento nas equipas, tanto a nível<br />
técnico, com formação contínua,<br />
como a nível pessoal, procurando a<br />
maior relação dos nossos colaboradores<br />
com a empresa.<br />
Que papel devem desempenhar<br />
os centros de formação, as<br />
escolas e as universidades no<br />
desenvolvimento <strong>das</strong> profissões da<br />
pós-venda?<br />
Cada instituição tem, ao seu nível, o<br />
desafio de conseguir uma sociedade<br />
melhor, preparando técnica e humanamente<br />
as pessoas para servir a comunidade:<br />
no nosso caso, prestando<br />
assistência aos milhões de veículos<br />
que circulam pelas nossas estra<strong>das</strong> e<br />
garantindo a segurança rodoviária l<br />
MARIA ELO, PROFESSORA UNIVERSITÁRIA<br />
NA SDU, DINAMARCA<br />
NUM SETOR TÃO<br />
COMPETITIVO, É<br />
NECESSÁRIO TER<br />
MUITO CUIDADO<br />
PARA ENCONTRAR OS<br />
MELHORES RESULTADOS<br />
A escassez de mecânicos afeta vários países e<br />
o envelhecimento da força de trabalho é uma<br />
preocupação crescente. Maria Elo, professora de<br />
Negócios e Gestão é membro fundador da tAlents4AA,<br />
uma associação sem fins lucrativos focada<br />
precisamente na atração e retenção de talentos no<br />
setor do aftermarket<br />
A<br />
associação foi constituída<br />
em março de 2022 e tem<br />
feito um um trabalho meritório<br />
em prol do desenvolvimento<br />
do aftermarket, com ações concretas<br />
para sensibilizar as pessoas<br />
para a gravidade da falta de recursos<br />
humanos qualificados nas<br />
oficinas. A docente alerta para a<br />
necessidade de as empresas ofere-<br />
O SETOR DEPARA-SE COM A ENORME DIFICULDADE DE<br />
CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS, MUITO POR FORÇA<br />
DO QUE CONSTATAMOS SER A MODERNA FORMA DE VIDA DOS JOVENS<br />
PROFISSIONAIS DOS NOSSOS DIAS<br />
16 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.liqui-moly.com<br />
@liquimoly<br />
@liquimolyiberia<br />
cerem formação atrativa e investirem<br />
na retenção de talentos, garantindo<br />
um “futuro de carreira”<br />
para os seus empregados.<br />
A carência de profissionais, no<br />
entanto, é transversal a todos os<br />
operadores do setor – desde fabricantes<br />
de peças, distribuidores,<br />
retalhistas e oficinas – mas<br />
esta não é uma questão setorial,<br />
defende. A seu ver, as alterações<br />
demográficas são também responsáveis<br />
por este fenómeno, havendo<br />
“menos talento a entrar no<br />
mercado de educação e de trabalho<br />
nos países ocidentais”.<br />
O que fazer?<br />
Sobre o que se pode fazer para<br />
impedir que a força de trabalho<br />
saia do seu país de origem, Maria<br />
Elo considera que, dentro do<br />
mercado de trabalho, existem<br />
muitos funcionários com necessidades<br />
díspares, desde os que<br />
almejam uma carreira internacional,<br />
aos que “não têm planos<br />
de ir a lado nenhum”. E nisto,<br />
não são apenas as empresas que<br />
criam um emprego atrativo, mas<br />
sim, “as instituições, a sociedade<br />
civil e o setor privado, como um<br />
todo”, assim como, refere, “o clima<br />
e a educação desempenham<br />
um papel importante”. É claro<br />
que a “empresa pode fazer avançar<br />
a sua própria organização na<br />
direção certa, por exemplo, no<br />
que diz respeito à regulamentação<br />
do local de trabalho, tributação,<br />
educação, […] na segurança,<br />
no tempo de trabalho flexível,<br />
no trabalho à distância, apoio à<br />
guarda de crianças e outras que<br />
parecem pequenas questões,<br />
mas que podem na realidade ser<br />
grandes questões”, acredita, concluindo<br />
que “a concorrência não<br />
dorme, as pessoas qualifica<strong>das</strong><br />
são arrasta<strong>das</strong> para outras empresas<br />
e mesmo para o estrangeiro<br />
se as suas necessidades não<br />
forem satisfeitas”.<br />
Flexibilidade e autonomia são<br />
dois aspetos que a professora<br />
entende como fulcrais, com as<br />
alterações ocorri<strong>das</strong> no estilo de<br />
vida nos países ocidentais. Sendo<br />
certo que o grau de flexibilidade<br />
e trabalho online depende<br />
da tarefa desempenhada, é sempre<br />
benéfica a atenuação da rigidez<br />
horária, por exemplo, para<br />
trabalhadores com filhos pequenos,<br />
que muitas vezes enfrentam<br />
horários pouco flexíveis de acolhimento<br />
dos filhos nas escolas.<br />
Esta gestão da vida profissional<br />
e familiar, sem comprometer<br />
nenhuma <strong>das</strong> vertentes, é uma<br />
preocupação recorrente dos pais<br />
modernos e pode, efetivamente,<br />
ser tida em conta pelos empregadores<br />
no momento de realizar<br />
um contrato de trabalho. “Num<br />
setor tão competitivo, é necessário<br />
ter muito cuidado para encontrar<br />
os melhores resultados.<br />
O desenvolvimento de soluções<br />
que promovam bons resultados<br />
e autonomia é também uma forma<br />
de reduzir a burocracia desnecessária”,<br />
declara.<br />
Onde está o setor a errar?<br />
Atrair e reter talentos é um desafio<br />
não só para o pós-venda<br />
automóvel, como também para<br />
outras áreas de mercado. Assim<br />
sendo, é preciso questionar, onde<br />
está o setor a errar para não conseguir<br />
alcançar e manter a tão<br />
necessária mão de obra? Maria<br />
Elo vai mais longe: “a imagem<br />
do empregador é atrativa? Uma<br />
empresa patronal deve gerir ativamente<br />
a sua reputação e tomar<br />
conta <strong>das</strong> pessoas que já estão<br />
contrata<strong>das</strong>. As suas experiências<br />
são altamente valiosas para atrair<br />
novos empregados”, avisa. Além<br />
disso, “será que os processos de<br />
contratação visam realmente<br />
aqueles talentos orientados para<br />
o crescimento que existem por aí<br />
ou será que se cingem ao objetivo<br />
«mais do mesmo»?”, deixa para<br />
reflexão. l<br />
PUB<br />
Gosta de beber<br />
um bom vinho<br />
num copo sujo?<br />
O óleo novo<br />
também prefere<br />
um motor limpo.<br />
A limpeza interna LIQUI MOLY é fundamental<br />
para qualquer motor. Limpa o seu interior<br />
e remove depósitos, sujidade e borras de<br />
óleo. Só assim o óleo de motor novo pode<br />
desenvolver todo o seu potencial.<br />
Vantagens: o motor limpo funciona com<br />
mais eficácia após a mudança de óleo,<br />
de forma mais silenciosa e com menor<br />
consumo e emissões poluentes.<br />
LAVE SEMPRE O MOTOR ANTES<br />
DE CADA MUDANÇA DE ÓLEO!<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 17
PATROCINADORES >
E-MOBILITY<br />
FUTURO PERTENCE À<br />
ELETROMOBILIDADE!<br />
E-MOBILITY É A CHAVE PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO SUSTENTÁVEL, CIDADES MAIS<br />
HABITÁVEIS E O COMBATE BEM SUCEDIDO ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. GRAÇAS AOS AVANÇOS NA<br />
ELETROMOBILIDADE, O TRANSPORTE TOTALMENTE SUSTENTÁVEL É AGORA UM OBJETIVO REALISTA,<br />
SEM TER DE COMPROMETER A FORMA COMO VIVEMOS, NOS DESLOCAMOS E TRABALHAMOS<br />
A<br />
E-Mobility permite a transição dos<br />
combustíveis fósseis emissores de CO2<br />
para a energia fornecida a partir de<br />
fontes de energia elétrica que, por sua<br />
vez, são carrega<strong>das</strong> através da rede elétrica.<br />
Ao substituir o transporte baseado em combustíveis<br />
fósseis por veículos movidos a eletricidade, podemos<br />
melhorar drasticamente a qualidade do nosso<br />
ar ao mesmo tempo que reduzimos as emissões de<br />
gases com efeito de estufa.<br />
Dado que as emissões dos transportes foram responsáveis<br />
por mais de 24% <strong>das</strong> emissões globais de CO2<br />
em 2021, um movimento em direção à E-Mobility<br />
faz todo o sentido. De facto, com as emissões de CO2<br />
dos transportes a crescerem a um ritmo mais rápido<br />
do que o de qualquer outro setor, a E-Mobility é uma<br />
necessidade se quisermos alcançar as ambições do<br />
Acordo de Paris: manter o aumento da temperatura<br />
global abaixo dos 2ºC, face aos níveis pré-industriais.<br />
A ligação entre a E-Mobility e a sustentabilidade<br />
é clara: quanto mais soluções de eletromobilidade<br />
utilizarmos, maior será a redução de CO2 e outros<br />
gases com efeito de estufa. E isto é particularmente<br />
importante no sector dos transportes, onde as<br />
dos transportes ajuda a travar as alterações climáticas<br />
através da redução <strong>das</strong> emissões de gases com<br />
efeito de estufa. Como os transportes representam<br />
atualmente cerca de 30% da procura global final de<br />
energia, o potencial de descarbonização é enorme. De<br />
um modo geral, os veículos elétricos custam menos a<br />
circular durante a sua vida útil do que os carros tradicionais<br />
com motores de combustão. Este custo reduzido<br />
resulta em grande parte de regimes fiscais mais<br />
favoráveis, menos peças móveis, e custos de energia<br />
mais baixos. Os benefícios adicionais de uma solução<br />
de E-Mobility para o automóvel incluem um melhor<br />
desempenho de condução, redução da poluição sonora,<br />
e a capacidade de fornecer serviços ao sistema<br />
de energia e aos edifícios utilizando as suas baterias.<br />
A redução <strong>das</strong> emissões dos motores de combustão<br />
movidos a combustíveis fósseis através da E-Mobility<br />
conduzirá a cidades mais sustentáveis e habitáveis,<br />
protegendo ao mesmo tempo o nosso clima. Os efeitos<br />
da poluição causada pelos transportes são especialmente<br />
importantes nas cidades onde um grande<br />
número de pessoas e veículos se desloca dentro de<br />
um espaço geográfico pequeno. As cidades já são responsáveis<br />
por até 70% do consumo energético e <strong>das</strong><br />
A ELETROMOBILIDADE SÓ ESTARÁ À ALTURA DAS ESPERANÇAS<br />
NELA DEPOSITADAS SE O PREÇO DOS CARROS E BATERIAS DESCER,<br />
AS REDES DE CARREGAMENTO CRESCEREM E OS VE ATINGIREM<br />
UM ELEVADO NÍVEL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA<br />
emissões mais do que duplicaram desde 1970 e têm<br />
aumentado todos os anos. Ao substituir o transporte<br />
baseado em combustíveis fósseis por veículos<br />
movidos a eletricidade, podemos melhorar drasticamente<br />
a qualidade do nosso ar ao mesmo tempo<br />
que criamos reduções significativas de CO2.<br />
Quais os benefícios da E-Mobility?<br />
A E-Mobility tem benefícios a muitos níveis, desde<br />
o global, até ao pessoal. A nível global, a eletrificação<br />
emissões de CO2 em todo o globo. E com uma população<br />
mundial que deverá atingir 8,6 mil milhões<br />
de pessoas em 2030 e 70% <strong>das</strong> pessoas que deverão<br />
viver nas cidades até 2050, precisamos de encontrar<br />
uma forma de criar cidades mais sustentáveis e habitáveis.<br />
Tendências de eletrificação<br />
nas energias renováveis<br />
A eletrificação é central para as estratégias de des-<br />
carbonização de muitos setores. Isto significa que a<br />
procura de eletricidade deverá aumentar substancialmente<br />
ao longo dos próximos anos. É por isso<br />
que a redução <strong>das</strong> emissões da produção de eletricidade<br />
é uma componente central <strong>das</strong> estratégias<br />
globais de redução de emissões da maioria dos<br />
países. Felizmente, os custos <strong>das</strong> energias renováveis<br />
estão a baixar, e a capacidade <strong>das</strong> energias<br />
renováveis está a crescer rapidamente. O aumento<br />
da utilização de energias renováveis nas redes e o<br />
aumento da eletrificação criam, contudo, novas<br />
necessidades de capacidade de armazenamento<br />
para lidar com picos de carga.<br />
Embora muitas tecnologias limpas estejam disponíveis,<br />
como o hidrogénio ou motores movidos<br />
a combustíveis alternativos, a eletrificação dos<br />
transportes é a estratégia mais viável para combater<br />
a poluição do ar. Isto significa que os motores<br />
de combustão interna são substituídos por motores<br />
movidos a eletricidade, incluindo Veículos<br />
100% elétricos, Veículos Elétricos Híbridos Plug-<br />
-in e Veículos Elétricos Híbridos - todos eles referidos<br />
como VE.<br />
Os números de VE a nível mundial estão a aumentar<br />
rapidamente. Em 2020, o número total de<br />
veículos elétricos na estrada a nível mundial estabeleceu<br />
um novo recorde de cerca de 10 milhões,<br />
cerca de 1% do parque global de automóveis. Podemos<br />
ver esta tendência também nos transportes<br />
públicos, com mais de 460.000 autocarros<br />
elétricos registados em todo o mundo em 2020.<br />
Impulsionado por novas políticas e expansão do<br />
fabrico, espera-se que o mercado de VE continue a<br />
crescer rapidamente na próxima década, atingindo<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 19
56 milhões de VE a nível mundial até<br />
2030. A eficiência energética de um<br />
VE é cerca de 30% melhor do que<br />
um automóvel a gasolina comparável<br />
e a eletricidade necessária será cada<br />
vez mais produzida a partir de fontes<br />
renováveis.<br />
setor dos Transportes<br />
entre os mais poluentes<br />
Na Europa, o setor dos transportes<br />
foi o único, de entre os principais<br />
setores de atividade, a aumentar as<br />
emissões de CO2, desde 1990. Os<br />
transportes em geral representam<br />
hoje 25% <strong>das</strong> emissões totais destes<br />
gases na Europa, sendo os rodoviários<br />
os mais poluentes, com 19% do<br />
total de emissões. Para estes valores<br />
muito contribui o aumento <strong>das</strong> deslocações<br />
de carro para dentro e fora<br />
dos centros urbanos. De facto, os<br />
transportes públicos ainda não são<br />
considerados suficientemente cómodos<br />
nem fiáveis para abandonarmos<br />
totalmente o uso do automóvel, mesmo<br />
nas cidades mais desenvolvi<strong>das</strong><br />
do mundo. Em Lisboa, o tempo médio<br />
de deslocações em períodos de<br />
pico de trânsito aumenta 61% face<br />
a períodos de trânsito normal — um<br />
valor acima da média Europeia e só<br />
ultrapassado nas cidades de Londres,<br />
Paris e Roma.<br />
De forma a atingir as metas do Acordo<br />
de Paris, tem de haver um trabalho<br />
conjunto dos cidadãos, governos<br />
e empresas, rumo a uma descarbonização.<br />
E tem vindo a ficar claro que<br />
esse caminho se faz lado a lado com o<br />
da eletrificação. Em todos os setores<br />
(incluindo o dos transportes), quanto<br />
maior for o recurso à energia elétrica,<br />
maior será o potencial para recorrer<br />
às energias renováveis e deixar<br />
os combustíveis fósseis de lado. Por<br />
todo o mundo, os países estão a mobilizar-se<br />
no sentido da descarbonização.<br />
Espera-se que, até 2050, haja<br />
uma redução de 80% <strong>das</strong> emissões<br />
de gases com efeito estufa, fomentada<br />
pelo alargamento da produção de<br />
energia a partir de fontes renováveis.<br />
E os veículos a diesel parecem estar<br />
entre os primeiros alvos a abater<br />
nesta luta pelo planeta. Cidades<br />
como Madrid ou Paris já anunciaram<br />
que, até 2025, vão impedir a sua entrada<br />
em centros urbanos e a venda<br />
Quadro I - Vantagens e desvantagens dos Veículos Elétricos<br />
o uso de veículos elétricos começa a ser cada vez mais frequente, no entanto existem vantagens<br />
e desvantagens nestes veículos<br />
Não depende de combustíveis<br />
fósseis para a sua deslocação<br />
Os veículos elétricos são<br />
conhecidos pelo fornecimento de<br />
energia permanente<br />
Os veículos elétricos são<br />
silenciosos, confortáveis e fáceis<br />
de conduzir<br />
Conduzir um VE significa acabar<br />
com os gases de escape e<br />
melhorar a qualidade do ar<br />
Quadro II – A crescente expansão dos veículos elétricos no mundo<br />
Até 2023/2024, os veículos elétricos custarão o mesmo que os veículos de combustão<br />
interna. Esse é o ponto de viragem para o aumento <strong>das</strong> ven<strong>das</strong><br />
Ven<strong>das</strong> anuais projeta<strong>das</strong><br />
500 milhões de veículos<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
0<br />
2015<br />
Vantagens<br />
Ven<strong>das</strong> acumula<strong>das</strong><br />
Desvantagens<br />
Preço 30-40% mais elevado do que<br />
os seus homólogos a combustão<br />
Pode demorar algum tempo a<br />
recarregar as baterias<br />
Pode ser difícil localizar uma<br />
estação de carregamento<br />
As baterias que equipam os VE são<br />
suscetíveis ao desgaste e caras<br />
Os VE serão responsáveis<br />
por 35% de to<strong>das</strong> as ven<strong>das</strong><br />
de veículos novos<br />
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40<br />
Fonte: Bloomberg<br />
20 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PATROCINADORES ><br />
de novos veículos com motores de<br />
combustão ficará mesmo proibida<br />
em <strong>204</strong>0. Londres, por outro lado,<br />
já prevê uma taxa de 10 libras diárias<br />
para quem queira levar veículos que<br />
não sejam (pelo menos) híbridos até<br />
ao centro da cidade.<br />
Um aproveitamento ótimo<br />
<strong>das</strong> renováveis<br />
Uma <strong>das</strong> vantagens menos conheci<strong>das</strong><br />
da aposta em mobilidade elétrica<br />
é o facto de a mesma poder contribuir<br />
para um melhor aproveitamento <strong>das</strong><br />
energias renováveis. Por vezes, a energia<br />
produzida a partir destas fontes,<br />
nomeadamente a proveniente do sol e<br />
do vento, não consegue ser totalmente<br />
aproveitada por não haver consumo<br />
suficiente. Como tal, a rede fica<br />
“saturada” de energia, o que obriga a<br />
limitar a produção — precisamente o<br />
que queremos evitar, pois pretende-se<br />
um aproveitamento ótimo e máximo<br />
de fontes de energia limpa.<br />
A generalização do uso de veículos<br />
elétricos pode ajudar a resolver esta<br />
limitação: seja ao nível local, usando<br />
soluções inteligentes para acelerar o<br />
consumo dos carregadores de veículos<br />
elétricos, em alturas com muito<br />
sol, seja ao nível global do sistema,<br />
uma vez que, muitas vezes, os veículos<br />
elétricos carregam durante a<br />
noite, ou seja, quando há menos consumo<br />
e mais energia eólica, evitando<br />
assim o desperdício de recursos renováveis.<br />
Os hábitos de carregamento<br />
automóvel terão, naturalmente,<br />
impactos e trazem novos desafios na<br />
forma como a rede elétrica está organizada,<br />
já que irão produzir picos de<br />
procura maiores dos que observamos<br />
até aos dias de hoje, nomeadamente<br />
ao final do dia.<br />
Vantagens da<br />
electromobilidade<br />
Os VE estão a mudar a forma como<br />
nos movemos - não só porque são<br />
mais amigos do ambiente. Um VE<br />
custa mais do que um veículo comparável<br />
a gasolina ou diesel - principalmente<br />
devido aos grandes custos<br />
de produção da bateria, embora os<br />
seus preços tenham caído nos últimos<br />
anos. No entanto, a eletricidade<br />
é mais barata do que os combustíveis<br />
fósseis. Além disso, os veículos elétricos<br />
requerem menos manutenção<br />
e menos reparações. Não há necessidade<br />
de mudar o óleo e os filtros, e<br />
não há sistemas de escape, correias<br />
de distribuição ou correias em V.<br />
Um motor de combustão tem cerca<br />
de 2.500 componentes que têm<br />
de ser fabricados e montados - em<br />
comparação com apenas 250 num<br />
motor elétrico. As baterias de iões<br />
de lítio utiliza<strong>das</strong> nos VE têm uma<br />
longa vida útil, apresentam uma alta<br />
densidade de energia e podem ser<br />
recarrega<strong>das</strong> muitas vezes. Perdem<br />
alguma da sua capacidade de recarga<br />
após oito a dez anos, mas não são defeituosas:<br />
Simplesmente armazenam<br />
menos energia. Os VE proporcionam<br />
um desempenho elevado e têm uma<br />
eficiência muito maior do que os<br />
veículos com motor de combustão:<br />
A relação entre a energia que é alimentada<br />
e que pode ser utilizada é<br />
de cerca de 90 por cento para os VE.<br />
Esse valor é de apenas 35% para motores<br />
a gasolina e 45% para motores<br />
a diesel. O resto é perdido como calor.<br />
Outras vantagens: Devido ao facto<br />
de estar imediatamente disponível<br />
um elevado binário, os VE podem<br />
acelerar mais rapidamente a partir<br />
do 0. Também podem obter energia<br />
com a ajuda do inversor, como quando<br />
travam, e alimentá-la de volta à<br />
bateria.<br />
Desafios enfrentados<br />
pela eletromobilidade<br />
Apesar <strong>das</strong> suas muitas vantagens,<br />
existem outros desafios relacionados<br />
com a eletromobilidade para além do<br />
facto de o preço de um VE ainda ser<br />
atualmente elevado. Os VE são muito<br />
silenciosos. Isto significa muito<br />
menos ruído, especialmente nas cidades<br />
e ao longo <strong>das</strong> estra<strong>das</strong> principais.<br />
Os peões e ciclistas terão de se<br />
habituar a isso primeiro. No entanto,<br />
se os carros elétricos estiverem a<br />
circular a baixa velocidade, são tão<br />
silenciosos que podem nem sequer<br />
ser ouvidos. É por isso que os novos<br />
modelos desenvolvidos na UE têm<br />
de ser equipados com um Sistema de<br />
Alerta Acústico de Veículos (AVAS).<br />
Até uma velocidade de 20 km/h, têm<br />
de gerar ruídos semelhantes aos dos<br />
automóveis a gasolina ou diesel. Se<br />
o VE estiver a viajar mais depressa,<br />
o ruído produzido pelos seus pneus<br />
pode ser ouvido de qualquer forma.<br />
Para assegurar que os VE são de<br />
emissão zero no sentido pleno da<br />
palavra, a sua eletricidade deve ser<br />
proveniente de fontes renováveis e<br />
não, por exemplo, de centrais elétricas<br />
alimenta<strong>das</strong> a carvão, enquanto<br />
a produção da bateria deve ser também<br />
neutra em termos de CO2.<br />
Quadro III - venda de veículos elétricos<br />
com crescimento em Portugal<br />
Em Portugal, nos onze meses de 2022, verificou-se um aumento<br />
de 38% nas ven<strong>das</strong> de veículos ligeiros de passageiros novos<br />
elétricos em comparação com o mesmo período do ano anterior,<br />
tendo sido matriculados 15.712 unidades<br />
Novembro<br />
Janeiro - Novembro<br />
2022 2021 %Var 2022 2021 %Var<br />
Lig Passageiros* 5 478 4 898 11,8% 52 321 43 425 20,5%<br />
Eléctrico (BEV) 2 120 1 970 7,6% 15 712 11 386 38,0%<br />
Híbrido Plug-In<br />
(PHEV)<br />
1 437 1 453 -1,1% 14 174 14 361 -1,3%<br />
PHEV/Gasolina 1 361 1 295 5,1% 12 955 12 380 4,6%<br />
PHEV/Gasóleo 76 158 -51,9% 1 219 1 981 -38,5%<br />
Híbrido Eléctrico (HEV) 1 921 1 475 30,2% 22 435 17 678 26,9%<br />
HEV/Gasolina 1 658 1 078 53,8% 18 591 13 912 33,6%<br />
HEV/Gasóleo 263 397 -33,8% 3 844 3 766 2,1%<br />
Lig Mercadorias* 107 76 40,8% 760 272 179,4%<br />
Eléctrico (BEV) 106 76 39,5% 743 256 190,2%<br />
Híbrido Plug-In (PHEV) 0 0 --- 2 7 -71,4%<br />
PHEV/Gasolina 0 0 --- 2 7 -71,4%<br />
Híbrido Eléctrico (HEV) 1 0 --- 15 9 66,7%<br />
HEV/Gasóleo 1 0 --- 15 9 66,7%<br />
Pesados* 3 0 --- 4 4 0,0%<br />
Eléctrico (BEV) 3 0 --- 4 4 0,0%<br />
Total 5 588 4 974 12,3% 53 085 43 701 21,5%<br />
* - BEV+PHEV+HEV<br />
Origem: AT / Fonte: ACAP<br />
O que o futuro nos reserva<br />
Muitos consideram o motor de combustão<br />
como estando a sair de cena,<br />
dado o atual estado de desenvolvimento<br />
dos VE. No entanto, para<br />
conseguir isso, o preço dos carros e<br />
baterias deve baixar, as redes de carregamento<br />
devem crescer e também<br />
tornar-se mais inteligentes, e os VE<br />
devem atingir um nível de eficiência<br />
energética que os prepare para o<br />
mercado. Empresas e investigadores<br />
estão continuamente a trabalhar para<br />
melhorar as baterias. Isto irá aumentar<br />
o alcance e reduzir o tempo de carregamento<br />
- dois incentivos cruciais<br />
para os utilizadores. Além disso, a<br />
rede de estações de carregamento está<br />
a ser constantemente expandida.<br />
MATRÍCULAS DE LIGEIROS E PESADOS BEV, PHEV e HEV<br />
ROM - Representantes Oficiais de Marca<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 21
Atualidade<br />
FÓRUM DPAI/ACAP<br />
PRINCIPAIS DESAFIOS<br />
E TENDÊNCIAS DO IAM<br />
DECORREU NO FINAL DO PASSADO MÊS DE NOVEMBRO O FÓRUM DPAI/ACAP ONDE FORAM APRESENTADOS<br />
OS PRINCIPAIS DESAFIOS E TENDÊNCIAS DO IAM. O EVENTO FOI MARCADO PELO LANÇAMENTO<br />
DA APLICAÇÃO MOTORDATA PÓS-VENDA INDEPENDENTE E PELA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS<br />
PRELIMINARES DE UM ESTUDO ELABORADO PELO ISEG EXECUTIVE EDUCATION<br />
A<br />
abertura do evento ficou a cargo de Joaquim<br />
Candeias, Presidente da DPAI, que<br />
expôs os principais temas em discussão na<br />
União Europeia, com impacto direto na actividade<br />
empresarial. O acesso a dados/funções do veículo,<br />
o Motor Vehicle Block Exemption Regulation<br />
– MVBER, a Cibersegurança e a Sustentabilidade.<br />
O mercado automóvel foi o tema introduzido<br />
por Hélder Pedro, Secretário-Geral da ACAP. Com<br />
cerca de 6.712 milhões de veículos em circulação, o<br />
parque automóvel caracteriza-se por ser constituído<br />
maioritariamente por Ligeiros de Passageiros e<br />
Ligeiros de Mercadorias. A idade média dos veículos<br />
Ligeiros de passageiros era 13,5 anos e dos<br />
de mercadorias, 15,3 anos, em 2021. A média de<br />
idade dos veículos entregues para abate é de 23,5<br />
anos em 2021, contra 16 anos em 2006. Outro dos<br />
pontos abordados pelo Secretário-Geral da ACAP<br />
foi o Fit for 55, tendo destacado que, para se cumprir<br />
o objetivo de redução em 55% nas emissões<br />
até 2030, 60% <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> terão de ser de veículos<br />
eletrificados.<br />
Estudo “O Aftermarket em Portugal:<br />
Presente e Futuro”<br />
O Fórum DPAI/ACAP contou com a apresentação<br />
preliminar de um estudo sobre o pós-venda independente.<br />
Fruto de uma parceria com o ISEG Executive<br />
Education, o estudo intitulado “O Aftermarket<br />
em Portugal: o Presente e o Futuro”, pretende fazer<br />
22 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
uma caracterização do perfil do consumidor do aftermarket,<br />
assim como <strong>das</strong> empresas do sector.<br />
O estudo tem como objetivos a caracterização do canal<br />
independente do aftermarket automóvel em Portugal<br />
e a procura a ele dirigida; perspetivar a evolução<br />
futura da procura dirigida ao canal independente<br />
do aftermarket automóvel, em função <strong>das</strong> inovações<br />
tecnológicas no sector automóvel e <strong>das</strong> alterações nas<br />
preferências dos clientes e avaliar as consequências<br />
do referido anteriormente, nas estratégias futuras do<br />
canal independente do aftermarket automóvel, através<br />
da realização de inquéritos aos consumidores e<br />
às empresas desta atividade. Os dados preliminares<br />
permitem já retirar algumas conclusões, que foram<br />
apresentados a título de exemplo.<br />
O Aftermarket da próxima geração<br />
A sessão contou ainda com o contributo de Pedro<br />
Díaz, que abordou a temática “O Aftermarket da<br />
próxima geração”, e apresentou aquela que será a<br />
mobilidade da próxima geração, designadamente:<br />
Caracterizada pela eliminação gradual de veículos<br />
ligeiros com motor de combustão interna em<br />
mercados-chave até 2035, com a chegada rápida<br />
da mobilidade elétrica; O “Car OS” será já uma<br />
realidade em 2024, e caracterizado por uma arquitetura<br />
de software “DevOps”, com computadores<br />
de alto desempenho; Outra tendência serão os<br />
Sistemas de condução autónoma em 2030, onde a<br />
mobilidade como serviço ganha quota de mercado.<br />
A tendência é que o mercado do Pós-venda seja<br />
cada vez mais conectado, autónomo, partilhado,<br />
elétrico e sustentável, sendo que, toda esta contextualização<br />
afetará este mercado. Vão surgir novos<br />
players, com forte peso no mercado, as oficinas<br />
vão enfrentar novos desafios, com a complexidade<br />
crescente dos veículos. Haverá um maior peso <strong>das</strong><br />
frotas. Para o sucesso da rede pós-venda, existem<br />
alguns campos de ação essenciais, como o foco no<br />
utilizador final e na sociedade, a exploração de novas<br />
parcerias, o investimento no digital, entender<br />
os omnicanais; sustentabilidade; novas tecnologias<br />
e mobilidade autónoma.<br />
Comissões da DPAI/ACAP<br />
apresentaram balanço<br />
As Comissões da DPAI/ACAP apresentaram as<br />
suas ações e atividades desenvolvi<strong>das</strong> ao longo<br />
de 2022. A Comissão Especializada de Serviços<br />
e Mobilidade, representada por António Costa,<br />
apresentou os excelentes resultados da Oficina<br />
Confiança, um Programa criado pela ACAP,<br />
para distinguir as oficinas que melhor respeitam<br />
as boas práticas para o setor, ao implementar<br />
de forma correta a legislação, com destaque<br />
para a do consumidor, fiscal e ambiental.<br />
A Comissão investiu igualmente os seus esforços<br />
na Dinamização Associativa, através do aumento<br />
dos Associados para uma maior representatividade<br />
no sector oficinal, assim como na criação<br />
de uma Ordem de reparação, (minuta em fase de<br />
construção) que sirva como documento de apoio à<br />
atividade <strong>das</strong> oficinas.<br />
A Comissão Especializada de Distribuidores de<br />
Peças, representada por Isabel Basto, apresentou<br />
as atividades de 2022, que se prenderam com a<br />
criação de uma estratégia para o mercado de distribuição<br />
de peças em Portugal, essencial para responder<br />
à alta competitividade do mercado, à sua<br />
fragmentação e à sua rápida mudança. Comissão<br />
Especializada de Distribuidores de Pneus, representada<br />
por José Moura Neto, abordou o contributo<br />
da Comissão para a melhoria do Observatório<br />
do Mercado de Pneus, através da inclusão de novos<br />
indicadores e métricas, da Análise estatística<br />
de dados dos distribuidores de pneus, assim como<br />
o contributo para a concretização do MotorData.<br />
Por fim, Ribeiro da Silva, em representação da<br />
Comissão Especializada de Produtores de Pneus<br />
da ACAP, apresentou as atividades realiza<strong>das</strong> no<br />
MOTORDATA DISPONÍVEL<br />
PARA O PÓS-VENDA<br />
António Cavado, responsável pelo departamento de estatísticas<br />
da ACAP anunciou o lançamento da plataforma Motordata para<br />
o pós-venda. A partir de agora as empresas aftermarket podem<br />
ter acesso a dados estatísticos da atividade do setor, comparar<br />
os resultados com a média do mercado, analisar o desenvolvimento<br />
<strong>das</strong> ven<strong>das</strong>, entre muitas outras funcionalidades. Zorro<br />
Mendes, professor do ISEG, apresentou os objetivos e estrutura<br />
de um trabalho que está a realizar sobre a caracterização<br />
do aftermarket em Portugal. Com este trabalho, o professor<br />
pretende perspetivar a evolução futura da procura dirigida ao<br />
canal independente do pós-venda automóvel, em função <strong>das</strong><br />
inovações tecnológicas no setor automóvel e <strong>das</strong> alterações nas<br />
preferências dos clientes. A informação recolhida para o estudo<br />
é resultado de dois inquéritos realizados às empresas do canal<br />
independente do aftermarket e aos consumidores.<br />
Aplicação pioneira em Portugal, a Motordata pretende ajudar<br />
as empresas a conhecer a sua performance face à média do<br />
sector e a extrair dados estatísticos de indicadores económico-financeiros<br />
do sector do pós-venda, nomeadamente, <strong>das</strong><br />
empresas de peças independentes, distribuidores de pneus,<br />
retalhistas de pneus e reparação independente. A aplicação<br />
tem também disponíveis dados do parque de veículos<br />
automóveis, de motociclos e de tratores agrícolas, detalhado<br />
pelas características técnicas dos veículos e por código postal;<br />
matrículas diárias e mensais de veículos automóveis e de<br />
motociclos, novos e importados usados em Portugal; e ainda<br />
Registos de Propriedade de veículos automóveis, de motociclos<br />
e de tratores agrícolas, detalhados pelas características<br />
técnicas dos veículos e por código postal.<br />
ano de 2022, que incluíram a elaboração de campanhas<br />
informativas para os consumidores e o desenvolvimento<br />
de guias (Guia do Pneu Usado) e do<br />
Manual Técnico dos Pneus. l<br />
A PRODUÇÃO DE INDICADORES ESTATÍSTICOS PARA O PÓS-VENDA TEM SIDO<br />
UMA PRIORIDADE PARA A DPAI E SÃO FUNDAMENTAIS PARA DETERMINAR<br />
OBJETIVOS, PREPARAR DECISÕES E ENQUADRAR A GESTÃO
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
NORAUTO CHEGA A ALVALADE COM UM NOVO CONCEITO<br />
SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS DE MOBILIDADE<br />
Aberta desde o passado dia 6 de dezembro, a<br />
Norauto Soluções Urbanas revela-se um passo<br />
importante para a afirmação da Norauto<br />
como marca potenciadora de soluções sustentáveis<br />
para o automobilista, que visam contribuir positivamente<br />
para o presente e futuro do nosso planeta.<br />
Com uma oferta alargada em produtos e serviços<br />
(manutenção e reparação) de veículos de 2 ro<strong>das</strong>,<br />
torna-se assim a 1ª loja deste género no país e a 2ª do<br />
grupo Mobivia, do qual a Norauto faz parte.<br />
Este novo conceito, que pretende ser uma referência<br />
nas soluções urbanas, coloca à disposição dos clientes<br />
os mais variados serviços Norauto: Click and collect<br />
(compra em loja ou norauto.pt e recolha em loja);<br />
Venda e serviço de instalação ao domicílio de carregadores<br />
elétricos; Seguro de bicicleta e de trotinete<br />
elétricas; Serviço de aluguer de suportes de bicicleta,<br />
malas de tejadilho e reboques. Paralelamente, como<br />
ponto de contacto aos centros auto Norauto, disponibilizará<br />
igualmente os habituais serviços Norauto<br />
(Serviço Financiamento Oney; Oficina Móvel Norauto;<br />
SOS Baterias; Drive IPO e Serviço DriveR - mais<br />
informações em norauto.pt). A Norauto pretende assim<br />
estar ao lado dos automobilistas nesta transição<br />
automobilística, oferecendo-lhes soluções inovadoras<br />
com base nas suas necessidades e do planeta.<br />
A inauguração da 1ª loja Norauto Soluções Urbanas,<br />
contou com a presença de diversos convidados, desde<br />
parceiros, a fornecedores e figuras públicas, que<br />
vieram conhecer este novo conceito Norauto. O Chef<br />
Chakall, embaixador da mobilidade Norauto, DJ<br />
Kamala, Carlos Manuel (ex-jogador do Sport Lisboa<br />
e Benfica), Francisco Garcia, ator e apresentador de<br />
TV, a modelo e apresentadora Vanessa Oliveira, e a<br />
apresentadora e nutricionista Rita Andrade, foram<br />
algumas <strong>das</strong> caras conheci<strong>das</strong> que vieram conhecer<br />
este novo espaço. Também parceiros como a Repsol,<br />
Oney, CEOs de outras empresas e amigo” da marca<br />
Norauto marcaram presença neste evento.<br />
O momento alto da noite foi o discurso do CEO da<br />
Norauto, José Luís Barbajosa, que destacou o facto<br />
de ser a 1ª loja Norauto dentro da cidade em Portugal,<br />
com um modelo inovador que pretende dar<br />
resposta à constante evolução do mundo e consequentemente<br />
<strong>das</strong> necessidades dos clientes. Referiu<br />
ainda que “a nossa missão é tornar acessível soluções<br />
duráveis de mobilidade a cada automobilista”, algo<br />
para o qual acredita que esta loja é um passo muito<br />
importante.<br />
De seguida, o Market Manager Ibérico Javier Viñals<br />
referiu que esta é “mais que uma loja de mobilidade,<br />
é uma loja de soluções!” e que disponibilizará as últimas<br />
novidades no que toca às soluções urbanas. Para<br />
concluir foi a vez do embaixador da mobilidade Norauto<br />
- o Chef Chakall - fazer uma intervenção, optando<br />
por um discurso emocional afirmando “Tenho<br />
4 filhos e o futuro é hoje, o futuro não é amanhã!”,<br />
uma mensagem alinhada com os valores e missão da<br />
Norauto que demonstra a consciência da importância<br />
<strong>das</strong> soluções sustentáveis de mobilidade.<br />
24 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
LANÇA FORMAÇÃO DE BATERIAS ONLINE<br />
GS YuASA Academy | A GS Yuasa Academy, é a primeira plataforma abrangente de<br />
formação em baterias online existente. Com mais de 20 cursos de formação detalhados, cobre<br />
cada passo da “viagem” de uma bateria, desde a saída da prateleira, através de manutenção<br />
contínua, até ao fim da sua vida útil. Foi concebido para ajudar as empresas a revolucionar a<br />
sua oferta de baterias, melhorando o serviço ao cliente, reduzindo as devoluções de garantia<br />
e maximizando o potencial de receitas do negócio de baterias. A GS Yuasa Academy oferece<br />
formação profissional em bateria através da sua combinação de conteúdo de vídeo envolvente<br />
e material de apoio descarregável. Cada utilizador recebe um percurso de aprendizagem<br />
adaptado ao seu papel específico. Cada módulo leva apenas alguns minutos a completar,<br />
pode ser completado ao seu próprio ritmo e resulta num certificado descarregável após a conclusão<br />
com sucesso. Daniel Martinez, Diretor de Formação da GS Yuasa Battery Iberia, afirmou:<br />
“Trabalhámos arduamente para criar a primeira plataforma de treino de baterias abrangente<br />
do mundo, da qual estamos compreensivelmente orgulhosos”.<br />
SOLIDÁRIA COM A ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DE ITACA<br />
Metalcaucho | A Metalcaucho, voltou a colaborar, pelo terceiro ano consecutivo, com a Associação<br />
Educacional de Itaca na campanha solidária de angariação de alimentos, brinquedos e livros. A empresa de<br />
Barcelona, que faz parte do grupo americano BBB Industries, está muito orgulhosa da sua equipa humana,<br />
que nos últimos anos, tem dado o seu contributo solidário, à Associação Educacional Itaca, através de<br />
doações, sejam financeiras, alimentares, brinquedos ou livros. A Associação Educacional Itaca é uma organização<br />
sem fins lucrativos do L’Hospitalet de Llobregat (Barcelona), que desde 1976 se dedica à educação<br />
lúdica de crianças e jovens do bairro, em situação de pobreza infantil ou exclusão social. Em Espanha, a<br />
taxa afeta 28,3% <strong>das</strong> crianças e meninas, ou seja, 2,2 milhões. Assim, mais de um quarto <strong>das</strong> crianças em<br />
Espanha crescem na pobreza; aumentando os elevados riscos de saúde, nutrição e educação. A equipa da<br />
Metalcaucho sempre se demonstrou disponível em colaborar neste tipo de campanhas e atos solidários,<br />
fazendo doações de sangue, participando em campanhas de angariação alimentares, brinquedos e livros,<br />
ou até na campanha dos Médicos sem fronteiras.<br />
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NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
MIDAS<br />
ABRIU EM BRAGA NOVA OFICINA<br />
A<br />
MIDAS<br />
deu mais um passo na direção do plano estratégico de expansão da marca,<br />
e assina o seu segundo contrato de franquia. A rede Mi<strong>das</strong> conta com uma<br />
nova oficina em regime de franquia, na cidade de Braga. A estratégia nacional da<br />
marca alinha-se assim com a estratégia internacional, colocando toda a sua notoriedade,<br />
experiência e avançada metodologia ao acesso de empreendedores, operadores independentes,<br />
gestores e profissionais da área que pretendam associar-se a uma franquia de<br />
sucesso comprovado. Foi no passado dia 24 de novembro de 2022, nas instalações da<br />
sua sede, em Vila Nova de Gaia, que a Mi<strong>das</strong> celebrou a assinatura do segundo contrato<br />
de franquia para a abertura de uma nova oficina da marca em Braga. Jorge Dias, CEO<br />
do Grupo Maintarget S.A., e Carlos Silva, Gerente da Categoria Credível, expressaram<br />
o seu contentamento com a formalização desta parceria, afirmando: “iniciamos a nossa<br />
história no setor automóvel, que posteriormente evoluiu para o mercado <strong>das</strong> telecomunicações<br />
e energia, posicionando-nos hoje como um dos principais players em Portugal.<br />
Abraçar a parceria com a Mi<strong>das</strong> no ano em que celebramos 40 anos, e no distrito que nos<br />
viu nascer, é um grande motivo de orgulho. A partilha dos mesmos valores, know-how da<br />
Mi<strong>das</strong>, prestígio e credibilidade, foram fatores decisivos para efetivar esta parceria”.<br />
APOIA OFICINAS COM NOVA CAMPANHA<br />
Delphi Technologies | A Delphi Technologies, lançou uma campanha para fornecer suporte<br />
direto às oficinas e aos mecânicos. Sob o nome de Masters of Motion, a campanha, é destinada a ajudar<br />
quem está na linha da frente do serviço: os profissionais oficinais. O trabalho em equipa e o apoio mútuo<br />
são valores fundamentais e que devem ser incorporados desde o início, para além de serem a razão pela<br />
qual a equipa da Delphi Technologies, a pensar diretamente nos workshops, tem realizado um intenso<br />
trabalho de investigação. Assim, foram realiza<strong>das</strong> pesquisas em 4.000 oficinas, além de consultas exaustivas<br />
a quatro grupos, para conhecer a experiência real dos mecânicos. Fruto de pesquisas, realiza<strong>das</strong> em<br />
10 países europeus, a Masters of Motion nasce com o compromisso de adotar uma abordagem intercultural<br />
em todos os seus conteúdos e atividades. Os recursos do Masters of Motion são a resposta direta aos<br />
resultados da consulta. Todo o seu conteúdo está disponível online e serve como ‘ponto de encontro’ para<br />
os utilizadores, onde serão adicionados mais vídeos, gráficos e guias.<br />
MAIS DIGITAL DO QUE NUNCA<br />
AUTOPEçAS Cab | A Autopeças Cab quis terminar o ano com a apresentação do novo<br />
website da empresa. É de realçar, que a Autopeças lançou, há pouco tempo, a nova Webshop. O<br />
novo site, disponível aqui, para além de mais moderno, e de possuir uma imagem mais simples,<br />
tem muitas novidades em relação ao anterior, entre elas um chat de comunicação direta com<br />
o call center, para orçamentos e disponibilidades. Com a nova webshop já em pleno funcionamento,<br />
este novo site, permite um acesso mais visível logo no topo e em destaque. “Para o<br />
próximo ano, vamos ter mais novidades a nível de melhorias da Webshop para os nossos clientes,<br />
permitindo aos mesmos terem com a Autopeças Cab mais funcionalidades e outros serviços para<br />
as suas oficinas”, revelou André Cruz, da Autopeças Cab.<br />
rodape_Nelson_Tripa.pdf 1 21/12/2021 17:41<br />
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WEBSHOP MAIS INTUITIVA E COM NOVA IMAGEM<br />
NRF | Para facilitar a vida dos seus utilizadores, a NRF fez alterações à sua loja online, a NRF<br />
Webshop. Esta nova página web, disponibiliza agora uma nova imagem, novos filtros de pesquisa<br />
e uma nova forma de verificar a disponibilidade dos produtos.<br />
A NRF está sempre atenta às necessidades dos seus clientes, como tal, atendendo aos tempos<br />
inseguros que se vivem na internet, atualizou a tecnologia por trás da sua loja online. Apresentase<br />
agora mais rápida e mais segura do que nunca. Ainda assim, a empresa, manteve o sistema de<br />
fotografias 360º para que os utilizadores possam ter uma visão completa e global dos produtos e<br />
melhorou a versão móvel do site.<br />
A diversidade da gama e os novos serviços disponíveis para o cliente têm sido a estratégia<br />
seguida pela NTN-SNR para o pós-venda, o que lhe garante a posição de líder no mercado<br />
automóvel, com base na capacidade de inovação e na experiência em equipamento original<br />
de que dispõem para desenvolver continuamente as suas gamas de produtos: chassis, cadeia<br />
cinemática e transmissão.<br />
A NTN foi distinguida pela TecAlliance como um «Fornecedor de Dados Certificados TecDoc», uma<br />
certificação que garante qualidade e confiança adicional aos clientes<br />
TORNA-SE ACIONISTA DE EMPRESA<br />
DE TRANSMISSÃO<br />
bilstein group | O bilstein group fez mais um investimento após a aquisição da<br />
empresa de turbocompressores Motair em 2021. O especialista em peças automóvel tornou-se<br />
recentemente acionista da Revolute, uma jovem empresa de Kassel, na Alemanha, que<br />
desenvolve caixas de velocidades especiais para a mobilidade elétrica. A Revolute é uma<br />
empresa promissora, que oferece grande potencial de crescimento, motivo pelo qual o bilstein<br />
group decidiu investir. Ao mesmo tempo é fornecedor de componentes relevantes, incluindo a<br />
unidade completa da caixa de velocidades. A caixa de velocidades Revolute, para bicicletas, está<br />
atualmente disponível para ser instalada (em pré-encomenda) e está planeado ser fabricada em<br />
grandes quantidades, a médio prazo, em cooperação com os principais fabricantes internacionais<br />
de bicicletas. As bicicletas elétricas, no entanto, são apenas o primeiro passo para a Revolute<br />
e para os seus 14 colaboradores. No futuro, a empresa quer desenvolver transmissões para<br />
veículos elétricos menores de até 50 KW, como veículos municipais ou de entrega.<br />
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entrevista<br />
PATXI GORROTXATEJI, DIRETOR EXECUTIVO TALOSA<br />
O DESENVOLVIMENTO<br />
E FABRICO PRÓPRIO DÃO-NOS<br />
UMA ROBUSTEZ ENORME<br />
A TALOSA, FABRICANTE ESPANHOL DE COMPONENTES DE SUSPENSÃO E DIREÇÃO COM<br />
MAIS DE 65 ANOS NO SETOR DO AFTERMARKET, ESTÁ EM CURVA ASCENDENTE, GRAÇAS AOS<br />
INVESTIMENTOS REALIZADOS NOS ÚLTIMOS ANOS E A UM MODELO DE NEGÓCIO QUE A COLOCA<br />
COMO LÍDER MUNDIAL NA SUA ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO<br />
Visitámos o centro logístico da Talosa, em<br />
Pamplona, para falar com Patxi Gorrotxateji,<br />
diretor executivo, que nos descortinou<br />
alguns dos segredos do sucesso da marca. Os mais<br />
de 40 anos que tem de experiência na automoção,<br />
dos quais 36 de aftermarket independente na área<br />
da direção e suspensão, fazem de Gorrotxateji um<br />
verdadeiro conhecedor do setor, com ideias bem<br />
defini<strong>das</strong> sobre o que pretende para o futuro da<br />
Talosa. Até agora, as apostas que tem feito têm-se<br />
mostrado vencedoras e colocam a Talosa em franca<br />
ascensão no mercado, mesmo num panorama global<br />
de maior dificuldade.<br />
“Dentro do setor de aftermarket independente, somos<br />
o maior fabricante mundial de peças de direção<br />
e suspensão de reposição. À parte disto, investiu-se<br />
no setor da borracha-metal, na qual já temos<br />
a nossa própria fábrica, onde desenvolvemos todos<br />
os sinoblocos dos nossos braços de suspensão, os<br />
cubos de roda, e estamos a produzir suportes de<br />
motor, amortecimento e suspensão”, explica. Com<br />
o objetivo de aumentar o seu portfólio, a Talosa<br />
decidiu alargar horizontes para novas áreas de<br />
produto, mais comerciais, como os rolamentos, as<br />
juntas de articulação, as transmissões e as juntas<br />
homocinéticas..<br />
Independência garantida<br />
Um dos maiores e mais importantes investimentos<br />
da empresa navarra foi na sua própria maturidade<br />
e independência no processo produtivo. A posição<br />
que conquistou está hoje plenamente consolidada,<br />
dispondo dos meios tecnológicos mais avançados<br />
da indústria, podendo iniciar e finalizar toda<br />
a produção sem depender de ninguém. “Um dos<br />
investimentos mais importantes que fizemos foi<br />
na fábrica de forja de alumínio, graças à qual já<br />
não dependemos de ninguém. Tanto a forja de ferro,<br />
como a de alumínio ou a de chapas, que são a<br />
maioria dos produtos que vendemos, já são, desde<br />
o início, de fabrico próprio, com todos os processos<br />
integrados na nossa casa: desenho, moldes,<br />
etc.”, enfatiza. Quer isto dizer que “desde que compramos<br />
a peça original, até que metemos a nossa<br />
própria peça numa caixa, é tudo feito nas nossas<br />
fábricas”, conta.<br />
Por ano, são desenvolvi<strong>das</strong> 1.200 referências novas,<br />
<strong>das</strong> quais 800 de direção e suspensão e cerca<br />
de 400 de borracha-metal, o que para Patxi Gorrotxateji<br />
é “um dos nossos pontos mais fortes. O<br />
desenvolvimento e fabrico próprios dão-nos uma<br />
robustez enorme, além de termos a gama mais ampla<br />
do mercado europeu, referindo-me não só aos<br />
carros europeus, mas também aos asiáticos, com<br />
uma cobertura superior a 95% do parque total<br />
existente na Europa”. A gama asiátia tem vindo a<br />
crescer em importância no catálogo da Talosa, com<br />
o fabricante a assumir que “assim que um veículo<br />
asiático entra na Europa, desenvolvemos o componente.<br />
Hoje, em 15 mil referências que temos em<br />
stock, cerca de 6 mil são de veículos asiáticos, é<br />
uma percentagem altíssima”, assinala.<br />
Além disso, a empresa consegue dar resposta a veículos<br />
a partir de 1980, mantendo algumas peças<br />
em catálogo por ser exportador e estar em mercados<br />
“onde ainda há veículos com mais de 30 anos,<br />
pelo que mantemos a produção”. Por mês, o grupo<br />
fabrica mais de 3 milhões de peças, totalizando<br />
entre 36 e 37 milhões de peças produzi<strong>das</strong> anualmente.<br />
DO aftermarket<br />
para o primeiro equipamento<br />
Na Talosa, as exigências de qualidade equiparam-se<br />
às <strong>das</strong> peças de equipamento original e o<br />
controlo é apertado. Tal como as restantes empresas<br />
do grupo Teknorot, a Talosa conta com to<strong>das</strong><br />
as certificações (ISO 9001, ISO/TS 16949 e ISO<br />
14001 ambiental). Na fábrica da Índia, já forne-<br />
28 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Veja o vídeo<br />
UM DOS MAIORES E MAIS<br />
IMPORTANTES INVESTIMENTOS<br />
DA EMPRESA NAVARRA FOI NA<br />
SUA PRÓPRIA MATURIDADE<br />
E INDEPENDÊNCIA NO<br />
PROCESSO PRODUTIVO
PATXI<br />
GORROTXATEJI<br />
O CENTRO LOGÍSTICO DA TaloSA EM PAMPLONA REÚNE UM GRANDE STOCK<br />
DE PEÇAS, PERMITINDO UM SERVIÇO COM UMA TAXA DE ForneciMENTO<br />
MUITO PRÓXIMA DOS 93/94%<br />
cem braços de suspensão para primeiro<br />
equipamento e Gorrotxateji<br />
explica que “isso aconteceu graças à<br />
evolução que tivemos na empresa, a<br />
sustentabilidade, o processo, a qualidade...<br />
tudo integrado. Sem isso, é<br />
impossível alcançar as certificações<br />
necessárias”.<br />
Numa altura em que a sustentabilidade<br />
e o caminho rumo à transição<br />
energética estão na ordem do dia,<br />
o diretor executivo da Talosa reconhece<br />
que “estamos todos no mesmo<br />
barco” e constata que “não há<br />
nenhuma fábrica de topo que não<br />
esteja a seguir um caminho verde, na<br />
atualidade”. Face à incerteza do que o<br />
futuro trará, nomeadamente no que<br />
aos veículos elétricos diz respeito, o<br />
nosso entrevistado adianta que já estão<br />
a ser fabrica<strong>das</strong> mais de 100 referências<br />
para estes modelos, estando<br />
prevista a apresentação de um novo<br />
catálogo, para que dentro dos próximos<br />
meses estejam mais de 300<br />
referências disponíveis neste âmbito.<br />
Gorrotxateji chama a atenção para o<br />
facto de os motores mudarem, e “o<br />
chassis vai ter de evoluir para suportar<br />
o aumento de peso <strong>das</strong> baterias<br />
que poderão influenciar a direção e a<br />
suspensão”, confirma.<br />
Esta é uma área, assegura, em que<br />
estão a “entrar fortemente, porque<br />
só temos, para já, para carros ligeiros,<br />
mas teremos também os 4x4<br />
elétricos e asiáticos. Já temos peças<br />
para o Tesla no armazém. É uma <strong>das</strong><br />
nossas grandes forças, sermos líderes<br />
no desenvolvimento do produto e da<br />
gama”, reforça.<br />
Serviço de excelência<br />
Outro dos pontos fortes da Talosa<br />
é o serviço que presta, que mereceu<br />
especial destaque na nossa conversa<br />
com Patxi Gorrotxateji. A sede da<br />
Talosa, em Pamplona, no norte de<br />
Espanha, funciona atualmente como<br />
o centro logístico e de distribuição<br />
para toda a Europa e é onde reúnem<br />
o grande stock de peças, permitindo<br />
um serviço com uma taxa de fornecimento<br />
muito próxima dos 93/94%<br />
na primeira entrega, o que muito orgulha<br />
o diretor, que nem durante o<br />
período mais crítico da pandemia viu<br />
os números descerem: “Em 2020,<br />
2021 e 2022, cumprimos 97% de<br />
taxa de fornecimento. E agora continuamos<br />
igual, pois dispomos sempre<br />
de material, fornecemos bem e como<br />
somos fabricantes, o material está<br />
sempre à nossa disposição” afirma.<br />
PORTUGAL: UMA DISTRIBUIÇÃO QUE “NÃO É EXCLUSIVA, MAS É SELETIVA”<br />
Presente em Portugal há vários anos, a Talosa<br />
tem registado, sobretudo nos últimos dois<br />
anos, graças ao trabalho dos seus parceiros, um<br />
“crescimento que apesar de não ser exatamente<br />
o que pretendemos, consideramos importante”,<br />
diz Patxi Gorrotxateji. Não tendo muitos<br />
distribuidores no nosso país, o responsável é<br />
perentório ao afirmar que “os que temos estão<br />
muito bem posicionados” e destaca o bom<br />
trabalho realizado.<br />
Ao longo dos 35 anos em que já trabalha com o<br />
mercado português, Patxi viu mudar muita coisa<br />
em Portugal, como o parque automóvel, que<br />
anteriormente “tinha mais tendências inglesas”,<br />
ou o modelo de distribuição, “que no passado<br />
tinha muitos grossistas e retalhistas”. Sem abrir o<br />
jogo sobre qual será o futuro do mercado, porque<br />
“só o tempo o dirá”, o diretor da Talosa garante<br />
apenas que “vamos tentar adaptar-nos a esta<br />
mudança, sempre com o modelo que temos de<br />
distribuição”. Uma distribuição que, esclarece,<br />
“não é exclusiva, mas é seletiva”, querendo<br />
isto significar que é possível que no futuro<br />
venham a ter mais distribuidores. As condições,<br />
refere, são transparentes: “logicamente, tem<br />
de cumprir os requisitos da Talosa, procuramos<br />
empresas maiores. Um bom distribuidor nosso<br />
tem de ter mais de 1.200 referências de direção<br />
e suspensão nos seus armazéns, pois só assim<br />
consegue oferecer um bom serviço. Também não<br />
somos exclusivos, mas para quem quer ser nosso<br />
distribuidor, temos expetativas em termos de<br />
números”, aponta.<br />
Para já, a ideia é “crescer com os clientes que<br />
temos”, sublinhando que estão sempre disponíveis,<br />
“para apoiar a 100% tudo o que os nossos<br />
distribuidores precisem. Creio que nos próximos<br />
2/3 anos devemos ter um crescimento já com<br />
algum peso em Portugal”, conclui.<br />
30 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Contrariamente à retração de muitas<br />
empresas durante os confinamentos,<br />
a direção da Talosa optou<br />
por arriscar, aumentando o stock e a<br />
disponibilidade de peças, garantindo<br />
sempre os níveis de serviço. Uma<br />
aposta que se revelou crucial, pois na<br />
opinião do responsável, “quem tinha<br />
a peça tinha o negócio. E isso fez-nos<br />
crescer, foi muito importante!”. Esta<br />
transformação operada em Pamplona<br />
– um espaço de 12 mil metros<br />
quadrados – reflete também a realidade<br />
da Talosa, que passou a dispor<br />
do maior stock de componentes de<br />
direção, suspensão e borracha metal<br />
para o aftermarket independente e<br />
Gorrotxateji assume que “estamos a<br />
crescer bem no portefólio, nas novas<br />
linhas, na borracha-metal, nos rolamentos<br />
e nas transmissões... estão a<br />
ajudar-nos muito. No fundo, é uma<br />
percentagem da nossa faturação que<br />
há cinco anos não tínhamos!”.<br />
Um projeto bonito para 2023<br />
Depois de três anos felizes em termos<br />
financeiros para a Talosa, e apesar<br />
do contexto nacional e internacional<br />
de inflação, espera-se que 2023<br />
seja mais um período frutífero. “Em<br />
2022 consolidámos a nossa posição<br />
de liderança, cumprimos o orçamento,<br />
superámos os números de 2021, e<br />
temos um projeto muito bonito para<br />
2023, onde esperamos voltar a crescer<br />
e a inovar em termos de produtos<br />
e oferta de serviços”, diz.<br />
Face aos aumentos verificados e que<br />
se perspetivam continuar este ano,<br />
Patxi Gorrotxateji refere que só há<br />
uma forma de resolver esse problema:<br />
“com crescimento e volume.<br />
Tem de ser com mais ven<strong>das</strong>, mas<br />
com margens mais pequenas, porque<br />
este ano 2023 vai haver mais subi<strong>das</strong><br />
de preços.<br />
A fatura da energia <strong>das</strong> fábricas vai-<br />
-se refletir nos preços e nos salários<br />
dos trabalhadores”, afirma. Questionado<br />
sobre quais as mais-valias para<br />
distribuidores e oficinas de contarem<br />
com produtos Talosa, o diretor executivo<br />
responde “a gama, a qualidade,<br />
o serviço e a garantia do produto,<br />
que é de três anos, equiparada ao<br />
nível <strong>das</strong> peças originais. Em termos<br />
de preços, também, estamos na primeira<br />
linha competitiva. Não somos<br />
nem o mais barato, nem o mais caro.<br />
Estamos numa linha de gama e serviço<br />
com preço competitivo. Muito<br />
de acordo com o que estamos a fazer”,<br />
remata. l<br />
A GAMA DE DIREÇÃO E SUSPENSÃO PARA O AFTERMARKET<br />
É A MAIS COMPLETA E A taLOSA ESTÁ A CRESCER NAS NOVAS<br />
LINHAS BORRACHA-metaL, ROLAMENTOS E TRANSMISSÕES<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 31
entrevista<br />
ENRIQUE JUNQUERA, DIRETOR GERAL DA ANDEL<br />
O MODELO DE NEGÓCIO<br />
DA ANDEL ENCAIXA NO<br />
MERCADO PORTUGUÊS<br />
UM DOS MAIORES GRUPOS ESPANHÓIS DA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL ESTÁ A CHEGAR A<br />
PORTUGAL. A IDEIA DA ANDEL AUTOMOCIÓN É ARRANCAR EM FORÇA NO INÍCIO DE 2023, TENDO JÁ EM<br />
ATIVIDADE UM ARMAZÉM NO PORTO, E QUE É PRECISAMENTE O PONTO DE PARTIDA PARA ESTA IMPORTANTE<br />
EXPANSÃO ALÉM-FRONTEIRAS<br />
A<br />
Andel é um grupo espanhol de distribuição<br />
de peças auto criado em 2007 em Sevilha,<br />
na Andaluzia. Com instalações também em<br />
Madrid, Málaga e Barcelona, demonstrou, desde<br />
a fundação, um crescimento sólido. Uma evolução<br />
desde sempre reconhecida nos congressos anuais,<br />
e no facto de ter apresentado ao mercado um conceito<br />
inovador, convertendo-se num exemplo de<br />
sucesso na distribuição de peças em Espanha.A<br />
sociedade foi criada com a participação <strong>das</strong> lojas<br />
associa<strong>das</strong>, cerca de 125, com 149 pontos de venda,<br />
acabando por cobrir as zonas da Andaluzia,<br />
Madrid, Castilla La Mancha, Castilla Leon, Extremadura,<br />
Múrcia, Catalunha, Baleares e Canárias,<br />
sempre com o esforço de todos e com o objetivo de<br />
garantir a viabilidade <strong>das</strong> próprias lojas, o desenvolvimento<br />
e o crescimento de todos os envolvidos.<br />
Como missão, a empresa declara abertamente o<br />
forte compromisso com os clientes, com o objetivo<br />
de cumprir os objetivos com a qualidade e o prazo<br />
acordado. Outro dos pilares que define a Andel,<br />
para além do seu modelo de negócio, é a inovação,<br />
com o êxito a refletir-se em cada congresso que organiza,<br />
evento que já conquistou, por mérito próprio,<br />
um lugar importante na agenda do pós-venda,<br />
com oradores de alto nível.<br />
Ampla cobertura<br />
Como um dos objetivos da Andel para 2023 é desbravar<br />
o mercado português, dando, pela primeira<br />
vez, um salto para fora do país de origem, o <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> esteve à conversa com Enrique Junquera,<br />
diretor-geral da empresa, que nos explicou<br />
a forma como vão tentar ganhar espaço num setor<br />
com vários players e muitos deles bem integrados.<br />
Com um modelo de negócio que define como<br />
“transparente, assegurando o rastreio dos diferentes<br />
canais da distribuição, as nossas lojas associa<strong>das</strong><br />
conhecem e participam no desenvolvimento da<br />
empresa”, esclarece, adiantando que a atual oferta<br />
da Andel para o mercado, “é variada, trabalhamos<br />
diversas marcas premium em diferentes linhas de<br />
produto e ainda a marca Andel, que atualmente<br />
em Espanha é reconhecida e valorizada porque se<br />
sabe quem são os fornecedores que embalam estas<br />
peças, as quais permitem às lojas focarem-se nelas<br />
pela ampla cobertura que oferecem. Também<br />
comercializamos equipamentos de oficina, dispomos<br />
de técnicos que fazem assessoria, reforçam e<br />
acompanham as lojas associa<strong>das</strong> que vendem estes<br />
equipamentos”, conta.<br />
AS NOVAS INSTALAÇÕES DA ANDEL NO PORTO VÃO PERMITIR<br />
A EMPRESA EXPANDIR OS SEUS NEGÓCIOS, NÃO SÓ NO CAMPO<br />
DA DISTRIBUIÇÃO, MAS TAMBÉM NO DAS OFICINAS<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 33
ENRIQUE<br />
JUNQUERA<br />
UM DOS PILARES QUE DEFINE A ANDEL, PARA ALÉM<br />
DO SEU MODELO DE NEGÓCIO, É A INOVAção, COM O ÊXITO<br />
A REFLETIR-SE EM CADA CONGRESSO QUE ORGANIZA<br />
Atualmente, têm uma taxa de fornecimento<br />
de 94% e a grande preocupação<br />
passa por trabalhar para alcançar<br />
um ratio cada vez mais próximo dos<br />
100%: “Contamos com mais de 79 mil<br />
referências em stock na soma dos quatro<br />
armazéns em Espanha, mas envidaremos<br />
todos os esforços para cobrir<br />
qualquer necessidade <strong>das</strong> nossas oficinas<br />
e para que os nossos associados<br />
possam oferecer sempre o melhor dos<br />
serviços”, refere Enrique Junquera.<br />
Em 2020, que ficará para sempre<br />
marcado com o ano em que «rebentou»<br />
a pandemia, foi tempo de introspeção.<br />
A Andel fez uma autoanálise,<br />
bem como a tudo o que a rodeava,<br />
podendo “ver as nossas próprias debilidades,<br />
assim como comprovar onde<br />
nos pode levar a fragilidade num determinado<br />
momento”, lembra o diretor-geral.<br />
Por isso, o grande objetivo<br />
do grupo é potenciar aquilo que são<br />
as suas forças, até porque “as guerras<br />
de preços não levam a lado nenhum e<br />
crescer à custa de qualquer coisa também<br />
não, pelo que a rentabilidade da<br />
empresa deve ser vigiada”, alerta, salientando<br />
a importância de “apostar<br />
em fornecedores fortes, que permitam<br />
à oficina enfrentar o futuro com<br />
as melhores garantias”.<br />
A chegada a Portugal<br />
O interesse no nosso país já vem de<br />
longe. Em 2012, a Andel chegou<br />
a constituir uma sociedade com a<br />
Create Business para desenvolver novos<br />
negócios nos dois países, no entanto,<br />
a aventura terminou de forma<br />
abrupta. Mas, afinal quais são os motivos<br />
dos investimentos e da entrada<br />
em Portugal? Junquera tem a resposta<br />
na ponta da língua: “são dois<br />
os motivos que tornaram possível o<br />
arranque no Porto. Agora temos a<br />
pessoa certa para desenvolver o projeto,<br />
o Carlos Rosado, e existem lojas<br />
dispostas a participar neste projeto.<br />
São estas as principais razões. Não<br />
temos pressa, vamos respeitar a distribuição,<br />
até porque queremos criar<br />
uma rede de lojas de forma seletiva,<br />
que convivam, que operem no mercado<br />
com sentido de grupo e com as<br />
quais possamos cumprir as necessidades<br />
de to<strong>das</strong>, as antigas e as novas”,<br />
esclarece. Culmina assim um processo<br />
que teve início em 2021. Durante<br />
este período, a Andel realizou as<br />
pertinentes negociações com fornecedores<br />
de componentes e serviços<br />
logísticos, mas também procurou o<br />
pessoal adequado para que a Andel<br />
Portugal seja gerida por profissionais<br />
portugueses.<br />
Questionado sobre a estratégia da<br />
Andel para Portugal e sobre as diferenças<br />
do mercado da distribuição de<br />
peças nos dois países, o responsável<br />
garante que o modelo de negócio da<br />
Andel “encaixa melhor no mercado<br />
português, pois a estrutura da distribuição<br />
em Portugal é mais clara,<br />
até porque a Andel não vende nem a<br />
oficinas nem a particulares, apenas a<br />
lojas associa<strong>das</strong> e de forma ordenada”,<br />
afirma.<br />
E como vão começar pelo Porto, o negócio<br />
em Portugal vai funcionar um<br />
pouco como em Espanha, sendo o<br />
armazém uma cópia <strong>das</strong> estruturas de<br />
armazenamento que possuem no país<br />
vizinho. “Focamo-nos no Serviço e na<br />
Disponibilidade, investimos bastante<br />
em processos informáticos que nos<br />
permitem otimizar os nossos armazéns<br />
através de uma intranet conectada<br />
às lojas associa<strong>das</strong>. Quanto ao armazém<br />
do Porto, tem 2.400 m2 com<br />
8 metros de altura, pelo que possui, a<br />
médio prazo, uma ampla capacidade<br />
de armazenamento”, estando previsto<br />
que a infraestrutura cubra, para já, a<br />
zona norte de Portugal.<br />
Revelador da importância e da aposta<br />
no mercado português, está o facto<br />
de o próximo Congresso de Lojas Andel,<br />
um dos eventos mais importantes<br />
da empresa, acontecer exatamente<br />
no Porto a 2 e 3 de março de 2023.<br />
“O congresso da Andel é celebrado a<br />
cada dois anos e, sendo o Porto uma<br />
cidade maravilhosa, acabamos por<br />
fazer coincidir com a abertura recente<br />
do armazém, por isso o Porto revelou-se<br />
a melhor opção. No último<br />
congresso, em 2019, celebrado em<br />
Madrid, tivemos a assistência de 260<br />
profissionais, entre lojas associa<strong>das</strong>,<br />
fornecedores e imprensa”, recorda.<br />
Implementação da rede<br />
A entrada em Portugal – para além<br />
do armazém e do congresso – será<br />
complementada com o desenvolvimento<br />
de uma rede de oficinas que<br />
começará a ser implementada no início<br />
de 2023. “Atualmente contamos<br />
com uma rede de 256 oficinas em<br />
Espanha e todo o nosso esforço centra-se<br />
na informação e na formação,<br />
as oficinas têm de dispor da informação<br />
necessária para reparar qualquer<br />
veículo com segurança e no tempo<br />
adequado. A rede em Portugal será<br />
gerida por Juan José Salazar, que<br />
entrou na nossa empresa em meados<br />
de 2022 como responsável da rede<br />
de oficinas da Península Ibérica. É a<br />
pessoa certa para liderar este projeto<br />
tão ambicioso, até porque já trabalhou<br />
anteriormente na Infopro Digital<br />
como responsável nacional pelas<br />
grandes contas dentro da divisão de<br />
automoção do grupo ETAI Ibérica e<br />
também já havia desempenhado diferentes<br />
posições, sempre no âmbito<br />
comercial e em empresas de outros<br />
setores”, refere Junquera.<br />
Uma rede maior, implica também<br />
um crescimento interno, pelo que<br />
está previsto, em paralelo, um alargamento<br />
da estrutura de recursos<br />
humanos. Se até agora eram os próprios<br />
responsáveis de ven<strong>das</strong> que se<br />
encarregavam de dar cobertura às<br />
oficinas da sua zona, pois como Enrique<br />
Junquera explica, “a nossa rede<br />
34 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
de oficinas sempre teve uma gestão<br />
partilhada. Existia um responsável<br />
na Andaluzia e outro em Madrid que<br />
tomava conta tanto <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> como<br />
da rede”, agora chegou o momento<br />
de “crescer na estrutura externa, logo<br />
também precisamos de aumentar a<br />
estrutura interna para conseguir tomar<br />
conta de todos os projetos”.<br />
A «umbrella» internacional<br />
A Andel é, atualmente, membro da<br />
Nexus através do IDAP, que Junquera<br />
acredita ser fundamental para o de-<br />
isso todos acabamos por repercutir o<br />
aumento dos preços e, afinal, quem<br />
mais sofre será o consumidor final,<br />
mas isto não acontece apenas no<br />
nosso setor. Preocupa-me que a sociedade<br />
empobreça e que os salários<br />
não aumentem em consonância, por<br />
isso em cada casa, em cada família,<br />
é preciso tomar decisões e uma delas<br />
será realizar ou não a manutenção do<br />
carro ou até mesmo repará-lo. Quanto<br />
à falta de peças e de fornecimento,<br />
reforçamos os stocks de todos os<br />
armazéns em meados de 2020 e em<br />
veículo vão fazer com que nos reposicionemos,<br />
mas não tenho dúvi<strong>das</strong> de<br />
que o setor se vai adaptar, já o fazemos<br />
há tantos anos”.<br />
Todos os mercados têm potencial<br />
de crescimento, mas “Portugal está<br />
igual a Espanha, imerso numa desaceleração<br />
na renovação do parque<br />
automóvel, que a longo prazo não é<br />
boa para ninguém, a incerteza tomou<br />
conta de quem conduz, por isso<br />
esperamos que esta indecisão se torne<br />
clara o mais rápido possível. O setor<br />
sempre respondeu bem, por isso<br />
continua a ser um importante motor<br />
da economia. Em Portugal, a Andel<br />
vai respeitar a distribuição, “por isso<br />
convido as lojas a conhecerem-nos e<br />
a saber quem somos e o que podemos<br />
fazer por elas, mas queremos atuar<br />
com transparência no mercado e ir<br />
ao encontro de to<strong>das</strong> as suas expetativas.<br />
Aproveito a oportunidade para<br />
anunciar que vamos marcar presença,<br />
já em abril de 2023, na Expomecânica,<br />
onde estaremos com muita fé<br />
e acredito que conseguiremos vingar<br />
em Portugal”, remata. l<br />
REVELADOR DA IMPORTÂNCIA E DA APOSTA NO MERCADO PORTUGUÊS,<br />
está O FActo DE O PRÓXIMO CONGRESSO DA ANDEL Acontecer NO HOTEL<br />
HILTON PORTO A 2 E 3 DE MARÇO DE 2023<br />
senvolvimento do grupo. “Nos tempos<br />
que correm, é importante estar sob a<br />
alçada de uma estrutura internacional,<br />
a informação que nos transmitem<br />
é vital, e a Nexus cresceu muito nos<br />
últimos anos, por isso traz-nos a tranquilidade<br />
e a consciência de estarmos<br />
com o parceiro certo para assegurar o<br />
futuro”. Sobre se a inflação desmesurada<br />
que assistimos atualmente e se a<br />
falta de material de alguns fabricantes<br />
está a ter impacto na atividade do<br />
grupo, o diretor-geral da Andel menciona<br />
que “demorámos algum tempo<br />
a sofrer uma inflação como esta, por<br />
novembro voltámos a reforçá-los em<br />
32%, de forma a poder minimizar os<br />
problemas de fornecimento dos fabricantes<br />
em Sevilha, Málaga, Madrid e<br />
Barcelona”, garante.<br />
Várias frentes em aberto<br />
Em relação ao futuro, e tendo em<br />
conta o que nos contou, o diretor-<br />
-geral da Andel considera que a distribuição<br />
de peças para automóveis<br />
vai sofrer alterações, “mas existem<br />
diferentes frentes em aberto,” garante:<br />
“as novas tecnologias nos motores<br />
modernos ou o acesso aos dados do<br />
FOCO NA ÉTICA<br />
É a base da visão da empresa e tem<br />
potenciado o crescimento do negócio de<br />
logística e distribuição da Andel. A estratégia<br />
corporativa prima pelo “respeito pela legislação,<br />
integridade ética e transparência nas nossas<br />
relações com o mercado”, com a empresa a<br />
ambicionar posicionar-se “como uma empresa<br />
de referência na nossa área geográfica de<br />
ação; baseada numa cultura corporativa em<br />
que prevaleça uma gestão dinâmica, orientada<br />
para o atendimento e as necessidades dos<br />
clientes, e assente na vantagem competitiva<br />
proporcionada pela formação, experiência e<br />
dedicação da sua equipa, na excelência técnica<br />
nos processos e cumprimento dos prazos, tudo<br />
num ambiente e condições de desenvolvimento<br />
sustentável em termos económicos, social e<br />
ambiental”, afirma Enrique Junquera.
empresas
GRUP EINA APRESENTA NOVA SEDE<br />
ALIADO TECNOLÓGICO<br />
DAS OFICINAS<br />
A AD PARTS APRESENTOU A NOVA SEDE DO GRUP EINA EM FIGUERAS, GIRONA. FOI A PRIMEIRA VEZ<br />
QUE O GRUPO ABRIU AS PORTAS DESTE CENTRO TÉCNICO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO,<br />
PARA MOSTRAR TODOS OS SERVIÇOS DE APOIO QUE DISPONIBILIZA ÀS OFICINAS<br />
O<br />
Grup Eina foi criado em 2004 e atualmente<br />
é uma empresa de formação de referência,<br />
propriedade da AD Parts. O novo centro<br />
emprega 105 pessoas nos seus 2.200 metros quadrados<br />
de área. No total o grupo conta com cerca<br />
de 150 trabalhadores, divididos por 4 instalações<br />
em Lisboa, Drogenbos (Bélgica), Barcelona e Figueres<br />
(Espanha).<br />
“O aliado tecnológico da oficina”: é assim que AD<br />
Parts define o Grup Eina para os diferentes serviços<br />
que presta, entre eles, o aconselhamento técnico<br />
por telefone ou através da sua plataforma online,<br />
de técnico a técnico, a que chama AD SERVICE.<br />
To<strong>das</strong> as questões resolvi<strong>das</strong> são a fonte da base de<br />
dados que o Grup Eina compila. Sempre que uma<br />
consulta com a mesma solução é apresentada por<br />
três vezes, é produzido um boletim técnico, a que a<br />
oficina pode aceder sempre que necessitar através<br />
de AD AVERÍAS. Este sistema, permite ter neste<br />
momento, cerca de 1,5 milhões de boletins técnicos<br />
atualizados.<br />
Estão também disponíveis para as oficinas serviços<br />
de formação em sala de eletromecânica, carroçaria,<br />
gestão e ven<strong>das</strong> através da AD TRAINING,<br />
que consiste na reparação de avarias simula<strong>das</strong><br />
num carro ou camião de formação. Além disso,<br />
o Grup Eina oferece também formação online<br />
através de uma plataforma moodle de e-learning,<br />
tendo neste momento cerca de 45 formações online<br />
com conteúdos gerais e específicos, designada<br />
CAMPUS EINA. São formações de alta qualidade<br />
com diverso conteúdo e desenvolvi<strong>das</strong> por e para<br />
o reparador oficinal. Para aumentar a visibilidade<br />
digital <strong>das</strong> oficinas, existem várias ferramentas,<br />
designadamente a AD DIGITAL, que permite às<br />
oficinas criarem o seu website, e a AD TV, que funciona<br />
como um canal de televisão que transmite<br />
pequenas palestras de 20 a 30 minutos em que são<br />
abordados em profundidade diversos temas.<br />
Finalmente, o Grup Eina apresentou também o<br />
EINA TECH, a sua equipa especializada em reparação,<br />
clonagem e aluguer de unidades de comando<br />
(centralinas). Com a criação deste departamento,<br />
é agora possível fazer diagnósticos completos<br />
em mecânica, eletricidade e eletrónica e oferecer<br />
aos clientes, serviços de reparação, clonagem ou<br />
aluguer <strong>das</strong> mais diversas unidades de comando,<br />
bem como a reparação hidráulica de um ABS, reconstrução<br />
de um SBC Mercedes ou clonagem de<br />
uma unidade de motor.<br />
Todos estes serviços têm como objetivo dar suporte<br />
ao setor da reparação, tendo como base a formação<br />
técnica, que pode ser presencial e/ou online.<br />
Formações cerTIFICADAS<br />
To<strong>das</strong> as formações são certifica<strong>das</strong>, sendo desenvolvi<strong>das</strong><br />
e leciona<strong>das</strong> por técnicos altamente<br />
qualificados e com elevada experiência em oficina,<br />
transmitindo conhecimento técnico e prático aos<br />
alunos. O Grup Eina dispõe de instalações por<br />
todo o território nacional, contudo, também efetua<br />
formações nas instalações dos seus parceiros,<br />
tendo sempre como prioridade que o formando se<br />
desloque o mínimo possível. Uma equipa de I+D<br />
está em constante desenvolvimento de novas formações<br />
para os sistemas mais recentes, em que se<br />
englobam as últimas novidades do parque automóvel.<br />
As formações têm como público alvo, todos<br />
os profissionais de oficinas, desde o nível iniciante,<br />
intermédio ou avançado nas mais diversas áreas<br />
técnicas como eletricidade, mecânica ou até mes-<br />
O GRUP EINA DISTINGUE-SE PELA FORMA COM TEM ESTRUTURADO<br />
O SEU PROJETO, TORNANDO-O CADA VEZ MAIS APETECÍVEL PARA QUE<br />
A OFICINA POSSA OBTER FORMAÇÃO CERTIFICADA DE ALTA QUALIDADE<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 37
GRUP EINA<br />
AS ÁREAS DE FORMAÇÃO SÃO ESSENCIALMENTE EM MECÂNICA,<br />
ELETRICIDADE AUTO, ELETRÓNICA E CARROÇARIA. TODAS ESTAS ÁREAS<br />
FAZEM PARTE DO PORTFÓLIO DO GRUP EINA<br />
mo reparação de carroçarias. Também<br />
dispõe de soluções formativas<br />
em gestão oficinal, receção e marketing.<br />
Entrando em detalhes sobre o que<br />
os técnicos mais consultam, os dados<br />
do Grup Eina mostram que os<br />
três sistemas que os clientes mais<br />
consultam são, em primeiro lugar,<br />
as dúvi<strong>das</strong> relaciona<strong>das</strong> com o motor<br />
diesel (38,6% <strong>das</strong> consultas), o conforto<br />
(13,37%) e o motor a gasolina<br />
(13,23%), que em conjunto representam<br />
65,19% <strong>das</strong> consultas. Por<br />
outro lado, as consultas relativas ao<br />
motor 100% elétrico representam<br />
apenas 0,31% do total, o que pode<br />
indicar que ainda há poucos veículos<br />
elétricos a chegar às oficinas e<br />
que, portanto, as oficinas ainda têm<br />
tempo para se prepararem para a<br />
mudança que terá lugar a partir de<br />
2035.<br />
O aconselhamento técnico às oficinas<br />
é feito através de telefone ou através<br />
da internet, sendo a sua gestão efetuada<br />
através de uma plataforma online.<br />
São recebidos anualmente mais<br />
de 200.000 novos pedidos de assessoria<br />
técnica, tendo cerca de 98% de<br />
assertividade na resolução dos problemas<br />
apresentados. l<br />
VAMOS TRABALHAR PARA QUE NO FUTURO A FALTA DE CONHECIMENTO NÃO SEJA<br />
UM ENTRAVE À REPARAÇÃO DE QUALIDADE<br />
NUNO CARVALHO, RESPONSÁVEL DO GRUP EINA EM PORTUGAL<br />
O Grup Eina conta neste momento com uma equipa de 6 pessoas<br />
totalmente dedicada à atividade formativa no nosso país, tendo à<br />
disposição todos os recursos técnicos já desenvolvidos para outros<br />
mercados. Em entrevista ao JO, Nuno Carvalho fala dos objetivos<br />
para o novo ano<br />
Como é constituída a equipa do Grup Eina em Portugal?<br />
A nossa equipa é composta por quatro assessores/formadores<br />
técnicos, dois gestores de conteúdo e um técnico eletrónico dedicado<br />
à reparação de unidades de comando, estando todos eles a trabalhar<br />
em exclusivo para o mercado português, num espaço totalmente<br />
equipado na região da Grande Lisboa. Todos as nossas formações<br />
são ministra<strong>das</strong> em português por formadores nacionais com larga<br />
experiência em oficina. Todo o material de apoio, desde manuais a<br />
outros conteúdos, encontram-se também traduzidos em português.<br />
Qual tem sido a média de consultas recebi<strong>das</strong> por mês?<br />
Desde o início de 2022 que notamos um aumento progressivo do<br />
número de consultas mensais, contando neste momento com uma<br />
média que ronda as 1.000 novas consultas por mês. A tendência<br />
é continuar a aumentar, pelo que já reforçámos a nossa equipa<br />
técnica.<br />
Também disponibilizam cursos de gestão empresarial? Qual<br />
tem sido a sua aceitação e procura?<br />
Neste momento dispomos de formação em gestão empresarial<br />
na nossa plataforma online. Face à grande adesão registada, no<br />
próximo ano teremos formação de gestão empresarial também em<br />
formato presencial, não só para as oficinas como para as equipas dos<br />
nossos parceiros AD.<br />
Que projetos o grupo Eina está a desenvolver para o futuro?<br />
Existe um grande problema de recursos humanos no nosso setor,<br />
sendo cada vez mais difícil para um reparador encontrar um técnico<br />
qualificado. Entre outras ações, o nosso foco para os próximos anos será<br />
o desenvolvimento de parcerias com entidades e escolas de formação<br />
profissional para mitigar a falta de recursos humanos no setor.<br />
Quais são as previsões da atividade do Grup Eina em Portugal<br />
para 2023?<br />
Estamos neste momento a terminar o nosso catálogo de formações<br />
para 2023. Vamos manter a linha seguida até agora, utilizando<br />
viaturas prepara<strong>das</strong> com o nosso simulador de avarias, formação<br />
em sistemas mecânicos em maquete e também formação de gestão<br />
empresarial.<br />
Que objetivos tem o Grup Eina para o mercado português?<br />
O nosso objetivo é, juntamente com a AD e os nossos parceiros,<br />
disponibilizar uma solução global para as oficinas de reparação<br />
automóvel, estudando em pormenor as necessidades de cada oficina<br />
multimarca e desenvolvendo soluções à sua medida.<br />
Que desafios se colocam ao futuro do Grup Eina em Portugal?<br />
O nosso principal desafio é formar e tentar, de certa forma, colmatar<br />
a falta de técnicos qualificados no nosso setor. Vamos continuar a<br />
trabalhar para que no futuro a falta de conhecimento não seja um<br />
entrave à reparação de qualidade.<br />
38 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ASSOCIAÇÃO<br />
NACIONAL<br />
DO RAMO<br />
AUTOMÓVEL<br />
ASSOCIAÇÃO<br />
NACIONAL<br />
DO RAMO<br />
AUTOMÓVEL<br />
.com<br />
Ibérica<br />
Radio<br />
Vigo
empresa<br />
PDAUTO CRIA PDACADEMIA<br />
VISÃO de<br />
FUTURO<br />
COM A CRIAÇÃO DA PDACADEMIA, EM<br />
CONJUNTO COM A AEB (ASSOCIAÇÃO<br />
EMPRESARIAL DE BRAGA), A<br />
PDAUTO, GERIDA POR PAULO SILVA,<br />
DÁ UM PASSO IMPORTANTE PARA O<br />
FUTURO, GARANTINDO A FORMAÇÃO<br />
ESPECIALIZADA DE JOVENS QUE<br />
SERÃO OS SEUS FUTUROS CLIENTES<br />
O<br />
projeto tem como objetivo a formação profissionalizante<br />
na área da mecânica funcionando<br />
como plataforma entre formandos, oficinas e<br />
marcas\fornecedores de especialidade. São cursos para<br />
jovens com idade inferior a 25 anos, que pretendem<br />
concluir o 12º ano de escolaridade. Esta plataforma<br />
de cooperação permite aproximar alunos do mercado<br />
de trabalho e vice versa para além de complementar a<br />
oferta curricular com formações técnicas <strong>das</strong> marcas<br />
envolvi<strong>das</strong>. Por outro lado permite à PDAuto disponibilizar<br />
um espaço devidamente equipado para a formação<br />
de profissionais da área que assim e no mesmo<br />
espaço podem receber formações teóricas e práticas.<br />
Este projeto torna-se numa realidade com a colaboração<br />
<strong>das</strong> entidades parceiras e a envolvência de marcas<br />
que acreditam no projeto que tem como objetivo unir<br />
futuros profissionais de mecânica ao mercado de trabalho<br />
mantendo-os a par de to<strong>das</strong> as evoluções técnicas.<br />
Trata-se de um espaço com 180 m2 dotado com sala<br />
de formação e oficina equipada com dois elevadores,<br />
máquinas de diagnósticos, máquinas de substituição<br />
de ATF, carregamento de A/C, carrinhos de ferramentas,<br />
banca<strong>das</strong> de trabalho e diversas ferramentas<br />
e equipamentos de apoio à atividade. A PDAcademia<br />
já arrancou com cursos de Mecatrónica Automóvel<br />
em 3 turmas num total de 60 alunos, ministrados por<br />
formadores da AEB sob a chancela do IEFP e permitirá<br />
igualmente formações de profissionais <strong>das</strong> oficinas<br />
clientes da PDAuto.<br />
40 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 41
PDACADEMIA<br />
A PDACADEMIA TEM COMO PARCEIROS A KROFTOOLS, FEBI, GULF, BENDIX,<br />
SCHAEFFLER E MEAT & DORIA, NUMA CLARA aposta PARA APROXIMAR<br />
FUTUROS PROFISSIONAIS DAS OFICINAS ao MERCADO DE TRABALHO<br />
Futuro assegurado para<br />
os jovens formados<br />
Os jovens que terminam os cursos na<br />
PDAcademia estão habilitados para<br />
entrar diretamente no mercado de<br />
trabalho e serão acompanhados nos<br />
estágios por tutores que irão integrá-<br />
-los nas atividades diárias <strong>das</strong> oficinas.<br />
“Queremos que os jovens se sintam<br />
apoiados e se quiserem seguir a<br />
profissão certamente vão ter muitas<br />
propostas de trabalho”, refere Paulo<br />
Silva, gerente da PDAuto. Para este<br />
responsável “Trata-se de um projeto<br />
que ambicionava pôr em prática já<br />
há algum tempo e que agora foi finalmente<br />
concretizado. A PDAcademia<br />
representa o modo como atuamos no<br />
mercado. Não queremos apenas vender<br />
peças, pois pretendemos cada vez<br />
mais vender serviços e soluções para<br />
as nossas oficinas. Os jovens formandos<br />
que vão frequentar os cursos da<br />
PDAcademia são o nosso futuro e<br />
temos que investir neles, pois serão<br />
os nossos novos clientes. O objetivo<br />
é que saiam daqui formados e façam<br />
os estágios nas oficinas nossas clientes.<br />
O espaço tem ótimas condições,<br />
pois dispõe de uma sala para a parte<br />
teórica e outra para a prática, totalmente<br />
equipada”.<br />
Parceiros fortalecem projeto<br />
To<strong>das</strong> as formações têm certificação<br />
DGERT e incluem Eletricidade<br />
e Mecatrónica Automóvel; Sistemas<br />
de Transmissão Automática; Veículos<br />
Híbridos e Sistemas Start Stop; Técnica<br />
Avançada em Veículos Elétricos<br />
e Híbridos; Filtro de Partículas e Sistemas<br />
Adblue; Intervenção em Sistemas<br />
de Ar condicionado; Lubrificantes<br />
e Equipamentos de lubrificantes e<br />
Equipamentos de diagnostico automóvel.<br />
O contributo da AEB – Associação<br />
Empresarial de Braga para o<br />
desenvolvimento deste projeto é muito<br />
importante, pois é através desta<br />
Associação que conseguem os fundos<br />
para financiar os cursos. Mas a PDAcademia<br />
conta também com vários<br />
parceiros privados, designadamente<br />
a Schaeffler, KROFTools, febi, Gulf,<br />
Bendix, Redeinnov e Meat Doria.<br />
“Com estes parceiros vamos permitir<br />
que os formandos tenham acesso às<br />
novidades técnicas que vão sendo lança<strong>das</strong><br />
no mercado e também vamos<br />
promover visitas dos formandos às<br />
suas fábricas, para que fiquem a conhecer<br />
com são desenvolvi<strong>das</strong> e fabrica<strong>das</strong><br />
as peças auto. Acreditamos que<br />
estas parcerias vão fortalecer ainda<br />
mais as relações da PDAuto com to<strong>das</strong><br />
as marcas envolvi<strong>das</strong> no projeto”,<br />
refere Paulo Silva.<br />
Por outro lado, a PDAuto irá disponibilizar<br />
as instalações da Academia<br />
para a formação de profissionais <strong>das</strong><br />
oficinas suas clientes, que assim e no<br />
mesmo espaço podem receber formações<br />
teóricas e práticas. Neste sentido,<br />
estão já programados para 2023<br />
a realização de uma ação de formação<br />
por mês para os seus clientes oficinas,<br />
em diferentes áreas, desde A/C, caixas<br />
automáticas ou híbridos avançados.<br />
“Temos uma pessoa com formação<br />
na área da mecânica e eletrónica que<br />
é o rosto da PDAuto na Academia e<br />
vamos envolver as marcas parceiras<br />
nos cursos de formação. As próprias<br />
garantias também poderão passar por<br />
aqui. É o início de um projeto que vai<br />
crescer em várias áreas que vão trazer<br />
novas valências para a PDAuto e seus<br />
clientes”, conclui Paulo Silva.. l<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONALIZANTE<br />
No final da formação os formandos estão habilitados a:<br />
l Proceder à manutenção, ao diagnóstico de anomalias e a reparações em motores a gasolina<br />
e a gasóleo de automóveis ligeiros, utilizando as técnicas e procedimentos adequados.<br />
l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de direção, de suspensão<br />
de automóveis ligeiros utilizando as técnicas e procedimentos adequados de acordo com<br />
a tecnologia dos mesmos e os parâmetros e especificações técnicas defini<strong>das</strong> pelos fabricantes.<br />
l Verificar o estado de conservação de jantes e pneus de automóveis ligeiros, diagnosticar<br />
eventuais anomalias e proceder à substituição daquelas.<br />
l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de transmissão manual<br />
e automática de automóveis ligeiros, sistemas de ignição convencional e eletrónica,<br />
de alimentação, de sobre-alimentação e de anti-poluição.<br />
l Proceder ao diagnóstico de anomalias e a reparações em sistemas de arrefecimento<br />
e de lubrificação do motor de automóveis ligeiros.<br />
42 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Oficina<br />
do Mês<br />
A REVISAUTO CENTER CONQUISTOU O TROFÉU 1º CLASSIFICADO NA<br />
CATEGORIA “OFICINAS DE REDE” DA REVISTA TOP 100, CONFIRMANDO<br />
ASSIM A EXCELÊNCIA DA SUA GESTÃO. DIVERSIFICAR O NEGÓCIO É UM DOS<br />
OBJETIVOS PARA OS PRÓXIMOS ANOS
REVISAUTO CENTER<br />
NA VANGUARDA<br />
DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL!<br />
FUNDADA EM 2018, A REVISAUTO CENTER TEM FEITO UM PERCURSO EXEMPLAR, OTIMIZANDO<br />
AS OPERAÇÕES E MANTENDO-SE NA VANGUARDA DOS DESENVOLVIMENTOS DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL.<br />
O TROFÉU 1º CLASSIFICADO NA CATEGORIA “OFICINAS DE REDE” DA REVISTA TOP 100, VEIO CONFIRMAR<br />
A EXCELÊNCIA DA SUA GESTÃO<br />
Nos primeiros anos de vida, a Revisauto Center<br />
teve como principal objetivo constituir uma equipa<br />
com um nível de competências forte que permitisse<br />
oferecer um serviço de excelência e confiança<br />
aos seus clientes. Desde o início da atividade que<br />
integra a rede de oficinas Bosch Car Service “Estar<br />
integrado numa rede como a Bosch Car Service é<br />
um privilégio e uma honra, conseguimos com este<br />
nosso parceiro atingir patamares que não teríamos<br />
conseguido se estivéssemos a fazer este caminho<br />
sozinhos, a BCS tem sido muito importante principalmente<br />
nos domínios da gestão, formação e dinamização”,<br />
refere a gerente Carla Cruz. Sendo um<br />
Bosch Car Service, a Revisauto Center tem acesso<br />
a to<strong>das</strong> as formações técnicas que a marca realiza,<br />
e os técnicos mantêm-se atualizados relativamente<br />
às novas tecnologias e motorizações que equipam<br />
os veículos mais recentes.<br />
“Uma <strong>das</strong> vantagens de fazermos parte da rede<br />
BCS é podermos ter acesso a informação e formação<br />
técnica disponibilizada pela marca. A nossa<br />
missão é fazermos sempre melhor, ter os clientes<br />
satisfeitos e estarmos preparados para os desafios<br />
futuros. Para isso temos de ter a equipa bem formada<br />
e atualizada relativamente às novas motorizações<br />
e tecnologias”, afirma Carla Cuz.<br />
A oficina é constituída por mecânica geral com<br />
especialistas em mecatrónica, e área de colisão<br />
composta pela secção de chapa e pintura. Dispõe<br />
dos mais modernos equipamentos e <strong>das</strong> mais adequa<strong>das</strong><br />
ferramentas que equipam os 12 elementos<br />
que compõem a equipa.<br />
Serviços completos<br />
A nível de serviços consegue abranger to<strong>das</strong> as necessidades<br />
na reparação automóvel em particular<br />
na área da mecânica e carroçaria, sendo certificados<br />
para poder operar sem quaisquer constran-<br />
gimentos em qualquer marca automóvel. A qualidade<br />
dos serviços prestados e a confiança que<br />
consegue transmitir aos clientes têm sido fatores<br />
determinantes para o sucesso da Revisauto Center.<br />
A oficina recebe clientes particulares e empresariais,<br />
sendo que estes últimos têm tido uma representatividade<br />
cada vez maior.<br />
“Temos facilidade em diagnosticar qualquer tipo<br />
de automóvel, pois houve um grande investimento<br />
em equipamento. Atualmente possuímos várias<br />
máquinas de diagnóstico e temos códigos de acesso<br />
a todos os modelos, mesmo os mais recentes,<br />
pois estamos sempre a atualizar o software dos<br />
equipamentos”, referiu Carla Cruz. Para manter os<br />
clientes fidelizados, esta responsável aposta a cem<br />
por cento na prestação de um bom serviço e no<br />
passa palavra dos clientes satisfeitos “Reconhecemos<br />
que o fator comunicação é muito importante<br />
e nesse sentido estamos a trabalhar para oferecer<br />
ao mercado e em particular aos nossos clientes to<strong>das</strong><br />
as ferramentas de comunicação adequa<strong>das</strong> aos<br />
tempos de hoje”, sublinha.<br />
REVISAUTO CENTER<br />
Gerente Carla Cruz<br />
Morada Av. João de Freitas Branco, 46<br />
- 2690-295 Santa Iria de Azóia<br />
Telefone 210 003 900<br />
Email geral@revisautocenter.pt<br />
Com o objetivo de manter as taxas de ocupação em<br />
valores interessantes, Carla Cruz revela que está a<br />
tentar diversificar as áreas de intervenção e mudar<br />
o “modus operandi” da oficina para fazer face às<br />
constantes dificuldades que têm surgido “Diversificar<br />
o nosso negócio é um dos objetivos para os<br />
próximos anos, e queremos também melhorar ainda<br />
mais as nossas instalações e dar um input qualitativo<br />
no nosso setor de carroçaria, em particular<br />
na pintura”, ressalvou.<br />
ArreGAçar AS maNgas e trabalhar<br />
Para 2023 a Revisauto Center pretende apostar<br />
mais na digitalização oficinal e na formação técnica,<br />
pois Carla Cruz tem plena consciência da rápida<br />
evolução tecnológica dos veículos e da necessidade<br />
de manter a equipa atualizada. Mas acredita<br />
que ainda tem um longo caminho a percorrer “Vamos<br />
continuar a investir na formação, para este<br />
ano numa componente maior nos elétricos e nos<br />
híbridos, pois acredito que no futuro estes veículos<br />
vão ser a maioria do parque e temos de estar preparados<br />
para lhes dar assistência.”<br />
Para este ano que agora começou, Carla Cruz gostava<br />
que não fosse pior que 2022 e afirma que o<br />
sucesso da Revisauto Center depende da capacidade<br />
de se reinventar, de fazer diferente e oferecer<br />
ao cliente o melhor serviço possível “Queremos<br />
que o cliente saia daqui feliz e satisfeito com os<br />
serviços, e que reconheça a competência dos nossos<br />
técnicos, para que eles se sintam motivados<br />
no seu trabalho. Vamos querer estar sempre na<br />
vanguarda dos desenvolvimentos da reparação<br />
automóvel e desejamos que o ano 2023 seja tão<br />
bom como foi 2022. Sabemos que a conjuntura<br />
nacional e internacional não é favorável, mas nós<br />
estamos cá para arregaçar as mangas e trabalhar”,<br />
conclui Carla Cruz. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 45
Repintura<br />
CONCURSO MELHOR PINTOR CMG<br />
PROFISSÃO NOBRE<br />
E DE FUTURO!<br />
COM O OBJETIVO DE VALORIZAR E DAR MAIS VISIBILIDADE À PROFISSÃO DE PINTOR AUTOMÓVEL,<br />
A AXALTA EM CONJUNTO COM A CAETANO AUTO E A INDASA, REALIZARAM O 1º CONCURSO<br />
MELHOR PINTOR CMG (CUSTO MÍNIMO GARANTIDO)
A<br />
organização do concurso contou com a participação<br />
da Axalta, Caetano Auto e In<strong>das</strong>a.<br />
Numa primeira fase do concurso todos<br />
os pintores da Caetano Auto responderam a um<br />
questionário online. Das respostas recebi<strong>das</strong> foram<br />
selecionados os quatro melhores que prestaram<br />
as provas práticas nas instalações da Axalta,<br />
em Mem Martins. As provas práticas incluiram o<br />
isolamento da peça a pintar, eliminação de mossas,<br />
mascaramento, aplicação de primário e por fim do<br />
verniz de secagem rápida da gama de produtos<br />
Low Energy, da Spies Hecker.<br />
Para saber como o concurso foi vivido por dentro,<br />
falámos com João Calha, Key Account Manager da<br />
Axalta, que adiantou que “O objetivo do concurso,<br />
mais do que selecionar os melhores pintores, é<br />
conseguir dar mais notoriedade à profissão de pintor<br />
automóvel. Graças à excelente parceria que temos<br />
com a Caetano Auto, todos os anos realizamos<br />
com as suas equipas de pintores diversas ações relaciona<strong>das</strong><br />
com a repintura automóvel e este ano<br />
decidimos realizar um concurso que pudesse promover<br />
a profissão, dar-lhe visibilidade, valorizar os<br />
profissionais e com isto contribuir para a motivação<br />
<strong>das</strong> equipas e para que os jovens vejam esta<br />
área como uma profissão de futuro e uma profissão<br />
nobre que é. Ao mesmo tempo, promovemos a cor<br />
do ano, o Royal Magenta, assim como a linha de<br />
produtos Low Energy, focados na eficiência e na<br />
sustentabilidade”.<br />
Durante o concurso, as provas foram o mais próximo<br />
possível da realidade quotidiana dos pintores e<br />
encara<strong>das</strong> com entusiasmo e profissionalismo pelos<br />
finalistas. Desde os testes bem planeados, desenvolvidos<br />
pelos técnicos da Axalta, um júri focado e justo<br />
com todos os concorrentes e uma equipa sempre<br />
atenta, tudo contribuiu para o sucesso da iniciativa.<br />
“A nossa profissão é uma arte e como tal deve ser<br />
reconhecida, no entanto, passamos despercebidos<br />
e em alguns casos somos subvalorizados”, refere<br />
João Calha. No entanto, diz que este concurso “traz<br />
visibilidade à profissão e ensina os profissionais a<br />
apreciarem mais o seu trabalho, dá-lhes reconhecimento<br />
e o desejo de trabalharem com mais ímpeto.<br />
Também os ajuda a trocarem experiências, incentiva<br />
o companheirismo e um espírito de competição<br />
saudável entre colegas do mesmo ofício”.<br />
Para mostrar quem dos quatro finalistas era o melhor,<br />
cada um deles teve de reparar uma peça e<br />
pintá-la, utilizando produtos Low Energy da Spies<br />
Hecker com a cor do ano Royal Magenta. Com esta<br />
prova prática, que combinava reparação, aplicação,<br />
colorimetria, e correção de defeito, o júri tinha<br />
“a combinação perfeita” para descobrir quem<br />
seria o melhor pintor desta 1º edição do concurso<br />
melhor pintor Caetano Auto.<br />
O jovem pintor Rodrigo Lima foi o vencedor.<br />
Todos os pintores selecionados para a final mostraram<br />
um elevado nível de conhecimentos, que<br />
acaba por ser fruto da formação constante que recebem<br />
da parte da Axalta. “Ao longo do ano realizamos<br />
diversas ações de formação específicas para<br />
as equipas de pintores da Caetano Auto. Temos<br />
processos padronizados no grupo e acabamos por<br />
ter um padrão de produtos que são utilizados em<br />
to<strong>das</strong> as oficinas. Para além <strong>das</strong> formações fazemos<br />
um acompanhamento regular do trabalho desenvolvidos<br />
nas várias unidades e introduzimos novos<br />
produtos, cada vez mais eficientes e com ganhos<br />
significativos a nível da poupança energética e redução<br />
da pegada ecológica”.<br />
Para mostrar quem dos quatro finalistas era o melhor,<br />
cada um deles teve de reparar uma peça e pintá-<br />
-la, utilizando produtos Low Energy da Spies Hecker<br />
com a cor do ano Royal Magenta. Com esta prova<br />
prática, que combinava reparação, aplicação, colorimetria,<br />
e correção de defeitos, o júri tinha “a combinação<br />
perfeita” para descobrir quem seria o melhor<br />
pintor desta 1º edição do concurso melhor pintor<br />
Caetano Auto. O jovem pintor Rodrigo Lima foi o<br />
vencedor, seguindo-se no pódio em segundo lugar<br />
Rui Gonçalves e em terceiro lugar Tiago Anselmo.<br />
Para João Calha “O balanço deste primeiro concurso<br />
de pintores auto é muito positivo. Criou-se um<br />
ambiente muito saudável de companheirismo e<br />
troca de experiências. De realçar que tivemos a presença<br />
de um finalista com 25 anos de idade e apenas<br />
3 de experiência. Frequentou o nosso curso de<br />
aprendizes e atualmente já está ao nível de pintores<br />
mais experientes. É para nós um orgulho ver um<br />
jovem realizado com a sua profissão e com muita<br />
vontade de evoluir e saber cada vez mais. Acredito<br />
por isso que estamos no caminho certo”. No final,<br />
todos receberam um troféu com o formato de uma<br />
pistola de pintura, assim como diversos prémios <strong>das</strong><br />
marcas patrocinadoras. O concurso não foi apenas<br />
competição, mas acabou por se tornar um bom momento<br />
de aprendizagem e confraternização<br />
Paralelamente ao concurso, a Axalta promoveu<br />
uma iniciativa designada “Melhor Pintor Virtual”.<br />
Para o efeito, foram disponibilizados uns óculos<br />
de realidade virtual, com software da Axalta, que<br />
simula a pintura de uma peça. Os convidados presentes<br />
puderam assim pôr à prova a sua habilidade<br />
para a pintar peças de um modo virtual. Uma forma<br />
diferente de valorizar a profissão com a utilização<br />
<strong>das</strong> novas tecnologias. l<br />
CAETANO AUTO VALORIZA<br />
A PROFISSÃO DE PINTOR<br />
A Caetano Auto promove há mais de nove anos um programa<br />
de formação para manter os colaboradores sempre atualizados<br />
com as novas tecnologias e os produtos mais recentes. Este<br />
ano decidiu ter um evento mais dinâmico e criou o concurso<br />
do Melhor Pintor. “Com esta iniciativa queremos acima de tudo<br />
dar mais visibilidade à profissão de pintor automóvel. É uma<br />
profissão que se tem tornado muito mais especializada e com<br />
necessidade de mais conhecimento, mas que é pouco visível.<br />
É necessário incentivar os jovens a investir nesta carreira, que<br />
tem um futuro assegurado”, refere Ana Fazenda, coordenadora<br />
Pós-venda da Caetano Auto. O concurso foi aberto a todos os<br />
concessionários da Caetano Auto e teve uma grande adesão<br />
dos pintores <strong>das</strong> diversas oficinas do grupo. “A recetividade foi<br />
excelente e os participantes entusiasmaram-se com a iniciativa.<br />
No futuro vão sentir-se mais reconhecidos e com competências<br />
valoriza<strong>das</strong>”, diz a responsável.<br />
Relativamente à dificuldade de arranjar mão de obra qualificada<br />
para as oficinas, designadamente na área da colisão,<br />
Ana Fazenda afirma que “Nos últimos anos, a Caetano Auto<br />
tem investido muito na formação, com a criação de escolas<br />
internas onde dá formação a jovens estudantes que depois<br />
de concluírem os cursos integram os quadros do grupo. É um<br />
enorme investimento em instalações, materiais, equipamentos<br />
e recursos humanos, mas depois ficamos com os melhores e<br />
eles crescem connosco. Até porque a marca Toyota tem um<br />
programa de certificação próprio que permite aos colaboradores<br />
evoluírem em diferentes níveis. Sobre o concurso, esta responsável<br />
garante que é uma iniciativa a repetir e que o próximo<br />
irá incluir também a área da chapa. “O objetivo é desenvolver<br />
mais iniciativas na área da colisão e dar mais visibilidade às<br />
profissões de chapeiro e pintor automóvel”, conclui.<br />
A AXALTA E A CAETANO AUTO TÊM UMA LONGA PARCERIA,<br />
SOB A QUAL DINAMIZAM VÁRIAS INICIATIVAS QUE VISAM PROMOVER<br />
A PROFISSÃO DE PINTOR AUTOMÓVEL, ASSIM COMO DAR FORMAÇÃO<br />
SOBRE AS tecnOLOGIAS DE REPINTURA MAIS RECENTES<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 47
Empresas<br />
NOTÍCIAS<br />
A SUSTENTABILIDADE COMEÇA NOS<br />
PANOS MEWA<br />
Com a introdução do sistema de panos de limpeza da Mewa, os mecânicos recebem<br />
panos de limpeza de algodão de alta qualidade com capacidade de absorção<br />
turbo para a limpeza suave e profunda de componentes, ferramentas e instalações.<br />
Estes panos, praticamente não largam cotão, absorvem um múltiplo do seu<br />
volume e podem ser reutilizados várias vezes antes de ser armazenados em segurança<br />
no contentor SaCon. Com os panos de limpeza e o SaCon, no âmbito de um sistema<br />
de serviço contemporâneo, uma oficina automóvel comunica interna e externamente:<br />
A proteção ambiental é importante para nós. O que os clientes não conseguem ver<br />
é toda a sustentabilidade do sistema da Mewa. Graças às tecnologias inovadoras de<br />
lavagem e de tratamento de águas residuais, a Mewa atinge um grau de limpeza de<br />
99,8 por cento nos panos e consome até 50% menos água. Além disso, 80 por cento da<br />
energia necessária para o funcionamento <strong>das</strong> linhas de lavagem e secagem é coberta<br />
pelos óleos usados filtrados dos panos de limpeza usados. Cada pano pode ser lavado<br />
até 50 vezes pela Mewa. Após cada lavagem, passa por um controlo de qualidade em<br />
várias fases para que apenas os panos impecáveis regressem aos clientes.<br />
JÁ FORMOU MAIS DE 15.000 MECÂNICOS<br />
MANN-FILTER | Passaram mais sete anos e a MANN-FILTER continua a dedicar-se<br />
à formação nos seus mais de 100 centros de treino em toda a Espanha. Até aos dias de<br />
hoje, passaram pelas ‘mãos’ da empresa mais de 15.000 futuros mecânicos. “Embora<br />
os sistemas de filtragem não sejam vistos como ‘o componente mais importante’ de<br />
um veículo, a sua função é essencial, tanto para o bom funcionamento do motor,<br />
protegendo os componentes mecânicos do desgaste causado pela entrada de<br />
partículas nocivas, tanto para os ocupantes, protegendo-os da entrada no organismo<br />
<strong>das</strong> referi<strong>das</strong> partículas que provocam alergias ou outro tipo de complicações<br />
respiratórias”, explicou Antonio Martínez, responsável técnico da MANN-FILTER em<br />
Espanha e Portugal e responsável pela realização destas formações. Para Martínez, “<br />
um mecânico que conheça estas implicações, e saiba transferi-las para os clientes da<br />
sua oficina, é essencial tanto para aumentar a vida útil dos veículos, como para cuidar<br />
da saúde dos passageiros, bem como garantir a condução em segurança.”<br />
FAZ BALANÇO POSITIVO DE 2022<br />
DIESEL TECHNIC | Para a Diesel Technic, o ano de 2022 teve um significado<br />
muito especial, pois além de muitos destaques, a empresa pôde comemorar seus 50<br />
anos. Fundada em 1972, a Diesel Technic fez uma jornada emocionante para se tornar<br />
uma fornecedora líder de soluções no setor automotivo. Um destaque do aniversário<br />
foram as comemorações na sede em Kirchdorf, Alemanha, com um animado programa<br />
de apoio, onde os funcionários puderam apresentar pessoalmente o local de trabalho<br />
para suas famílias. A Diesel Technic deve seu 50º aniversário não apenas aos seus 650<br />
funcionários, mas também a seus muitos clientes fiéis. Além da qualidade garantida,<br />
os clientes apreciam especificamente a linha completa de produtos para todos os tipos<br />
comuns de camiões. Um acontecimento importante para alguns clientes foram os<br />
fins de semana de corrida de camiões junto com a Parts Specialists. A DT Spare Parts<br />
continuou suas atividades esportivas com o jogo de apostas para a Copa do Mundo<br />
de Futebol, no qual a popular marca de produtos da Diesel Technic escolheu o melhor<br />
apostador entre os parceiros de distribuição como o “Campeão DT Spare Parts 2022”. A<br />
Diesel Technic pode relembrar 2022 como um ano movimentado e muito proveitoso.<br />
FIDELIDADE CAR CHEGA A ALMADA<br />
FIDELIDADE CAR | Dedicada à reparação automóvel na vertente de colisão, a nova unidade da Fidelidade<br />
Car Service pretende servir os Clientes da Fidelidade dos Concelhos de Almada, Barreiro, Seixal, Sesimbra, Setúbal<br />
e Moita, tendo capacidade para reparar 10 viaturas por dia. Com 1.500 m2 , esta unidade pretende posicionar-se<br />
como um hub tecnológico e de sustentabilidade. Futuramente estará dedicada à reparação de veículos elétricos<br />
híbrido plug-in (PHEV) e viaturas de alumínio, instalando painéis fotovoltaicos e postos de carregamento para<br />
PHEV. A Fidelidade Car Service, atenta às novas tendências do mercado, nomeadamente, no que diz respeito à soft<br />
mobility, disponibiliza aos seus Clientes um serviço de mobilidade inovador, sustentável e cómodo, mediante o<br />
qual os Clientes podem usufruir de um plafond diário para as suas deslocações através da App da Bolt.<br />
48 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ANUNCIA NOVA IMAGEM CORPORATIVA<br />
Infopro Digital AUTOMOTIVE | A Infopro Digital Automotive, mudou a sua imagem corporativa,<br />
para apoiar o seu crescimento internacional, como fornecedor global de software digital B2B, bases<br />
de dados e serviços para o mercado pós-venda automóvel. Infopro Digital Automotive, fornecedor líder de<br />
dados técnicos B2B, software e serviços digitais para o aftermarket automóvel profissional e de consumo,<br />
mudou oficialmente a sua aparência, alinhando-se com o novo universo gráfico do Grupo e projetando-se<br />
no futuro com uma nova identidade visual. Esta mudança destina-se a representar uma marca e uma visão<br />
que estão ambas alinha<strong>das</strong> com os desafios enfrentados pelo mercado de pós-venda automóvel atual. Esta<br />
mudança apoia o crescimento significativo que a Infopro Digital Automotive tem experimentado nos últimos<br />
anos. Isto levou à sua afirmação global e reconhecimento do mercado, juntamente com o seu desejo<br />
inerente de ser visto como uma equipa unida com um objetivo comum.<br />
REALIZA FORMAÇÃO EM CONJUNTO COM DAYCO<br />
AUTO Mafergil | A Auto Mafergil, membro da RedeInnov, voltou a realizar uma<br />
formação, desta vez organizada em conjunto com a DAYCO. A ação de formação foi realizada<br />
em Águeda, no dia 22 de Novembro de 2022. A componente teórica contou com a participação<br />
de 28 oficinas teve duração de 3 horas: <strong>das</strong> 19 horas às 22 horas. A ação de formação<br />
centrou-se no tema de “Distribuição” e permitiu aos participantes obter um conhecimento<br />
sobre este tema. O curso revelou-se uma oportunidade bastante enriquecedora para todos os<br />
participantes pois permitiu aumentar o conhecimento sobre a temática da distribuição. Após a<br />
parte teórica, os participantes e formadores juntaram-se para um momento de descontração<br />
e lazer no restaurante onde se realizou o jantar.<br />
SENSIBILIZA 50 EMPRESAS<br />
PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA<br />
ANECRA | A ANECRA vai permitir a cinquenta empresas do Comércio e da Reparação<br />
Automóvel, de todo o país, a obtenção da certificação EFFICIENTIA: Informação / Sensibilização<br />
para a Eficiência Energética, que visa fomentar a eficiência energética, a aquisição de<br />
comportamentos mais racionais, quanto ao consumo de energia e a adoção de novos hábitos<br />
de consumo. To<strong>das</strong> as empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, associa<strong>das</strong> ou não da<br />
ANECRA, podem candidatar-se, gratuitamente, à obtenção da certificação através do preenchimento<br />
do formulário no website da Associação. Após admissão no Plano de Promoção da<br />
Eficiência no Consumo de Energia, as cinquenta empresas seleciona<strong>das</strong> serão sujeitas a um<br />
conjunto de ações como a realização de auditorias energéticas, a elaboração de indicadores<br />
de gestão de energia e de benchmarking ou a realização de campanhas de sensibilização de<br />
eficiência energética junto dos seus colaboradores. A certificação EFFICIENTIA: Informação /<br />
Sensibilização para a Eficiência Energética terá ainda, como suporte à sua comunicação, além<br />
da página de Internet, a dinamização em redes sociais: Facebook, Instagram e LinkedIn, a<br />
impressão de cartazes informativos, a realização de três workshops de âmbito nacional e de<br />
um manual de eficiência energética para adoção por parte <strong>das</strong> empresas.<br />
AUTO DELTA DISTINGUIDA PELA CITE<br />
AUTO DELTA | Sendo um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável <strong>das</strong> Nações Uni<strong>das</strong>, a Igualdade<br />
de género é um tema bastante presente na sociedade de hoje em dia. Tal como as pessoas individualmente,<br />
as empresas e os setores de actividade têm de se adaptar e a verdade é que o Aftermarket está<br />
a conseguir responder. Neste âmbito, a Auto Delta foi distinguida pela CITE - Comissão para a Igualdade<br />
no Trabalho e no Emprego pelas boas práticas na promoção da Igualdade Remuneratória entre Mulheres<br />
e Homens por trabalho igual ou de igual valor. Segundo o Despacho n.º 13972/2022, de 5 de Dezembro<br />
publicado em Diário da República, esta distinção foi criada de forma a “estimular e incentivar a promoção<br />
da igualdade salarial entre mulheres e homens por trabalho igual ou de igual valor, recorrendo para tanto<br />
a critérios de discriminação positiva”. Este é um trabalho diário de promoção de oportunidades, resposta a<br />
desafios e valorização do trabalho que engrandece o nome da Auto Delta que, assim, dá um grande passo<br />
em direcção à Igualdade de Género..<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 49
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
BOSCH ESTREIA<br />
SISTEMA DE ESTACIONAMENTO<br />
SEM CONDUTOR<br />
A<br />
Bosch<br />
e a Mercedes-Benz alcançaram um marco importante no caminho para a<br />
condução autónoma: a Autoridade Federal de Transporte Motorizado da Alemanha<br />
(KBA) aprovou o sistema de estacionamento altamente automatizado para<br />
uso na garagem P6 administrada pela APCOA no Aeroporto de Estugarda. Esta é assim<br />
a primeira função de estacionamento sem condutor altamente automatizada do mundo<br />
para SAE Nível 4 a ser oficialmente aprovada para uso comercial. O avanço tecnológico<br />
da condução autónoma desempenha um papel fundamental na mobilidade do futuro.<br />
Com o veículo e a infraestrutura assumindo a condução e as manobras, os condutores<br />
podem voltar a sua atenção para outras coisas, em vez de despenderem tempo a procurar<br />
um lugar e a realizar manobras em garagens aperta<strong>das</strong>. Desde o início, a Bosch adotou a<br />
abordagem de tornar inteligente a infraestrutura em garagens de estacionamento. Dirigir-se<br />
ao estacionamento, sair e enviar o veículo para um lugar de estacionamento apenas<br />
tocando numa aplicação no smartphone - o serviço de estacionamento com condução<br />
autónoma não precisa de condutor. Depois do condutor sair do estacionamento – para<br />
gastar o tempo que acabou de economizar a fazer outra coisa – o veículo dirige-se sozinho<br />
para o lugar designado e estaciona.<br />
CONQUISTA CLASSIFICAÇÃO “A” PELA CDP<br />
Schaeffler | A Schaeffler foi reconhecido pela CDP pela sua liderança na transparência e atuação em relação às<br />
alterações climáticas e à segurança hídrica. A empresa, melhorou a sua<br />
classificação de “A-” para “A” tanto no que diz respeito às alterações climáticas<br />
como à segurança hídrica. No total, foram analisados e divulgados<br />
dados de mais de 18.700 empresas. O CDP gere a maior base de dados de<br />
transparência ambiental do mundo. Todos os anos recolhe dados sobre as<br />
emissões de CO2, os perfis de risco climático e as estratégias e objetivos<br />
de redução de empresas de todo o mundo. “Este excelente resultado<br />
da Schaeffler envia uma mensagem importante a to<strong>das</strong> as partes<br />
interessa<strong>das</strong> na empresa, que prestam muita atenção às classificações do<br />
CDP”, disse o CEO da Schaeffler, Klaus Rosenfeld. Atingir a categoria A é a<br />
transição mais difícil de conseguir no sistema de classificações do CDP, um<br />
salto que muito poucas empresas conseguem dar.<br />
PREMIADA COM O PRÉMIO IEEE<br />
CORPORATE INNOVATION<br />
DENSO | A DENSO Corporation conquistou o prémio IEEE Corporate Innovation<br />
do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), a maior associação<br />
internacional de engenharia elétrica e eletrónica do mundo, por desenvolver um<br />
QR Code e divulgar o seu uso globalmente. O IEEE Corporate Innovation Award,<br />
um dos prémios técnicos de maior prestígio no mundo, é concedido a organizações<br />
que tiveram um impacto global significativo com tecnologias e produtos<br />
inovadores e contribuíram para o desenvolvimento da engenharia elétrica e<br />
eletrónica. Estabelecido pelo IEEE em 1985, o prémio já foi concedido a empresas<br />
e organizações líderes em todo o mundo. A DENSO tornou-se a sexta empresa<br />
japonesa a receber este reconhecimento. O inovador código bidimensional pode<br />
armazenar cerca de 200 vezes mais informações do que os códigos de barras e<br />
pode ser lido em alta velocidade. A DENSO passou a utilizar o código principalmente<br />
para gestão de stock nas suas fábricas, e posteriormente disponibilizou a<br />
patente gratuitamente, possibilitando a sua disseminação global.<br />
CHEGA A LEIRIA COM OFICINA N LÍDER<br />
Grupo Driver | O Grupo Driver organizou uma grande festa de inauguração<br />
da primeira oficina do grupo Nac Amaro, a N Líder, situada na cidade de Leiria,<br />
perto de Lisboa. Cerca de 300 pessoas, entre clientes e personalidades políticas,<br />
participaram nas mereci<strong>das</strong> celebrações daquele que é o primeiro ponto de venda<br />
da rede Driver em território português. Quando a N Lider decidiu incorporar-se<br />
no Grupo, no verão de 2019, esta oficina fez de Portugal o oitavo país com<br />
instalações Driver. Um marco merecedor de uma celebração em grande estilo,<br />
constantemente adiada com a chegada e evolução da pandemia. Nuno Amaro,<br />
gerente do grupo Nac Amaro, organizou uma festa à altura com os seus familiares<br />
e colaboradores. As suas generosas instalações, complementa<strong>das</strong> para a ocasião<br />
com um armazém anexo, pararam as atividades durante um dia e encheram-se<br />
de supercarros, carros clássicos e de competição, além dos expositores estáticos<br />
que luziam produtos de alguns dos fornecedores do Grupo Driver, como a Pirelli<br />
e a Prometeon. No total, foram 300 as pessoas que marcaram presença numa<br />
festa informal e familiar, que contou com comida, música ao vivo e atividades e<br />
animação para os mais pequenos.<br />
50 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
REALIZA FORMAÇÃO DE OSCILOSCÓPIO NÍVEL I<br />
Mondegopeças | A Mondegopeças, em parceria com a Car Academy e o Instituto<br />
Superior de Engenharia de Coimbra, realizou no passado dia 5 de novembro, uma formação de<br />
Osciloscópio Nível I. Esta formação, destinada aos seus clientes, que teve uma grande adesão<br />
por parte dos seus clientes, revelou a necessidade que as oficinas têm de fazer um diagnóstico<br />
correto com ferramentas adequa<strong>das</strong>. Ao longo de toda a formação, foram utilizados alguns<br />
equipamentos oficinais na formação, entre os quais o osciloscópio Autel, sendo considerado<br />
pela Car Academy um dos equipamentos mais completos do mercado. No próximo ano de<br />
2023, o plano de formação da Mondegopeças, integrará o Nivel II desta temática e outros<br />
temas requisitados pelas oficinas.<br />
GLASSDRIVE RENOVA PARCERIA COM<br />
EQUIPA PROFISSIONAL<br />
DE CICLISMO<br />
A<br />
Glassdrive,<br />
principal patrocinador da Equipa Profissional de<br />
Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, vencedora da 83.ª Volta a<br />
Portugal, renovou este apoio para a época de 2023, mantendo-<br />
-se como naming sponsor do projeto de ciclismo do Clube Desportivo<br />
Fullracing. A Glassdrive fez o anúncio formal da renovação do patrocínio<br />
durante um almoço de reconhecimento à Equipa Profissional de<br />
Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, na sexta-feira, dia 18, em Matosinhos.<br />
Marta Araújo, administradora da Saint-Gobain Sekurit Service<br />
Portugal, disse que este foi um almoço de homenagem “por tudo o que<br />
fizeram ao longo da temporada, tendo sido extraordinária. Se por um<br />
lado é um reconhecimento, é também um momento de celebração. No<br />
fundo, celebrar este acordo de parceria com a Glassdrive, que é uma<br />
vez mais principal patrocinador da equipa profissional, mas também<br />
dar continuidade ao apoio da equipa feminina, porque é importante a<br />
igualdade de géneros”.<br />
RECONHECIDA COM DUPLO “A” EM CLIMA E SEGURANÇA<br />
Brembo | A Brembo foi reconhecida pela sua liderança em transparência empresarial e desempenho<br />
em matéria de alterações climáticas, pela CDP, uma instituição ambiental sem fins lucrativos. Brembo faz<br />
parte de um pequeno número de empresas que alcançou um duplo “A”, <strong>das</strong> mais de 10.000 empresas pontua<strong>das</strong>.<br />
O processo anual de divulgação e pontuação ambiental do CDP é amplamente reconhecido como o<br />
padrão de transparência ambiental empresarial. Uma metodologia detalhada e independente é utilizada<br />
pelo CDP para avaliar as empresas, atribuindo uma pontuação de “A” a “D-“, com base na abrangência da<br />
divulgação, consciencialização e gestão de riscos ambientais, bem como na demonstração <strong>das</strong> melhores<br />
práticas associa<strong>das</strong> à liderança ambiental, como definição de metas ambiciosas e alvos significativos.<br />
“Tópicos ambientais, sociais e de governança sempre foram parte integrante da nossa estratégia global de<br />
negócios. Acreditamos que são fatores potenciadores do crescimento, não só do nosso grupo, mas de toda<br />
a economia. Este ano, é a quinta vez consecutiva que a Brembo recebe o reconhecimento de duplo ‘A’ do<br />
CDP e, para nós, é sempre uma fonte de grande satisfação”, afirmou Cristina Bombassei, chief CSR officer e<br />
membro do conselho da Brembo.<br />
PRETENDE ATINGIR NEUTRALIDADE<br />
CLIMÁTICA ATÉ 2035<br />
Rheinmetall | Até 2035, a Rheinmetall quer trabalhar para contribuir para reduzir as emissões de<br />
CO2 prejudiciais ao clima com energia fotovoltaica. Deste modo, instalou cerca de 1635 módulos solares<br />
para produzir energia. A empresa de tecnologia Rheinmetall AG deu mais um passo no caminho para alcançar<br />
a neutralidade climática até 2035, o seu objetivo declarado. Graças ao forte compromisso do Grupo e ao<br />
apoio <strong>das</strong> autoridades locais, no verão passado, foram instalados vários módulos de energia nos telhados<br />
dos pavilhões da fábrica da subsidiária da Rheinmetall, Pierburg SA, em Abadanio, Espanha. Espera-se que<br />
a produção anual esteja em torno de 730.000 kWh. De acordo com os cálculos da empresa, essa energia<br />
gerada de forma sustentável reduzirá as emissões de CO2 prejudiciais ao clima da usina em 175 tonela<strong>das</strong><br />
por ano. Há doze anos que a empresa segue de forma sistemática um plano de ação de longo prazo em<br />
Espanha, para reduzir a sua pegada climática, tendo realizado a sua primeira auditoria energética em 2009.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 51
NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Produto<br />
PAINÉIS ENDOTÉRMICOS PARA CABINES PINTURA<br />
CETRUS REDUZ CUSTOS ENERGÉTICOS EM MAIS DE 80%<br />
Os Painéis endotérmicos da Cetrus transmitem<br />
diretamente calor à superfície do veículo, sem<br />
dispersão, reduzindo em mais de 80% o custo<br />
energético e também a pegada carbónica. Os kits de<br />
painéis usam de 26 a 40kW (conforme modelo), cerca<br />
de 8 vezes menos que a capacidade térmica dos permutadores<br />
de calor <strong>das</strong> cabines tradicionais. Estes kits<br />
podem ser fornecidos em conjuntos de 8, 10, 14 ou 16.<br />
A estrutura externa dos painéis é constituída por um<br />
perfil de alumínio de alta rigidez, e o elemento calorifico<br />
é comporto por uma chapa de alumínio pintada<br />
com tinta de alta temperatura branca. Por trás do painel<br />
está um isolante térmico. O peso de cada painel é<br />
de cerca de 16kg. Estes kits podem ser montados em<br />
todo o tipo de cabines de pintura, novas ou existentes e<br />
de to<strong>das</strong> as marcas. Os painéis são controlados através<br />
de um quadro Touch Screen onde inclusive pode ser<br />
visto o custo real da operação de pintura.<br />
Um investimento de rápido retorno<br />
Instalar um sistema de painéis endotérmicos é um<br />
excelente investimento para as oficinas de reparação<br />
e pintura. Ao contrário dos queimadores tradicionais<br />
este sistema requer uma manutenção mínima. Começa<br />
a poupar logo desde o primeiro dia da instalação.<br />
Cada ciclo de pintura custa cerca de 5.5€, poupando<br />
cerca de 29.5€ face ao queimador tradicional de gasóleo.<br />
A Cetrus, através de parceria com uma instituição<br />
de crédito, oferece a possibilidade aos seus clientes de<br />
fazer um aluguer operacional deste equipamento. Assim,<br />
pelo valor que vai economizar com a mudança de<br />
sistema, poderá pagar um aluguer operacional e ainda<br />
poupar algum dinheiro. No final do contrato, por um<br />
valor residual, a oficina pode ficar com o equipamento.<br />
para TODO o tipo de cabines pintura<br />
As várias configurações disponíveis asseguram várias<br />
soluções à medida <strong>das</strong> necessidades de cada<br />
cliente ou de cada estufa de pintura. Ao optar por<br />
um sistema de painéis endotérmicos e inutilizando<br />
a caldeira a gás ou gasóleo a oficina está a contribuir<br />
positivamente para o ambiente. Um ciclo de<br />
pintura consome cerca de 17l de gasóleo, e corresponde<br />
a cerca de 47.35kg de CO2 enviados para a<br />
atmosfera. Por dia x 3 ciclos de pintura (por ex.)<br />
serão: 142.05kg; Por mês: 3.125 kg;; Por ano: 37.5<br />
Tonela<strong>das</strong> de CO2 emitidos vs Emissões ZERO com<br />
painéis endotérmicos. Se a oficina tiver ou vier a ter<br />
produção própria de energia através de painéis fotovoltaicos,<br />
então praticamente, o custo energético<br />
de cada pintura (após amortização dos equipamentos)<br />
será praticamente ZERO. Além disso, o recurso<br />
às Energias Renováveis constitui uma solução para<br />
muitos problemas sociais associados ao consumo de<br />
combustíveis fósseis. O seu uso permite uma melhoria<br />
do nível de vida, em especial nos países sem reservas<br />
petrolíferas como Portugal, diminuindo a sua<br />
dependência económica e reduzindo os impactos<br />
negativos resultantes da queima dos combustíveis<br />
na sua utilização e transformação de energia.<br />
52 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO EM RENTING<br />
Hella Gutmann | A FM Equipamentos está a promover a venda de equipamentos de<br />
diagnóstico Hella Gutmann em renting. Ao não necessitar de uma quantidade avultada de<br />
capital para a aquisição do equipamento de diagnóstico que necessita, a oficina tem agora a<br />
possibilidade de o alugar. Como exemplo, o Macs One pode ser alugado através de renting na<br />
modalidade de 36 meses, por um valor mensal de 59,60 Euros + IVA. A inexistência de custos<br />
de entrada ou de investimento inicial e a despreocupação relativamente à depreciação do<br />
equipamento, são fatores que, sem dúvida, aliviam imenso o esforço contabilístico da oficina.<br />
A empresa usufrui de uma renovação do equipamento, sem afetar a tesouraria, tendo o<br />
controlo rigoroso dos seus custos. Além disso, a renda mensal de um renting é completamente<br />
dedutível em sede de IVA e de IRC. E como a empresa não chega a adquirir o equipamento<br />
(apenas o aluga), nenhum financiamento fica contabilizado no seu balanço contabilístico.<br />
Para mais informações contactar FM Equipamentos através de telemóvel 917 213 877 ou<br />
email: info@fm-equipamentos.com<br />
BANCO DE TESTE PARA INJETORES COMMON RAIL<br />
Bosch | A Bosch desenvolveu o DCI 200, um banco de teste de injetores Common Rail unitário. Tal como<br />
o DCI 700, o DCI 200 pode testar com precisão e fiabilidade os injetores de carros e camiões. Na prática<br />
diária da oficina, os novos padrões de emissões significam que a precisão ao testar injetores Common Rail<br />
instalados em motores diesel modernos está a tornar-se cada vez mais importante. Quanto mais precisa for<br />
a medição do volume do injetor, maior será a precisão com que os injetores podem ser ajustados. A Bosch<br />
desenvolveu o DCI 200, um banco de teste de injetores Common Rail unitário. Tal como o DCI 700, o DCI<br />
200 pode testar com precisão e fiabilidade os injetores de carros e camiões. Graças ao seu novo sistema de<br />
medição, o DCI 200 pode também ser usado para testar injetores equipados com os mais recentes sistemas<br />
de controlo de injeção, como Controlo de Fecho de Válvula (VCC) e Controlo de Fecho de Agulha (NCC). Um<br />
controlo eletrónico de circuito fechado garante a medição precisa dos injetores VCC e NCC ao longo da sua<br />
vida útil e está em conformidade com os atuais padrões de emissão.<br />
SKF LANÇA<br />
NOVA GAMA<br />
DE MOLAS DE<br />
SUSPENSÃO<br />
A<br />
SKF desenhou uma nova gama de Molas de Suspensão,<br />
focando-se numa experiência divertida e<br />
que, ao mesmo tempo, garante a segurança. As<br />
molas de suspensão foram submeti<strong>das</strong> a vários testes<br />
exaustivos, incluindo testes de pulverização de sal para<br />
verificar a resistência à corrosão, e um teste de resistência<br />
de 500.000 compressões, validando a utilização da<br />
mola de suspensão em qualquer condição rodoviária.<br />
Além disso, as molas têm um revestimento de fosfato<br />
de zinco e de epoxy preto para proteção contra a corrosão”,<br />
diz o Responsável de produto SKF. As molas de<br />
suspensão da SKF foram concebi<strong>das</strong> a pensar no conforto<br />
dos passageiros da viatura. Estão também comprova<strong>das</strong><br />
para a durabilidade em quaisquer condições<br />
de estrada, garantindo simultaneamente uma experiência<br />
divertida de condução. Tudo isto foi possível graças<br />
ao facto de os produtos serem fabricados de acordo com<br />
as especificações e qualidade do Equipamento Original<br />
e, consequentemente, terem as mesmas características,<br />
cobrindo todos os tipos de molas de suspensão (como<br />
por exemplo, molas de carga lateral e mini-blocos).<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 53
Notícias<br />
Produto<br />
LIQUI MOLY<br />
ADICIONA ao PORTFÓLIO MARINE DETAILER<br />
O<br />
novo Marine Detailer da LIQUI MOLY é o<br />
melhor amigo para o revestimento exterior de<br />
embarcações proporcionando brilho e proteção.<br />
É adequado para pinturas, plásticos reforçados<br />
com fibra de vidro e revestimentos em gel. O Marine<br />
Detailer não só dá brilho, como também atua contra<br />
a sujidade. O spray remove sem esforço as poeiras,<br />
os vestígios de patas de animais e, até, excrementos<br />
de aves. A novidade na gama de produtos Marine<br />
do especialista alemão em produtos químicos para<br />
automóveis é um spray extremamente eficaz, que<br />
sela as pinturas lisas durante várias semanas e lhes<br />
dá brilho. Também pode ser pulverizado sobre<br />
revestimentos de gel e plásticos reforçados com<br />
fibra de vidro. Em áreas trata<strong>das</strong>, a água escorrega<br />
e a sujidade nova não consegue espalhar-se. Uma<br />
vez que os Detailer contêm uma maior proporção<br />
de tensioativos de limpeza, podem também ser aplicados<br />
em superfícies ligeiramente sujas. São ideais<br />
para uma limpeza intermédia rápida. O Marine<br />
Detailer funciona em superfícies secas e molha<strong>das</strong>.<br />
Quando o barco ainda está húmido com orvalho,<br />
basta pulverizar a pintura e limpar com um pano.<br />
O tipo de pano utilizado tem uma grande influência<br />
no resultado. O melhor resultado consegue-se com<br />
um pano de microfibras de pelo comprido com corte<br />
a laser.<br />
LUBRIFICANTE QUE PROMOVE<br />
POUPANÇA COMBUSTÍVEL<br />
cepsa | O novo XTAR 0W30 ECO W da Cepsa é um lubrificante 100% sintético formulado com<br />
óleos de base polialfaolefina (PAO), de baixo teor em cinzas (SAPS). Indicado para veículos equipados<br />
com filtros de partículas (DPF/GPF), em especial para os motores do Grupo VAG. Este lubrificante é<br />
especialmente recomendado para os sistemas Start&Stop, devido ao seu excelente grau de fluidez<br />
no momento do arranque, inclusive a temperaturas muito baixas. Do mesmo modo, o seu elevado<br />
desempenho contra a oxidação e a capacidade de retenção do nível de detergência garantem um<br />
bom desempenho em veículos híbridos, que são equipados com motor a gasolina e elétrico, assim<br />
como em motores a gás (GPL / GNV) ou quando são utilizados biocombustíveis. O XTAR 0W30 ECO W<br />
pode ser utilizado em veículos de qualquer marca que requeiram um lubrificante de viscosidade SAE<br />
0W-30 com especificação ACEA C3.<br />
APRESENTA KITS CORRENTES DE DISTRIBUIÇÃO<br />
MS Motorservice | A MS Motorservice está a expandir o seu portfólio de produtos com<br />
Kits de correntes de distribuição. Os nove artigos atualmente disponíveis abrangem cerca de 2200<br />
tipos de veículos. Isto corresponde a um potencial de mercado de mais de 46 milhões de veículos em<br />
todo o mundo. Os Kits de correntes de distribuição caraterizam-se por uma qualidade de produto<br />
extremamente elevada com uma longa vida útil e uma elevada funcionalidade. Afinal, têm de<br />
cumprir os requisitos de elevada qualidade do concessionário internacional de peças sobresselentes.<br />
Para este efeito, todos os componentes dos conjuntos de correntes de distribuição são submetidos a<br />
testes funcionais pela garantia de qualidade. Enquanto organização comercial para as atividades de<br />
mercado de pós-venda da Rheinmetall, a Motorservice obtém uma grande parte da sua gama diretamente<br />
a partir do seu próprio grupo, que inclui, entre outras, a filial Kolbenschmid. Isto significa<br />
que o especialista global em peças sobresselentes tem os conhecimentos e os elevados padrões de<br />
qualidade de um grande fornecedor internacional de automóveis.<br />
54 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
3A AFTERMARKET ADQUIRE<br />
ATM – AUTO TORRE DA MARINHA<br />
ATM | Tendo como objetivo principal a aquisição de participações em empresas de comércio de peças e<br />
pneus, a 3A Aftermarket (nome que resume Automotive Aftermarket Alliance) faz o seu segundo investimento<br />
em Portugal com a compra da empresa ATM – Auto Torre da Marinha, membro do grupo do Aser<br />
em Portugal, um dos players de mercado de referência na sua zona de atividade. A 3A identificou na ATM –<br />
Auto Torre da Marinha, uma empresa líder de mercado na sua zona de atuação, capacidade de adaptar-se<br />
às constantes mudanças do mercado e com um potencial de crescimento muito interessante. Os anos de<br />
experiência no mercado deram à ATM – Auto Torre da Marinha um profundo conhecimento <strong>das</strong> necessidades<br />
dos clientes e de como melhor os servir. A ATM – Auto Torre da Marinha dispõe de um abrangente<br />
portfólio de produtos capaz de dar resposta às solicitações dos seus clientes. A 3A irá manter a estrutura<br />
de gestão atual. Esse é aliás um fator distintivo da 3A. As empresas que passam a fazer parte do grupo 3A<br />
mantêm a sua autonomia de gestão a todos os níveis. A 3A Aftermarket é uma empresa criada para investir<br />
no desenvolvimento do negócio do aftermarket na península ibérica. Desta forma a 3A espera obter o<br />
máximo, da performance de cada empresa, aproveitando as sinergias gera<strong>das</strong> pelo efeito de grupo.<br />
NORAUTO FORTALECE CULTURA “PEOPLE CENTRIC”<br />
NORAUTO | A Norauto decidiu atribuir um prémio extraordinário, de até 400 euros, aos seus colaboradores<br />
como forma de mitigar os impactos da inflação nos rendimentos no mês de Dezembro, através de um<br />
cartão pré-pago para ser utilizado numa rede retalhista e vem complementar os tradicionais jantares de<br />
natal <strong>das</strong> equipas e os cabazes de Natal. Paralelamente a este apoio imediato e para fazer face ao período<br />
de inflação atual, a empresa preparou o PAC Norauto, um Plano de Apoio ao Colaborador, que prevê apoios<br />
específicos e especializados em situações de dificuldade, sendo estes apoios sempre analisados de forma<br />
individualizada. Atualmente a empresa já disponibiliza seguro de vida, seguro de saúde, consultas de<br />
psicologia a todos os colaboradores e fruta gratuita nas áreas sociais. Além destas medi<strong>das</strong>, o pacote de<br />
benefícios extra-salariais para 2023 será reforçado com “day-off” no dia de aniversário, ou seja mais dia de<br />
folga que contribuirá para uma maior conciliação com a vida familiar. As condições de trabalho, o bem-estar<br />
e a satisfação <strong>das</strong> equipas são compromissos que estão na base de diversas decisões da empresa e que<br />
procuram contribuir para a estabilidade profissional dos quase 620 colaboradores, 93% dos quais com<br />
contratos sem termo. A Norauto assume-se assim como uma empresa People Centric e isto significa colocar<br />
as pessoas e as famílias em primeiro lugar.<br />
VALORCAR COLABORA COM A ZERO<br />
NA CAMPANHA RESIAUTO<br />
VALORCAR | A VALORCAR colaborou com a ZERO no lançamento duma campanha de<br />
informação e sensibilização dos condutores e <strong>das</strong> empresas, visando a prevenção e reciclagem dos<br />
resíduos dos automóveis, ao longo de todo o seu ciclo de vida. Esta campanha, que conta também<br />
com o apoio da VALORPNEU e da SOGILUB, pretende divulgar um conjunto de práticas de condução<br />
e manutenção dos automóveis que permita prolongar o tempo de vida <strong>das</strong> diversas componentes<br />
<strong>das</strong> viaturas, reduzindo a produção de resíduos e aportando poupanças económicas para os seus<br />
utilizadores. Nesta iniciativa será também divulgada informação específica sobre boas práticas<br />
para a gestão dos resíduos dos automóveis, de forma a potenciar a sua reutilização e reciclagem.<br />
As informações a divulgar sobre a gestão de resíduos abrangem diversas temáticas, tais como:<br />
O veículo em fim de vida (onde entregá-lo e abater a matrícula legalmente); Os pneus (recolha,<br />
recauchutagem e reciclagem); Os óleos lubrificantes (recolha do óleo e o processo de regeneração<br />
industrial dos óleos usados); As baterias (entrega em operador legal e processo de reciclagem); As<br />
peças automóveis usa<strong>das</strong> (aquisição de peças em operadores licenciados); A reciclagem de outras<br />
componentes dos automóveis (metais, vidros, plásticos, etc).<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 55
Notícias<br />
Produto<br />
LÂMPADA IRT UV SPOtcURE 2<br />
ZAPHIRO | A ZAPHIRO não para de inovar e desta vez,<br />
trouxe para o mercado Português e Espanhol, a nova lâmpada<br />
Spotcure 2 de cura UV por IRT. A Spotcure2 junta-se à gama de<br />
máquinas IRT, líder de mercado LEDs UV portáteis, alimentada<br />
por uma bateria para reparações pontuais. Com 132 LEDs de<br />
alta potência, a nova lâmpada IRT UV Spotcure 2 pode curar<br />
superfícies de 30 cm em 20 segundos, superfícies de 70 cm<br />
em 1 minuto e superfícies de 100 cm em apenas 2 minutos. A<br />
cura ultravioleta, é cada vez mais usada em chapas metálicas<br />
e oficinas de pintura, à medida que aumenta a produtividade<br />
da loja enquanto se economiza tempo de inatividade. Esta<br />
nova ferramenta, mantém o mesmo nome da sua predecessora<br />
lâmpada de cura UV, mas maiores áreas de reparação e tempos<br />
de cura menores. Além disso, esta lâmpada incorpora um guia<br />
visual com tela e temporizador multifuncional para melhorar o<br />
controlo do processo, tudo graças a um novo software avançado<br />
com tecnologia de proteção contra superaquecimento.<br />
ADICIONA 24 NOVAS<br />
REFERÊNCIAS AO PORTFÓLIO<br />
BGA | A BGA (BG Automotive) expandiu a sua oferta de produtos<br />
com 24 novas referências em várias categorias, tais como:<br />
correntes de distribuição, refrigeração, direção e suspensão. Os<br />
destaques incluem uma cadeia de distribuição ‘TC9113FK’ que<br />
cobre modelos Toyota como HIACE de 2019 em diante, HILUX<br />
2015 em diante e LAND CRUISER 2020 em diante. “A corrente<br />
de distribuição vem pré-lubrificada com o nosso lubrificante de<br />
corrente especialmente formulado. A fórmula exclusiva Chain<br />
Shield da BGA garante a pré-lubrificação para sincronizar com a<br />
escolha de lubrificação do motor, sem efeitos adversos no sistema<br />
de lubrificação do motor”, revelou a BGA. A BG Automotive<br />
(BGA) lança novos produtos todos os meses para garantir, a<br />
todos os seus clientes, as mais recentes aplicações de produtos<br />
no mercado de reposição automotivo. A gama de direção e<br />
suspensão da BGA tem agora 21 novas referências adiciona<strong>das</strong><br />
para BMW, Audi, VW, Citroen, Peugeot, Toyota, Vauxhall, Ford,<br />
Honda, Mazda, Mercedes, Renault, Mini e Skoda.<br />
APRESENTA NOVO CATÁLOGO<br />
COMPONENTES ELÉTRICOS<br />
MAI | A MAI empresa especializada na venda e distribuição<br />
de peças elétricas para Automóveis, Náutica, Caravanismo<br />
e Solar, acaba de lançar um novo catálogo. A experiência de<br />
mais de 60 anos no setor permitiu à MAI desenvolver uma<br />
marca de referência no mercado de peças sobressalentes<br />
elétricas para veículos automóveis e comerciais. A filosofia empresarial<br />
baseia-se no serviço aos clientes, na qualidade dos<br />
produtos e na constante inovação e adaptação ao mercado.<br />
Como resultado, os seus horizontes estão constantemente a<br />
expandir-se e as fronteiras a desaparecer. O mercado é principalmente<br />
espanhol, mas está constantemente em expansão<br />
para outros países, designadamente Portugal.<br />
OLIPES DESENVOLVE<br />
AVEROIL 5W30 UHP<br />
PARA PESADOS<br />
A<br />
Olipes<br />
desenvolveu o lubrificante Averoil<br />
5W30 UHP, destinado aos modernos motores<br />
dos veículos pesados que operam em<br />
regimes de serviço muito exigentes. Com este óleo<br />
de baixa viscosidade a frio facilitam-se os arranques<br />
a baixa temperatura e minimiza-se o consumo de<br />
combustível, graças à sua qualificação de “Energy<br />
Conserving”. “Para as empresas de transportes é essencial<br />
que os veículos pesados mantenham um funcionamento<br />
eficiente durante todo o ano e os meses<br />
de frio são os mais exigentes, especialmente em termos<br />
de consumo de combustível e de proteção do<br />
turbo. Os gestores <strong>das</strong> frotas sabem que é vital que<br />
se garanta continuamente um alto rendimento do<br />
motor, para desta forma otimizarem a eficiência, a<br />
rentabilidade e a competitividade do seu negócio. E<br />
para tal, o lubrificante é um componente fundamental.<br />
E ainda mais quando se trabalha sob as duras<br />
condições ambientais no inverno”, explicou Fernando<br />
Díaz, codiretor geral executivo da Olipes.<br />
56 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
F<br />
| A Wolf Lubricants continua a expandir e<br />
atualizar a sua gama híbrida para equipar o<br />
mercado pós-venda com as inovações mais<br />
recentes de lubrificantes e fluidos. A extensa gama<br />
oferece 100 % de cobertura de modelos de veículos<br />
híbridos, com 45 produtos inovadores, incluindo<br />
8 óleos de motor formulados para utilização em<br />
aplicações de veículos híbridos. Esta atualização<br />
WOLF LUBRICANTS<br />
ATUALIZA GAMA HÍBRIDA<br />
demonstra o compromisso da Wolf para com a mobilidade<br />
elétrica e o apoio de manutenção para os<br />
veículos híbridos, consolidando a sua posição como<br />
um principais participantes da mobilidade elétrica.<br />
Em 2021, o mercado dos elétricos híbridos global<br />
alcançou 5,5 milhões de veículos e espera-se que<br />
alcance 31,2 milhões de unidades até 2027: uma<br />
impressionante CAGR (taxa de crescimento anual<br />
composta) de 31,9 %. O forte crescimento é impulsionado<br />
pelos esforços globais contínuos para reduzir<br />
as emissões e pela legislação que incentivou de<br />
forma agressiva os OEM a produzir veículos elétricos<br />
híbridos com menor consumo de combustível e<br />
emissões de CO2 em comparação com os veículos<br />
alimentados apenas por motores de combustão interna<br />
(ICE).<br />
LANÇA 255 NOVAS REFERÊNCIAS<br />
Metalcaucho | A Metalcaucho faz o último lançamento do ano com 255 novas peças<br />
sobressalentes, para atingir o número total de 30.000 referências no seu catálogo, a mais<br />
extensa do setor na sua categoria. Para concluir 2022, apresenta um lançamento muito variado,<br />
incluindo peças sobressalentes para 34 famílias de produtos diferentes, entre os quais se destacam<br />
34 cubos de ro<strong>das</strong>, 31 apoios de motor e caixa de velocidades, 17 cremalheiras de direção<br />
e 15 permutadores de calor. Deve ser feita uma menção especial ao crescimento constante da<br />
família de produtos de direcção, uma linha com um grande valor estratégico para a Metalcaucho,<br />
que está em constante crescimento graças às sinergias com a empresa-mãe BBB Industries, líder<br />
americano na família dos componentes de direção. Deve-se recordar que to<strong>das</strong> as cremalheiras<br />
de direção, com 146 referências já em stock, são 100% novas, e são verifica<strong>das</strong> no próprio<br />
laboratório de qualidade da Metalcaucho com testes dinâmicos.<br />
SOLUÇÃO PARA CRISTALIZAÇÃO DO ADBLUE<br />
AMIVATIO | A empresa Amivatio anuncia um produto inovador e único no mundo. Após ouvir os seus<br />
clientes e as dificuldades que encontravam, decidiu investir tempo em investigação e testes com vista a<br />
solucionar uma lacuna do mercado, que é a “cristalização” do Adblue. Desenvolveu um aditivo 2 em 1 que<br />
para além de conseguir limpar a cristalização do Adblue também consegue prevenir que este cristalize e<br />
que para além de provocar avarias dispendiosas nos componentes responsáveis pelo bom funcionamento<br />
deste sistema, pode também afetar o dia-a-dia de qualquer condutor, pois o veículo pode não conseguir<br />
arrancar e ficar paralisado derivado as falhas no Adblue. Para quem tem uma frota de pesados que faça<br />
viagens de longo curso pode ser uma grande dor de cabeça, para além de dispendioso afeta toda a logística<br />
inerente. O Urea Anti Crystal Additive elimina e previne a formação de cristais de ácido cianídrico e<br />
incrustações no sistema de Adblue, evitando assim o risco de paralisação do carro.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2023 57
Técnica<br />
&Serviço
Colaboração CESVIMAP<br />
www.cesvimap.com<br />
BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS EM OFICINAS<br />
OFICINAS<br />
VERDES<br />
A IMPLEMENTação DAS BOAS PRÁTICAS,<br />
DESENVOLVIDAS COM CRITÉRIOS<br />
DE SUSTENTABILIDADE, DIMINUI O EFEITO<br />
DA ATIVIDADE DA OFICINA DE REParação<br />
DO MEIO AMBIENTE. UMA PARTE DESTAS PRÁTICAS<br />
TEM UM INCENTIVO ADICIONAL: UMA REDUÇÃO DOS<br />
CUSTOS DE PRODUÇÃO E UMA MELHORIA<br />
DA RENTABILIDADE DO NEGÓCIO<br />
Incêndios, poluição dos mares e rios,<br />
inundações ou secas, são algumas<br />
<strong>das</strong> consequências da pegada da atividade<br />
humana no meio ambiente. São<br />
cada vez mais extensas as suas sequelas<br />
económicas e pessoais. A sustentabilidade<br />
do nosso planeta afeta a todos nós<br />
e é o trabalho de todos reduzir ao mínimo<br />
o nosso impacto.<br />
Embora a atividade <strong>das</strong> oficinas de reparação<br />
de automóveis não seja a mais<br />
nociva para o meio ambiente como os<br />
outros processos industriais similares,<br />
gerir inadequadamente os recursos<br />
com os que trabalham, levará a efeitos<br />
indesejáveis. Na atualidade já são<br />
defini<strong>das</strong> uma vasta coleção de boas<br />
práticas para minimizar este impacto<br />
em relação ao consumo de energia, de<br />
produtos ou os resíduos que geram,<br />
aplicáveis a qualquer atividade ou negócio.<br />
Detalhamos, especificamente, as<br />
oficinas de automóveis ou que tenham<br />
um valor adicionado nesta atividade.<br />
Consumos energéticos<br />
A principal medida para controlar o<br />
consumo energético é centrada na manutenção<br />
<strong>das</strong> instalações e do equipamento<br />
produtivo da oficina. Um plano<br />
rigoroso de manutenção preventiva,<br />
com o seu adequado controlo e seguimento,<br />
vai permitir o pleno rendimento<br />
de todos os componentes no seu<br />
A PRINCIPAL MEDIDA PARA<br />
CONTROLAR O CONSUMO ENERGÉTICO<br />
É CENTRADA NA MANUTENÇÃO DAS<br />
INSTALAÇÕES E DO EQUIPAMENTO<br />
PRODUTIVO DA OFICINA<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 23 59
TÉCNICA<br />
&SERVIÇO<br />
UMA INSTALAÇÃO DE autoCONSUMO FotoVOLtaiCO<br />
PODERÁ PROPORCIONAR À OFICINA UMA CapaCIDADE<br />
DE autossuFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE MAIS DE 50%<br />
funcionamento. Todavia, se o nosso<br />
objetivo é de reduzir o consumo de<br />
forma significativa, o único caminho<br />
que existe é substituir o equipamento<br />
por outro com uma maior eficiência<br />
energética. O desenvolvimento<br />
tecnológico e a sua aplicação ao equipamento<br />
da oficina torna possível<br />
que haja atualmente opções verdadeiramente<br />
eficientes. Por exemplo,<br />
as cabines de pintura com o sistema<br />
“inverter” conseguem uma importante<br />
poupança elétrica no arranque<br />
dos motores de impulsão e extração<br />
de ar. Se, para além disso, tivermos<br />
um controlador que adapte a sua velocidade<br />
às necessidades de fluxo de<br />
ar de cada operação podemos reduzir<br />
em 50% ou mais o consumo elétrico<br />
-interessante hoje em dia. Esta poupança<br />
é conseguida num ciclo completo<br />
de pintura de um veículo em<br />
relação a uma cabina convencional.<br />
Se complementarmos esta medida<br />
com uma linha de tinta de secagem<br />
rápida, podemos reduzir o consumo<br />
elétrico 35% mais, uma vez que diminui<br />
o tempo de funcionamento<br />
dos motores da cabine. Logicamente,<br />
ambas as medi<strong>das</strong> envolvem uma<br />
inversão inicial e um aumento dos<br />
custos de produção, mas pouparíamos<br />
em cada ciclo de pintura aproximadamente<br />
10 € (Este cálculo foi<br />
efetuado com um preço da eletricidade<br />
de 320 €/MWh).<br />
Os outros exemplos de equipamentos<br />
com uma grande eficiência energética<br />
são as cabines com queimadores<br />
de gás de chama direta ou as que utilizam<br />
a energia elétrica ao criar calor<br />
mediante os painéis endotérmicos.<br />
Em ambos os casos a transmissão do<br />
calor é praticamente imediata. Esta<br />
é a sua principal vantagem, pela redução<br />
do consumo energético em<br />
relação às cabines com permutador<br />
de calor convencional. Usar gás natural<br />
ou eletricidade para criar calor<br />
tem uma outra vantagem adicional:<br />
ao obter a mesma potência calorífica<br />
com o gás natural implica que emita<br />
30% menos gases com efeito de estufa<br />
do que se fizéssemos com gasóleo.<br />
Esta redução pode ser ainda maior se<br />
utilizarmos a eletricidade a partir de<br />
fontes renováveis para criar calor.<br />
Na maioria <strong>das</strong> oficinas de reparação<br />
de automóveis, pelas caraterísticas<br />
<strong>das</strong> suas edificações, é possível fixar<br />
na cobertura painéis fotovoltaicos<br />
para a criação de eletricidade. Uma<br />
instalação de autoconsumo fotovoltaico<br />
poderá proporcionar à oficina<br />
uma capacidade de autossuficiência<br />
energética de mais de 50%. Atualmente<br />
é um bom momento para a<br />
transição energética perante a energia<br />
solar, facilitado pela nova norma<br />
a este respeito e as subvenções existentes.<br />
Consumo de materiais e<br />
produtos<br />
As oficinas de reparação também<br />
podem reduzir o seu consumo de<br />
materiais e produtos. É necessário<br />
aproveitar os recursos materiais dos<br />
veículos, ao prolongar o seu ciclo<br />
de vida ao máximo. Seguindo este<br />
princípio de economia circular, os<br />
esforços da oficina devem ser centrados<br />
na priorização da reparação <strong>das</strong><br />
peças frontais em vez da sua substi-<br />
60 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
tuição por novas peças sobresselentes.<br />
Isto só se consegue ao programar<br />
processos de reparação eficientes e o<br />
equipamento necessário para o efeito.<br />
Posteriormente, há que estar com<br />
atenção para poderem ser constantemente<br />
adaptados à evolução dos materiais<br />
com que serão fabricados os<br />
veículos e aos avanços da tecnologia<br />
de reparação. É essencial a formação<br />
para adquirir ou atualizar os conhecimentos<br />
e competências dos técnicos<br />
da oficina em intervenções sobre os<br />
plásticos, aços, alumínio, materiais<br />
compostos ou vidros.<br />
Não obstante, mesmo que a reparação<br />
não seja viável por um ou outro<br />
motivo, é possível seguir ao ser aplicado<br />
o princípio da economia circular<br />
mediante as peças sobresselentes<br />
usa<strong>das</strong> ou reutiliza<strong>das</strong> provenientes<br />
de veículos que já tenham chegado ao<br />
fim da sua vida útil. Cada vez que é<br />
reutilizada uma <strong>das</strong> peças não é necessário<br />
extrair as matérias-primas<br />
da natureza, nem de utilizar os recursos<br />
no seu fabrico. Para tal, pode<br />
recorrer a um Centro Autorizado de<br />
Tratamento para veículos em fim de<br />
vida, que dispõe de uma ampla oferta<br />
de peças usa<strong>das</strong> com garantia. Um<br />
outro aspeto importante é o consumo<br />
dos produtos de tinta. É uma boa<br />
prática implantar um controlo do<br />
seu uso, ao registar as quantidades de<br />
cada reparação. Com o registo, iremos<br />
determinar se existem desvios no<br />
consumo ou se podemos otimizá-lo.<br />
Um exemplo: ajustar mais as quantidades<br />
dos produtos preparados,<br />
utilizar frequentemente técnicas de<br />
pintura parcial ou pistolas pulverizadoras<br />
com tecnologia que desenvolva<br />
a transferência da tinta à superfície.<br />
Sobre o resto dos materiais de pintura,<br />
como os produtos para o lixamento<br />
e o polimento, o mascaramento<br />
ou a preparação de misturas,<br />
é recomendável utilizar elementos<br />
de alta eficácia. São mais caros, mas<br />
também mais duradouros, uma vez<br />
que ajudam a reduzir os resíduos que<br />
são produzidos na oficina. Por este<br />
mesmo motivo, devemos excluir, na<br />
medida do possível, os consumíveis<br />
de uso único.<br />
Gestão de resíduos<br />
Na atividade <strong>das</strong> oficinas de automóveis<br />
é inevitável gerar resíduos<br />
perigosos e não perigosos, por muito<br />
esforço que façamos para otimizar<br />
o consumo dos materiais e dos produtos.<br />
No entanto, uma segregação<br />
detalhada, ao armazenar cada tipo de<br />
resíduos separadamente, bem identificados<br />
e em lugares protegidos,<br />
facilitará a sua posterior reciclagem.<br />
Isto minimizará o seu impacto sobre<br />
o meio ambiente. Por exemplo, existe<br />
uma grande diferença entre as emissões<br />
de gases com efeito de estufa ao<br />
extrair o alumínio diretamente da<br />
natureza do que produzir peças de<br />
sucata com este material. Porquê? É<br />
fácil, poupa-se uma grande quantidade<br />
de energia elétrica com o segundo<br />
exemplo. Assim, ao segregar um só<br />
capot de alumínio para reciclagem e<br />
recuperação da sua matéria-prima,<br />
permite evitar até 65 kg de CO2. É<br />
aproximadamente o mesmo que conduzir<br />
400 quilómetros num automóvel<br />
a gasolina. Felizmente, são cada<br />
vez mais as oficinas sensibiliza<strong>das</strong><br />
com a proteção do meio ambiente e<br />
a seguir estas práticas. É a tarefa de<br />
todos de reconhecer os seus esforços<br />
para que a sua atividade não afete negativamente<br />
na sustentabilidade.<br />
A ANECRA vai permitir a cinquenta<br />
empresas do Comércio e da Reparação<br />
Automóvel, de todo o país, a obtenção<br />
da certificação “EFFICIEN-<br />
TIA”, que visa fomentar a eficiência<br />
energética, a aquisição de comportamentos<br />
mais racionais, quanto ao<br />
consumo de energia e a adoção de<br />
novos hábitos de consumo. To<strong>das</strong> as<br />
empresas do Comércio e da Reparação<br />
Automóvel, associa<strong>das</strong> ou não<br />
da ANECRA, podem candidatar-se,<br />
gratuitamente, à obtenção da certificação<br />
através do preenchimento do<br />
formulário no website da Associação.<br />
Segundo Roberto Gaspar, Secretário-Geral<br />
da ANECRA, “a sensibilização<br />
para a importância do tema da<br />
energia, enquanto recurso escasso, e<br />
a sua forma de utilização, é um tema<br />
central no subsector <strong>das</strong> empresas do<br />
Comércio e da Reparação Automóvel.<br />
Por essa razão, é urgente oferecer-<br />
-lhes ferramentas críticas para promoção<br />
de novos comportamentos em<br />
relação à temática da Energia, potenciando<br />
uma participação mais sustentável<br />
e racional na sociedade em<br />
geral”. A certificação “EFFICIENTIA”<br />
terá ainda, como suporte à sua comunicação,<br />
além da página de Internet,<br />
a dinamização em redes sociais:<br />
Facebook, Instagram e LinkedIn, a<br />
impressão de cartazes informativos,<br />
a realização de três workshops de<br />
âmbito nacional e de um manual de<br />
eficiência energética para adoção por<br />
parte <strong>das</strong> empresas. l<br />
MESMO QUE A REPARAÇão DA PEÇA NÃO SEJA VIÁVEL É POSSÍVEL<br />
SEGUIR O PRINCÍPIO DA ECONOMIA CIRCULAR COM A UTILIZAÇão<br />
DE PEÇAS SOBRESSELENTES USADAS OU REUTILIZADAS
Gestão<br />
plesmente pedir a um membro da equipa que faça<br />
telefonemas aleatórios, trate esta tarefa como se<br />
fosse uma campanha. Faça a chamada tanto para<br />
ouvir como para informar, dando-lhes a conhecer<br />
os seus serviços, as suas ofertas de boas-vin<strong>das</strong> e<br />
as novidades que está a lançar. Utilize a chamada<br />
para atualizar dados e fazer correções.<br />
MARKETING PARA OFICINAS<br />
SURPREENDA<br />
O SEU CLIENTE!<br />
MUITAS OFICINAS NÃO COMPREENDEM O MARKETING,<br />
mas DEVIAM, POIS É absolutamente VITAL PARA O SEU POTENCIAL<br />
DE SUCESSO. NÃO IMPORTA SE A OFICINA É GRANDE OU PEQUENA,<br />
OU QUE PRODUTOS OU SERVIÇOS DISPONIBILIZA, A verdade<br />
É QUE O MARKETING NÃO PODE SER IGNORADO E TEM DE FAZER<br />
parte DA CULTURA DE QUALQUER ORGANIZAÇÃO DE SUCESSO<br />
O<br />
marketing é uma <strong>das</strong> funções mais incompreendi<strong>das</strong><br />
do setor. Este facto pode estar<br />
relacionado com a imagem vistosa frequentemente<br />
associada à profissão de marketing. Talvez<br />
também seja visto como algo que só é feito por<br />
pessoas de marketing e não diz respeito ao resto<br />
do setor. Quaisquer que sejam as razões para qualquer<br />
imagem negativa que o marketing possa ter,<br />
é essencial compreender que o marketing é vital<br />
para assegurar a sobrevivência e o crescimento<br />
de qualquer empresa. Deixamos a seguir algumas<br />
dicas sobre o que pode fazer para surpreender os<br />
seus clientes neste início de ano:<br />
1 . Informe novos serviços<br />
que vai disponibilizar<br />
Faça uma lista dos seus novos serviços/revisões<br />
adicionais de veículos com quaisquer ofertas correspondentes.<br />
Quando tiver a sua lista de serviços<br />
e ofertas especiais, planeie as datas de lançamento<br />
dos mesmos, para que tenha um fluxo constante de<br />
campanhas atrativas.<br />
2. Utilize o telefone<br />
Deve contactar telefonicamente os seus clientes<br />
para os informar dos novos serviços que está<br />
a oferecer. Mas seja organizado. Em vez de sim-<br />
3. Aposte nos folhetos<br />
Crie um ou vários folhetos A5, combinando os<br />
detalhes sobre novos serviços e quaisquer ofertas<br />
especiais correspondentes. Coloque os folhetos nas<br />
caixas de correio <strong>das</strong> casas que se encontram nos<br />
códigos postais de onde provém a maior parte dos<br />
seus clientes. Faça o mesmo com os seus clientes<br />
empresariais, com um texto diferente que reflita as<br />
necessidades destes clientes e os serviços que lançou<br />
especificamente para eles.<br />
4. Faça-se ouvir nas redes sociais<br />
Promova as suas atividades e ofertas nas redes sociais.<br />
Tire algumas fotografias da sua oficina e da<br />
equipa. Adicione algum interesse humano às suas<br />
publicações para incentivar a partilha e o apoio.<br />
Envie a fotografia para os meios de comunicação<br />
locais, com um texto sobre os novos serviços que<br />
está a disponibilizar e as campanhas em vigor.<br />
5. Utilize o seu calendário<br />
Certifique-se que as campanhas estão agenda<strong>das</strong><br />
no seu calendário de modo a que, num relance,<br />
consiga ver: quem é o público (clientes particulares<br />
ou empresariais), o que está a oferecer, qual é<br />
a sua mensagem, como irá promover a campanha<br />
em questão (chamada telefónica e 2 e-mails: um<br />
e-mail para o lançamento da campanha e outro de<br />
seguimento), quando tem início e termina (por ex.<br />
1 a 31 de março) e, finalmente, quem é o responsável<br />
por assegurar a concretização. Se conseguir fazer<br />
o planeamento com este método simples, mas<br />
eficaz, as marcações na oficina vão aumentar. Não<br />
só não deixa nada ao acaso, como também garante<br />
que esse marketing de custo reduzido impulsiona<br />
consistentemente os contactos e as marcações, semana<br />
após semana.<br />
Boa sorte! l<br />
62 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
P A R T I C I P E<br />
E P O D E R Á<br />
C H E G A R À F I N A L<br />
N A e x p o M E C Â N I C A<br />
w w w . m e l h o r m e c a t r o n i c o . p t<br />
By jornal <strong>das</strong> oficinas<br />
O r g a n i z a ç ã o | P a r c e r i a | A p o i o<br />
P a t r o c i n a d o r e s 2 0 2 2 | 2 0 2 3
JULHO<br />
1<br />
S<br />
2<br />
D<br />
3<br />
2ª<br />
4<br />
3ª<br />
5<br />
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8<br />
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S<br />
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6ª<br />
S<br />
D<br />
9<br />
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30<br />
31<br />
AGO<br />
3ª<br />
4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
4ª<br />
Assunção d<br />
MARÇO<br />
1<br />
4ª<br />
2<br />
5ª<br />
3<br />
6ª<br />
4<br />
S<br />
5<br />
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6<br />
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8<br />
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S<br />
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2ª<br />
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4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
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5ª<br />
9<br />
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24<br />
31<br />
FEVEREIRO<br />
1<br />
4ª<br />
2<br />
5ª<br />
3<br />
6ª<br />
4<br />
S<br />
5<br />
D<br />
6<br />
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8<br />
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S<br />
D<br />
2ª<br />
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4ª<br />
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6ª<br />
S<br />
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9<br />
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2ª<br />
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27<br />
24<br />
JANEIRO<br />
1<br />
D<br />
2<br />
2ª<br />
3<br />
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4<br />
4ª<br />
5<br />
5ª<br />
6<br />
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7<br />
S<br />
8<br />
D<br />
9<br />
2ª<br />
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11<br />
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14<br />
S<br />
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20<br />
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2ª<br />
24<br />
2ª<br />
31<br />
Ano-Novo<br />
JUNHO<br />
1<br />
5ª<br />
2<br />
6ª<br />
3<br />
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4<br />
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5<br />
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8<br />
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S<br />
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S<br />
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6ª<br />
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24<br />
Dia de Portugal<br />
Corpo de Deus<br />
jornal<strong>das</strong>oficinas.c<br />
ABRIL<br />
1<br />
S<br />
2<br />
D<br />
3<br />
2ª<br />
4<br />
3ª<br />
5<br />
4ª<br />
6<br />
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7<br />
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8<br />
S<br />
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2ª<br />
3ª<br />
4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
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2ª<br />
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6ª<br />
S<br />
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9<br />
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30<br />
24<br />
Sexta-Feira Santa<br />
Páscoa<br />
Dia da Liberdade<br />
Final Melhor Mecatrónico<br />
Final Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
ExpoMECÂNICA<br />
Final Melhor Mecatrónico<br />
ExpoMECÂNICA<br />
Final Melhor Mecatrónico<br />
ExpoMECÂNICA<br />
MAIO<br />
1<br />
2ª<br />
2<br />
3ª<br />
3<br />
4ª<br />
4<br />
5ª<br />
5<br />
6ª<br />
6<br />
S<br />
7<br />
D<br />
8<br />
2ª<br />
3ª<br />
4ª<br />
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6ª<br />
S<br />
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2ª<br />
3ª<br />
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6ª<br />
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D<br />
9<br />
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30<br />
2ª<br />
31<br />
3ª<br />
Dia do trabalhador<br />
CALENDÁRIO PLANNING JORNAL<br />
4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
3ª<br />
3ª<br />
2ª<br />
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3ª<br />
4ª<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
5ª<br />
S<br />
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2ª<br />
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6ª<br />
6ª<br />
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6ª<br />
S<br />
2ª<br />
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4ª<br />
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3ª<br />
S<br />
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S<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
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5ª<br />
2ª<br />
2ª<br />
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S<br />
D<br />
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5ª<br />
6ª<br />
S<br />
4ª<br />
D<br />
Siga-nos nas redes sociais<br />
PORQUE<br />
NÃO SÃO<br />
TODOS IGUAIS<br />
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C<br />
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CY<br />
CMY<br />
K<br />
Planning_2023_vrs2_ok.pdf 1 28/12/2022 10:43<br />
24<br />
JULHO<br />
1<br />
S<br />
2<br />
D<br />
3<br />
2ª<br />
4<br />
3ª<br />
5<br />
4ª<br />
6<br />
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7<br />
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8<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
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6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
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6ª<br />
S<br />
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9<br />
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11<br />
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24<br />
30<br />
31<br />
DEZEMBRO<br />
Restauração da independência<br />
Dia da Imaculada Conceição<br />
Natal<br />
1<br />
6ª<br />
2<br />
S<br />
3<br />
D<br />
4<br />
2ª<br />
5<br />
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6<br />
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7<br />
5ª<br />
8<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
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6ª<br />
S<br />
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2ª<br />
3ª<br />
9<br />
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11<br />
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24<br />
S<br />
31<br />
4ª<br />
5ª<br />
30<br />
6ª<br />
AGOSTO<br />
1<br />
3ª<br />
2<br />
4ª<br />
3<br />
5ª<br />
4<br />
6ª<br />
5<br />
S<br />
6<br />
D<br />
7<br />
2ª<br />
8<br />
3ª<br />
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6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
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S<br />
D<br />
9<br />
10<br />
11<br />
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24<br />
2ª<br />
30<br />
3ª<br />
31<br />
4ª<br />
Assunção de Nossa Senhora<br />
JUNHO<br />
1<br />
5ª<br />
2<br />
6ª<br />
3<br />
S<br />
4<br />
D<br />
5<br />
2ª<br />
6<br />
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7<br />
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8<br />
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S<br />
D<br />
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S<br />
D<br />
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6ª<br />
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27<br />
28<br />
29<br />
30<br />
24<br />
Dia de Portugal<br />
Corpo de Deus<br />
SETEMBRO<br />
1<br />
6ª<br />
2<br />
S<br />
3<br />
D<br />
4<br />
2ª<br />
5<br />
3ª<br />
6<br />
4ª<br />
7<br />
5ª<br />
8<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
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6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
9<br />
10<br />
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4ª<br />
5ª<br />
30<br />
6ª<br />
jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
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9<br />
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30<br />
24<br />
o<br />
Final Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
o<br />
o<br />
MAIO<br />
1<br />
2ª<br />
2<br />
3ª<br />
3<br />
4ª<br />
4<br />
5ª<br />
5<br />
6ª<br />
6<br />
S<br />
7<br />
D<br />
8<br />
2ª<br />
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6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
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9<br />
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29<br />
24<br />
30<br />
2ª<br />
31<br />
3ª<br />
Dia do trabalhador<br />
NOVEMBRO<br />
1<br />
4ª<br />
2<br />
5ª<br />
3<br />
6ª<br />
4<br />
S<br />
5<br />
D<br />
6<br />
2ª<br />
7<br />
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8<br />
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S<br />
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9<br />
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27<br />
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2ª<br />
3ª<br />
Dia de Todos os Santos<br />
Fórum DPAI/ACAP<br />
OUTUBRO<br />
1<br />
D<br />
2<br />
2ª<br />
3<br />
3ª<br />
4<br />
4ª<br />
5<br />
5ª<br />
6<br />
6ª<br />
7<br />
S<br />
8<br />
D<br />
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6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
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6ª<br />
S<br />
D<br />
4ª<br />
5ª<br />
2ª<br />
9<br />
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2ª<br />
31<br />
6ª<br />
S<br />
30<br />
D<br />
Implantação da República<br />
NING JORNAL DAS OFICINAS 2023<br />
2ª<br />
4ª<br />
4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
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S<br />
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5ª<br />
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D<br />
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Convenção ANECRA<br />
IX Gala TOP 100
C<br />
M<br />
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CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
Planning_2023_vrs2_ok.pdf 1 28/12/2022 10:43<br />
CALENDÁRIO PLANNING JOR<br />
jornal<strong>das</strong>ofi<br />
Siga-nos nas red<br />
JANEIRO<br />
FEVEREIRO<br />
MARÇO<br />
ABRIL<br />
MAIO<br />
JUNHO<br />
D<br />
Ano-Novo<br />
1<br />
4ª<br />
1<br />
4ª<br />
1<br />
S<br />
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Dia do trabalhador<br />
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S<br />
6<br />
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5<br />
S<br />
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3ª<br />
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3ª<br />
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6ª<br />
Sexta-Feira Santa<br />
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D<br />
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4ª<br />
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S<br />
8<br />
2ª<br />
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5ª<br />
Corpo de Deus<br />
8<br />
S<br />
2ª<br />
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5ª<br />
9<br />
5ª<br />
9<br />
D<br />
Páscoa<br />
9<br />
3ª<br />
9<br />
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D<br />
3ª<br />
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6ª<br />
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6ª<br />
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10<br />
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Dia de Portugal<br />
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4ª<br />
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S<br />
11<br />
S<br />
11<br />
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2ª<br />
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2ª<br />
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4ª<br />
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6ª<br />
S<br />
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2ª<br />
ExpoMECÂNICA<br />
Final Melhor Mecatrónico<br />
ExpoMECÂNICA<br />
Final Melhor Mecatrónico<br />
ExpoMECÂNICA<br />
Final Melhor Mecatrónico<br />
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6ª<br />
S<br />
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2ª<br />
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4ª<br />
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2ª<br />
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4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
Final Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
12<br />
13<br />
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5ª<br />
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4ª<br />
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4<br />
6ª<br />
20<br />
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5ª<br />
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S<br />
20<br />
3ª<br />
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5<br />
S<br />
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3ª<br />
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S<br />
2ª<br />
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5ª<br />
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6ª<br />
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D<br />
3ª<br />
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6ª<br />
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2ª<br />
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24<br />
S<br />
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2<br />
4ª<br />
25<br />
S<br />
25<br />
S<br />
25<br />
3ª<br />
Dia da Liberdade<br />
25<br />
5ª<br />
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D<br />
25<br />
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5ª<br />
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4ª<br />
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2ª<br />
26<br />
4<br />
6ª<br />
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2ª<br />
27<br />
2ª<br />
27<br />
5ª<br />
27<br />
S<br />
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3ª<br />
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5<br />
PORQUE<br />
NÃO SÃO<br />
TODOS IGUAIS<br />
S<br />
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28<br />
29<br />
3ª<br />
28<br />
3ª<br />
4ª<br />
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6ª<br />
S<br />
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29<br />
D<br />
2ª<br />
28<br />
29<br />
4ª<br />
5ª<br />
28<br />
29<br />
6<br />
S<br />
Distribuidores de pneus para profissionais desde 1989<br />
em Espanha, França, Alemanha e Portugal. Mais de 30<br />
anos nos sustentam na qualidade de nossos serviços<br />
como fornecedores de pneus.<br />
JUNTE-SE<br />
2ª<br />
3ª<br />
30<br />
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5ª<br />
6ª<br />
30<br />
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30<br />
3ª<br />
4ª<br />
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6ª<br />
30<br />
D<br />
2<br />
O MAIOR DISTRIBUIDOR DE PNEUS EM PORTUGAL 229 699 480
24<br />
JULHO<br />
1<br />
S<br />
2<br />
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7<br />
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8<br />
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9<br />
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30<br />
31<br />
DEZEMBRO<br />
Restauração da independência<br />
Dia da Imaculada Conceição<br />
Natal<br />
1<br />
6ª<br />
2<br />
S<br />
3<br />
D<br />
4<br />
2ª<br />
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3ª<br />
6<br />
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7<br />
5ª<br />
8<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
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4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
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2ª<br />
3ª<br />
9<br />
10<br />
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17<br />
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S<br />
31<br />
4ª<br />
5ª<br />
30<br />
6ª<br />
AGOSTO<br />
1<br />
3ª<br />
2<br />
4ª<br />
3<br />
5ª<br />
4<br />
6ª<br />
5<br />
S<br />
6<br />
D<br />
7<br />
2ª<br />
8<br />
3ª<br />
4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
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5ª<br />
6ª<br />
S<br />
D<br />
9<br />
10<br />
11<br />
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2ª<br />
30<br />
3ª<br />
31<br />
4ª<br />
Assunção de Nossa Senhora<br />
SETEMBRO<br />
1<br />
6ª<br />
2<br />
S<br />
3<br />
D<br />
4<br />
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5<br />
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7<br />
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8<br />
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S<br />
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2ª<br />
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6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
9<br />
10<br />
11<br />
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cinas.com<br />
NOVEMBRO<br />
1<br />
4ª<br />
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3<br />
6ª<br />
4<br />
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6<br />
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7<br />
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8<br />
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6ª<br />
S<br />
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2ª<br />
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S<br />
D<br />
9<br />
10<br />
11<br />
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15<br />
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4ª<br />
30<br />
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24<br />
2ª<br />
3ª<br />
Dia de Todos os Santos<br />
Fórum DPAI/ACAP<br />
OUTUBRO<br />
1<br />
D<br />
2<br />
2ª<br />
3<br />
3ª<br />
4<br />
4ª<br />
5<br />
5ª<br />
6<br />
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7<br />
S<br />
8<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
4ª<br />
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6ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
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4ª<br />
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6ª<br />
S<br />
D<br />
4ª<br />
5ª<br />
2ª<br />
9<br />
10<br />
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12<br />
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2ª<br />
31<br />
6ª<br />
S<br />
30<br />
D<br />
Implantação da República<br />
RNAL DAS OFICINAS 2023<br />
2ª<br />
2ª<br />
3ª<br />
4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
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2ª<br />
3ª<br />
5ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
S<br />
4ª<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
D<br />
S<br />
S<br />
3ª<br />
3ª<br />
S<br />
D<br />
2ª<br />
3ª<br />
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5ª<br />
2ª<br />
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4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
D<br />
D<br />
S<br />
des sociais<br />
Convenção ANECRA<br />
IX Gala TOP 100