DESTAQUE INQUÉRITO JO falta DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PARA as OFICINAS PREOCUPAÇÃO E DESÂNIMO! A grande escassez de mão de obra qualificada para as oficinas AUTOmóvel é o desafio que, provavelmente, mais preocupa as empresas de reparação em Portugal. Por outro lado, existe um desânimo generalizado dos empresários que não vislumbram soluções para resolver o problema qualificado deve possuir, o diretor do CEPRA não hesita: “O empresário quer pessoas que tenham know-how e que, sobretudo, sejam fiáveis, responsáveis e com capacidade de adaptação. Não é um setor compatível com «ficar parado no tempo», tem que evoluir. Devem ter boa formação – constante e contínua – e estarem sempre atualizados para serem atores capazes de levar as empresas a enfrentar os desafios que se colocam”, define. O desafio dos veículos elétricos Com o aumento do parque circulante de veículos elétricos é inevitável que estes carros comecem a visitar as oficinas, para serviços de manutenção e reparação. A questão que se coloca é se os mecânicos estão preparados para dar assistência a estes veículos. Dentro de poucos anos, quando o parque de VE for substancialmente maior, poderão não haver especialistas suficientes prontos para a manutenção dos carros elétricos. Por outro lado, a transição para uma mobilidade elétrica não implica apenas a adoção de carros com bateria, em substituição daqueles que se movem a combustíveis fósseis. É também necessário a construção de infraestrutura para pontos de carga e a garantia de capacidade para os carregamentos. Além disso, a mudança, que exige novas peças e novas formas de venda, entre outros, requer serviços diferentes de manutenção. Perante este cenário, existe uma falta de mecânicos qualificados para a manutenção e reparação de carros elétricos. Ora, esta escassez terá consequências relaciona<strong>das</strong> com os custos de manutenção e, consequentemente, com os objetivos da redução de emissões da UE. Estima-se que até 2027 não haverá mecânicos qualificados suficientes para prestar assistência a todos os veículos elétricos do nosso país. São necessárias vias de formação profissional e acreditada para preparar técnicos para a reparação e manutenção de veículos elétricos. Além disso, muitos mecânicos estão, atualmente, a ser treinados para fazer trabalhos que desconhecem. Tendo em conta que a manutenção dos veículos elétricos implica o trabalho com eletricidade de alta tensão, esta abordagem pode ser inadequada e, em muitos casos, perigosa. l Para fazer uma avaliação do impacto que esta situação está a ter no mercado, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> lançou durante os meses de novembro e dezembro de 2022 o inquérito “Falta de Mão de Obra Qualificada nas <strong>Oficinas</strong>”. Para este Inquérito colocámos algumas questões relaciona<strong>das</strong> com as principais dificuldades que os proprietários de oficinas se debatem na contratação de mão de obra especializada e também pedimos a sua opinião sobre o que deve ser feito para cativar as novas gerações a trabalhar nas oficinas de reparação automóvel. O inquérito foi realizado via online e contou com 165 respostas váli<strong>das</strong>. As oficinas que responderam foram na sua maioria de mecânica (68%) e as restantes de colisão e pneus (32%). As respostas evidenciaram os obstáculos e as dificuldades que as oficinas vivem na contratação de recursos humanos qualificados para as suas organizações. Existe um défice de oferta em to<strong>das</strong> as áreas do pós-venda automóvel, com mais relevância nas profissões e mecânicos e pintores. A maioria dos proprietários classificou o recrutamento de novos empregados como a sua principal preocupação. Para além da ansiedade que vivem derivado de poderem ficar privados de um bom empregado que sai para trabalhar noutra oficina. Confrontados com a escassez de novos talentos, os proprietários <strong>das</strong> oficinas utilizam todos os argumentos para manter as suas equipas através de aumentos salariais, bónus de todos os tipos, melhoria <strong>das</strong> condições de trabalho, entre outros. O reforço <strong>das</strong> equipas é sem dúvida a principal dificuldade para os gerentes de oficinas. Mais de 50% dos inquiridos diz que procura colaboradores há mais de um ano, sem sucesso. Não é por isso surpreendente, que 100% dos inquiridos digam que estão a ter dificuldades em recrutar. A escassez de novos talentos é fortemente sentida na mecânica e na pintura. Existe naturalmente uma inflação, que leva os gerentes a apoiarem o poder de compra dos seus empregados, mas sobretudo a manterem as suas equipas. Quase metade dos inquiridos aumentou os salários entre 5 e 10%, de acordo com o aumento do custo de vida. Por outro lado, há uma percentagem razoável de inquiridos que não fez aumentos de ordenados, argumentando a necessidade de manter margens e receio pela instabilidade económica que se vive no país. A formação continua a ser muito valorizada pelo setor da reparação e manutenção automóvel, e pelas respostas recebi<strong>das</strong> podemos ver que assim é. O objetivo é reforçar os conhecimentos da equipa. É de notar que quase 75% dos inquiridos considera que os apoios do Estado à contratação de jovens trabalhadores continua o mesmo de antes, sem incentivos e com muita burocracia. No que diz respeito aos incentivos de contratação, o mais escolhido pelo inquiridos foi o bónus sobre o aumento de produtividade, sendo que os horários de trabalho flexíveis também está a ser utilizado. A DIFICULDADE CRESCENTE DE ENCONTRAR PROFISSIONAIS QUALIFICADOS, COMO POR EXEMPLO MECATRÓNICOS, INFORMÁTICOS E PINTORES, É O DESAFIO QUE, PROvavelMENTE, MAIS PREOCUPA as EMPRESAS 12 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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