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Jornal das Oficinas 204

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tuição por novas peças sobresselentes.<br />

Isto só se consegue ao programar<br />

processos de reparação eficientes e o<br />

equipamento necessário para o efeito.<br />

Posteriormente, há que estar com<br />

atenção para poderem ser constantemente<br />

adaptados à evolução dos materiais<br />

com que serão fabricados os<br />

veículos e aos avanços da tecnologia<br />

de reparação. É essencial a formação<br />

para adquirir ou atualizar os conhecimentos<br />

e competências dos técnicos<br />

da oficina em intervenções sobre os<br />

plásticos, aços, alumínio, materiais<br />

compostos ou vidros.<br />

Não obstante, mesmo que a reparação<br />

não seja viável por um ou outro<br />

motivo, é possível seguir ao ser aplicado<br />

o princípio da economia circular<br />

mediante as peças sobresselentes<br />

usa<strong>das</strong> ou reutiliza<strong>das</strong> provenientes<br />

de veículos que já tenham chegado ao<br />

fim da sua vida útil. Cada vez que é<br />

reutilizada uma <strong>das</strong> peças não é necessário<br />

extrair as matérias-primas<br />

da natureza, nem de utilizar os recursos<br />

no seu fabrico. Para tal, pode<br />

recorrer a um Centro Autorizado de<br />

Tratamento para veículos em fim de<br />

vida, que dispõe de uma ampla oferta<br />

de peças usa<strong>das</strong> com garantia. Um<br />

outro aspeto importante é o consumo<br />

dos produtos de tinta. É uma boa<br />

prática implantar um controlo do<br />

seu uso, ao registar as quantidades de<br />

cada reparação. Com o registo, iremos<br />

determinar se existem desvios no<br />

consumo ou se podemos otimizá-lo.<br />

Um exemplo: ajustar mais as quantidades<br />

dos produtos preparados,<br />

utilizar frequentemente técnicas de<br />

pintura parcial ou pistolas pulverizadoras<br />

com tecnologia que desenvolva<br />

a transferência da tinta à superfície.<br />

Sobre o resto dos materiais de pintura,<br />

como os produtos para o lixamento<br />

e o polimento, o mascaramento<br />

ou a preparação de misturas,<br />

é recomendável utilizar elementos<br />

de alta eficácia. São mais caros, mas<br />

também mais duradouros, uma vez<br />

que ajudam a reduzir os resíduos que<br />

são produzidos na oficina. Por este<br />

mesmo motivo, devemos excluir, na<br />

medida do possível, os consumíveis<br />

de uso único.<br />

Gestão de resíduos<br />

Na atividade <strong>das</strong> oficinas de automóveis<br />

é inevitável gerar resíduos<br />

perigosos e não perigosos, por muito<br />

esforço que façamos para otimizar<br />

o consumo dos materiais e dos produtos.<br />

No entanto, uma segregação<br />

detalhada, ao armazenar cada tipo de<br />

resíduos separadamente, bem identificados<br />

e em lugares protegidos,<br />

facilitará a sua posterior reciclagem.<br />

Isto minimizará o seu impacto sobre<br />

o meio ambiente. Por exemplo, existe<br />

uma grande diferença entre as emissões<br />

de gases com efeito de estufa ao<br />

extrair o alumínio diretamente da<br />

natureza do que produzir peças de<br />

sucata com este material. Porquê? É<br />

fácil, poupa-se uma grande quantidade<br />

de energia elétrica com o segundo<br />

exemplo. Assim, ao segregar um só<br />

capot de alumínio para reciclagem e<br />

recuperação da sua matéria-prima,<br />

permite evitar até 65 kg de CO2. É<br />

aproximadamente o mesmo que conduzir<br />

400 quilómetros num automóvel<br />

a gasolina. Felizmente, são cada<br />

vez mais as oficinas sensibiliza<strong>das</strong><br />

com a proteção do meio ambiente e<br />

a seguir estas práticas. É a tarefa de<br />

todos de reconhecer os seus esforços<br />

para que a sua atividade não afete negativamente<br />

na sustentabilidade.<br />

A ANECRA vai permitir a cinquenta<br />

empresas do Comércio e da Reparação<br />

Automóvel, de todo o país, a obtenção<br />

da certificação “EFFICIEN-<br />

TIA”, que visa fomentar a eficiência<br />

energética, a aquisição de comportamentos<br />

mais racionais, quanto ao<br />

consumo de energia e a adoção de<br />

novos hábitos de consumo. To<strong>das</strong> as<br />

empresas do Comércio e da Reparação<br />

Automóvel, associa<strong>das</strong> ou não<br />

da ANECRA, podem candidatar-se,<br />

gratuitamente, à obtenção da certificação<br />

através do preenchimento do<br />

formulário no website da Associação.<br />

Segundo Roberto Gaspar, Secretário-Geral<br />

da ANECRA, “a sensibilização<br />

para a importância do tema da<br />

energia, enquanto recurso escasso, e<br />

a sua forma de utilização, é um tema<br />

central no subsector <strong>das</strong> empresas do<br />

Comércio e da Reparação Automóvel.<br />

Por essa razão, é urgente oferecer-<br />

-lhes ferramentas críticas para promoção<br />

de novos comportamentos em<br />

relação à temática da Energia, potenciando<br />

uma participação mais sustentável<br />

e racional na sociedade em<br />

geral”. A certificação “EFFICIENTIA”<br />

terá ainda, como suporte à sua comunicação,<br />

além da página de Internet,<br />

a dinamização em redes sociais:<br />

Facebook, Instagram e LinkedIn, a<br />

impressão de cartazes informativos,<br />

a realização de três workshops de<br />

âmbito nacional e de um manual de<br />

eficiência energética para adoção por<br />

parte <strong>das</strong> empresas. l<br />

MESMO QUE A REPARAÇão DA PEÇA NÃO SEJA VIÁVEL É POSSÍVEL<br />

SEGUIR O PRINCÍPIO DA ECONOMIA CIRCULAR COM A UTILIZAÇão<br />

DE PEÇAS SOBRESSELENTES USADAS OU REUTILIZADAS

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