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Jornal das Oficinas 204

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PATXI<br />

GORROTXATEJI<br />

O CENTRO LOGÍSTICO DA TaloSA EM PAMPLONA REÚNE UM GRANDE STOCK<br />

DE PEÇAS, PERMITINDO UM SERVIÇO COM UMA TAXA DE ForneciMENTO<br />

MUITO PRÓXIMA DOS 93/94%<br />

cem braços de suspensão para primeiro<br />

equipamento e Gorrotxateji<br />

explica que “isso aconteceu graças à<br />

evolução que tivemos na empresa, a<br />

sustentabilidade, o processo, a qualidade...<br />

tudo integrado. Sem isso, é<br />

impossível alcançar as certificações<br />

necessárias”.<br />

Numa altura em que a sustentabilidade<br />

e o caminho rumo à transição<br />

energética estão na ordem do dia,<br />

o diretor executivo da Talosa reconhece<br />

que “estamos todos no mesmo<br />

barco” e constata que “não há<br />

nenhuma fábrica de topo que não<br />

esteja a seguir um caminho verde, na<br />

atualidade”. Face à incerteza do que o<br />

futuro trará, nomeadamente no que<br />

aos veículos elétricos diz respeito, o<br />

nosso entrevistado adianta que já estão<br />

a ser fabrica<strong>das</strong> mais de 100 referências<br />

para estes modelos, estando<br />

prevista a apresentação de um novo<br />

catálogo, para que dentro dos próximos<br />

meses estejam mais de 300<br />

referências disponíveis neste âmbito.<br />

Gorrotxateji chama a atenção para o<br />

facto de os motores mudarem, e “o<br />

chassis vai ter de evoluir para suportar<br />

o aumento de peso <strong>das</strong> baterias<br />

que poderão influenciar a direção e a<br />

suspensão”, confirma.<br />

Esta é uma área, assegura, em que<br />

estão a “entrar fortemente, porque<br />

só temos, para já, para carros ligeiros,<br />

mas teremos também os 4x4<br />

elétricos e asiáticos. Já temos peças<br />

para o Tesla no armazém. É uma <strong>das</strong><br />

nossas grandes forças, sermos líderes<br />

no desenvolvimento do produto e da<br />

gama”, reforça.<br />

Serviço de excelência<br />

Outro dos pontos fortes da Talosa<br />

é o serviço que presta, que mereceu<br />

especial destaque na nossa conversa<br />

com Patxi Gorrotxateji. A sede da<br />

Talosa, em Pamplona, no norte de<br />

Espanha, funciona atualmente como<br />

o centro logístico e de distribuição<br />

para toda a Europa e é onde reúnem<br />

o grande stock de peças, permitindo<br />

um serviço com uma taxa de fornecimento<br />

muito próxima dos 93/94%<br />

na primeira entrega, o que muito orgulha<br />

o diretor, que nem durante o<br />

período mais crítico da pandemia viu<br />

os números descerem: “Em 2020,<br />

2021 e 2022, cumprimos 97% de<br />

taxa de fornecimento. E agora continuamos<br />

igual, pois dispomos sempre<br />

de material, fornecemos bem e como<br />

somos fabricantes, o material está<br />

sempre à nossa disposição” afirma.<br />

PORTUGAL: UMA DISTRIBUIÇÃO QUE “NÃO É EXCLUSIVA, MAS É SELETIVA”<br />

Presente em Portugal há vários anos, a Talosa<br />

tem registado, sobretudo nos últimos dois<br />

anos, graças ao trabalho dos seus parceiros, um<br />

“crescimento que apesar de não ser exatamente<br />

o que pretendemos, consideramos importante”,<br />

diz Patxi Gorrotxateji. Não tendo muitos<br />

distribuidores no nosso país, o responsável é<br />

perentório ao afirmar que “os que temos estão<br />

muito bem posicionados” e destaca o bom<br />

trabalho realizado.<br />

Ao longo dos 35 anos em que já trabalha com o<br />

mercado português, Patxi viu mudar muita coisa<br />

em Portugal, como o parque automóvel, que<br />

anteriormente “tinha mais tendências inglesas”,<br />

ou o modelo de distribuição, “que no passado<br />

tinha muitos grossistas e retalhistas”. Sem abrir o<br />

jogo sobre qual será o futuro do mercado, porque<br />

“só o tempo o dirá”, o diretor da Talosa garante<br />

apenas que “vamos tentar adaptar-nos a esta<br />

mudança, sempre com o modelo que temos de<br />

distribuição”. Uma distribuição que, esclarece,<br />

“não é exclusiva, mas é seletiva”, querendo<br />

isto significar que é possível que no futuro<br />

venham a ter mais distribuidores. As condições,<br />

refere, são transparentes: “logicamente, tem<br />

de cumprir os requisitos da Talosa, procuramos<br />

empresas maiores. Um bom distribuidor nosso<br />

tem de ter mais de 1.200 referências de direção<br />

e suspensão nos seus armazéns, pois só assim<br />

consegue oferecer um bom serviço. Também não<br />

somos exclusivos, mas para quem quer ser nosso<br />

distribuidor, temos expetativas em termos de<br />

números”, aponta.<br />

Para já, a ideia é “crescer com os clientes que<br />

temos”, sublinhando que estão sempre disponíveis,<br />

“para apoiar a 100% tudo o que os nossos<br />

distribuidores precisem. Creio que nos próximos<br />

2/3 anos devemos ter um crescimento já com<br />

algum peso em Portugal”, conclui.<br />

30 Janeiro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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