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03 - CERPCH - Unifei

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ARTIGOS TÉCNICOS<br />

tudos, a significância será determinada pela abrangência dos estudos.<br />

Onde os estudos têm pouca abrangência e são mais simples a<br />

significância vai ser 2 (média), agora onde os estudos são bem<br />

abrangentes e específicos a significância vai ser 1 (baixa).<br />

Distância da população (urbana e rural): atribuir o peso 3 (alta)<br />

significância para empreendimentos cujo as distâncias forem abaixo<br />

do raio de 2,5 km para cidades e 500 m para propriedades rurais.<br />

Para as distâncias com raio acima de 2,5 km e de 500 m o peso<br />

da significância vai ser de 1 (baixa), ou de 2 (média) dependendo<br />

das características regionais, da quantidade de população e de analises<br />

técnicas especificas.<br />

Usos múltiplos da água no local: para empreendimentos que influenciarem<br />

negativamente e/ou inviabilizarem até 20% dos usos<br />

múltiplos da região a significância vai ser 1 (baixa). Para os que influenciarem<br />

negativamente e/ou inviabilizarem de 20% à 50% a<br />

significância vai ser 2 (média). Já para os que influenciarem negativamente<br />

e/ou inviabilizarem acima de 50% dos usos múltiplos da<br />

água na região, a significância vai ser 3 (alta).<br />

Área de interesse turístico: se o local de instalação da PCH for<br />

em áreas de grande interesse turístico a significância vai ser 3 (alta)<br />

se ocorrer influência direta e 2 (média) se a influência for indireta.<br />

Já se a instalação for em uma área onde o turismo não tem<br />

muita importância ou não ocorre, a significância vai se 1 (baixa).<br />

Área de patrimônio histórico cultural: para empreendimentos<br />

que afetarem diretamente essas áreas a significância fica estabelecida<br />

em 3 (alta), os que afetarem indiretamente essas áreas a significância<br />

vai ser 2 (média). Os empreendimentos que não afetarem<br />

de nenhuma forma essas áreas receberam a significância 1<br />

(baixa).<br />

Unidades de Conservação: tendo em visto o que determina a legislação,<br />

fica determinando que para empreendimentos localizados<br />

acima de um raio de 10 km da UC, ou onde não existe uma unidade,<br />

a significância vai ser 1 (baixa), os previstos dentro de um raio<br />

de 10 km da UC vão receber significância 2 (média) e os abaixo<br />

do raio de 10 km receberam a significância 3 (alta).<br />

A tabela de critérios deve ser utilizada quando existe o interesse<br />

de instalação de uma PCH. Ao todo foram desenvolvidos dez critérios,<br />

buscando priorizar as peculiaridades da região.<br />

Após a aplicação da tabela contabiliza-se o valor total dos pesos<br />

das significâncias. Se o peso total final ficar:<br />

-abaixo de 10, o impacto ambiental do empreendimento será<br />

baixo, assim sua instalação se torna viável.<br />

-entre 10 e 20, o impacto ambiental do empreendimento será<br />

médio, assim para se tornar viável necessitara de estudos mais detalhados.<br />

-acima de 20, o impacto ambiental do empreendimento será alto,<br />

tornando assim inviável sua instalação. Porém fica a cargo do órgão<br />

licenciador aprovar ou não a instalação.<br />

Deve ficar evidente que os padrões para a determinação dos pesos<br />

da significância e os critérios ambientais utilizados foram desenvolvidos<br />

e estipulados para realização de um projeto acadêmico.<br />

Para uma melhor eficácia na sua utilização em uma bacia hidrográfica<br />

deve-se contar com uma equipe técnica multidisciplinar,<br />

que entre outras coisas devem fazer as possíveis sugestões e correções<br />

além de trabalhos a campo.<br />

30<br />

4. CONCLUSÕES<br />

Percebe-se que em virtude de um grande estímulo à produção<br />

de energia elétrica, surgiu no Brasil uma verdadeira avalanche de<br />

projetos para a implantação de pequenas centrais hidrelétricas. No<br />

estado de Santa Catarina, devido um relevo apropriado, esse fenômeno<br />

vem acontecendo em grande escala. Juntamente com esses<br />

empreendimentos surgem os impactos ambientais.<br />

Ficou claro que várias PCHs em um único rio podem vim a gerar<br />

impactos mais significativos que uma grande usina hidrelétrica. A<br />

distância entre as PCHs deve receber maior atenção e estudos mais<br />

detalhados, pois é a principal agravante para que esses impactos<br />

cumulativos aconteçam. Os impactos podem ser controlados e evitados<br />

realizando uma análise em conjunto de todos os empreendimentos<br />

projetados.<br />

O desenvolvimento dos critérios ambientais buscou isso, ser<br />

uma ferramenta para o estudo conjunto dos impactos das PCHs da<br />

Bacia do rio do Peixe. Através deles será possível determinar quais<br />

PCHs são viáveis, quais necessitam de estudos mais aprofundados<br />

e quais são inviáveis para se instalarem na nossa bacia. Eles ajudarão<br />

também a estabelecer o tipo e a magnitude dos possíveis impactos<br />

gerados, e na elaboração do plano da bacia.<br />

A tabela de critérios ambientais foi criada para as PCHs, devido<br />

à grande demanda, porém pode ser tranqüilamente utilizada na<br />

avaliação de outros empreendimentos hidrelétricos, fazendo-se as<br />

adaptações necessárias. Por se tratar de um trabalho acadêmico e<br />

pioneiro na nossa bacia, toda a tabela e os seus critérios podem ser<br />

reavaliados por equipes técnicas especializadas buscando assim<br />

uma melhor otimização na sua utilização. Outra função da tabela<br />

de critérios é explorar as características, as peculiaridades específicas<br />

de cada local no momento de se licenciar e avaliar os empreendimentos,<br />

auxiliando os estudos ambientais e facilitando assim<br />

uma gestão ambiental mais sólida das PCHs e suas atividades. Todos<br />

esses fatores buscam a sustentabilidade da região.<br />

A maioria das PCHs da Bacia do Rio do Peixe estão na fase final<br />

de elaboração do projeto básico. Algumas estão com o projeto básico<br />

com a análise não iniciada, outras com a análise concluída e tam-

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