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Turbo Frotas Comerciais_52

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A IMPORTÂNCIA

DA ESPECIFICAÇÃO

A utilização de um lubrificante não adequado poderá, no

curto prazo, fazer aumentar o consumo de combustível e

o custo de utilização do veículo, além de por em causa a

longevidade dos componentes do motor

TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

O

motor é um dos componentes

fundamentais

na manutenção de um

veículo, sendo essencial

uma boa condição,

tendo em conta o serviço,

a carga, a especificação, a viscosidade.

A evolução tecnológica registada nos

motores para os tornar mais eficientes e

menos poluentes veio aumentar a importância

dos lubrificantes, que são formulados

e desenvolvidos para proporcionarem

a máxima performance durante o seu período

de utilização.

O uso de um produto não adequado, independentemente

do tipo de aplicação, poderá

originar problemas relacionados com o regime

de lubrificação e/ou compatibilidade

com sistemas auxiliares, como, por exemplo,

os sistemas de tratamento de escape

dos veículos automóveis. Se o lubrificante

não for o correto para o equipamento - especificação,

viscosidade, aditivação, entre

outros - ou adequado para um determinado

tipo de serviço podem ocorrer avarias,

desgastes dos componentes e alguns danos

severos, o que conduz a uma redução do

tipo de serviço do equipamento, paragens

indesejadas e operações interrompidas.

Todavia, nem todas as novas especificações

de uma marca são compatíveis com

as anteriores, conforme adverte André

Castro Pinheiro, diretor divisão automóvel

da Fuchs, dando como exemplo a especificação

Scania LDF-5 que “não é aplicável

onde se requerem as versões anteriores

(Scania LDF-4 e 3) ou a Volvo VDS-5 que

não pode ser aplicada onde se recomenda

a Volvo VDS 4.5 ou VDS-4”.

Por sua vez. Pedro Lança, gestor de produto

de lubrificantes Valvoline, não tem

dúvidas em afirmar que “a utilização de

produtos ‘low cost’, sem especificações

dos fabricantes, põe em causa a vida útil

dos componentes e dos motores porque ao

não cumprirem esses requisitos não conseguem

ter o mesmo nível de performance

e longevidade”. E acrescenta: “É caso para

dizer que o barato sai caro!”

Fonte oficial da Galp acrescenta que a incorporação

obrigatória de biodiesel nos

combustíveis torna o ambiente em que o

lubrificante “opera mais agressivo e pode

promover uma oxidação precoce”.

Por sua vez, a Repsol, através de fonte oficial,

adverte que “uma utilização incorreta

de um lubrificante poderá até, em determinadas

circunstâncias, influenciar o consumo

de combustível a curto prazo, incrementando

o custo de operação do veículo”.

MERCADO INFLUENCIADO

PELO PREÇO

As empresas com frotas maiores, sobretudo

as que fizeram investimentos mais

recentes e avultados, reconhecem a importância

da utilização de um lubrificante

adequado, cumprindo as especificações

do fabricante. Fonte da Galp admite, no

entanto, que em Portugal ainda “há empresas

que desconhecem as consequências

negativas - para a sua frota e para as

suas operações - que a escolha errada de

lubrificante pode representar”.

Opinião idêntica é manifestada por Narciso

Figueiredo, sales manager Portugal da

Petronas Lubrificants International. “No

geral, as empresas e as frotas tentam assegurar-se

de que os lubrificantes utilizados

cumprem as especificações recomendadas

para cada motor, mas detetamos muitos

casos em que não é utilizado o óleo recomendado”,

afirma.

Por seu lado, André Castro Pinheiro, diretor

divisão automóvel da Fuchs, considera lamentável

que “numa fase tão difícil, ainda

temos um mercado bastante influenciado

pelo preço” em detrimento da qualidade e

JUNHO 2023 FROTAS & COMERCIAIS 39

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