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Turbo Frotas Comerciais_52

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ENSAIO

MERCEDES A 250E

UMA REMODELAÇÃO ESPERADA

Este não é um novo modelo, mas sim uma atualização do

anterior, ainda que à vista desarmada não consigamos ver logo as

diferenças uma vez que as mudanças visuais são mínimas

TEXTO MARCO ANTÓNIO

Como diz o ditado popular “numa

equipa vencedora não se mexe” e

isso foi o que a Mercedes quase

fez. Porém há diferenças e uma

delas está no equipamento de série, agora

mais completo, bem como nos conteúdos

mecânicos, dai que esta remodelação

conte somente com motores a gasolina,

todos eles com sistemas de hibridização

ligeira ao mesmo tempo que a caixa manual

desapareceu para dar lugar a duas

versões de transmissões automáticas de

dupla embraiagem, uma com sete e outra

de oito velocidades. No caso desta versão

híbrida plug-in, a autonomia elétrica aumentou

para uns expressivos 82 km que

na prática e sem grandes truques de condução

ronda os 70 km.

A potência combinada de 218 cv resulta da

combinação do motor 1.3 a gasolina de 163

cv (o anterior tinha 160 cv) e de um motor

elétrico de 109 cv (antes tinha 102 cv), um

aumento que não tem uma correspondência

direta nas prestações, pois estas até

pioraram um pouco!

POTÊNCIA AUMENTA, PRES-

TAÇÕES BAIXAM

Segundo os dados oficiais da Mercedes o

novo A 250e atinge os 225 km/h (menos 10

km/h que o anterior) e na aceleração dos

0-100 km/h também é mais lento (7,4 segundos

contra 6,6 segundos). Estes são números

para os quais não encontramos uma

explicação técnica plausível já que estas são

duas prestações que são uma função direta

da potência e esta aumentou. Seja como for

também não são dados relevantes, tendo em

conta o tipo de utilização de um carro que se

assume como um dos mais económicos da

sua classe, ainda que os 0,8 l/100 km digam

respeito apenas aos quilómetros residuais

dos primeiros 100 km e aqui importa ressalvar

que a marca anuncia uma autonomia

elétrica de 82 km (71 km de acordo com a

nossa experiência). Um aumento de autonomia

que resulta de uma capacidade bruta

15,6 kWh (a marca não revela a capacidade

útil embora seja óbvio que esta também

aumentou) e de uma gestão mais eficiente

sem esquecer um controlo mais eficaz da

temperatura de funcionamento. Quanto à

capacidade de carga do sistema, esta melhorou

ao passar dos 7,4 kW para os 11 kW

em corrente alterna, enquanto em corrente

contínua a potência máxima chega aos 22

kW. Esta diferença reduz consideravelmente

o tempo de carga. O aumento da autonomia

e a reduz do tempo de carga tem um efeito

positivo no custos de utilização referente ao

consumo de energia, um dado relevante a ter

em conta pelas empresas que quando optam

por esta solução energética fazem conta às

despesas operacionais.

MAIS COMPETENTE FRENTE

AOS RIVAIS

Para além dos aspetos técnicos referidos e

da sua influência em termos de rendimento

acresce que estes influenciam positivamente

a perceção que temos em termos de

comportamento dinâmico e conforto. Este

resulta de uma construção que continua a

defender um padrão elevado quer por via da

capacidade estrutural da plataforma, quer

pela qualidade dos materiais escolhidos e

56 FROTAS & COMERCIAIS JUNHO 2023

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