21.06.2023 Views

Revista Girolando edição 129 jan/fev/mar 2022

Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando

Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

REVISTA O GIROLANDO

GENÉTICA

Renata Negri, Darlene Daltro, Sabrina Kluska,

João Cláudio do Carmo Panetto e Marcos Vinicius

Gualberto Barbosa da Silva

DIVULGAÇÃO

Estresse Térmico na Raça Girolando:

Avaliação Genômica para Termotolerância

Os limites do conforto térmico da raça Girolando

estão sendo definidos

São notáveis os avanços obtidos na

raça Girolando por meio do Programa

de Melhoramento Genético da raça

(PMGG), principalmente na produção

de leite e idade ao primeiro parto. As

melhorias genéticas e de manejo dos

rebanhos (ambiente) têm sido efetuadas

ao longo dos anos, a fim de tornar as

vacas mais produtivas e as propriedades

mais lucrativas. No entanto, é importante

salientar que, apesar dos avanços

científicos, há oscilações nos índices

produtivos e reprodutivos dos rebanhos,

principalmente em virtude dos

fatores climáticos.

Neste sentido, devido à expressividade

nacional da raça Girolando e

à exigência por animais cada vez mais

eficientes, associadas aos fatores como

vasta extensão territorial do País, ampla

diversidade climática, globalização do

material genético e grande diversidade

de níveis organizacionais e tecnológicos

dos sistemas de produção, tornou-se essencial

o desenvolvimento de pesquisas

sobre o impacto do estresse térmico. Estes

estudos objetivam conhecer e quantificar

os impactos do estresse térmico

na raça, estimar as perdas nas características

produtivas, reprodutivas e de

saúde, bem como estabelecer estratégias

de avaliação e fornecer subsídios para

seleção, com o intuito de consolidar e

difundir ainda mais seu uso no País.

Atualmente, o estresse térmico

tem sido considerado mundialmente

um dos principais vetores que causam

prejuízos econômicos à cadeia produtiva

do leite e incidem em impactos

negativos na saúde e no bem-estar dos

animais. O estresse térmico pode ser

descrito como o somatório de forças externas

que causam impactos negativos

nos animais, desencadeando respostas

comportamentais, fisiológicas e metabólicas

que levam à redução da produção,

ao comprometimento reprodutivo,

à deterioração das condições de vida

(saúde e bem-estar) e, em casos extremos,

até à morte.

Pesquisas realizadas com outras raças

leiteiras e em países de clima tropical

e subtropical demonstram que o

estresse térmico reduz o consumo de

matéria seca de 6 a 30%, provoca a diminuição

na produção de leite de 15 a

40%, queda na eficiência reprodutiva

de 40 a 50%, além de provocar alterações

na composição do leite (principalmente

de gordura, proteína, lactose e

células somáticas), respostas imunológicas

negativas, aumento dos casos de

mastite, aborto, retenção de placenta,

cetose, entre outros.

O índice de temperatura e umidade

(ITU), muito utilizado em estudos de

24

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!