Revista Girolando edição 129 jan/fev/mar 2022
Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando
Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando
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REVISTA O GIROLANDO
GENÉTICA
Renata Negri, Darlene Daltro, Sabrina Kluska,
João Cláudio do Carmo Panetto e Marcos Vinicius
Gualberto Barbosa da Silva
DIVULGAÇÃO
Estresse Térmico na Raça Girolando:
Avaliação Genômica para Termotolerância
Os limites do conforto térmico da raça Girolando
estão sendo definidos
São notáveis os avanços obtidos na
raça Girolando por meio do Programa
de Melhoramento Genético da raça
(PMGG), principalmente na produção
de leite e idade ao primeiro parto. As
melhorias genéticas e de manejo dos
rebanhos (ambiente) têm sido efetuadas
ao longo dos anos, a fim de tornar as
vacas mais produtivas e as propriedades
mais lucrativas. No entanto, é importante
salientar que, apesar dos avanços
científicos, há oscilações nos índices
produtivos e reprodutivos dos rebanhos,
principalmente em virtude dos
fatores climáticos.
Neste sentido, devido à expressividade
nacional da raça Girolando e
à exigência por animais cada vez mais
eficientes, associadas aos fatores como
vasta extensão territorial do País, ampla
diversidade climática, globalização do
material genético e grande diversidade
de níveis organizacionais e tecnológicos
dos sistemas de produção, tornou-se essencial
o desenvolvimento de pesquisas
sobre o impacto do estresse térmico. Estes
estudos objetivam conhecer e quantificar
os impactos do estresse térmico
na raça, estimar as perdas nas características
produtivas, reprodutivas e de
saúde, bem como estabelecer estratégias
de avaliação e fornecer subsídios para
seleção, com o intuito de consolidar e
difundir ainda mais seu uso no País.
Atualmente, o estresse térmico
tem sido considerado mundialmente
um dos principais vetores que causam
prejuízos econômicos à cadeia produtiva
do leite e incidem em impactos
negativos na saúde e no bem-estar dos
animais. O estresse térmico pode ser
descrito como o somatório de forças externas
que causam impactos negativos
nos animais, desencadeando respostas
comportamentais, fisiológicas e metabólicas
que levam à redução da produção,
ao comprometimento reprodutivo,
à deterioração das condições de vida
(saúde e bem-estar) e, em casos extremos,
até à morte.
Pesquisas realizadas com outras raças
leiteiras e em países de clima tropical
e subtropical demonstram que o
estresse térmico reduz o consumo de
matéria seca de 6 a 30%, provoca a diminuição
na produção de leite de 15 a
40%, queda na eficiência reprodutiva
de 40 a 50%, além de provocar alterações
na composição do leite (principalmente
de gordura, proteína, lactose e
células somáticas), respostas imunológicas
negativas, aumento dos casos de
mastite, aborto, retenção de placenta,
cetose, entre outros.
O índice de temperatura e umidade
(ITU), muito utilizado em estudos de
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