Revista Girolando edição 129 jan/fev/mar 2022
Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando
Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando
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RAÍZES RURAIS
na criação do Puro Sintético (PS).
Ao longo dos últimos anos, a Recanto
da Fulôre vem investindo em
cruzamentos para consolidação do
PS. Hoje, em números, o rebanho
conta com 50 vacas e 60 fêmeas em
recria; destas últimas, 20 já próximas
de entrar em produção. Nesse plantel,
somente seis não são 5/8 ou PS, incluindo
uma Jersey, que o criador faz
questão de manter como lembrança
dos primeiros tempos na pecuária leiteira.
“O processo de seleção do PS é
demorado e exige muita persistência,
empenho e dedicação. Não tenho um
rebanho numeroso e procuro adquirir
animais muito pontualmente, buscando,
fundamentalmente, reforçar o afixo
Recanto da Fulôre. Com a orientação
do técnico de registro, André Junqueira,
temos buscado acasalamentos mais
adequados”, ressalta Reis.
Entre os destaques do Recanto da
Fulôre está Uva Bolton do Morro, que
caminha para seus 12 anos de idade,
com nove partos. Originária do criatório
Morro da Mandioca, ela é uma vaca
consagrada nas pistas, sendo a sua última
conquista, em 2019, na Megaleite,
quando alcançou os títulos de Campeã
Vaca Longeva, Melhor Úbere Adulto
e 3ª Melhor Vaca da Raça Girolando.
“Ela é a síntese de toda a qualidade e
eficiência que buscamos no Girolando”,
informa.
A fazenda integra o grupo de Rebanho
Colaborador do Programa de
Melhoramento Genético da Raça Girolando
(PMGG) e utiliza sêmen de touros
em teste, somente 5/8 e PS. Além
disso, utiliza sêmen de reprodutores
Girolando que estejam no Sumário de
Touros ou que tenham avaliação genômica
conhecida, com a inseminação
artificial a técnica aplicada em todas as
fêmeas em idade reprodutiva. Como o
rebanho é fechado, está sempre produzindo
novos animais PS. “Quando optei
por criar a Raça Girolando buscava
animais adaptados ao nosso clima e
que pudessem produzir com eficiência
a pasto. Hoje, vejo o absoluto acerto
Uva Bolton do Morro premiada na Megaleite 2019
dessa decisão com um plantel que tem
saúde, é longevo e produz e se reproduz
com eficiência. E, para justificar
ainda mais o acerto da decisão tomada,
hoje tenho consciência da importância
de estar multiplicando com critério
e qualidade uma raça que é resultado
do esforço e dedicação de brasileiros
comprometidos com a produção de
alimento saudável e economicamente
viável. Contamos com o apoio científico
da Embrapa e de outras importantes
instituições. Não há dúvida de que
a Girolando, genuinamente brasileira,
é a raça nacional para a produção de
leite”, finaliza Luiz Fernando Reis.
Mais rentabilidade com o 5/8
“Diversos trabalhos experimentais,
realizados no Brasil e no exterior,
mostram que as melhores proporções
genéticas de animais mestiços para
produção de leite estão em torno desse
grau de sangue, para os países tropicais,
com 62,5% de europeu e 37,5%
de Zebu”. Essa declaração do médico-
-veterinário Vicente de Paula Mendes
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