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Revista Girolando edição 129 jan/fev/mar 2022

Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando

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REVISTA O GIROLANDO

PASTAGEM

André Pastori D’Aurea

Zootecnista, doutor em Nutrição Animal

e coordenador técnico da Premix

CARLOS LOPES

Intensificar produção com pastejo rotacionado

Pastagem merece cuidados para obter melhor resultado

A utilização do pastejo rotacionado

é uma alternativa competitiva para o

pecuarista que busca melhorar a lucratividade

de sua propriedade. Com esse

tipo de exploração é possível aumentar

o aproveitamento do pasto e a taxa de

lotação, que resultam em maior produtividade.

De maneira geral, o período de descanso

da pastagem é de 21 a 42 dias,

tempo suficiente para que a maior parte

das forrageiras recupere seu vigor. Vale

destacar que o período depende das

condições do solo e do clima e que o

pastejo também deve ultrapassar 7 dias

dentro do mesmo piquete.

Pastejo rotacionado

Existem diversos tipos e sistemas de

manejo de pastagens, dentre eles: o contínuo,

o alternado e o rotacionado, que

nada mais é do que um pasto dividido

em vários piquetes que sofrem períodos

alternados de descanso e pastejo.

Os piquetes mais eficientes são os de

formação quadrada ou retangular, uma

vez que projetam um pastejo mais uniforme

e o seu comprimento não deve

passar de três vezes a medida da largura.

O número de piquetes é muito variável.

Por isso, existe uma fórmula para

ajudar o pecuarista a organizar, planejar

e encontrar o número ideal para a propriedade:

número de piquetes = período

de descanso + 1 período de ocupação.

Na prática, o que acontece é que

enquanto um lote é pastejado, o outro

piquete descansa. Após consumir a forragem

disponível, esse lote é transferido

para o piquete seguinte.

O sistema é capaz de aumentar a

produção por área, oferecendo vantagens

como: baixo custo de implantação,

aumento da lotação e produção por

área, melhor controle e intensificação

do uso da pastagem e forragem disponível.

Além disso, o pastejo rotacionado

contribui para a recuperação e fortalecimento

do rebrote do pasto, melhorando

a distribuição de resíduos animais e

a ciclagem de nutrientes no solo. Serve,

também, para intensificar os animais de

produção, principalmente os mais produtivos

e com potencial para ganho. No

entanto, todos os animais do rebanho

podem pastejar em rotacionado desde

que o sistema tenha sido dimensionado

com espaço suficiente para todos.

A importância da avaliação

Antes de implantar o pastejo rotacionado

é preciso avaliar a forragem

que será explorada, o número de dias

necessários para o descanso, as estruturas

de cochos e bebedouros e a disponibilidade

adequada de sal, suplemento

e água.

O criador também deve corrigir

e adubar o solo (caso seja necessário),

verificar os dias de ocupação que os animais

farão no piquete e não se esquecer

de treinar seus colaboradores sobre o

manejo do novo sistema.

Vale ressaltar que o manejo no curral,

corredores, entrada e saída do piquete

afeta diretamente o sucesso do

sistema. Por isso, é importante disponibilizar

um espaço que permita boa circulação

do rebanho e preparar a equipe

para conduzir os animais sem estresse.

A melhor forrageira

Diversas discussões já foram feitas a

esse respeito, porém não existe espécie

de forrageira milagrosa para se cultivar.

O apoio e a avaliação de um técnico são

importantes para entender qual é a forrageira

ideal para o solo da propriedade.

O profissional também indicará se

há necessidade de ajustes no solo ou a

implantação de um novo tipo de capim,

tudo para que a forrageira se adeque às

carências do solo.

Atenção à suplementação

Algumas pessoas interpretam erroneamente

o sistema rotacionado, acreditando

que se o sistema aumenta a produção,

consequentemente aumentará o

pasto no inverno e que, por esse motivo,

o gado não precisará de suplementação.

Mas essa ideia está equivocada, já que

a estacionalidade de produção de forragem

ocorrerá normalmente. Por isso

será necessário suplementar os animais.

Pastejo alternado

Outro recurso muito comum para

evitar o esgotamento da pastagem pelo

manejo contínuo é o pastejo alternado.

Tão eficiente quanto o sistema rotacionado,

consiste em transferir os animais

para pastos mantidos em reserva, a fim

de proporcionar descanso à pastagem.

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