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Edição com capa da Latin Re, especial sobre a jornada do cliente e matéria da GEO, além da cobertura completa do Insurtech & Innovation

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FOCO NO CLIENTE<br />

A VOZ DO CONSUMIDOR<br />

DANIEL DIAS,<br />

professor da FGV<br />

No mundo inteiro, essa é a realidade. No<br />

Brasil, evidentemente, apesar da ainda<br />

pouca cultura do seguro difundida, não<br />

é diferente.<br />

Professor da Fundação Getulio<br />

Vargas (FGV Direito Rio), Daniel Dias explica<br />

que, atualmente, o consumidor<br />

acostumou-se a, por meio de um clique,<br />

ter seus interesses atendidos, como pedir<br />

comida, solicitar transporte e comprar<br />

produtos na internet, e isso, obviamente,<br />

impacta no âmbito dos seguros. “O consumidor<br />

quer ter essa experiência, essa<br />

jornada de contratação, também com a<br />

seguradora, de maneira mais fácil, mais<br />

amistosa, que dê mais facilidade para<br />

ele”, assinala Dias, para quem outro fator,<br />

GABRIEL RONACHER,<br />

da Agger<br />

no caso a mudança geracional, também precisa ser considerado:<br />

“Hoje em dia tem uma geração mais nova entrando no mercado e<br />

virando um consumidor de seguros, geração essa que está acostumada<br />

a contratação de forma online. Por outro lado, no setor de<br />

seguros, o corretor ainda tem uma importância grande. Apesar das<br />

referidas evoluções, é uma contratação que envolve muitas questões<br />

técnicas, que envolve confiança. É difícil o consumidor conseguir<br />

escolher sozinho o melhor produto. Hoje há essa contratação<br />

cada vez mais célere, mas também sem perder esse toque humano”,<br />

pondera Dias.<br />

A universalização do acesso à tecnologia permite que o consumidor<br />

de seguros tenha um acesso sincronizado com qualquer<br />

tipo de informação, em qualquer lugar, explica o CEO da Agger, Gabriel<br />

Ronacher. “O consumidor que está buscando contratar um seguro<br />

tende a pesquisar e buscar diversos meios para entender o produto<br />

e o custo dele. Ou seja, o início da jornada de contratação dos<br />

seguros é multicanal, diferentemente do passado onde o corretor<br />

era a única fonte de informação do consumidor”, compara Ronacher.<br />

No entanto, prossegue ele, embora essa atitude de pesquisar<br />

e explorar as informações no início da jornada seja bastante perceptível,<br />

ainda é muito evidente que apenas o corretor de seguro<br />

consegue, de fato, converter uma necessidade em uma apólice de<br />

maneira eficiente e confiável. “A grande questão a ser analisada é:<br />

como o corretor de seguros deve se preparar para atender esse novo<br />

cliente que chega a ele, às vezes com mais incertezas do que certezas?”,<br />

argumenta Ronacher.<br />

Fato indissolúvel é que os consumidores estão cada vez mais<br />

exigentes, bastante atualizados quanto ao uso da tecnologia e em<br />

busca de comodidade e facilidade no atendimento. Segundo o diretor<br />

de Operações, Tecnologia e Sinistros da Tokio Marine Seguradora,<br />

Adilson Lavrador, não há dúvida de que, enquanto concentravam-se<br />

esforços em superar a pandemia e retomar as atividades<br />

com segurança, os riscos e as preocupações dos clientes de seguros<br />

foram mudando. “A forma como trabalhamos hoje se sustenta muito<br />

em tecnologia e já estamos experimentando mudanças irreversíveis<br />

em nossas estratégias, prioridades e comunicação”, afirma Lavrador.<br />

O novo perfil do consumidor desafia os seguradores a pensarem<br />

cada vez mais em como atender a demanda por seguros em um<br />

mundo no qual as decisões têm que ser muito rápidas e as informações<br />

precisam estar disponíveis a qualquer momento. Dessa forma,<br />

portanto, a indústria de seguros se viu forçada a estar pronta para o<br />

grande desafio de prover soluções às demandas deste público que<br />

quer se comunicar e interagir com seus prestadores de serviços de<br />

forma cada vez mais digital, mas sempre mantendo uma relação<br />

humanizada, como observa o executivo da Tokio Marine: “Estamos<br />

atentos às boas práticas que possam ser incorporadas ao mercado<br />

segurador para reduzir o trabalho operacional dos corretores e aumentar<br />

suas vendas, bem como facilitar o contato do cliente com a<br />

proteção oferecida”, frisa.<br />

Com a popularização das mídias sociais, a cultura do seguro<br />

está gradativamente sendo mais difundida. O consumidor atual está<br />

mais informado e compreende que sem uma proteção ficará mais<br />

vulnerável financeiramente. CEO da Segfy, Marcos Roque Villa cita<br />

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