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Edição com capa da Latin Re, especial sobre a jornada do cliente e matéria da GEO, além da cobertura completa do Insurtech & Innovation

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Mas há quem acredite que a pandemia foi o momento crucial<br />

para essa transição. Como é o caso do diretor de desenvolvimento<br />

de negócios da eBaoTech para a América Latina, Weliton Costa.<br />

“Sabemos que sempre em ocasiões adversas aparecem as oportunidades,<br />

e não foi diferente com a pandemia. Com o temor de sair<br />

para rua, as empresas tinham que buscar uma forma de manter-se<br />

atuantes e chegar aos seus clientes de maneira mais virtual. Com<br />

isso, as empresas sabiam que necessitavam criar produtos e serviços<br />

inovadores e digitais, onde a facilidade e poder de decisão ficasse<br />

muito mais na mão do cliente quando comparado com os formatos<br />

anteriores. Claro, neste momento, a criatividade na elaboração dos<br />

produtos teve um peso muito grande e somente a tecnologia poderia<br />

ajudar neste desafio”, pondera Costa.<br />

Gerente associado sênior e líder de seguros da Peers Consulting<br />

& Technology, Heitor Marin assinala dois pontos nessa mudança<br />

de postura das seguradoras nos últimos dez anos: o primeiro deles<br />

foi a percepção do avanço tecnológico proporcionado pelas insurtechs,<br />

que apresentavam soluções flexíveis para atender aos clientes;<br />

o segundo aspecto é a mudança de comportamento do consumidor,<br />

com gerações mais jovens integralmente familiarizadas<br />

com a compra online. “Esses dois grandes momentos balançaram as<br />

estruturas das seguradoras mais tradicionais”, enfatiza o executivo.<br />

CEO da PDVBox, Luis Henrique Forster vai além. Ele observa<br />

que o movimento da Superintendência de Seguros Privados (Susep)<br />

em criar o Sandbox demonstra essa necessidade do mercado em se<br />

mexer, em “sair da inércia”, em criar soluções novas para um “mercado<br />

tão antigo”, como pontua o executivo. “Temos acompanhado<br />

muito o movimento das seguradoras, e nos anima perceber o nível<br />

de mudança na grande maioria. Novas formas de se ver a mesma<br />

coisa, criação de área de inteligência, para de fato começarmos a<br />

usar dados e conhecimento para traçar o futuro. Tudo isso passa por<br />

uma mudança muito real que aconteceu na forma de se ofertar seguros<br />

pelos canais digitais. Ouvimos por muitos anos a expressão<br />

‘não tem como vender seguro de vida pela internet’, mas o que vimos<br />

nestas grandes fintechs foi uma revolução, que passou por vários<br />

departamentos como produtos, distribuição, experiência e precificação”,<br />

afirma Forster, resumindo que as seguradoras trabalham<br />

por algo novo, usando toda a experiência acumulada em décadas,<br />

para criar um novo modelo de oferta.<br />

TUDO É MUITO RÁPIDO<br />

Lançar produtos no mercado de seguros hoje em dia exige o<br />

suporte de toda tecnologia possível, porém, e isso é indispensável,<br />

as seguradoras não podem abrir mão de recursos modernos que<br />

possibilitem produtos sempre inovadores, e isso inclui tecnologias<br />

baseadas em nuvem e integradas a soluções de armazenamento de<br />

dados fundamentais para a oferta mais ágil, segura e veloz de produtos<br />

no mercado.<br />

“Neste momento, tecnologias em Cloud são a grande vedete.<br />

Aplicações Cloud Native, 100% API’s, fazem a grande diferença e são<br />

as que possibilitam atingir os desafios que as empresas necessitam<br />

e que já estão enfrentando. Neste momento, seguros conectados<br />

são uma grande opção e, para poder oferecer esse tipo de ajuda, as<br />

RICARDO STAMATO,<br />

da Confitec<br />

empresas precisam estar habilitadas para<br />

utilizar essa tecnologia, além de oferecer<br />

para seus parceiros e clientes essa facilidade”,<br />

resume Weliton Costa.<br />

Para Ricardo Stamato, apesar da<br />

“onda de otimismo” com inteligência artificial,<br />

a popularização do uso de API’s é o<br />

que mais está impulsionando a criação de<br />

novos produtos e serviços, abrindo novos<br />

canais e agilizando processos, popularizando<br />

e tornando mais prático o acesso<br />

ao seguro.<br />

Há novos produtos sendo criados,<br />

e isso é bastante evidente para o consumidor<br />

de seguros mas, também, vem<br />

sendo empregado um, digamos, retrofit<br />

aplicado em alguns produtos já existentes<br />

no mercado de seguros. Esse movimento<br />

parte principalmente das insurtechs. Para<br />

Forster, esse contexto pode ser, no entanto,<br />

um ponto interessante para a indústria<br />

securitária, sobretudo frente a uma nova<br />

demanda de consumidores entrantes no<br />

mercado. “Mas como novidade mesmo,<br />

podemos elencar alguns pontos como:<br />

foco de fato na pessoa e não no produto.<br />

Esse enfoque comercial e técnico muda<br />

toda a estrutura de entrega e operacional<br />

das seguradoras, e que as insurtechs estão<br />

colocando muita atenção; uma melhor<br />

análise da experiência do segurado na hora<br />

da contratação do seguro, com esse olhar<br />

de focar no cliente; grandes movimentos<br />

tecnológicos nas linhas de subscrição,<br />

emissão e regulação de sinistros; o digital<br />

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