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Edição com capa da Latin Re, especial sobre a jornada do cliente e matéria da GEO, além da cobertura completa do Insurtech & Innovation
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Para isso, complementa a diretora da Prudential, a simplificação<br />
de linguagem é “importantíssima”. “Há anos falamos que prêmio<br />
no seguro é o que se paga, e para o cliente prêmio é uma coisa que<br />
se ganha”, alerta Andrea. Segundo a executiva, a comunicação não<br />
é o único gargalo até que a seguradora chegue ao cliente, porém, e<br />
certamente, é o ponto de partida. “De nada vai adiantar termos, por<br />
exemplo, a melhor ferramenta tecnológica se ainda trabalhamos<br />
com termos que o cliente não entende. O segurês ainda predomina”,<br />
lamenta Andrea.<br />
Há um esforço, embora ainda aquém do esperado, para melhorar<br />
essa comunicação. Adilson Lavrador, da Tokio Marine, ressalta,<br />
por exemplo, a resiliência dos corretores ao longo da pandemia<br />
que aderiram à tecnologia para executar a função de consultor de<br />
proteção, apropriando-se dos canais digitais e tecnologias para<br />
atender demandas específicas de clientes. “Também nos preocupamos<br />
com nossos parceiros que ainda não conseguiram aderir a esse<br />
universo digital. Por isso, criamos uma plataforma chamada Brokertech,<br />
que possibilita aos corretores gerirem seus negócios, criarem<br />
conteúdos e cuidarem de suas operações digitais. Essa é uma das<br />
iniciativas que possibilita ao corretor acompanhar e participar da<br />
evolução tecnológica na qual o mercado de seguros está inserido”,<br />
cita Lavrador.<br />
Toda a regulação e o perfil secular do mercado de seguros<br />
gera uma letargia para acompanhar as inovações tecnológicas, que<br />
acontece em velocidades diferentes dependendo da camada que<br />
se estuda, analisa Gabriel Ronacher, para quem os corretores de seguros,<br />
em específico, estão evoluindo paulatinamente. “Em 2015,<br />
apenas um terço dos corretores utilizavam algum software em seu<br />
dia a dia. Em 2020, esse número já saltou para 75%. Se trata de uma<br />
mudança constante e irreversível na distribuição de seguros e cabe<br />
a nós, empresas que desenvolvem soluções para a distribuição de<br />
seguros, oferecermos produtos que entendam as dificuldades reais<br />
enfrentadas por esses profissionais, de maneira acessível, amigável<br />
e eficiente”, observa Ronacher.<br />
EM BUSCA DA CONEXÃO IDEAL<br />
Realizada pela Equisoft, em conjunto com a Copaprose e a<br />
Celent, uma pesquisa divulgada no final do ano passado ouviu 700<br />
corretores de 15 países da América Latina. O estudo teve como<br />
propósito mostrar a visão dos corretores de seguros sobre a transformação<br />
digital reinante no setor. O estudo aponta que 82% dos<br />
entrevistados acreditam na transformação digital, mas apenas seis<br />
entre 10 dedicam orçamento ou traçam estratégia para o tema,<br />
quatro em cada 10 corretores possuem softwares de gestão e 22%<br />
oferecem plataforma digital para seus clientes. Entre os gargalos estão:<br />
falta de conhecimento (40%) e carência de talentos na corretora<br />
para lidar com a transformação digital (27%).<br />
“Ainda não é o cenário ideal para o mercado avançar todo o<br />
seu potencial, mas o corretor de seguros, gradualmente, está descobrindo<br />
as possibilidades com o meio digital e online. Alguns dos<br />
nossos clientes destacam que a agilidade oferecida pela nossa plataforma<br />
representa uma economia de mais de 2 horas por dia, que<br />
pode ser facilmente direcionada para novas prospecções. Ou seja, o<br />
ANDREA VAIRO,<br />
da Prudential<br />
potencial via soluções online é essencial<br />
atualmente”, diz Villa, da Segfy.<br />
O executivo alerta para o fato de<br />
que um dos principais desafios no mercado<br />
é a integração das soluções para os<br />
corretores de seguros. As seguradoras,<br />
ressalta, focam na oferta de soluções<br />
priorizando seus produtos e suas plataformas,<br />
com cada uma melhorando seu<br />
próprio sistema, os seus próprios canais,<br />
mas ignorando que os corretores de seguros<br />
não trabalham com apenas uma<br />
companhia seguradora, mas, sim, com<br />
várias ao mesmo tempo. O caminho,<br />
exemplifica Villa, é a adoção de plataformas<br />
tecnológicas pelas quais o corretor<br />
tenha acesso a tudo com somente um<br />
LUCAS VARGAS,<br />
da Hubsegs<br />
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