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Edição com capa da Latin Re, especial sobre a jornada do cliente e matéria da GEO, além da cobertura completa do Insurtech & Innovation

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FOCO NO CLIENTE<br />

A VOZ DO CONSUMIDOR<br />

AILTON CARDOZO,<br />

da Zentek<br />

mais breve. Como entra a seguradora<br />

nisso? Não só dando material digital, não<br />

só dando ferramentas digitais, tanto diretamente<br />

para o consumidor quanto para<br />

o corretor, mas também simplificando a<br />

linguagem. É um consumidor que não vai<br />

ler uma condição geral de 200 páginas, é<br />

um consumidor que vai querer algo mais<br />

simples, algo mais curto. E é um consumidor<br />

também que está ditando mais as<br />

regras”, avalia Andrea.<br />

Na Prudential, resume a executiva,<br />

o modus operandi é norteado pela premissa<br />

de que todo problema do cliente<br />

tem de ser levado para a seguradora e<br />

devidamente acolhido. Esse é o primeiro<br />

e decisivo aspecto. Mas algumas formas<br />

FILIPE ALVES,<br />

da Essor<br />

para escutar o que o cliente quer precisam ser antes consideradas,<br />

desde as pesquisas de satisfação NPS (net promoter score, que utiliza<br />

dados quantitativos e qualitativos para avaliar o quanto os clientes<br />

estão satisfeitos) até o que na Prudential é definido como “fórum<br />

do cliente”. “É um fórum com 15 clientes para que critiquem os nossos<br />

produtos e falem das suas percepções, das suas necessidades<br />

e das suas opiniões. Além disso, tentamos trazer isso não só para a<br />

área de marketing, mas também para toda a companhia. Temos aqui<br />

um processo que chamamos de sala do cliente, em que trazemos<br />

ligações do call center para toda a companhia ouvir o cliente diretamente<br />

e suas necessidades”, descreve Andrea.<br />

Desde 2017 no mercado, a startup Hubsegs atua em todo o<br />

país como uma assessoria de seguros corporativos representando 21<br />

seguradoras e apoiando mais de cinco mil corretores em diferentes<br />

etapas de sua jornada dentro das seguradoras até a entrega ao seu<br />

cliente final. Segundo Lucas Vargas, sócio da startup, o pragmatismo<br />

do consumidor e a exigência dele por um trabalho mais consultivo<br />

por parte do mercado de seguros não podem ser ignorados pelos<br />

agentes do setor. “É um consumidor que, muito além do serviço, deseja<br />

consumir de empresas que se conectem com seus valores. O<br />

consumidor atual é pouco tolerante em relação ao prazo de retorno.<br />

A velocidade se tornou um critério de desempate na concorrência<br />

tanto quanto a qualidade do produto ou o serviço, o preço ou o relacionamento<br />

interpessoal”, frisa Vargas.<br />

TRAZER O CLIENTE PARA PERTO<br />

Não há alternativa. Recorrer às novas tecnologias e simplificar<br />

a abordagem é o caminho mais ágil e curto até o cliente de<br />

seguros, porém um dos entraves que ainda existem para essa jornada<br />

ainda é a comunicação. Para Andrea Vairo, os esforços conjuntos<br />

de órgãos públicos, como a Superintendência de Seguros Privados<br />

(Susep), e da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) são<br />

louváveis, mas o problema persiste. “Melhorou muito. Ah, está ótimo?<br />

Chegamos a um status de Japão em que 90% da população<br />

têm seguro de vida? Não. Mas está melhor”, acredita a executiva da<br />

Prudential.<br />

Em março, a CNseg lançou o Plano de Desenvolvimento do<br />

Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e<br />

Capitalização. É dele a esperança de que a tão propalada e ainda<br />

pouca cultura do seguro seja, enfim, disseminada pelo país. E um<br />

de seus pilares é justamente fazer com a indústria desate o nó da<br />

comunicação com o cliente. “No lançamento do Plano Nacional estavam<br />

presentes membros dos ministérios, da Susep, até o superintendente<br />

em transição, e grande parte do mercado. Falamos de<br />

coisas simples, como imagem, e de coisas mais complexas, como<br />

produtos. Mas ali estávamos unindo forças para justamente mudar<br />

essa imagem. É claro que precisamos continuar. A CNseg precisa ter<br />

forte num posicionamento, mas vejo a união do mercado através de<br />

ações da CNseg e do poder público para que mudemos para que as<br />

próprias seguradoras façam propagandas mais amigáveis, não tão<br />

sérias, coisas que mudam a cabeça do segurador. Isso traz o cliente<br />

para perto. Para aproximar mais o cliente das empresas é necessária<br />

uma comunicação próxima, que ele entenda.”, defende Andrea.<br />

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