v22. n22 2024
Revista do curso da fotografia do curso de Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco
Revista do curso da fotografia do curso de Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco
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etc
e caos
Caos é o segundo e terceiro nomes dessas
fotógrafas e um pouco o método de edição
desta entrevista. Eu, Sidney Rocha,
entrevistei as artistas visuais Thalyta
Tavares (Ignus), 26, e Juliana Amara, ou
simplesmente Amara, 23, para
a Unicaphoto. Uma conversa por email,
por mensagens de aplicativos, por telepatia.
A ideia era buscar entender mais sobre
como a fotografia contemporânea,
no Recife, ajuda a entender ou decifrar mais
os movimentos sociais, culturais, a dança,
o audiovisual, a música, longe dos grandes
meios e dos altos palcos e palanques.
A cidade do manguebeat, dos anos 90, hoje
vive uma realidade ainda mais híbrida.
E brutal. A herança da diversidade cultural
que alcançou mais a música, naquelas eras,
hoje tem novas feições.
Sobretudo femininas.
A presença de coletivos, de ocupações, se
multiplica na periferia e se espalha por
outras formas de se fazer cultura.
Os hábitos culturais mudaram nesta Recife
dos anos 2024?
É cedo para falar, mas uma coisa se nota
desde já. Não se trata somente do refrão:
“Da lama ao caos, do caos à lama”,
mas do caos à lama do caos.
E nisso se insere a novíssima produção
da notícia, nos rolês; da fotografia,
nos “corres” da galera-videomaker, do
audiovisual, do “conteúdo”.
O Recife caótico, onde o velho centro da
cidade é mais periférico que as beiradas.
“Continua tudo misturado, Josué [de
Castro]”, diria uma imaginária canção do
novíssimo caos, na manguetown às bordas
do Capibaribe.
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